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Vem aí a contribuição social sobre serviços digitais

Publicado em coluna Brasília-DF
Coluna Brasília-DF

O almoço do presidente Jair Bolsonaro com parlamentares e ministros abriu as portas da esperança do governo em torno de uma brecha para ampliar a arrecadação. É a contribuição social sobre serviços digitais, apresentada nesta semana ao Parlamento pelo deputado Danilo Forte (PSDB-CE).

O projeto de lei complementar atinge as grandes empresas de tecnologia que tenham uma receita bruta igual ou superior a R$ 4,5 bilhões por ano. E o texto menciona, com todas as letras, que a arrecadação seria, exclusivamente, aplicada na renda básica (que o governo chama de Renda Brasil). O novo projeto de renda mínima entra na agenda do Congresso ainda neste ano.

Bolsonaro gostou do que ouviu e logo chamou um assessor para que marcasse uma conversa do deputado com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na área econômica, os técnicos têm dito que tudo o que puder ser feito para ajudar a arrecadação será bem-vindo.

A la Temer

Os encontros do presidente Jair Bolsonaro têm reunido os influencers do Parlamento, ou seja, deputados que conseguem convencer os colegas. Além dos projetos, a ordem é criar um compadrio, capaz de evitar tiroteios futuros. Michel Temer ficava, dia e noite, em conversas com deputados e senadores. E passou por todos os problemas que enfrentou em seu mandato.

Sempre ajuda

O senador Flávio Bolsonaro, obrigado a se explicar no escândalo das rachadinhas que levou seu ex-assessor Fabrício Queiroz para a cadeia, aliás, participou do almoço no Planalto com líderes, deputados, senadores e ministros. E nem foi o pai que chamou. Quem lhe telefonou convidando para o Planalto foi o deputado Fábio Ramalho, que levou a comida.

O duro recado

O voto da ministra Cármen Lúcia, pela suspensão dos supostos dossiês contra servidores no Ministério da Justiça, dizem os técnicos, foi um divisor de águas. Resta saber se os órgãos de inteligência vão cumprir a determinação de suspender esses relatórios, caso o STF feche posição nesse sentido.

Ficamos assim

Nas conversas dos deputados e senadores com o presidente Jair Bolsonaro, já foi avisado que os movimentos da turma da agenda de costumes em favor de projetos, como armas e escola sem partido, não terão muito
espaço para aprovação. Agora, na pauta econômica, estão juntos.

Nas duas pontas

Enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, está bem próximo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, faz a ponte com o baixo e médio cleros. Hoje, alguns vão aproveitar e pegar uma “carona” na viagem do ministro ao Nordeste.

Aperitivo/ Pré-candidatos à Presidência da Câmara aproveitam os almoços do presidente Jair Bolsonaro para fazer o seu networking. Ontem, por exemplo, estavam Arthur Lira (PP-AL) e Fábio Ramalho, do MDB-MG.

Propaganda subliminar/ Obviamente, nem Lira nem Fabinho Ramalho mencionam as respectivas pretensões entre os comensais. Mas o recado está claro. Fabinho, por exemplo, avisa à coluna que é candidato em qualquer circunstância.

A bancada “sou eu”/ Fabinho Ramalho é direto: “Não sou candidato de nenhum partido, sou candidato do Parlamento. Se for ao segundo turno, eu ganho. Tive 66 votos da última vez, ou seja, a maior bancada, hoje, sou eu”, diz.

E a pandemia, hein?/ Os deputados já se referem ao Planalto como um ambiente quase livre da covid-19. Afinal, dos ministros “da Casa”, só Luiz Eduardo Ramos não teve exame positivo.

Enquanto isso, na Câmara Legislativa do DF…/ Pobre Michelangelo… Seu Davi jamais poderá ter sequer uma réplica exibida por aqui, se a proposta que veta nudez nas artes for aprovada. Meu Deus, quanta ignorância.