O teste da base do governo na Câmara será o auxílio reduzido

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Ao colocar a proposta de autonomia do Banco Central (BC) para abrir sua gestão na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) optou pelo tema que estava mais maduro, de forma a dar o discurso de sucesso no diálogo entre os Poderes da República. Mas, nos bastidores, todo mundo diz que a proposta não pode ser considerada um teste da base fiel ao presidente e, sim, a sinalização da Câmara de que, ali, a prioridade do presidente da Casa será a agenda econômica, sem a qual a perspectiva de sucesso eleitoral no futuro estará prejudicada.

Lira, assim como Jair Bolsonaro, sabe que, logo ali na frente, passados os temas mais fáceis, como a autonomia do BC, a coisa vai apertar. O grande teste será o auxílio de R$ 200. A oposição vai tentar elevar esse valor cortando despesas em obras que o governo deseja mostrar em 2022. Lira foi eleito com a ajuda do Palácio do Planalto para ajudar na construção dos consensos dentro daquilo que o governo deseja. Se a base aliada desandar, corre o risco de o presidente da República colocar a culpa no colo do presidente da Câmara. Bolsonaro já fez isso com Rodrigo Maia lá atrás. E nada garante que não repetirá a dose.

Reforma a conta-gotas

Bolsonaro não fará a reforma ministerial no ritmo que desejam os partidos, nem do jeito que eles pediram. E há um motivo para isso: deixar a turma com a expectativa de poder e não desagradar aqueles que o apoiam desde a campanha presidencial.

Teste de fidelidade
O presidente foi, inclusive, aconselhado a esperar passar o feriado de carnaval para anunciar o novo ministro da Cidadania. Assim, já estará resolvida a Comissão Mista de Orçamento e a Comissão de Constituição e Justiça. Há quem diga que, se houver uma rejeição ao nome da deputada Bia Kicis (PSL-DF) na CCJ, o mal-estar será grande.

Ficamos assim
Antes de colocar a autonomia do BC em votação, Lira tem encontro marcado com líderes dos partidos de oposição para estabelecer um acordo de procedimentos.

Termômetro
Lira quer aproveitar para medir como está a disposição dos oposicionistas em aceitar um valor menor do auxílio emergencial, de forma a não comprometer ainda mais as contas públicas. Ocorre que, depois de, no ano passado, a Câmara fechar o auxílio em R$ 500 e Bolsonaro subir para R$ 600 apenas para levar a melhor no eleitorado, ninguém da oposição acredita em acordo com o presidente.

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Estica e puxa/ A transferência da instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) para amanhã (10/2) foi lida como um sinal de que Elmar Nascimento (DEM-BA) não desistiu do cargo.

Nem vem/ Em conversas reservadas, porém, os mais próximos a Arthur Lira dizem que o nome é Flávia Arruda (PL-DF) e ponto. Não é uma questão pessoal e, sim, de proporcionalidade. O PL é maior que o DEM e Arthur, que brigou por Flávia em dezembro, não vai ceder agora.

Sem álibi/ O deputado João Roma (Republicanos-BA) está numa sinuca de bico. Apontado como um nome para o Ministério da Cidadania, ficará mal no seu partido se for chamado e recusar o cargo. Se aceitar, fica mal com o presidente do DEM, ACM Neto. Se João Roma for ministro, a indicação será atribuída a Neto, o que dará mais munição para o grupo do partido incomodado com o governo, enfraquecendo a posição do presidente da legenda como independente. É aquela velha história do sujeito que passou por um beco no momento do crime, na hora do crime, mas jura que é inocente.

Por falar em enfraquecimento…/ Os deputados podem até permanecer no DEM, mas alguns nomes começam a olhar para a porta de saída. Na lista, estão o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que não apoiará Bolsonaro, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Mas ninguém fará qualquer movimento agora. A ordem é tentar segurar esse pessoal na legenda. Paes, por exemplo, que acabou de assumir, precisa de paz para trabalhar.

Empresariado e governo em alerta com greve de caminhoneiros

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As grandes empresas do país não tiram os olhos dos movimentos dos caminhoneiros, que ameaçam paralisar o Brasil na próxima segunda-feira. O empresariado, que já sofre com a pandemia, estuda alternativas para evitar os estragos sofridos em 2018, quando o país enfrentou problemas no abastecimento por causa da greve no setor.

A preocupação dos empresários chegou ao governo e deixou duas missões para Jair Bolsonaro nesses dias finais de janeiro: evitar essa greve e, ao mesmo tempo, eleger Arthur Lira (PP-AL) presidente da Câmara. Para o governo, uma paralisação nesse segmento seria uma derrota política expressiva para o presidente, ainda que o deputado leve a Presidência da Casa. Deixará a sensação de que Bolsonaro trocou o apoio de parte daqueles que o elegeram em 2018 pelo toma lá dá cá da velha política.

Vale lembrar que, quando obteve o apoio dos caminhoneiros, o presidente eleito prometeu mundos e fundos à categoria. Acontece que o país não tem Orçamento aprovado, está com um deficit nas contas na casa dos R$ 800 bilhões e, de quebra, há toda uma pressão para a compra de vacinas e toda a gama de serviços públicos, cada vez mais demandados pela população que perdeu renda em 2020.

Sinais

As últimas declarações do vice-presidente Hamilton Mourão a respeito do distanciamento entre ele e Bolsonaro foram vistas por atores da política como um sinal de “aquecimento” para o futuro. Até aqui, porém, o impeachment do presidente é tratado pelos partidos de centro como “flor do recesso” –– aquela que cresce quando o Congresso não funciona e se torna uma plantinha inofensiva com a retomada dos trabalhos do Legislativo.

Bolsonaro no “tudo ou nada”
Aliados de Bolsonaro têm sido unânimes em afirmar, nos bastidores, para os deputados votarem em Lira nos seguintes termos: “Olha lá, hein? O presidente não pode perder esta eleição de jeito nenhum”.

Festa na Marinha/ O almirante de esquadra Marcos Silva Rodrigues assume, amanhã (29/1), o posto de chefe do Estado-Maior da Armada. A solenidade será 10h, no Clube Naval de Brasília.

Ela vai de Van Hattem/ Candidato a presidente da Câmara, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) tem, pelo menos, um voto no primeiro turno fora do seu partido: a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) definiu o apoio a ele porque sabe que ele está fechado com a PEC da prisão em segunda instância.

Aliás… / A eleição para presidente da Câmara ficou muito mais no toma lá dá cá e no impeachment do que no dever de casa pendente no país, leia-se reformas e as pautas que o Congresso não consegue levar adiante há anos, seja por falta de apoio do governo, seja por enrolação das excelências.

Se a moda pega…/ O pedido de prisão do prefeito de Manaus, David Almeida, por causa dos casos de fura-filas da vacinação deixa vários administradores municipais em pânico. Se a moda pega, além de faltar imunizante, vai faltar cadeia. Afinal, um número expressivo de prefeitos não tem sequer um mês de mandato e já vai ficar devendo explicações à Justiça.

Por falar em explicações…/ Além da CPI para apurar o caos na saúde em Manaus e demora na compra das vacinas, vem aí a CPI do leite condensado. 2021 promete. Compete ao governo explicar em vez de xingar e tirar o portal da transparência do ar.

Auxílio emergencial: Bolsonaro não quer perder para o Congresso

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Coluna Brasília-DF

As pesquisas internas do governo detectaram que o suporte a Jair Bolsonaro está caindo paulatinamente e, por isso, todo o esforço, agora, será no sentido de tentar estancar essa queda. Nesse esforço, entram as vacinas, o envio do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a Manaus e, de quebra, estudos no Planalto para ver o que é possível fazer em relação ao auxílio emergencial.
O presidente está convencido de que os congressistas tentarão aprovar um benefício, a fim de ficarem com o discurso de que as pessoas só foram atendidas por causa do Parlamento. Assim, há quem diga, dentro da base, que Bolsonaro deve se antecipar a esse movimento. Obviamente, não há meios de fazer como em 2020, quando o governo queria pagar R$ 200, o Congresso elevou para R$ 500 e Palácio do Planalto deu a última palavra, fechando em R$ 600. Em 2021, não há espaço no Orçamento para esse valor, mas o governo deverá propor alguma coisa.

Vai que é tua, Pazuello

As investigações contra Pazuello são vistas entre aliados do presidente como a ação precursora de um movimento maior em prol do impeachment. Se houver alguma culpabilidade do ministro da Saúde pelos atropelos em relação à condução do plano de combate à pandemia, a ordem é afastá-lo a fim de evitar que o presidente termine responsabilizado.

Logo um general?!!!
Os militares não estão nada confortáveis com essa história de a bomba estourar no colo de Pazuello. Afinal, o ministro estava ali para uma “missão” que dois civis não quiseram levar adiante. Luiz Henrique Mandetta foi demitido por discordar da posição de Bolsonaro em relação ao distanciamento social. E Nelson Teich não quis colocar a hidroxicloroquina nos protocolos do Ministério da Saúde.

O problema é mais em cima
Entre os congressistas, há quem se recorde que Pazuello foi o único a declarar com todas letras “é simples assim, um manda e outro obedece”. A frase foi dita em 22 de outubro, logo depois de Bolsonaro desautorizar o ministro sobre o protocolo para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, acertada na véspera com o Instituto Butantan.

Enquanto isso, no Congresso…
Arthur Lira (PP-AL) tenta fechar uma conta de chegada, mas a atitude do governo de perseguir aliados de Baleia Rossi (SP) tem deixado muitos congressistas chateados e se bandeando para o candidato do MDB.

… Lira tem a vantagem
A turma de Baleia Rossi tenta evitar o “já ganhou” do adversário principal, que é visto como alguém que está a poucos votos da vitória no primeiro turno.

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Deu ruim I/ A Associação dos Engenheiros Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel) não ficou nada satisfeita com o slogan “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”, incluído na carta do presidente do Conselho de Administração da empresa, Ruy Flaks, aos diretores, para comentar a demissão do presidente, Wilson Ferreira. A Associação acusa Flaks de usar a empresa para projetos políticos.

Deu ruim II/ Na carta, Flaks diz que conversa com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre o substituto de Wilson Ferreira. Só tem um probleminha: o cargo já entrou na mira do Centrão.

Muita calma nessa hora/ As manifestações do último fim de semana pedindo o impeachment de Bolsonaro foram comparadas àquelas de 2013, em relação à presidente Dilma Rousseff. Ela se reelegeu no ano seguinte, no embalo dos programas sociais, como o Bolsa Família e da popularidade de Lula. Bolsonaro não tem nem um nem outro.

Ainda tem muito jogo/ Ao anunciar, em suas redes sociais, o envio dos 5,4 mil litros de princípio ativo da vacina do Butantan, Jair Bolsonaro tenta tirar João Doria da foto de negociador da vacina da Sinovac. A simbologia de três ex-presidentes da República, José Sarney, Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso, ao lado do governador de São Paulo, em prol da vacina, indicam que essa batalha o presidente perdeu. Outras virão.

Projeto de Bolsonaro para 2022 inclui o Patriotas

Bolsonaro
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Com diversos convites para se filiar a partidos políticos, o presidente Jair Bolsonaro deixou transparecer a aliados que pretende seguir para o Patriotas. Esse é, inclusive, o nome do partido que, conforme publicou o Wall Street Journal, o ex-presidente Donald Trump pretende criar para tentar se manter em evidência na política. Hoje, o Patriotas tem cinco deputados federais. Subiria, conforme cálculos de aliados do presidente, para 25.

Embora o presidente só vá tomar essa decisão em março, depois da eleição à Presidência da Câmara, há quem diga que uma filiação ao seu antigo partido, o PP de Ciro Nogueira e Arthur Lira; ao PL, de Valdemar Costa Neto; ou ao PTB, de Roberto Jefferson, deixaria o presidente na mesma situação que viveu no PSL, ou seja, filiado a legendas que têm donos. De quebra, ainda teria de explicar que as siglas tiveram problemas no mensalão e coisa e tal. Para completar, o fato de Trump criar um Patriot Party nos Estados Unidos, avaliam os bolsonaristas, daria um braço internacional ao projeto.

Mico federal
Os casos de “fura-fila” registrados país afora serão mais um problema a exigir explicações por parte de todas as autoridades, municipais, estaduais e federais. Afinal, se o Ministério da Saúde requisitou as vacinas,deveria ter adotado um procedimento padrão de aplicação para todos os estados.

Ainda sem resposta
Não se sabe, por exemplo, se as pessoas que receberam a vacina de forma irregular, ou seja, fora da fila, vão ter direito à segunda dose, ou essas segundas doses serão destinadas a outras pessoas. No caso das irmãs em Manaus, por exemplo, onde a vacinação foi suspensa, a segunda dose delas pode servir para imunizar uma pessoa do grupo de risco.

Aposta alta
A insatisfação de parlamentares com a onda de demissões de apadrinhados de deputados eleitores de Baleia Rossi (MDB-SP) é vista no governo como temporária. Assim que passar a eleição para a Mesa Diretora, a aposta do Planalto é de que os deputados voltarão para o Planalto, pedindo cargos e verbas.

Bolsonaro incensa Ernesto
A notícia de que a vacina de Oxford/AstraZeneca chega hoje ao Brasil serviu para o presidente mandar um recado a todos os apoiadores que pediam a troca do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Bolsonaro atribuiu a boa notícia ao trabalho do ministro, que faz tudo o que o Planalto determina sem pestanejar.

Eduardo, o retorno/ A rádio corredor da Câmara dos Deputados registra encontros na residência do ex-deputado Eduardo Cunha, onde ele cumpre prisão domiciliar, para tratar da eleição para o comando da Casa. Tudo para ajudar Arthur Lira (PP-AL).

Manda outro/ Se depender do líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas, a Casa não aprovará o nome do tenente-coronel da reserva Jorge Kormann para a Anvisa. “Dificílimo aprovar”, disse Izalci, em entrevista à Rede Vida de televisão. “O Senado precisa cumprir seu papel de aprovar indicações técnicas”, emendou ele. O militar, que estava internado na UTI, com covid-19, deve ter o nome retirado pelo governo.

Por falar em PSDB…/ O líder ainda não desistiu de levar os senadores fechados com Simone Tebet (MDB-MS) a votar em Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Ficamos assim/ Nesta sexta-feira, com a chegada da vacina da Oxford, Bolsonaro acredita que o governo terá um imunizante para chamar de seu. A torcida no Planalto é para que a CoronaVac, que terá novo lote aprovado, hoje, pela Anvisa, fique em segundo plano. Só tem dois probleminhas: 1) vacina não tem ideologia; 2) até aqui, a capacidade de produção do Butantan é maior. Que venham todas!

Sem Trump, resta a Bolsonaro o diálogo com Biden

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O cumprimento de Jair Bolsonaro ao novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, demorou porque o capitão queria esperar a saída de Donald Trump. Agora, até Biden ler a carta no estilo “bandeira branca” enviada pelo presidente, levará algum tempo.

Antes de ler as linhas traçadas pela ala mais “muita calma nessa hora” do governo brasileiro, Biden, conforme avisam diplomatas, reajustará a relação com os países europeus e se juntará às pressões para que o Brasil proteja suas florestas.

Diante dessa nova realidade, Bolsonaro, se deixar as bravatas de lado, terá a chance de apostar na preservação ambiental e tentar se colocar na cobrança pelos créditos de carbono e economia verde. Se quiser permanecer no discurso do valentão sobre “saliva e pólvora” para agradar seus apoiadores mais aguerridos nas redes sociais, ficará falando sozinho.

Para quem não se lembra, em novembro, quando Biden foi eleito, Bolsonaro fez um discurso sobre as cobranças pela preservação ambiental, dizendo que, “quando acaba a saliva, tem que ter pólvora”. Pelo visto, a munição acabou.

Estado de defesa e os EUA

Quanto mais autoridades brasileiras usarem expressões do tipo “militares decidem se um povo terá democracia ou ditadura”, como fez Jair Bolsonaro, ou “calamidade é antessala do estado de defesa”, como fez o procurador-geral Augusto Aras, mais o Brasil estará longe do novo governo dos EUA. Vai ficar mesmo é bem perto do sistema venezuelano, regime que o presidente tanto critica.

Quem avisa…

Estudioso do Orçamento da União há décadas, o deputado Júlio César (PSD-PI) avisou a Bolsonaro que o governo precisa escancarar o quadro de dificuldades fiscais para tentar reduzir a pressão sobre a continuidade do auxílio emergencial. “A situação das contas públicas é crítica, porque a dívida está na casa dos 91% do Produto Interno Bruto (PIB)”, diz o parlamentar.

… amigo é

Júlio César não entrou na discussão sobre estender o auxílio por mais alguns meses, porque considera ser um tema do Ministério da Economia. Porém, deixou claro que a renovação do benefício representará R$ 20 bilhões/mês, num cenário em que houve queda de arrecadação. Bolsonaro concordou que as dificuldades existem, porém, não entrou em detalhes.

Se vira, Brandão!

No Banco do Brasil, segue a tensão. Bolsonaro garantiu que não haverá fechamento de agências, mas uma turma da área técnica espera que essa garantia seja igual àquela de que não compraria a CoronaVac.

Vexame atrás de vexame/ As autoridades manauaras podem se preparar para um futuro a la Wilson Witzel ou Marcelo Crivella. Além da questão de falta de oxigênio, que levou à morte de várias pessoas, agora, a revolta é com as filhas de um megaempresário, médicas nomeadas para cargos comissionados na prefeitura, que foram vacinadas e não estão na linha de frente do combate à covid.

Só tem uma saída/ A prefeitura será chamada a colocar as duas na linha de frente dos hospitais, que, aliás, clamam por pessoal.

E o Ernesto, hein?/ Os parlamentares não engoliram as afirmações do chanceler Ernesto Araújo de que está tudo bem com o governo da China e com o da Índia no quesito vacinas. Se faltar imunizante, depois de aplicada essa primeira leva, vai respingar no Itamaraty parte das ações judiciais em estudo.

Por falar em vacinas…/ Furar a fila da vacinação deveria ser crime inafiançável. Pelo menos, já tem deputados interessados em preparar projetos nesse sentido.

Com a posse de Biden, cresce a pressão pela demissão de Araújo

Ernesto Araújo
Publicado em coluna Brasília-DF
Coluna Brasília-DF

Com a posse do democrata Joe Biden, hoje, nos Estados Unidos, crescem as pressões em parte da base do governo para que Bolsonaro troque o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A avaliação de alguns é a de que o chanceler apostou tanto no governo de Donald Trump que, agora, é preciso dar uma guinada na política externa. Até no Itamaraty não são poucos os diplomatas a dizer que o governo errou feio na relação com a China, país do qual o Brasil depende para a vacinação contra a covid-19.

… mas o presidente, não

Ernesto Araújo seguiu exatamente a cartilha recomendada por Bolsonaro, e o capitão não dá o menor sinal de que pretende substituir o ministro. Aliás, o presidente acredita que tanto no caso do chanceler quanto em relação ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles é uma “perseguição” ao seu governo.

Bolsonaristas e trumpistas buscam espaço nas redes sociais

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Coluna Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza (interino)

A ida de apoiadores do bolsonarismo para outras redes sociais, em resposta às medidas adotadas por gigantes da tecnologia que decidiram limitar a ação de extremistas, após a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, reproduz uma espécie de jogo de gato e rato no mundo virtual. Não faltará espaço para que os simpatizantes de Jair Bolsonaro, Donald Trump ou outros políticos conservadores manifestem suas ideias. As redes sociais permitiram que pessoas, antes dispersas na sociedade real, se aglutinassem na internet a partir de afinidades ideológicas de modo sistemático e seletivo. Nesse novo modelo de associação política estimulada por algoritmos, prevalece o sectarismo, e não o respeito ao próximo, princípio elementar de uma democracia. Está claro que militantes bolsonaristas e trumpistas encontrarão outras maneiras de se manifestar.

A intervenção de empresas como Facebook e Twitter, banindo milhares de usuários de suas redes, constitui uma medida perigosa e tardia. Perigosa porque adota critérios generalistas, entendendo com risco para a sociedade as postagens de milhares de usuários, como uma espécie de tribunal de exceção virtual. E tardia porque, há anos, políticos e simpatizantes de extrema direita atacam, ameaçam e ofendem cidadãos, políticos e instituições, em todo o planeta. Apesar de todos os alertas contra a desinformação e a violência nas redes sociais, a tolerância no mundo virtual tornou-se muito além do aceitável. Até arrombar a porta do Congresso norte-americano.

Antes, tudo bem

Após faturar bilhões, durante anos, com o tráfego gerado por figuras de enorme influência digital como Donald Trump, as megaplataformas decidiram tomar um posicionamento político. Esquecem-se, no entanto, de que o republicano recebeu 74 milhões de votos, incitou uma multidão a afrontar um símbolo da democracia norte-americana e deixou o mundo em calafrios com seu poder político. Se adoradores de Trump e do radicalismo ficaram grandes demais, foi por leniência de gigantes da tecnologia da informação que, sob o verniz de liberdade de expressão, permitiram o ovo da serpente vir ao mundo.

Tribunal virtual

Há um problema evidente em questão. Gigantes de tecnologia não são tribunais. Não representam a Justiça. Tampouco ficam bem ao assumir posição partidária, sob o risco de se imiscuírem no jogo político. Volta-se, então, a questionamentos antigos. Quem controla as redes sociais? Os mecanismos de autorregulação adotados pelas plataformas são suficientes? Cabe a elas o papel de impedir excessos da política? Quem definirá o limite do que pode ou não ser publicado? Quais redes sociais são toleradas, ou não?

STF em campo

Nesse sentido, ganha relevância o inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra atos democráticos urdidos no Brasil. Reconhecido legitimamente como um os pilares do sistema democrático, o Poder Judiciário tem mostrado que a liberdade de expressão não é um direito absoluto; pode configurar crime quando representa uma ameaça à integridade das pessoas e à ordem pública. O STF tomou uma providência que, agora, de maneira equivocada, gigantes da tecnologia procuram adotar.

Pas de deux

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) rebateu os novos ataques do presidente francês, Emmanuel Macron, contra a soja brasileira. Em nota, a entidade informa que a produção brasileira do grão é submetida, desde 2008, a um controle ambiental reconhecido internacionalmente. E que se trata de mais um discurso de Macron para fazer média com os produtores franceses, que recebem generosos subsídios. É mais um capítulo da contenda que pode dificultar a ratificação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.

Assédio nunca mais

No último domingo, o Conselho de Ética do Cidadania paulista recomendou a expulsão do deputado estadual Fernando Cury, flagrado apalpando o seio da colega Isa Senna, na Assembleia Legislativa de São Paulo. A questão foi encaminhada para o diretório nacional do partido, onde também é dado como certo o voto pela expulsão. A decisão de expelir Cury tem apoio da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF). “Não podemos mais permitir esse tipo de atitude. O assédio é inaceitável nas ruas, nos parlamentos, em qualquer lugar.” Cury pode ser alvo, ainda, de uma ação penal e de cassação de mandato.

Siga o dinheiro

A 79ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada ontem (12/1) e batizada de Vernissage, investiga cerca de R$ 12 milhões pagos em propina que envolvem contratos com a Transpetro. Um dos investigados é Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão. Telas de Volpi, Beatriz Milhazes e Adriana Varejão fazem parte do acervo sob suspeita, segundo o G1.

Ampliação do Bolsa Família: Governo precisa escolher um caminho entre dois abismos

Publicado em coluna Brasília-DF
Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza

A ampliação do Bolsa Família como alternativa ao auxílio emergencial é um debate em curso no governo federal e no Congresso Nacional, mas sem saída satisfatória à vista. Considerando as possibilidades orçamentárias, um reforço no programa assistencial conseguiria agregar 300 mil famílias ao contingente de 14,2 milhões já atendidas – um acréscimo pouco superior a 2%. É preciso levar em conta, ainda, as limitações do Bolsa Família ante a desigualdade estrutural na sociedade brasileira. Como salientou o economista Marcelo Neri ao Correio, o governo precisa escolher um caminho entre o abismo social e o abismo fiscal. Especialistas recomendam que o reforço do Bolsa Família passa necessariamente pelo corte de gastos, redução de privilégios e revisão de prioridades na política social. Está colocado, portanto, mais um desafio para este início de ano. De resto, a discussão está atrasada, pois ainda em 2020 havia preocupação sobre o cenário seguinte ao estado de calamidade pública, findo em 31 de dezembro.

Fome

A inflação dos pobres acumulada em 2020, de 6,3%, foi a mais alta dos últimos oito anos, segundo divulgou a Fundação Getulio Vargas. O preço dos alimentos é o maior responsável pelo pique inflacionário. A situação se torna mais dramática para quem dependia de auxílio emergencial. Segundo o Datafolha, em 2020, mais da metade dos beneficiados concentrou a maior parte da ajuda recebida do governo na compra de alimentos.

Manifesto

O Conselho Federal da OAB e outras entidades ligadas ao exercício da advocacia divulgaram nota conjunta de desagravo à Justiça Eleitoral, em reação aos sucessivos ataques que põem em suspeita a lisura das eleições no Brasil. Graças à Justiça Eleitoral, alegam os advogados, o país conseguiu interromper as sucessivas fraudes ocorridas desde a República Velha. As urnas eletrônicas e a biometria durante o processo eleitoral garantem, segundo as entidades, uma “organização impecável, com resultados imediatos e verificados, com ampla fiscalização de todos os interessados, especialmente os partidos e a imprensa”, argumentam.

Bico de pena

Criada em 1932, a Justiça Eleitoral procurou eliminar práticas nefastas, como o conhecido voto de cabestro. Até então, como descreve Victor Nunes Leal no clássico “Coronelismo, enxada e voto”, eleitores eram conduzidos à seção eleitoral para assegurar a vitória dos protegidos dos coronéis. Em caso de votação desfavorável, cabia aos mesários adulterar os resultados. Com o avanço da tecnologia, as urnas eletrônicas puseram fim a esse flagelo eleitoral. E, até prova em contrário, mostrou-se um equipamento seguro para garantir o sigilo e a segurança do voto.

Destempero

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), foi às redes sociais para, mais uma vez, criticar duramente o presidente Jair Bolsonaro. O deputado chamou o chefe do Executivo de “covarde” por atribuir, segundo a revista Veja, ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a responsabilidade pela demora no programa de vacinação. “Bolsonaro: 200 mil vidas perdidas. Você tem culpa”, escreveu, ainda, Maia. “Não vou dar palanque para ninguém”, rebateu o presidente, em rápida declaração.

“Bolsolira”

Padrinho da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara, Rodrigo Maia também partiu para cima de Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo Planalto. O demista disse ouvir cada vez mais o parlamentar ser chamado de “Bolsolira”, tal o compromentimento do candidato com o Executivo. É uma reação aos ataques de Bolsonaro contra Maia. Na véspera, o presidente criticou a aliança entre Maia e PT, dizendo tratar-se de “duas coisas muito parecidas”

Outros poderes

A refrega entre Maia e Bolsonaro, tendo como pano de fundo a eleição para a presidência da Câmara, também procura envolver outros Poderes. Durante a semana, Maia afirmou que as críticas de Bolsonaro à legitimidade das eleições constituem um “ataque gravíssimo” ao Tribunal Superior Eleitoral.

Momento grave

A tensão em Brasília só aumenta, em um momento delicadíssimo. A pandemia ultrapassou os 200 mil mortos. Estados como o Amazonas enfrentam um colapso sanitário. Busca-se uma saída para atender os milhões de brasileiros desassistidos após o fim do auxílio emergencial. O orçamento de 2021 ainda não foi aprovado, e a economia ainda está extremamente fragilizada. Mais do que nunca, é
preciso entendimento ao invés de conflito.

Sempre elas

Na semana em que o Instituto Butantan deu prova do nível de excelência do trabalho de pesquisa no Brasil, vale lembrar um dado importante: 71% do corpo científico da instituição é formado por mulheres.
É quase a eficácia da CoronaVac.

Poder Judiciário de olho na lista tríplice para o STJ

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A nata do Poder Judiciário está de olho na formação da lista tríplice para a vaga do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deve ter o edital lançado, nos próximos dias, pelo presidente da Corte, Humberto Martins. Até aqui, há mais candidatos ao tribunal, na vaga aberta pela aposentadoria do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do que à Presidência da República, em 2022.
As movimentações, até o momento, colocam em primeiro plano o desembargador Ney Bello, do TRF-1, que é amigo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre; e Aluísio Mendes, do Rio de Janeiro, terra do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Ambos buscam apoios e tentam passar longe da guerra entre Fux e o ministro Gilmar Mendes.

A principal vitrine do DEM

Dos 26 prefeitos, o do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, concentra a maior parte das atenções do mundo da política nesta largada de 2021. Se transformar a cidade em “referência nacional de transparência, integridade e combate à corrupção”, conforme prometeu no discurso de posse, será o cartão de visitas do Democratas, que tem planos de carreira solo para 2022.

O “caso hipotético”, segundo Bolsonaro
Em sua última live de 2020, o presidente Jair Bolsonaro deu a entender que sabe mais do que disse. Lá pelas tantas, logo depois de comentar sobre a prisão domiciliar de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, o capitão comenta: “Ministério Público do Rio. Preste bem atenção, aí. Imagine se um dos filhos de autoridade do Ministério Público do Rio de Janeiro fosse acusado de tráfico internacional de drogas? O que aconteceria? Vocês aprofundariam ou mandariam o filho desse… dessa autoridade para fora do Brasil e mandariam arquivar o inquérito?  Que fique bem claro que é um caso hipotético”.

Aí tem
Bolsonaro não costuma mencionar nada em suas lives por mero acaso, até por isso, segue um roteiro e vai marcando os temas que abordou. O MP do Rio, hoje, investiga o caso das rachadinhas. 2021 realmente promete muitas hipóteses.

Bolsonaro nada de braçada/ A passagem de Bolsonaro pelo Guarujá, com direito a um pulo de barco e braçadas para se aproximar dos banhistas, indicou que ele ainda tem popularidade. Só tem um probleminha: a cada aglomeração que provoca, um outro grupo se afasta. O resultado dessa mistura ainda é imprevisível.

Por falar em popularidade… / A forma como o presidente bate em João Doria em suas lives indica que o governador de São Paulo é o nome que o bolsonarismo escolheu para tentar jogar para baixo nesta largada do ano pré-eleitoral. O PT, tradicional adversário, não tem, hoje, um gestor que assuste o presidente, conforme avaliam aliados do Planalto.

Sem pausa I/ O senador Rodrigo Pacheco, do DEM-MG, não terá descanso em janeiro. Semana que vem já, é esperado em Brasília para retomar os contatos e a corrida para a Presidência do Senado. No comando da campanha, Davi Alcolumbre e o presidente do DEM, ACM Neto.

Sem pausa II/ No MDB, a única diferença é que ainda não há um candidato definido, embora o nome mais forte, no momento, seja mesmo o do líder da bancada, Eduardo Braga (AM).

É bem assim/ Mudou o ano, mas as disputas são as mesmas. É o incessante jogo pelo poder, sem trégua na história da humanidade. Mesmo em tempos de pandemia, quando a prioridade deveria buscar atendimento à população, formas de evitar que a doença se alastre, remédios e vacinas, as excelências estão mais interessadas mesmo é em nadar de braçada junto ao eleitorado.

Bolsonaro circula com cautela para recuperar poder no Senado

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Brasília-DF, por Denise Rothenburg
Diferentemente da Câmara, onde definiu cedo o apoio a Arthur Lira (PP-AL), o presidente Jair Bolsonaro terá que circular com muito cuidado entre os cristais do Senado. Ali, o partido de seus dois líderes — o do Congresso, Eduardo Gomes, e o do Senado, Fernando Bezerra Coelho — deseja recuperar o poder que perdeu em 2019 para Davi Alcolumbre (DEM-AP) com o apoio do Planalto. Naquela época, o presidente da República, recém-empossado, mantinha distância regulamentar dos emedebistas, pregava a nova política e apoiava a Lava-Jato, representada na figura de seu ministro Sergio Moro. Agora, a história mudou.
Inicialmente, Bolsonaro havia acenado a Alcolumbre que apoiaria o nome que o senador amapaense indicasse. Agora, se continuar nessa batida, correrá riscos. Se o candidato do MDB for um dos líderes governistas, o presidente desembarcará do candidato do DEM. Se o candidato do MDB não for nenhum dos dois líderes — e a tendência, hoje, é de que não seja —, o governo, ainda assim, não terá como apoiar o candidato do DEM, sob pena de atirar uma parcela expressiva do Senado contra o Planalto.
Em tempo: a rejeição do nome do embaixador Fábio Marzano, este mês, embora tenha sido visto como um fato isolado pelos articuladores do governo, deixou claro que a situação de Jair Bolsonaro, no Senado, não é mais tão tranquila quanto em fevereiro de 2019, quando o presidente era a esperança para uma parcela expressiva dos senadores.

Protocolos I

Chegou a parlamentares da área de saúde que nem todos os médicos de planos e postos de saúde receitam antibióticos e outros medicamentos no tratamento inicial a pacientes com possíveis sintomas leves de covid-19. Vale lembrar que, quanto mais cedo começar um tratamento, maiores as chances de sucesso e de evitar a hospitalização.

Protocolos II

Num posto de saúde de Ilhabela (SP), está escrito com todas as letras que o posto não faz prescrição de tratamento que não tenha eficácia científica comprovada e refere-se especificamente à hidroxicloroquina. Diz, ainda, que o protocolo do Ministério da Saúde não é assinado por pessoas com conhecimento técnico na área de saúde. Ocorre que, em vários casos em que médicos receitaram a hidroxicloroquina associada à azitromicina, não houve internação.
Entre a cruz e a espada…/ Divididos em relação ao apoio ao deputado Baleia Rossi para a Presidência da Câmara, os petistas estão muito irritados com a cobrança nas redes sociais. Dizem que até os bolsonaristas resolveram provocar os partidários de Lula por causa do apoio ao MDB, o partido que liderou o processo de impeachment contra Dilma Rousseff.
… o que conta é derrotar Bolsonaro/ Alguns mais pragmáticos dizem, porém, que o partido deve ter em foco impor uma derrota a Bolsonaro e seus aliados mais próximos, no caso, o Centrão de Arthur Lira.
O nome do PSDB/ Os tucanos estão cada dia mais convictos de que o melhor nome que eles têm na pista é o governador de São Paulo, João Doria (foto). A preços de hoje, porém, Doria ainda tem muito o que caminhar, o que torna 2021 um ano desafiador para o político paulista. E, alertam os tucanos, “sem novas viagens para Miami”.
Não sabem ler, ô?/ Pelo menos, alguns dos estabelecimentos comerciais que o presidente Jair Bolsonaro entrou, neste sábado, tinham cartazes com alerta para a obrigatoriedade do uso de máscaras. Nem os seguranças do presidente usavam. É, pois é.