Entre o Planalto e o Partido

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Os integrantes do PT no Conselho de Ética da Câmara receberam a seguinte informação do governo: Votar contra Eduardo Cunha é o mesmo que votar em favor do andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, algo que o PT não terá meios de barrar. Quanto ao PT, a ordem é admitir o processo, conforme escreveu o presidente do partido em seu Twitter. Os petistas ficarão com o partido, uma vez que o Planalto não exigiu o voto, apenas fez esse alerta. Entre os ministros palacianos, há a clara sensação de que uma interferência direta seria pior e desgastaria ainda mais a presidente Dilma.

Essa novela, entretanto, não vai terminar logo. Deputados de outros partidos já calculam que, pelo adiantado da hora, está difícil conseguir votar hoje o parecer do relator Fausto Pinato, que pede a continuidade do processo contra Eduardo Cunha. Vamos em frente nesse dia considerado decisivo em várias frentes. Daqui a pouco começa a sessão do Congresso onde estará em pauta a revisão da meta fiscal.

Um governo intranquilo

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O cancelamento da viagem da presidente Dilma ao Japão, anunciado há pouco pelo governo, indica que o Planalto está mesmo com insônia, de olho nos desdobramentos da prisão do senador Delcídio do Amaral e nas perspectivas de não conseguir votar o PLN05 (revisão da meta fiscal) na semana que vem. Afinal, se tem algo que sempre prevaleceu no Palácio do Planalto foi a máxima “jamais perder a pose”, ou seja, o mundo pode cair, mas a presidente mantém sua agenda como se tudo não passasse de intriga da oposição. Agora, entretanto, chegou num ponto que não dá mais para disfarçar. O clima de incertezas voltou com força antes da chegada de 2016 e não vai se resolver quando 2015 for embora.

Delcídio muda o futuro de todos

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A Lava Jato, que a cada dia nos traz uma surpresa, agora fez cruzar destinos. Com a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) todos se entrelaçaram. Vejamos Eduardo Cunha. O presidente da Câmara, como você lerá daqui a pouco na coluna Brasília-DF publicada na edição impressa do Correio Braziliense, vai aproveitar a prisão de Delcídio para jogar o impeachment de Dilma na roda e dar ao cidadão comum a impressão de que a prisão do líder do governo tem ligação com o pedido. Não tem. O pedido de impeachment está relacionado a peladadas fiscais, ou seja, uso de recursos de banco público para pagamento das contas do governo. Eduardo Cunha fará isso para ver se, no meio de tanta confusão, consegue sair de fininho.
Para completar, a turma do Planalto anda tensa com o que Delcídio poderá dizer. Se começar a se sentir abandonado, e ele está se sentindo assim, diante do resultado de ontem no plenário, há quem diga que o senador não hesitará em falar sobre outros senadores enroscados e quem mais chegar. E os personagens em questão não se restringem ao PT. Os peemedebistas também estão bastante preocupados. E quem se preocupa sabe os motivos que tem.

Toda essa novela está apenas começando. Da mesma forma que Eduardo Cunha agora responde pelas contasna Suíça perante o Conselho de Ética, Delcídio será levado ao Conselho do Senado a partir da semana que vem para explicar o que disse nas gravações e os crimes que cometeu naqueles diálogos registrados pelo filho de Nestor Cerveró. Não será fácil ver ali seus amigos do passado interessados na rápida condenação do senador para tirar o caso Delcídio da arena política. Há quem aposte que a vingança de Delcídio virá na forma de uma delação premiada, a única forma de conseguir a liberdade. E aí, muitos terão um só destino.
Não é à toa que Dilma Rousseff está numsilêncio ensurdecedor. Ela sabe do efeito Delcídio sobre seu governo e os desdobramentos que isso pode ter. Os fatos criaram perna e agora andam sozinhos, sem controle. Se servr para limpar um pouco a nossa política, leitor, o contribuinte que rala e paga impostos só tem a agradecer.

Votação aberta igual a “você está preso!”

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A manutenção da prisão agora é mera questão de tempo…
E foi. Os senadores, por 59 votos a 13, decidiram deixar Delcídio do Amaral na cadeia. a cadeia, por enquanto, e uma sala de 9 metros quadrados na sede da Polícia Federal em Brasilia. O resultado nos traz alguns pontos interessantes: São 13 os senadores investigados na Lava Jato, mas não foi deles que Delcídio obteve solidariedade e sim da bancada petista. Parte do PT preferiu preservar o colega porque teme uma delação premiada que termine por afetar o governo. Nos bastidores do governo, há quem tenha medo do que Delcídio possa dizer ou “inventar” para se vingar daqueles que o abandonam.

Tem de tudo

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A preliminar sobre se a votação do caso Delcídio deve ser secreta ou aberta dará uma ideia do que os senadores pretendem, mas nem tanto. O voto fechado foi defendido até agora pelo PT, pelo PMDB e pelo PSD. A oposição, PSDB, DEM, Rede e PSB querem o voto aberto. Tem senador que deseja o voto secreto para votar pela manutenção da prisão de Delcídio sem precisar se expor contra um colega. Outros defensores do voto secreto querem mesmo é votar pela liberdade de Delcídio sem se expor perante à opinião pública. Veremos qual é o maior grupo.

PSDB pede voto aberto para a prisão de Delcídio

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Os senadores discutem nesse momento os autos do Supremo sobre a prisão do senador Delcídio Amaral. Estão na preliminar: como deve ser a votação, inédita na história do Senado. O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, pede voto aberto para que os senadores definam se acolhem a decisão do STF sobre a prisão do senador Delcídio. Cássio lembrou que o constituinte original mencionou o voto secreto, mas a emenda Constitucional de 2001 tirou a palavra “secreto” do parágrafo que trata da situação de senadores presos. Essa sessão vai longe.

Renan: “Voto será secreto”

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O presidente do Senado, Renan Calheiros, acaba de avisar ao blog que a votação da Casa sobre a prisão do senador Delcídio Amaral será secreta em sessão aberta. “A emenda constitucional que abriu o voto para diversas situações não incluiu essa modalidade. Portanto, o voto será secreto”, disse Renan.

A Constituição determina que cabe ao Senado chançelar ou rejeitar a prisão de um senador. No caso do senador Delcídio, a tendência do Senado é confirmar a prisão do senador. E não se surpreenda, leitor, se a votação superior a 70: A ordem entre os senadores é tirar esse tema do colo da instituição.

Lava-Jato chega ao Senado e aos bancos

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O senador Delcídio Amaral e o banqueiro André Esteves foram presos esta manhã pela Policia Federal, numa operação que, comprovada, nos mostrará que, em plena Lava jato, os atores políticos continuam cometendo crimes da maior gravidade. Delcídio consegue hoje ser o primeiro senador da história do país preso no exercício do mandato, por tentar atrapalhar investigações. André Esteves, o banqueiro dono do BTG pactual e maior acionista da empresa Sete Brasil, já estava na mira da força-tarefa da lava Jato. Ele foi mencionado num dos bilhetes do empresário Marcelo Odebrecht no início do ano, quando Odebrecht, que já estava preso, tentava orientar seus funcionários a “destruir e-mails sondas”. André Esteves é suspeito de participação no esquema da Petrobras. Em 2013, o grupo BTG Pactual comprou metade dos ativos da Petrobras na África por US$ 1,5 bilháo. Especialistas disseram que os campos adquiridos pelo grupo de André Esteves valiam muito mais.

A prisão de Delcídio foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal na madrugada de hoje. O ministro Teori Zavascky, responsável pelo inquérito da Lava Jato no STF, chamou o presidente do Tribunal, Ricardo Lewandowski, para uma reunião de emergência ontem, onde informou sobre o pedido de prisão do senador. Não queria que o presidente do STF fosse surpreendido pela notícia na manhã de hoje. Delcídio é acusado de oferecer R$ 50 mil mensais a Nestor Cerveró, ex-diretor Internacional da Petrobras. As conversas onde ele ofereceu inclusive um plano de fuga a Cerveró foram gravadas pelo filho de Cerveró, Bernardo. Diante das evidências, o STF não teve outra saída, senão mandar prender o senador. Teori tem sido rigoroso na análise dos processos e não pretende “aliviar ninguem” que esteja relacionado com o caso. O contribuinte agradece. Mais detalhes no site do Corre

Vistos liberados

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A presidente Dilma Rousseff sancionou há pouco a lei de isenção de vistos por quatro meses, de junho a setembro do ano que vem, período em que país espera ampliar o número de turistas por causa das Olimpíadas. Em tempo de ataques terroristas em Paris e no Mali, houve dentro do governo quem não concordasse com essa liberação. Dilma, entretanto, considera que não são os vistos que tornam um país mais ou menos seguro. O Ministério do Turismo, que lançou a ideia, comemorou a decisão. Agora é trabalhar para que tudo dê certo.

PMDB DISCUTE SUCESSÃO DE CUNHA

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A manobra malsucedida do grupo de Eduardo Cunha na última quinta-feira fez com que os peemedebistas tirassem do armário as discussões sobre quem deve sucedê-lo na presidência da Casa. Há quase um consenso de que ele não concluirá seu mandato de presidente da Casa e ninguém quer ser surpreendido ali na frente com candidaturas de outros partidos. Houve quem discutisse o tema inclusive com o vice-presidente Michel Temer.

Os peemedebistas sabem que o assunto só terá um desfecho no próximo ano, mas pretendem atuar desde já para não permitir que ganhe corpo a tentativa de Cunha de colocar André Moura (PSC-SE) na roda de candidatos. O partido quer o cargo e nem de longe deseja passar a ideia de que o atual presidente tutelará o sucessor.

Casa de ferreiro…
Funcionários da limpeza do Ministério de Desenvolvimento Social lotados na 515 Norte estão há quase três meses sem receber. Sensibilizados com a situação desses funcionários, todos terceirizados, os servidores do Ministério fizeram uma campanha para ajudar e pressionar pelo pagamento.

… Espeto de pau
Esta semana, os servidores foram informados que o MDS repassou os recursos à empresa Rover. Só que os funcionários ainda não viram a cor do dinheiro, trabalhando justamente no Desenvolvimento Social e Combate à Fome, órgão responsável pelos programas sociais do governo. O ministério notificou a empresa. Se não houver pagamento, romperá o contrato.

Recesso, só oficial
Os aliados de Eduardo Cunha vão correr para dar quorum às sessões do Congresso Nacional que forem discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). É que, se a LDO de 2016 não for votada, o recesso será “branco” e a contagem dos prazos para apreciação do processo contra Cunha vai correr sem interrupção em janeiro.

Amortecidos
Empresários e banqueiros começam a pedir a seus analistas que trabalhem com a hipótese de três anos de recessão e Dilma Rousseff no poder. Sinal de que estão jogando a toalha em relação aos pedidos de impeachment.

Troca de comando silenciosa
Desde que foi apontado como um dos defensores de Eduardo Cunha dentro do PSDB, o líder Carlos Sampaio (foto) “mergulhou”. Quem, na prática, tem feito o papel de líder do partido em plenário é o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), integrante do grupo que pressionará pelo afastamento de Cunha da Presidência da Casa.

Divisão no DEM
O Democratas está numa saia justa. Rodrigo Maia integra a tropa de choque de Eduardo Cunha. O líder, Mendonça Filho, tem se posicionado pelo afastamento do presidente da Casa.

A onda da Lava-Jato
Empresários enroscados na Lava-Jato têm pedido orientação a experientes parlamentares amigos. A resposta invariavelmente é “o mundo mudou. É melhor você partir para a delação premiada”.

Nem vem
Os jovens petistas que participam do 3º Congresso da JPT em Brasília são unânimes em rechaçar qualquer acordo para preservar Eduardo Cunha. Sinal de que os deputados que seguirem por esse caminho vão passar maus bocados junto à juventude do partido.