Raupp recua em novas eleições

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O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, discursará hoje à tarde para anunciar que não assinará a proposta de emenda constitucional sobre antecipação das eleições. Ele havia lançado essa ideia há duas semanas, antes da aprovação do impeachment pela Câmara. Agora, entretanto, na avaliação dele, o cenário mudou. Ele dirá que eleições não vão resolver o problema é que o PMDB conseguirá tirar o país da crise.

O dilema de Dilma

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Se perceber a impossibiidade de arregimentar 27 votos no Senado contra o impeachment, a presidente Dilma tentará tirar votos da oposição jogando na proposta de antecipação das eleições. O tema já começou a ser discutido reservadamente entre os aliados dela, como uma forma de se vingar do vice Michel Temer, dentro da linha, “se Dilma cair, ele também cai”. Aliás, quem prestou atenção na fala da presidente mais cedo percebeu que, daqui para frente, o alvo principal de Dilma deixa de ser o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e passa a ser Temer. Por que? Temer agora ficará mais em evidência, diante da maioria para lá de absoluta que o processo de impeachment conquistou na Câmara e tentar desgastá-lo, na avaliação de alguns governistas pode levar o eleitorado a considerar o “ruim com ela, pior sem ela” ou partir para o movimento “nem-nem”, ou seja, nem Dilma, nem Temer.

A estretégia dos aliados de Dilma, entretanto, tem um problema: No momento em que ela entrar de cabeça na antecipação das eleições é sinal de que desistiu do próprio mandato e jogou a toalha. Portanto, avaliam alguns, o timing dessa operação será fundamental. Até aqui, a presidente pecou por tomar decisões atrasadas. Desta vez, se for cedo demais, corre o risco de colocar o governo em liquidação antes da hora. Se for tarde, pode parecer um desespero. É um dilema para ninguém botar defeito.

Quórum alto ajuda oposição

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O governo está preocupado com o fato de 504 deputados já terem registrado presença. Na avaliação de líderes partidários, esse número favorece a oposição. No início do dia, os governistas adotaram a estratégia de não registrar presença, mas, antes do meio-dua, esse recurso falhou, porque já havia maus de 342. Foi então que os aliados de Dilma começaram a marcar a presença no plenário. O semblante dos governistas não é dos melhores nesse momento

Padilha percorre gabinetes

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Enquanto o ex-presidente Lula conversava com deputados em busca de ausentes ao plenário hoje, o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, um dos generais de Michel Temer, percorria os gabinetes das lideranças partidárias em reuniões a fim de conferir os votos pró-impeachment. Ele esteve no DEM, no PMDB, no PTB, no Solidariedade e no PSD. Padilha deixou o Congresso há pouco, contabilizando 370 votos de “piso”. Ele está agora a caminho do Palácio do Jaburu, onde Michel Temer acompanha a sessão da Câmara. A previsão dos deputados é a de que a votação comece 17 hs, dada a avalanche de questões de ordem.

Relax, Dilma

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A presidente Dilma Rousseff reservou uma hora neste sábado para receber o médico chinês Gu Hang Hu, especializado em acupuntura. A intenção da presidente é aliviar os pontos de tensão. A esta altura do campeonato do impeachment, Dilma não deve ter um ponto de relaxamento…

Bancada evangélica se reúne com Temer

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Daqui a pouco, o vice-presidente Michel Temer recebe no Jaburu 30 deputados da bancada evangélica. O encontro será no mesmo horário da reunião em que o PMDB pretende fechar a posição pró-impeachment.
Na classe política, há um detalhe sutil, subjetivo, porém importante, que contará muito na hora do voto a respeito do impeachment em plenário, onde os argumentos políticos prevalecem sobre os técnicos: o tratamento.
Há cinco anos, os políticos se mostram ávidos por reuniões, conversas e um contato maior com quem manda no país, o chamado “empoderamento” que Dilma não costumava proporcionar a deputados e senadores. Temer, que já foi parlamentar, tem se dedicado a esses salamaleques com afinco. Dilma, por mais que se esforce agora, não convence grande parte desse público, porque teve cinco anos para isso é não o fez. Esse é um dos fatores que, para muitos, pesa nessa altura do campeonato.

Gim quer falar

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No vôo que o levou até Curitiba ontem, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) comunicou a quem interessava: “Podem chamar os procuradores”. A senha está dada. Gim quer falar. Ou, no mínimo, está mandando recados aos que podem ser arrastados para a fogueira junto com ele. É a Lava Jato cada vez mais próxima dos políticos às vésperas da votação do impeachment no plenário da Câmara.

Gim, um imponderável a mais

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Quem conhece, garante que ele não ficará na cadeia, enquanto seus antigos colegas de Senado permanecem incólumes. As apostas de quem conviveu com o ex-senador Gim Argello, do PTB, são as de que logo virá uma delação premiada. Cordato e bom de conversa, Gim chegou ao Senado em 2007, rompendo um acordo. Joaquim Roriz, alvo de denúncias de corrupção, renunciou ao mandato de senador e combinou a renúncia dos seus suplentes para forçar nova eleição. Gim, o primeiro da fila, gostou da cadeira e ficou.
No Senado, aos poucos foi se “enturmando” com o PMDB de Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney. Gostava ainda de passar a ideia de que era amigo íntimo da presidente Dilma Rousseff, nos tempos em que ela chefiava a Casa Civil. Em 2010, foi incansável na campanha da petista. Mais tarde, chegou a ser indicado para o Tribunal de Contas da União , mas não emplacou por causa dos processos que responde na Justiça. Da Aquarela, a operação que derrubou Roriz, à Zelotes, passando pela Lava Jato, Gim está em todas.

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Agora, só falta Teori

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Depois que a ministra do Supremo Tribunal Federal Carmem Lúcia fatiou a operação Zelotes remetendo o nome de Lula para investigação na primeira instância, ampliaram-se no Planalto as suspeitas de que o ministro Teori Zavascki pode fazer o mesmo com o ex-presidente no que se refere ao processo da 24ª fase da Lava Jato, entregando Lula ao juiz Sérgio Moro.

Conforme antecipou a coluna na semana passada, o Planalto teme que as investigações sobre o ex-presidente ainda estejam no STF por causa da presidente Dilma. Nesse caso, o ministro Teori, tratado no meio jurídico como um dos mais técnicos do tribunal, analisaria se a presidente Dilma Rousseff cometeu algum crime, na hora em que nomeou Lula ministro. E é aí que, avaliam alguns, mora o perigo.

Novo discurso
O governo vai bater bumbo com o recuo da inflação de março para ver se consegue convencer parte dos congressistas dos partidos de esquerda de que ainda é possível consertar a economia sob o governo da presidente Dilma Rousseff. A investida da semana será sobre o PSB, antigo parceiro petista. Ali, havia até quinta-feira apenas três votos contrários ao impeachment. É nos socialistas que o PSDB também pretende investir para não perder votos favoráveis ao impedimento.

Apostas
Os governistas estão convictos de que, se a presidente Dilma Rousseff perder por pouco na comissão especial, é sinal de que pode vencer no plenário. Na madrugada, entretanto, muitos estavam meio descrentes dessa hipótese por causa dos 39 pronunciamentos pró-impeachment, com apenas 19 favoráveis ao governo.

Oráculo
Do alto de quem viveu muitas crises governamentais, o ex-presidente José Sarney tem dito a amigos que não acredita no impeachment. A um dos interlocutores reagiu assim: “Estou aqui desde Getúlio. Não vai ter impeachment”. Na hora, o sujeito que garante ter ouvido essa frase de Sarney pensou em Jorge Bornhausen, ministro da Casa Civil de Fernando Collor famoso à época por ter declarado que a CPI de PC Farias ia dar em nada.

MST, a vingança
Bastou o PMDB deixar o governo para que, na semana passada, o movimento dos Sem terra, o MST, invadisse a fazenda Santa Mônica, do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. O líder é hoje um dos que tenta servir de ponte às alas do partido no Senado, cobrando serenidade daqueles mais afoitos.

Encolher para respirar
A mistura explosiva crise econômica com reflexos da Lava Jato levou a Mendes Júnior, uma das maiores empresas do país, a demitir mais de 10 mil pessoas. É a volta aos tempos em que a família começava um pequeno negócio. As empreiteiras estão na linha de “recomeçar para tentar sobreviver”.

CURTIDAS

#NãovaiterPaolla I/ O diretor, Sérgio Rezende, e parte do elenco do filme “Em nome da lei”, estrelado por Matheus Solano e Paolla Oliveira, vão dar o ar da graça no Congresso esta semana. Não, eles não vêm tratar do impeachment da presidente Dilma,

#NãovaiterPaolla II/ O filme conta a história do juiz Odilon de Oliveira, que desbaratou várias quadrilhas de tráfico de drogas e armas no Mato Grosso do Sul e até hoje anda com escolta policial. A pré-estreia em Brasília, na próxima quinta-feira, será acompanhada de um périplo do diretor e atores pelo Congresso para pedir celeridade na votação do projeto que combate o contrabando.

#NãovaiterPaolla III/ Paolla Oliveira não virá a Brasília. Ela, que já tirou a concentração de muitos com a cena em que Danny Bond,aparece numa loungerie fio dental em Felizes para Sempre?, a minissérie filmada em Brasília, prefere não provocar tumulto num momento em que as excelências precisam se concentrar na votação do processo de impeachment.

Por falar em impeachment…/ Passava da 1h30 da matina de sábado na comissão especial, quando Marcos Feliciano, em tom de pregação, diz que quem votar contra o impeachment é um “Judas, deve se enforcar e não poderá olhar nos olhos dos filhos”. Chico Alencar, do PSol, contrário ao impeachment, não se conteve: “Isso é apelação baixa de quem se julga dono da verdade e usa a religiosidade em proveito próprio. Meus filhos continuam orgulhosos do pai”. Feliciano retrucou e foi a senha para que quase começasse uma discussão. Na saída, Alencar fez o sinal da Cruz para Feliciano e brincou: “É a benção de Judas!” A resposta: “Essa eu aceito!”