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Coluna Brasília-DF
Partidos de centro não veem a hora de conseguir uma brecha para retomar o financiamento empresarial das campanhas. Muitos esperam, inclusive, que Jair Bolsonaro vete os R$ 2 bilhões do fundo eleitoral e, assim, abra espaço para um projeto que restabeleça a temporada de recursos de empresas nas eleições.
O governo, entretanto, percebeu a manobra. Embora o presidente já tenha dito que não aceitará o aumento nos recursos do fundo, está disposto a sancionar os R$ 2 bilhões. Afinal, se não o fizer, não haverá dinheiro para as campanhas de 2020, pois não há mais prazo para aprovar nenhum outro tipo de financiamento a menos de um ano do pleito.
CPMF. Ideia antiga…
Você leu aqui em agosto deste ano: “O governo aposta que as propostas de reforma tributária em debate no parlamento não chegarão a um consenso. (…) E aí o ministro da Economia, Paulo Guedes, sacará da cartola uma sugestão que inclui a Contribuição Social sobre Transações (CST), um nome diferente para a velha e boa Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)”.
… Para fatos novos
O Congresso fecha 2019 sem votar a reforma tributária e faz crescer a expectativa dos técnicos em torno da CST. O chamariz será a troca desse imposto por outros, coisa que não ocorreu no passado.
E tem mais
O Palácio apelará para o bom senso dos deputados e senadores: afinal, eles fizeram as emendas impositivas e, agora, é preciso uma boa fonte de receita para garantir os recursos. Como está hoje, o governo não terá dinheiro para atender todas as solicitações, e terminará jogando tudo nos tais “restos a pagar”.
Seguro anti-Lula/ Não é à toa que Bolsonaro diz que está “apanhando” por causa do aumento do preço da carne, e que não tem nada a ver com isso. O presidente fala para se precaver. Já chegou ao Planalto que os petistas vão aproveitar o embalo do aumento para que Lula discurse, Brasil afora, dizendo, que, em seu governo, a população mais pobre comia melhor.
Ninguém sai/ Bolsonaro tem dito que, enquanto a imprensa estiver falando que Abraham Weintraub está com os dias contados no Ministério da Educação, não tem troca. Aliás, ele tem elogiado o ministro em conversas reservadas.
Ganha & perde/ Depois das agruras do país na COP-25, de onde saiu com o prêmio nada honroso de “fóssil colossal”, o Brasil agora vai ver o Democracia em Vertigem entre os pré-indicados do Oscar. Bom para o cinema do país e mais um abalo da imagem da política brasileira no exterior.
CB.debate/ Hoje tem debate sobre reforma tributária no Correio Braziliense, com a participação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e dos relatores das propostas que tramitam no Congresso, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), senador Roberto Rocha (PSDB-MA). Participam ainda os deputados Hildo Rocha
Apoiadores de Bolsonaro querem Moro como vice-presidente em 2022
Coluna Brasília-DF
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, já é tratado nas rodas informais da política como o candidato a vice numa chapa encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro, em 2022. A vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nesse cenário, fica para o atual secretário-geral da Aliança pelo Brasil, partido lançado por Bolsonaro, Admar Gonzaga.
Entre líderes e assessores do governo cresce a certeza de que Moro na chapa será fundamental, caso a economia não responda a contento no próximo ano. Aliás, já há quem diga que o ministro da Economia, Paulo Guedes, até aqui, entregou bem menos do que prometeu.
Porém, é um excelente vendedor do discurso de que as coisas estão melhorando. Só não pode tropeçar mais em falas sobre AI-5. Afinal, nada indica que os movimentos na América Latina chegarão com força ao Brasil.
Dois gumes e um Fux
Citado como próximo a Deltan Dallagnol nos diálogos da Vaza Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux é quem analisará o pedido do procurador, que deseja rever a punição recebida no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Tem jurista dizendo que ele agora terá que decidir de que lado está: da instituição ou do MP.
Bateu a fadiga
Antes da polêmica na Cultura e das declarações do novo titular da Fundação Palmares, os líderes do governo tinham avisado ao Planalto que as reformas ficariam para 2020. Ninguém quer saber de votar mais nada muito polêmico este ano, depois das intensas discussões da reforma previdenciária na Câmara e no Senado.
Último esforço
O governo não abre mão de fechar esse agitado 2019 com a aprovação do projeto de reestruturação da Previdência dos militares. Afinal, nessa seara, é o projeto que Bolsonaro considera da sua lavra. A reforma previdenciária como um todo era mais do Congresso e de Paulo Guedes.
A troca na Cultura não terminou
As mudanças na Secretaria da Cultura aumentaram a má vontade de alguns líderes partidários para com o governo. A turma do MDB já foi comunicada do desejo de substituição no Instituto de Patrimônio Histórico (Iphan), onde está Kátia Bogéa, técnica com indicação atribuída à família Sarney.
CURTIDAS
Descolou geral/ Os dois dias de Congresso do PSB reforçaram a certeza entre os seus filiados de que a polarização só interessa ao PT e ao novo partido do presidente Jair Bolsonaro. Por isso, a ordem é não dar palanque ao ex-presidente Lula.
Cada um por si/ A posição dos socialistas altamente crítica ao PT tende a inviabilizar acordos entre as duas siglas em curso no Nordeste. Um caso especial é Pernambuco. O próprio Lula cogitava fechar o apoio ao deputado João Campos (foto) para a prefeitura de Recife, e, assim, tentar conseguir o apoio do PSB a um presidenciável petista. A preços de hoje, não vai rolar.
Exagero/ Tem gente espalhando que um ajudante de ordens passa por todos os gabinetes do Planalto proibindo sintonizar em canais das Organizações Globo. A coluna viu várias tevês sintonizadas nos programas globais, sem problemas.
Só para constar/ A reunião do Mercosul na semana que vem em Bento Gonçalves (RS) não está mobilizando corações e mentes. O presidente da Argentina deixará o cargo em breve; o Uruguai, que também trocará de mãos no ano que vem, terá como representante a vice, Lúcia Topolansky. Chile e Guiana enviarão apenas as representações diplomáticas.
Os ataques de Lula contra Bolsonaro na convenção do PT não incomodaram os palacianos. Enquanto o ex-presidente tiver contas a acertar com a Justiça, o discurso para esse grupo está pronto e considerado fácil. Afinal, Lula foi preso, condenado, é acusado de ter bens que não estão em seu nome e por aí vai. O problema para o governo é o centro da política, que começa a sair da toca com nova roupagem, para se mostrar como o ponto de equilíbrio, do diálogo, capaz de tirar o melhor dos extremos hoje representados pelo bolsonarismo e pelo petismo. Esse centro, entretanto, ainda não se uniu. E por isso, a ordem no Planalto daqui para frente é trabalhar para que essa união não ocorra.
Juntos, PSDB, DEM, PP, PL, Cidadania, Solidariedade têm pelo menos 40% do eleitorado. Se esse contingente encontrar um líder, Bolsonaro terá de suar a camisa para um projeto de reeleição. Por enquanto, é só observar.
R$ 10 milhões para cada um
O governo retomou o pagamento das emendas parlamentares. A prioridade é concluir a liquidação dos R$ 10 milhões prometidos para cada deputado.
O problema é que as excelências juram ter recebido a promessa de outros R$ 10 milhões. E essas liberações estão muito lentas, sem perspectiva de conclusão para os próximos dias.
Dívida e política I
Em 2017, o governo abriu a possibilidade de renegociação de dívidas contraídas até 31 de dezembro daquele ano por parte dos produtores rurais do Nordeste, prejudicados por sucessivas adversidades climáticas. À época, o Banco do Nordeste (BNB) cumpriu a resolução. O Banco do Brasil, não. Agora, um projeto de lei uniu a bancada do Nordeste em torno dessa proposta. Assim, todos os bancos oficiais terão que cumprir.
Dívida e política II
O texto é assinado pelo deputado João Roma (Republicanos-BA) e tem o apoio dos nordestinos do PSL ao PT. A ideia é votar nessas quatro semanas que faltam para fechar o período legislativo.
E a sede?/ O Aliança pelo Brasil, do presidente Jair Bolsonaro, ainda não tem sede definida. Enquanto não decide, vai funcionando no escritório do secretário-geral da sigla, o advogado Admar Gonzaga.
Menos, Lula, menos/ O PSB tem encontro esta semana para discutir seu caminho. “O Lula despreza a nossa inteligência, ao dizer que quem não está com ele está a favor do Bolsonaro. Não vejo Lula nem Bolsonaro como meu líder. Essa polarização só interessa aos dois”, diz o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Aguardem novos capítulos I/ Por enquanto, Renan Calheiros não respondeu ao senador Major Olímpio, na última semana, quando eles discutiam o que Renan chamou de “ameaças de Olímpio a ministros do STF”. Mas quem conhece o grau de fervura do sangue alagoano garante que essa fleuma de Renan não vai durar muito.
Aguardem novos capítulos II/Nos corredores do Congresso, quando alguém pergunta a Major Olimpio sobre seu embate com Renan Calheiros na semana passada, o senador paulista responde: “Eu estou do lado de cá das algemas”.
Coluna Brasília-DF
A consulta sobre certificação digital feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para assinaturas de apoio à criação de novo partido, não interessa mais ao Aliança pelo Brasil, o novo partido do presidente Jair Bolsonaro. O sistema é considerado caro (são quase R$ 200 para se obter a certificação digital) e complicado para o cidadão comum.
O melhor mesmo, avaliaram os integrantes da legenda, é coletar as assinaturas uma a uma, com firma reconhecida em cartório, que é feita por menos de R$ 5, ou verificar junto ao TSE mais à frente se é possível a checagem via biometria. A intenção de alguns que trabalham pelo novo partido é, ao longo do processo de recolhimento das assinaturas, perguntar ao TSE se é possível conferi-las usando a mesma biometria que vale para a votação.
Hoje, 85% dos eleitores já têm as digitais cadastradas. Logo, dá para dispensar a burocracia cartorial. O próprio procurador eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, fez essa menção em seu parecer. Resta saber se haverá tempo hábil para aplicar ao novo partido.
O batismo de Tarcísio
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, não vai terminar o ano como unanimidade nacional. Elogiado até pelos adversários, é tido como alguém que errou a mão ao tentar impor um novo perfil ao Porto de Santos, para atender ao agronegócio, e provocou a ira dos moradores da cidade. Na próxima segunda-feira, a sociedade local vai se reunir para se contrapor ao desejo oficial anunciado de ampliar a atividade portuária a granel na área urbana próxima à praia.
O batismo de Tarcísio II
Sete universidades locais, incluindo o câmpus santista da Universidade Federal de São Paulo, os fóruns da cidadania de Santos e Guarujá, que compartilham o canal do porto, câmaras municipais de todas as cidades da Baixada Santista, empresários, concessionários, e todos os sindicatos ligados à atividade portuária, pretendem dizer ao governo federal que querem ser ouvidos e consultados.
Voos com escalas
Deputados federais e estaduais que querem ser candidatos no ano que vem vão esperar um pouquinho antes de seguir para o Aliança pelo Brasil. Alguns dispostos a sair do PSL desejam fazer escalas em legendas que já existem, antes de seguirem para o novo partido.
Meio-termo
O voto do ministro Alexandre Moraes, de que o acesso de dados da Receita para investigar criminosos não pode ser considerado inconstitucional, angaria simpatias entre juristas. Resta saber se será seguido pelos demais.
Nova referência/ Que Olavo de Carvalho que nada. Bolsonaro tem um novo Norte para o Aliança pelo Brasil: a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, falecida em 2013. Ela foi citada no discurso pelo presidente, quando mencionou que um país deve medir seu grau de desenvolvimento pelo número de pessoas que saem de programas sociais, e não por aqueles que precisam deles.
Às armas!/ Um quadro todo feito com cartuchos de balas de fuzis, de pistolas 9 mm, entre outras, com a frase “Aliança pelo Brasil” fez sucesso entre os aliados de Bolsonaro. O autor do quadro, Rodrigo Camacho, do Rio de Janeiro, saiu de lá com várias selfies e encomendas dos deputados.
Ao assinar a extinção do DPVAT, o presidente Jair Bolsonaro reduz os ganhos do presidente do PSL, Luciano Bivar: A empresa de Bivar, a Excelsior, tem participação na Líder, a companhia que administra o DPVAT. Obviamente, a extinção não foi por isso. Mas tem gente no entorno de Jair Bolsonaro com gostinho de “vingança”
Coluna Brasília-DF
O presidente Jair Bolsonaro confidenciou a amigos que não tem pressa em escolher uma legenda, caso o resultado da crise do PSL lhe seja desfavorável. A avaliação dos bolsonaristas hoje é a de que o atual presidente do partido, Luciano Bivar (PE), só perde se quiser. Ele tem o controle da legenda, do conselho de ética e também de outros colegiados decisórios.
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Bivar, aliás, repete o que fez outro pernambucano, quando confrontou filiados. No final de 2013, assim que começou a montar sua pré-campanha a presidente da República, o então governador Eduardo Campos levou vários deputados para o PSB. Depois, com a sua morte, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, encontrou um jeito de tirar os “liberais” da legenda. Quem votasse a favor da reforma trabalhista, por exemplo, seria punido. Foi o caso da atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Agora, a história se repete no PSL.
Nada é para já
Bolsonaro considera que só precisa definir um novo partido quando faltar um ano para a eleição. Assim, se o governo estiver bem, terá um leque imenso para escolher.
Tudo é para ontem
O presidente não está contando, entretanto, com as manobras dos partidos médios. Como antecipou ontem esta coluna, tem um grupo interessado em transformar a janela dos vereadores, que estará aberta no ano que vem, na única possibilidade de troca de legenda antes das eleições de 2022.
Isso é urgente
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) tem dito aos quatro ventos ter provas das declarações que fez a respeito da rede de milícia virtual instalada no bolsonarismo. Vai ser chamada a confirmar o que disse nos fóruns competentes, CPI das Fake News e já tem gente preparando ações na Justiça.
O resultado do STF…
Em conversas reservadas, os aliados do ex-presidente Lula ainda apostam num placar favorável à mudança de posição do Supremo Tribunal Federal, em relação à prisão em segunda instância. Isso, apesar dos três votos favoráveis e um contra registrados ontem.
… e a modulação
Apesar do otimismo em relação ao resultado, estão todos meio descrentes com a perspectiva de liberdade do ex-presidente Lula. A aposta geral é a de que haverá alguma modulação para manter o petista na cadeia.
Depois da Previdência…
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) aposta em aproveitar o embalo para aprovar o pacto federativo ainda este ano. Falta combinar com os independentes, maioria nas duas Casas.
Curtidas
Joice e Maria do Rosário / Joice Hasselmann (foto) ganhou a solidariedade das deputadas de vários partidos no grupo de WhatsApp da bancada feminina. Segundo relatos, ela disse que está mapeando todos os endereços que lhe atacam e que não vai “dar mole”. Maria do Rosário (PT-RS), que teve confrontos com Bolsonaro e já ouviu poucas e boas da colega de Congresso, sacou uma postagem em que Joice dizia que ia lhe dar “uns tapas” e rebateu: “Nada como um dia depois do outro para que as pessoas amadureçam”.
Foi mal/ A ex-líder do governo tentou consertar, dizendo que era uma “piada”, um programa de humor, e coisa e tal, e que era para rir ou não achar graça, algo simples assim. E, em seguida, conforme comentam deputadas de outras legendas que acompanharam a discussão no grupo, Joice disse que se arrependeu e que não faria de novo, nem por brincadeira.
Bate-rebate/ Rosário não encerrou a conversa ali. Respondeu que não queria polemizar, mas não poderia deixar de fazer o registro. E, para completar, ainda citou uma frase que, em política, é usada desde os tempos em que o então presidente Fernando Collor dava suas corridinhas nos arredores de casa, com recados nas camisetas: “O tempo é o senhor da razão”. Verdade maior, realmente, não há.
Gilmar, Sepúlveda e Sig/ Ao abrir o XXII Congresso Internacional de Direito Constitucional, o ministro Gilmar Mendes e o ex-ministro Sepúlveda Pertence ressaltaram o valor da democracia e de pontes entre governo e oposição, uma das qualidades do ex-deputado Sigmaringa Seixas. Falecido em dezembro passado, Sig foi homenageado com uma placa de prata entregue à viúva, Marina. Gilmar encerrou sua fala com uma mensagem aos jovens: “Quando vejo jovens se dizendo saudosos da ditadura, só me vem o Evangelho: ‘Pai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem””. Hoje tem nova homenagem na OAB, onde o valor da democracia será mais uma vez reforçado.
Coluna Brasília-DF
Enquanto se alardeia a não indicação do Brasil para ingresso na OCDE por parte dos Estados Unidos como uma grande derrota política do governo Jair Bolsonaro, embaixadores tarimbados e experientes nessas negociações e acordos internacionais suspiraram aliviados.
Letrinhas miúdas
Esses embaixadores classificam os códigos da OCDE como algemas para as negociações comerciais. Há quem diga inclusive que, se o Senado ler esses códigos, perceberá que não é ruim para o Brasil ficar fora desse clube.
X da questão
A enxurrada de investimentos no Brasil, algo que a atual equipe econômica atribuía como o principal objetivo do ingresso na OCDE, pode vir com a eliminação de excessos regulatórios, melhoria do ambiente de negócios, em especial na área de petróleo e gás, e segurança jurídica. Ou seja, fazer o dever de casa. Assim, mais tarde, se o Brasil estiver com seu dever de casa feito e com todos os códigos da OCDE decorados, poderá analisar com mais calma se vale a pena.
Não foi por falta de aviso
Em março, o representante de Comércio do governo americano, Robert Lighthizer, conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre exigências para o Brasil ingressar na OCDE: “Ele me disse: ‘Vocês têm de entender que, para entrar na OCDE, tem de sair do grupo dos favorecidos na OMC. Não tem troca’. Ele fez essa exigência. Eu fiz o meu pedido: ‘Me ajuda a entrar na primeira divisão’. E ele respondeu: ‘Me ajuda a limpar a segunda divisão’”, contou Guedes à coluna, quando da visita a Washington.
Coluna Brasília-DF
Deputados do PSL se preparam para ingressar na Justiça Eleitoral exigindo um pente-fino nas contas do partido nos últimos cinco anos. Em conversas reservadas, alguns dizem que o dinheiro público recebido pela legenda não é de seu presidente e, sim, do eleitor. Se essa ação for levada a cabo nos próximos dias, estará declarada uma guerra sem data para terminar.
O presidente Jair Bolsonaro está na linha do quem não deve não teme. A amigos, esses parlamentares têm dito que eles e o presidente foram eleitos sem precisar de Fundo Partidário ou mesmo do Fundo Eleitoral. O que eles não querem perder é o apoio das redes sociais, que está em sintonia com a cobrança de mais transparência e regras de compliance.
Nem milagre junta/ Presidente do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, será cobrado na próxima semana para que dê uma posição oficial sobre essas conversas de filiação de Luciano Huck ao partido. Conforme antecipou a coluna ontem, a cobrança virá dos evangélicos.
Nem milagre junta II/ “Se isso for confirmado, teremos muitas dificuldades em permanecer, por causa da marca global do Huck. Para nós, evangélicos, é muito ruim. Estariam nos convidando a se retirar”, diz o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).
Só milagre une/ Os deputados baianos Nelson Pellegrino (PT) e Elmar Nascimento (DEM) viajaram no mesmo voo da FAB para a cerimônia de canonização de irmã Dulce neste domingo, no Vaticano.
Que tristeza/ A chegada da mancha de óleo a Arembepe (BA), onde está localizada uma das estações do projeto Tamar, deixou os ambientalistas de cabelo em pé. A área é a que concentra maior desova de tartarugas marinhas. E estamos justamente nesse período.
Coluna Brasília-DF
Com a reforma da Previdência nos últimos capítulos no Congresso, o Ministério da Economia tem se especializado em testar até onde pode ir em relação a propostas mais heterodoxas. A primeira foi a volta da CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. Em seguida, a ideia de privatizar tudo. Depois, vieram as notícias de fim da estabilidade para os futuros servidores públicos — e alguns insistindo, inclusive, que deveria testar isso para quem está entrando agora. E, para completar, surgiu a ideia de quebrar o monopólio da Caixa Econômica em relação ao FGTS. Em todos os casos, a reação do presidente Jair Bolsonaro foi cabecear as bolas para fora do campo e não permitir o retorno.
Embora Paulo Guedes ainda tenha todo o respaldo do presidente, conforme Bolsonaro disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, nos bastidores há quem diga que o ministro precisa preparar logo o seu plano B para evitar que o presidente estoure mais balões lançados pela equipe da Economia. Afinal, cabe ao ministro equilibrar o que pode ser feito do ponto de vista técnico com o que é passível de aprovação politicamente — algo que o presidente, um ex-parlamentar, sabe de cor e salteado.
Peso dois na tributária
O projeto de reforma tributária em tramitação na Câmara dos Deputados vem sendo tratado intramuros no MDB como a chance de o partido tirar uma casquinha dessa proposta. Afinal, quem assina o projeto é o deputado Baleia Rossi (SP), que acaba de virar presidente do partido. A ordem agora é dar um jeito de fechar todos os votos da legenda em favor da proposta e trabalhar ainda o apoio dos senadores, onde o MDB ainda é a maior bancada.
Arruma outra “carona”
O Republicanos não quer saber de ser o trampolim para candidatos do PSL ou de outros partidos nas eleições municipais. Seguindo à risca a máxima de que “quem não joga não tem torcida”, ele recomendou aos filiados que se dediquem a lançar candidatos próprios nos municípios com mais de 200 mil habitantes.
Por falar em candidaturas…
Os partidos não querem saber de servir de trampolim para ninguém. Essas eleições, garantem os especialistas dos partidos, sem coligações proporcionais, prometem uma profusão de candidatos a prefeito para alavancar os partidos na busca por espaços nas câmaras de vereadores. Explica-se: uma candidatura própria a prefeito sempre dá mais visibilidade a qualquer legenda.
Onde mora o desafio para 03
Bolsonaro deixou nas mãos de Eduardo a decisão final sobre a Embaixada em Washington. Embora aprove a empreitada e considere o filho preparado, o deputado ficará inelegível em 2022, caso seja aprovado embaixador e renuncie ao mandato. Ele é filho do presidente da República e, portanto, não poderá ser candidato a nada. Se cumprir o mandato, poderá concorrer à reeleição.
Não foi por falta de “condução”/ O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, deixou seu avião à disposição do ex-presidente Michel Temer para a viagem a Brasília, palco da convenção do MDB. Temer, entretanto, como adiantou a coluna, preferiu não arriscar. Vai que enfrenta alguma manifestação na entrada do evento.
Perdem o amigo…/ … Mas não a piada. Na plateia da convenção, eis que alguém pergunta a um ex-deputado: “Cadê o Michel?” E o fulano responde: “Deve estar chegando, Cerveró deixou o avião à disposição dele”. Diante da incredulidade do interlocutor, o ex-deputado responde: “Sim! Esqueceu do apelido do governador do DF?”
Abrig em chamas/ A Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) está com um racha interno sem precedentes. A entidade ganhou visibilidade nos últimos anos, mas rachou com a saída da vice-presidente Ângela Rehem, numa carta em que disse discordar do modus operandi da Associação e, de quebra, faz votos para que “se oriente pelos princípios da transparência, ética, integridade, impessoalidade e neutralidade política”.
Noite de autógrafos/ Rodrigo Janot lança hoje, às 19h, na Leitura do Pier 21, o livro Nada menos que tudo, obra que rendeu muita polêmica, incluída até na ação do ex-presidente Lula em busca da liberdade. O lançamento, depois que o livro vazou nas redes sociais, perdeu um pouco o impacto, mas a expectativa é grande.
Após DEM se aproximar de Huck e Doria, Bolsonaro conversará com o partido
Coluna Brasília-DF
Diante da antecipação de movimentos do governador de São Paulo, João Doria, e do apresentador Luciano Huck, que percorre o país como potencial candidato ao Planalto, o presidente Jair Bolsonaro começa a ensaiar aquela conversa olho no olho com o Democratas. O Planalto já sentiu que o partido está se movimentando na linha de aproximação com Huck, sem deixar de lado o governador de São Paulo. O prefeito de Salvador, ACM Neto, que comanda a legenda, não tem demonstrado qualquer intenção de ficar ao lado do presidente para o que der e vier.
Para completar, Rodrigo Maia se aproximou nos últimos dias, mas não tem compromisso com o governo. Davi Alcolumbre também caminha em carreira solo, embora se sinta devedor do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni — o braço do DEM que está no projeto do governo e não deseja sair dele. Mesmo caso é o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
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Nessa disputa, o presidente pretende mostrar ao DEM que é melhor não se assanhar tanto para os potenciais adversários. Afinal, Bolsonaro continua bem vivo para a disputa em 2022, mais até do que Huck e Dória, que terão dificuldades para chegar a um segundo turno. Até aqui, a polarização das esquerdas versus Bolsonaro ainda não foi quebrada. E a aposta do Planalto é a de que não será. Portanto, avaliam os bolsonaristas, é melhor os aliados de hoje não se afastarem demais.
Gangorra ministerial
Agora é definitivo: ninguém mais no Planalto cita o ministro da Economia, Paulo Guedes, ou o da Justiça, Sérgio Moro, como superministros do presidente Jair Bolsonaro. Nenhum dos dois entregou até agora os prometidos resultados. E o prazo está correndo.
Por falar em Guedes…
O “vamos vender tudo” não conta com o aval da turma palaciana, incluindo aí o presidente Jair Bolsonaro. A sua formação militar o leva mais para o que pensam os norte-americanos nesse quesito: áreas estratégicas precisam de mais controle do Estado e das Forças Armadas.
Seis por meia-dúzia
Um dos nomes cotados para a equipe o presidente Jair Bolsonaro é o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF). Só tem um probleminha: se ele entrar, tem que sair outro do DEM.
Muita calma nessa hora
A equipe do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Heleno, fará mais um apelo para que Bolsonaro pare de dar pequenas entrevistas na porta do Alvorada. Até aqui, o presidente recusou todos.
O novo pedido virá, por causa do caso do ciclista que perguntou “cadê o Queiroz?” e recebeu uma resposta grosseira. Queiroz é o ex-assessor de Flávio Bolsonaro que teve movimentação atípica e deu, inclusive, um cheque para a primeira-dama. O cheque, diz o presidente, foi parte do pagamento de um empréstimo que ele havia feito a Queiroz.
CURTIDAS
Fio desencapado/ A relação entre os senadores Flávio Bolsonaro e Major Olímpio se deteriorou de vez. Dia desses, Major Olímpio criticava 01 dentro do plenário da Casa. Há quem diga que a turma do “deixa disso” tem redobrado a atenção quando um passa por perto do outro.
Sílvio Santos vem aí/ O ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha está na fase final do livro que escancara os bastidores da candidatura de Sílvio Santos a presidente da República em 1989.
À época, o apresentador terminou fora da disputa por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
Sempre ele/ À coluna, Gadelha, que era o candidato a vice na chapa, contou que quem fulminou a candidatura para verificar se o PMB havia cumprido todos os requisitos para poder funcionar foi…. Eduardo Cunha.
Quem ri por último/… É o ex-ministro Carlos Marun, que chegou a pedir o indiciamento de Rodrigo Janot por abuso de autoridade na época da CPI da JBS. Depois, recuou. “Sou premonitório. Foi triste saber que a PGR era comandada por um psicopata e, por causa dele, não conseguimos votar a reforma da Previdência em 2017. Estaríamos com outros temas hoje. Esse, da Previdência, estaria resolvido”, diz ele.