Últimos acordes

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Inconformados com a decisão do Supremo Tribunal Federal de impedir candidaturas avulsas para compor a comissão especial do impeachment, deputados cogitam tentar reverter isso mediante alterações pontuais no regimento interno da Câmara. A ideia é promover esses ajustes regimentais já na terça-feira, na última sessão antes do encerramento dos trabalhos deste ano. Assim, quando o STF retornar do recesso, os parlamentares apresentarão um pedido de revisão da decisão, antes mesmo de analisar a comissão especial do impeachment. Falta combinar com os partidos do governo que, dizem alguns, devem obstruir qualquer votação que possa representar perigo à decisão do Supremo.

Cardozo, o visitante

Permanece cercada de mistérios a visita do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Curitiba recentemente. Há, dentro do PT, quem diga que parte da agenda do ministro mantida em sigilo foi uma visita a dona Edilaira, esposa de André Vargas, que, em outubro, declarou ao juiz Sérgio Moro que tem uma iogurteria e vende bolos e perfumes para sustentar a casa.

Veja bem, Michel

Diante das fracas manifestações pró-impeachment e da gravidade da crise econômica, alguns peemedebistas procuraram o vice-presidente, Michel Temer, para alertá-lo: se ele mantiver a briga pró-impeachment e vencer, vai enfrentar a CUT, a UNE e os movimentos ligados ao PT todos os dias em manifestações na porta do Planalto, fora a divisão dentro do próprio PMDB, se ele chamar José Serra para ministro da Fazenda.

Por falar em PMDB…

A lista para a recondução de Leonardo Picciani não contou apenas com a ajuda de ministro Hélder Barbalho, filho da deputada Elcione. Houve, ainda, a liberação de R$ 20 milhões em emendas de, pelo menos, cinco deputados peemedebistas.

Bombeiros…

Não é para apagar a crise política. O deputado Beto Mansur (PP-SP) conversou com a corporação e decidiu aproveitar esse recesso de janeiro para fazer logo a reforma no plenário da Casa e, assim, obter o alvará do Corpo de Bombeiros para o local. “O plenário tem 55 anos, não tem alvará dos bombeiros”, diz o deputado.

…E obras

Além das portas corta-fogo, o primeiro secretário vai ampliar as rotas de fuga do plenário e criar um corredor de um metro e 20cm nas laterais. Um deputado que outro dia soube da obra comentou: “Desde que não seja rota de fuga para escapar da Polícia Federal, tudo bem”.

Descanso curto/ O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (foto), sai de recesso na próxima quarta-feira e retorna em 4 de janeiro. Para alguém que vem da Bahia, onde há o folclore da preguiça, é algo como passar só um fim de semana na praia.

Volte três casas/ Confronto com Dilma Rousseff, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e, para completar, uma reversão de expectativas no Supremo Tribunal Federal (STF), com a ampliação de poderes dos senadores e dos líderes. Só isso era ontem o suficiente para que nove em cada dez políticos colocassem Michel Temer como o maior perdedor do processo de impeachment até agora. Não é à toa que o vice sairá de férias.

“Barba, cabelo e bigode”/ Quem termina o ano com a sensação de dever cumprido é a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento. Ela começou 2015 com toda a classe política descrente em relação à aprovação do Orçamento. Sai de recesso com a meta fiscal do ano revista, a LDO e o Orçamento aprovados.

Há vagas/ Dilma Rousseff optou por Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda porque as sondagens de gente do mercado não tiveram sucesso. Para completar, até hoje a Secretaria de Aviação Civil continua com um ministro interino, Guilheme Ramalho. Tem aliado torcendo para que o mesmo não ocorra com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Dilma atende o PT

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A transferência de Nelson Barbosa do Ministério do Planejamento para a Fazenda coloca o PT novamente no comando da economia. Havia uma pressão no partido para que Barbosa substituísse Joaquim Levy há muito tempo, mas a presidente Dilma Rousseff resistia. Agora, ela joga para se reaproximar do seu partido e dos movimentos sociais. Não se sabe, entretanto, diante de uma economia tão combalida, como atender as reivindicações desses movimentos, algo que requer recursos, e, ao mesmo tempo, convencer o mercado de que o Brasil ajustará as suas contas. Essa mágica é que Nelson Barbosa terá que apresentar como projeto e no curto prazo. Vamos aguardar o que dirá o novo ministro

“Dilma é quem banca a política econômica””

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Enquanto o jogo do impeachment passa agora ao subterrâneo (leia post abaixo), sobe à ribalta a economia e a substituição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, não descarta uma conversa entre Dima e Levy ainda hoje, e aproveitou uma rápida conversa com jornalistas há pouco para dizer que quem banca a política econômica é a presidente da República. A frase foi vista como um sinal de que a presidente talvez encerre o ano com um ministro interino deixando a apresentação do novo titular do cargo para depois do Ano Novo. Afinal, a presidente, diferente do Legislativo e do Judiciário, não pretende tirar férias durante todo o mês de janeiro.

O jogo agora é no subterrâneo e no PMDB

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A primeira batalha

Com Leonardo Picciani de volta ao comando da bancada do PMDB, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, desistiu de compor a comissão especial do impeachment agora. A ideia é deixar para fevereiro, quando Cunha tentará retomar o controle do PMDB e influir na escolha dos representates de partidos como o PP, o PTB e o PR, onde tem um número expressivo de aliados. É esse trabalho a que todos vão se dedicar a partir da segunda semana de janeiro. Você pode ter certeza: Essa história de fim de termino do período legislativo apenas apagaram as luzes e desceram o pano, encobrindo o palco para que você não veja os acordos que vão se desenhar nas coxias daqui até fevereiro, no retorno das atividades do Congresso. Vamos acompanhar.

Lava Jato racha PMDB

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“Não vou tirar Dilma para botar Eduardo Cunha na presidência da República”. A frase é dita reservadamente a amigos pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Isso porque, em várias conversas que manteve nos últimos dias, o senador saiu convencido de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, passa dias e noites cobrando do Ministério Público que volte suas baterias contra o senador. Essa desconfiança contrapôs Renan ao vice-presidente, Michel Temer, que é tido como mais ligado ao presidente da Câmara do que ao grupo do Senado.

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Entre os aliados de Renan, há quem vá mais além e diga que Temer não consegue dizer não a Eduardo Cunha, daí a ira de Renan sobre Temer numa entrevista concedida ontem, em que o senador responsabilizou o vice-presidente por grande parte das dificuldades políticas do momento. Temer, que até aqui pregava a pacificação do país, terá que pacificar primeiro o PMDB. Com o partido dividido e sem o apoio do Senado, ele não governará.

Cantinho da criação

O presidente do Senado, Renan Calheiros, e o líder da bancada, Eunício Oliveira, saíram da casa do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, às 3h30 da madrugada de ontem. As análises saídas dali inspiraram as declarações de Renan contra o vice-presidente Michel Temer. Essa guerra interna vai longe.

Ação & reação

O pedido do Ministério Público de afastamento de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara levará o deputado a se aproximar ainda mais do vice-presidente, Michel Temer, e o Supremo Tribunal Federal a trabalhar dobrado esses dois dias até o recesso. Há, entre os ministros, quem diga que não dá para sair de férias deixando esse pedido pendente, ainda que se termine a apreciação do rito de impeachment.

Próximos capítulos

Conforme antecipou a coluna há alguns dias, os partidos de oposição começaram a estudar se há algum ponto do rito de impeachment que permita o ingresso de “embargo de declaração” e, assim, adiar a apreciação final do tema para fevereiro, quando a Justiça retoma as suas atividades.

Romário fora

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, destituiu o senador Romário do cargo de presidente do diretório estadual do partido. A gota d’água foi o envolvimento do tesoureiro estadual da legenda, Wilson Musauer, nomeado pelo senador, em caso de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha no Rio de Janeiro.

Levy fora

O meio político já trata Joaquim Levy como ex-ministro da Fazenda. Consideram que ele está apenas “fazendo a transição”.

Porta errada/ Ainda de pijamas na manhã de terça-feira, o vice-presidente do conselho de Ética, Sandro Alex (foto), assistia ao noticiário na tevê. Justamente quando um repórter informava “a Policia Federal realiza neste momento 53 mandados de busca e apreensão…”, toca a campainha. Pelo olho mágico, Alex se depara com dois homens de terno. Abre a porta e… “O senhor me desculpe, erramos o apartamento”, comenta um dos engravatados. Alex volta à frente da tevê sem esticar a conversa ou fazer perguntas.

Por falar em busca e apreensão…/ A Polícia Federal se apressava ontem a esclarecer que não houve esse tipo de ação relacionada ao líder do PP, Dudu da Fonte. Nem na casa e nem no escritório.

Ponto para Aécio/ Na briga por espaço dentro do PSDB, o presidente do partido, Aécio Neves, terá um aliado na liderança do partido na Câmara. O deputado Antônio Imbassahy, da Bahia, venceu outro baiano, o deputado Jutahy Júnior, ligado ao senador José Serra.

Papéis trocados/ Depois que foi divulgado que Fernando Baiano “pegou” a delação premiada do ex-diretor Nestor Cerveró, os deputados brincavam que o ministro Luiz Edson Fachin “pegou” o voto do ministro Gilmar Mendes, dada a decisão de manter a votação secreta feita pela Câmara para fazer a comissão especial.

Renan versus Michel

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Na superfície, a discussão sobre se as novas filiações partidárias devem passar pelo comando partidário, conforme decidido hoje de manhã. No subsolo, entretanto, essa briga é muito maior. No pano de fundo,está a briga pelo controle do partido e pela própria sobrevivência na selva da política devastada pela operação Lava Jato.
Numa entrevista mais cedo, Renan colou no governo Dilma Rousseff e expõs o vice-presidente Michel Temer como alguém que tem culpa pela crise política. Rena n acusou o partido de, quando chamado á ajudar na condução da politica, se preocupar mais com o “RH”m ou seja, os cargos, perdendo assim a oportunidade de qualificar sua participação no governo.
Renan deixa claro de que lado ficará. O grupo de Michel insiste hoje no impeachment, trabalha com ele e se aproxima cada vez mais da ala construída por Eduardo Cunha, com ramificações inclusive em outras legendas, como o PP e o PR. Enquanto isso, Renan e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, cerram fileiras em favor de Dilma, olhando lá na frente, em 2018. O plano de Renan é reeleger o filho governador. O de Pezão, se tudo der certo, manter o PMDB no comando do estado com um nome próprio.
O plano de Michel é diferente: Quer assumir agora o governo, uma vez que é candidato único, e assim, tentar construir alguma aliança com a oposição a fim de tentar passar para a história como o homem que ajudou a país da crise. Não é de se estranhar que, diante de tantos projetos, José Sarney esteja quieto.

Cunha tenta unir PMDB contra o governo

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A entrevista que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, concedeu há pouco teve um único objetivo: jogar todo o PMDB contra o governo. Ao longo da quase uma hora em que ele respondeu perguntas dos jornalistas, ele foi incisivo ao dizer que a operação Catilinárias foi concentrada no PMDB: “Causa estranheza essa operação em cima da gente”, disse ele. Ele disse ainda que não houve operação em cima do PT. parece esquecer, entretanto, que o tesoureiro petista, João Vaccari Neto, está preso dentro da mesma Lava Jato que agora investiga o PMDB.
Diante da confusão, Cunha se preparava para anular a decisão do Conselho de Ética que, por 9 a 11, determinou nessa manhã a continuidade das investigações contra ele. O recurso, que inicialmente deveria ser enviado à Comissão de Constituição e justiça, desaguou há pouco na Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara e de lá seguiu para o gabinete da Presidência da Casa.
Daqui a pouco, o PMDB editará uma nota sobre a Operação. Este 15 de dezembro, por sinal, 15 é o número do PMDB, ainda não terminou.

Catilinárias atinge PMDB e balança tudo

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Essa nova Operação da Polícia Federal deixou o governo pra lá de preocupado. Peemedebistas de vários grupos consideraram a ação uma retaliação do governo ao partido. A resultante será um aumento da pressão para o rompimento do PMDB com o Planalto.
Na Câmara, o clima é de guerra. No Senado, ainda existe uma cautela em relação a que atitude tomar. O presidente do Senado, Renan Calheiros, ainda não se pronunciou, mas já se sabe que a casa dele não foi alvo direto dos mandados de busca e apreensão cumpridos hoje cedo pela Polícia Federal. Em Alagoas, houve ação na sede do partido. O entorno de Renan, entretanto, não escapou. O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado foi alvo da operação, assim como o senador Edison Lobão, mais ligado ao ex-presidente José Sarney do que a Renan.
A preocupação principal do governo é com as votações de medidas provisórias e com as leis Orçamentárias de 2016. Diante desse clima de “barata voa”, difícil conseguir tranqüilidade para as votar qualquer coisa nas duas Casas.

Barraco no jantar

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A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e o senador José Serra (PSDB-SP)viraram o assunto no jantar de confraternização do líder do PMDB, Eunício Oliveira. Kátia defendia ardorosamente o mandato da presidente Dilma Rousseff. De repente, ao cumprimentar Serra, o senador faz um comentário grosseiro, referindo-se à ministra como “namoradeira”. Kátia não perdoou: “Você me respeite. Como você quer chegar á Presidência da República se não respeita as mulheres?”, indagou ríspida, soltando uma série de adjetivos, como “feio”, “grosso” completando como um “nunca vai chegar à Presidência da República”. A briga terminou quando Serra tentou pedir desculpas, alegando que estava apenas “brincando ” ao se referir a ela como “namoradeira”. A resposta da ministra foi o despejo de um copo de vinho no senador.

Em conversas reservadas, os senadores que presenciaram a cena concordaram que o comentário de Serra foi desagradável e grosseiro e que, se a ministra estivesse acompanhada do marido,o senador poderia ter levado um soco. Porém, consideram que ela errou ao jogar um copo de vinho tinto no parlamentar diante de um pedido de desculpas.

É, leitor, no meio politico, andam todos com os nervos à flor da pele.

Cunha sem limites

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A destituição do relator do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética por ato de ofício do vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão, foi considerada mais um golpe do presidente da Casa, Eduardo Cunha. Os deputados consideram que a rede de manobras está tão grande que só o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá afastá-lo.