Troca da guarda

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No mercado da advocacia, há quem aposte na troca iminente da defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Supremo Tribunal Federal (STF). É que já foi detectada uma certa hostilidade do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o ex-procurador Antônio Fernando de Sousa, hoje advogado de Cunha. A substituição seria apenas no sentido de proteger o cliente.

Climão I
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não deu a menor satisfação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de que faria hoje uma sessão do Congresso Nacional. A leitura foi a de que a relação entre os dois não está lá essas coisas.

Climão II
O mesmo vale para a relação do PMDB com o presidente da Câmara. Nos bastidores, até aliados de Cunha alegam desconforto com a situação de ter o comandante da Casa réu na Lava-Jato. Se seguir por esse rumo, corre o risco de falar e não ser ouvido pelos seus pares. Por enquanto, ele ainda não passou por esse constrangimento.

Amedrontar para afastar
Os alertas sobre possíveis conflitos nas manifestações previstas para 13 de março, próximo domingo, levaram os oposicionistas a ficarem desconfiados de uma tentativa de esvaziar o movimento. Afinal, é sabido que a oposição só terá fôlego para tratar do impeachment se houver gente na rua para pedir o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Reflexão
“Se vier o apoio ao rompimento, ótimo. Se não vier, pelo menos, faremos o partido refletir a respeito.” Do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), autor de uma moção para que o partido rompa com o governo Dilma Rousseff

Que Lula, que nada!
O que preocupa os congressistas hoje é a delação de Delcídio do Amaral. Isso porque a situação está complicada: senadores acreditam que não têm como deixar de condená-lo. E, nesse caso, Delcídio não terá nada a perder, reforçando as suspeitas da força-tarefa sobre vários políticos com mandato. É isso que mais tira o sono de alguns senadores e vários deputados.

Direto ao ponto
Diante da polêmica a respeito da nomeação do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, os palacianos comentavam que era o único nome neutro à disposição. Se a indicação for derrubada na Justiça, o jeito vai ser carimbar a pasta com um nome do PT de carteirinha. Wadih Damus está no páreo.

Ainda tem muito chão pela frente…/ A reportagem do Fantástico que apresentou a prateleira da fase 31 da Lava-Jato assustou os políticos. É sinal de que ainda vem muita coisa por aí e também que os detentores de mandato eletivo não estão fora da roda dos mandados de busca e apreensão.

Cochilo/ Dentro do próprio PT, há quem considere que o partido deveria ter arcado com as despesas de deslocamento da presidente Dilma Rousseff para São Bernardo no último sábado, quando ela visitou o ex-presidente Lula. Afinal, não era uma visita de estado e sim a solidariedade pessoal e partidária.

Périplo/ Os ministros que têm alguma responsabilidade, ainda que periférica, com as Olimpíadas vão passar pelo Rio de Janeiro esta semana e na próxima. A maratona termina em 18 de março numa reunião geral, com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Firme?/ Quando o ministro Gilberto Kassab (foto) declara que seu partido está “firme”com a presidente Dilma, os deputados garantem que metade já foi embora.

8 de Março/ Se não fosse tanta crise, até que dava para comemorar.

O pós 04/03

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A condução coercitiva de Lula fez com que cada partido tomasse o seu rumo e outros se dividissem. A nota oficial do PSB, por exemplo, colocando-se de vez na oposição, causou mal-estar entre filiados. A bancada do Senado, mais afeita à continuidade de uma amizade com os petistas, divulgou outra, criticando a condução coercitiva. PMDB, conforme já dito aqui, manteve-se em silêncio, enquanto o PSol, saído de uma costela petista, não fechou totalmente com os partidos de oposição que pedem o impeachment de Dilma. Nem Marina Silva, da Rede, o fez. O 4 de março, se era para testar como se comportam os atores da política, deixou claro que Lula, certo ou errado, ainda detém poder de incendiar a militância de seu partido e tem amigos entre os adversários.

PMDB em desembarque

Os peemedebistas voaram mais cedo neste fim de semana para Brasília a fim de avaliar a crise. Entre eles, há quem diga que não há mais como segurar a presidente Dilma. A mesma avaliação é feita para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Onde mora o perigo I

A possibilidade de ver sua mulher, Cláudia, na rede do juiz Sérgio Moro deixou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em pânico. Se ele obrigou Lula a depor, pode fazer o mesmo com a primeira-dama da Câmara e a filha.

Onde mora o perigo II

Quando Eduardo Cunha se sente acuado, ele desconta na pauta da Casa. Mas, com a família em risco, há quem aposte na renúncia. Desdobramentos virão.

Operação Uruguai

Do Paraná, quem vê Ciro Gomes candidato a presidente da República pede que ele vá devagar com o andor. Dario Galvão, da Galvão Engenharia, detentora de obras no Ceará, está na fila das delações premiadas.

Coutinho na corda bamba

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, entrou na mira dos dirigentes de seu partido, o PSB. Se ele for arrolado no petrolão, terá que deixar a legenda. Os socialistas querem distância dessa confusão.

Pegou/ Os peemedebistas só se referem ao ministro da Saúde, Marcelo Castro (foto) como Marcelo Zikastro. Enquanto tiver mosquito se reproduzindo por aí, é assim que ele será chamado.

Aloprou/ Depois do vídeo gravado pela deputada Jandira Feghali no diretório do PT em São Paulo, ela vem sendo chamada de “aloprada” pelos petistas. É aquele em que, ao fundo, Lula conversava ao telefone, segundo ela disse, com a presidente Dilma. Ou alguém fez alguma montagem com um timbre parecido com a voz do ex-presidente, ou ele mandou mesmo a força-tarefa da Lava-Jato enfiar o processo dele (Lula) “naquele lugar”. Em tempo: se os petistas estão reclamando, é um sinal de que, talvez, seja verdade.

O crime compensa?/ Amigos de Lula se perguntam: os operadores, entre eles, Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa, estão todos em casa, cumprindo penas modestas e se preparando para gastar o dinheiro que mantiveram escondido. Isso é justo?

A lei é para todos? / Outra é a seguinte: outros, entretanto, só pelo fato de terem foro privilegiado, continuam por aí, como se nada tivesse acontecido. Isso é justo? Pelo que se vê de março, e dos impropérios mútuos ditos nos bastidores, a crise só tende a piorar.

Primeiros passos

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Primeiros passos
O programa partidário do PMDB que vai ao ar hoje à noite foi lido no meio político como uma espécie de “pode tirar a Dilma que a gente segura”. Entretanto, a mesma oposição que acalenta o sonho de afastar a presidente e o PT do poder não sente firmeza nos peemedebistas por causa do envolvimento de caciques do partido na Lava-Jato, nem confia no tamanho desse grupo que desfilará na tevê se colocando como a saída para a crise.
Enquanto o PMDB não demonstrar unidade além da telinha, o programa de hoje será apenas um passo. Mas, em política, não restam dúvidas: o mesmo PMDB que tentou caminhar na direção do impeachment no ano passado voltou a andar.

Jefferson, o retorno?
O ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o esquema do mensalão, cruzou os dedos ontem, quando seu pedido de indulto saiu das mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso para que o Ministério Público se pronuncie.

Movimentos partidários
A janela para troca de partido começou a animar os pré-candidatos a prefeito. Na Bahia, é dada como certa a saída de Walter Pinheiro do PT para o PSD do vice-governador, Otto Alencar, a fim de garantir a vaga para concorrer à prefeitura contra ACM Neto, candidato à reeleição.

Cunha e o PP
A eleição de Aguinaldo Ribeiro para líder do PP mediante acordo com Cacá Leão teve o dedo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e do presidente do partido, Ciro Nogueira. Cacá era o preferido do Planalto. Aguinaldo, embora também seja simpatizante do governo Dilma, do qual foi ministro, é mais ligado aos dois.

Cunha e seus adversários
O deputado Marquezan Júnior (PSDB-RS), que integra o Conselho de Ética da Câmara e votou a favor do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no primeiro parecer, perdeu a relatoria do projeto que fixa o teto do funcionalismo. O comandante da Câmara tirou o projeto da comissão e designou como novo relator o deputado Ricardo Barros.

Cunha e os juízes
A votação do teto, entretanto, é considerada difícil por causa da resistência dos juízes ao texto. E, sabe como é: no meio desse climão da Lava-Jato e da onda de investigações que sacode a política, ninguém quer brigar com a turma da Justiça.

Marun Vandré I

Desta os petistas não vão gostar. Numa confraternização ontem, em Brasília, o deputado Carlos Marun (foto), do PMDB de Mato Grosso, tem uma nova versão da música que virou símbolo da luta contra a ditadura militar nos anos 1960. O refrão de “para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, ficou assim: “Vem, vamos pra rua/ pôr pra fora o PT/ E o Lula e a Dilma junto/ Que é pro Brasil renascer”.

Marun Vandré II
Marun não parou aí. Sobre a música de Vandré, e a estrofe “nas escolas, nas ruas, campos, construções”, ficou assim “O Brasil está chorando/E precisa de nós/ É preciso lutar/ Nossa arma é a nossa voz/ Nas escolas, indústrias, campo, construções,/ caminhando e cantando esse nosso refrão/ Vem, vamos pra rua (…)”.

Discurso do momento
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, já havia citado em entrevistas que questões internas contribuíram para a crise econômica e agora incluiu em pronunciamentos. Apesar do cuidado para não melindrar seu partido, o PT, ele não tapa o sol com a peneira. No seminário Dialogar para Liderar, promovido pelo Correio Braziliense, chegou a receber alguns aplausos ao fazer esse reconhecimento.

Carona no Moro
O programa do PMDB que vai ao ar hoje à noite apresentará os 12 pré-candidatos a prefeito de capital pelo partido e, no embalo de Sérgio Moro, pretende lembrar: “Em outubro, o juiz é você!”.

cheiro de fumaça

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Nas conversas mais reservadas dos fiéis escudeiros de Dilma Rousseff, a avaliação é a de que a prisão temporária de João Santana tirou de cena qualquer possibilidade de diálogo com a oposição, em especial, o PSDB. As pontes para as conversas, que ainda estavam em fase de construção, ruíram e, com elas, a discussão de propostas para tentar salvar o que ainda resta da economia nacional. No Planalto, há a clara sensação de que a ideia dos oposicionistas hoje é juntar as crises política e econômica para, a partir daí, passar a ideia de que um novo governo tem a solução para os dois problemas.

O receio do Planalto é saber como se comportará o PMDB. Já é voz corrente no governo e na oposição que a parcela do PMDB que se mantém afastada voltou a se animar e a procurar o vice-presidente Michel Temer num movimento pró-impeachment. O sucesso da empreitada dependerá do que vier pela frente. Não é à toa que o clima de tensão é visível entre os palacianos.

Os trabalhos de Wagner

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, elencou três tarefas para cumprir até o fim desta semana: nomear o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) como ministro da Aviação Civil; o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado; e, por fim, eleger Cacá Leão como líder do PP na Câmara. Cacá é filho de João Leão, vice-governador da Bahia.

Pendências

Deputados da CPI dos Correios, que investigou o mensalão, comentavam que jamais descobriram quem foi o depositante dos recursos que Duda Mendonça recebeu no exterior pela campanha de Lula. O publicitário Marcos Valério disse, à época, que não foi ele. Sabe-se apenas que a ordem partiu de Delúbio Soares, ex-tesoureiro.

Educação no TCU

O Tribunal de Contas da União se prepara para retomar hoje o julgamento do edital para abertura de novos cursos de medicina. O edital foi publicado no ano passado pelo Ministério da Educação, mas a divulgação do resultado foi suspensa em junho pelo próprio tribunal por suspeita de irregularidades e a ministra Ana Arraes, relatora do caso, pede agora o cancelamento e abertura de nova seleção. O governo tem pressionado no sentido de evitar o cancelamento.

A vingança

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, colocou em votação a proposta de emenda à Constituição do deputado Wanderley Macris (PSDB-SP) que aumenta os recursos da saúde. Os aliados de Cunha não veem a hora de assistir ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, espremido entre o governo, que é contra a PEC, e a defesa de mais verbas para o setor. Castro na semana passada deixou o cargo por algumas horas só para ajudar a derrotar Hugo Motta, candidato de Cunha a líder do PMDB.

CURTIDAS

Olha o acarajé!!!/ O deputado Paulinho da Força (SD-SP) pretende levar várias barraquinhas de acarajé para a manifestação pró-impeachment que as oposições pretendem fazer em 13 de março. Tudo para lembrar o nome da 23ª fase da Lava-Jato, que atingiu em cheio o marqueteiro João Santana.

Olhar de Dilma/ A presidente tem reunido vários ministros para tratar das Olimpíadas 2016. Ontem, foram 15. A mágoa do governo é o pouco espaço que o assunto tem recebido na imprensa. Tem muita gente no Planalto reclamando que a mídia só fala de João Santana e há outras coisas que precisam ser divulgadas.

Mistério na Casa Civil/ Assessores da Casa Civil descobriram três páginas do ministério no Facebook, incluindo uma “Casa Civil residência”. O problema é que até hoje não se sabe quem criou os perfis. O governo agora vai pedir ao Facebook que tire as páginas do ar.

Praga palaciana/ O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (foto) passou maus bocados na Espanha. Uma queda fez com que colocasse uma placa de titânio na perna esquerda e sete parafusos. “Foi o Planalto tentando derrubar o senhor?”, brincou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). “Nada, nem cheguei perto da Dilma!”, respondeu Tarso. “Ah, então foi um drone!”, completou o paulista.

O embrulho da CPMF

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Passada a eleição do líder do PMDB, o governo começa a discutir as formas de dar discurso aos deputados da base aliada para tentar emplacar a CPMF. Muitos envolvidos nas análises de cenários para apreciação do imposto do cheque consideram que a proposta, sem acessórios, não sai. A ideia é apresentá-la dentro de um contexto mais amplo, que elimine privilégios de alguns setores, alivie algumas taxas e acabe com vinculações obrigatórias. Essa moldura será discutida a partir da próxima semana.

Foram eles!

Os tucanos comentavam à boca pequena que a série de entrevistas da jornalista Miriam Dutra, que manteve um relacionamento amoroso com Fernando Henrique Cardoso nos anos 1980 e 1990, foi estimulada pelos petistas para colocar FHC no mesmo patamar de Lula. Deputados do PT, por sua vez, comentavam que, se o ex-presidente petista teve obras em apartamento feitas por empreiteiras detentoras de contratos com o governo, o ex-presidente tucano teve despesas da amante pagas por empresa que também mantinha relações com o governo FHC.

Primeiro round de 18

Os movimentos tucanos para escolha do candidato a prefeito de São Paulo chamam a atenção de todos os partidos. Fernando Henrique Cardoso e os senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira jogam as fichas em Andrea Matarazzo, enquanto o governador Geraldo Alckmin ficará com João Dória. Se Dória vencer, Matarazzo deixará o PSDB, indo para uma legenda que permita ampliar as perspectivas da candidatura presidencial de José Serra em outras praias.

Segundo round de Picciani

Depois da vitória de Leonardo Picciani, o governo espera que o peemedebista escolha integrantes da comissão especial que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff de forma a privilegiar os mais fiéis ao Planalto na hora do voto. O líder, que prometeu dar espaço para todas as correntes do PMDB, poderá perder substância muito cedo se não cumprir a promessa de dividir o terreno na comissão de impeachment com os adversários.

Gestos & atitudes I

O almoço de homenagem ao chanceler português Paulo Porta, em que Michel Temer recebeu Leonardo Picciani, Eduardo Cunha e Hugo Motta, foi apenas um convescote internacional. Os aliados de Picciani comentavam à boca pequena que o grupo de Temer, leia-se Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima e outros, estava engajado na campanha de Hugo Motta.

Gestos & atitudes II

Os bombeiros do PMDB (sim, eles existem!) não querem mais disputas ferrenhas entre as alas do partido. Depois das conversas entre Temer e o senador Renan Calheiros no fim do ano passado, tem um grupo atuando para que não surja, entre os deputados, nenhum candidato contra Michel Temer em março, na convenção que escolherá o comando partidário.

“Larguei primeiro!”/ Eterno candidato a presidente da República, Levy Fidelix (foto), do PRTB, faz sua largada da campanha presidencial para seus correligionários hoje em Pernambuco. Isso mesmo. Ele aposta que, até maio, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassará o mandato da chapa Dilma-Temer. “Aí, teremos três meses até a eleição. E eu já estou em campo”, diz ele.

E o Cunha, hein?/ Assim assessores palacianos se referem ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): “Ele vai secar no pé”. Tradução: Não sai da presidência no curto prazo, mas perde poder de fogo.

Conversinhas/ Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Jutahy Júnior (PSDB-BA) trocaram ideias por um bom tempo na sala de café dos deputados. Apenas análise do cenário. Sabe como é. Com tantas incertezas na política, a hora é de ouvir opositores para saber o que têm a dizer.

Paciência, paciente!/ A Policia Federal baixou em peso ontem no Casa Park. Calma, pessoal! Nada de Lava-Jato. Estavam no lançamento do livro da advogada Aline Albuquerque, esposa do delegado Luiz Flávio Zampronha, que atuou no mensalão. Com pós-doutorado em direitos humanos, o trabalho aborda os direitos dos pacientes da rede de saúde, que não devem ser tratados como meros consumidores, “usuários” ou clientes nos hospitais e casas de saúde. Faz sentido.

Te cuida, Cunha!

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“Governo é que nem cobra: mete medo até quando está morto.” A frase do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), experiente conhecedor das manhas e maneirismos dos parlamentares, prenunciava ainda na hora do almoço a vitória de Leonardo Picciani.

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, engoliu em seco quando recebeu o resultado. Sabe que deve tomar mais cuidado quando (e se) o processo de cassação atingir o plenário. Cunha jogou tudo e perdeu. Tem num envelope a lista de 38 nomes que haviam prometido votos a Hugo Motta. Oito o traíram. Sinal de que os deputados peemedebistas hoje, apesar do governo enfraquecido, apostam mais em Dilma Rousseff do que no presidente da Casa.

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Foi o primeiro lance político do ano dos quatro traçados pelo Planalto. O próximo é a presidência do PMDB, em março. Michel Temer, entretanto, trabalha desde janeiro para evitar surpresas. Faltarão ainda duas grandes disputas, a presidência da Câmara, na hipótese de Cunha perder o cargo antes de janeiro de 2017, e a votação do pedido de impeachment. Dilma ontem respirou e agora terá que honrar os compromissos assumidos com os aliados do PMDB. Se não o fizer, voltará à estaca zero para as etapas 3 e 4.

Foco de confusão
A Comissão de Assuntos Econômicos recebeu de uma tacada só os quatro relatórios trimestrais de atividades do Banco Central em 2015. A relatora Gleisi Hoffman (PT-PR) considerou que houve cumprimento de todos os planos e metas de inflação no ano passado. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) pediu vistas. O governo pode ter feito tudo em 2015, menos cumprir as metas econômicas traçadas no início do ano passado. É por aí que os tucanos querem começar 2016.

Mercado futuro I
Os três pré-candidatos a presidente da República com assento no Senado fizeram calorosas saudações ao senador Cristovam Buarque por seu ingresso no PPS. Aécio Neves e José Serra, ambos do PSDB, e Álvaro Dias, do PV, têm só um objetivo: colocar Cristovam no papel de vice em 2018.

Mercado futuro II
Aécio fez questão de citar que o PPS apoiou sua candidatura na eleição de 2014. Cristovam, entretanto, se fez de desentendido. “Vai ver que ele quer seu meu vice!”

Resultado invertido
Os deputados do PT que foram ao instituto Lula demostrar apoio ao ex-presidente e tiraram fotos sorridentes justamente no calor do adiamento dos depoimentos dele e da ex-primeira dama Marisa Letícia podem ter passado a ideia de deboche sobre as investigações a respeito do negócio do tríplex. No próprio partido, há quem esteja com receio de que a visita termine mal interpretada.

CURTIDAS
“Partido errado”// Assessores palacianos precisam estudar mais as listas de deputados. Ontem, um deles ligou para o Sandes Júnior pedindo o voto para Leonardo Picciani. “Eu poderia até votar, mas sou do PP!” Ih!

“Candidato errado”// Mais tarde, o deputado Esperidião Amin (PP-SC), candidato a líder, divertia-se com a história que Sandes contou a todos os colegas. “Agora, Sandes, você vai receber outro telefonema para pedir que não vote no Esperidião!”

Por falar em telefonemas…// Paulo Maluf (foto) passou por Esperidião Amin no corredor e perguntou: “Recebi telefonemas do Cacá Leão e do Aguinaldo Ribeiro, seus adversários. você não me ligou para pedir o voto”. Amin, sempre rápido nas respostas, saiu-se com esta: “Você não precisa. É voto de cabresto”.

Na área// Secretário de Articulação Política de Roraima, o ex-deputado João Pizzolatti circulava lépido e fagueiro pelos corredores do Parlamento ontem. Investigado na Lava Jato, ele cuida mais dos interesses de suas bases políticas em Santa Catarina do que de Roraima.

Todo poder ao Congresso

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A sanção do Orçamento de 2016 sem vetos foi lida pelos parlamentares como mais um aceno da presidente Dilma Rousseff aos congressistas para essa temporada de votação do impeachment e da CPMF, com o seguinte recado: tudo o que está previsto poderá ser cumprido desde que se aprovem as receitas do imposto do cheque. E, óbvio, a manutenção de Dilma no poder.

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Só tem um probleminha: interessados em agradar os prefeitos, os deputados têm colocado como condição para votar a CPMF a destinação de metade da receita para estados e municípios. Ocorre que, se for para cumprir tudo o que está no Orçamento, a tal divisão não será tão equânime como prometido aos prefeitos nesse ano eleitoral. Para o governo, porém, se a discussão for apenas definir a parcela que vai para cada nível da Federação já será meio caminho andado.

O mais amigo

Que Léo Pinheiro que nada. Na Bahia, todos apontam Ricardo Pessoa, da UTC, como o empreiteiro que tem uma relação bem mais estreita com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Pessoa não mencionou nada a respeito de Wagner em seus depoimentos.

Segunda chamada

O fato de Ricardo Pessoa não ter mencionado o nome de Jaques Wagner nos primeiros depoimentos não tirou esperanças dos oposicionistas em relação ao ministro. Há quem lembre de Júlio Camargo, que só mencionou Eduardo Cunha numa segunda rodada.

Discurso

O vice-presidente Michel Temer já tem as linhas gerais do discurso que levará aos estados em sua campanha para permanecer no comando do PMDB. Pregará unidade e harmonia. Quem estiver em outro projeto que venha com chapa completa para concorrer contra ele.

Por falar em Michel…

Ele determinou ao seu grupo que não se meta na disputa pela liderança do partido na Câmara. É a senha para tentar angariar o apoio do Rio de Janeiro ao seu projeto.

CURTIDAS
Lavagem do Bonfim/ Considerado um dos testes de popularidade dos políticos baianos, a caminhada de 8km que antecede a lavagem do Bonfim tinha ontem algumas faixas de partidos. O PV, por exemplo, colocou lá “um jeito diferente de fazer política”.

Só deu ele/ Quem acompanhou a festa considera que ACM Neto (DEM) só perde a eleição se fizer alguma besteira. A olho nu, na caminhada, ninguém suplantou o herdeiro de Antonio Carlos Magalhães.

Respingos/ A disputa entre o líder do governo na Câmara, José Guimarães (foto), e os irmãos Ferreira Gomes, Cid e Ciro, está cada vez mais acirrada. A disputa vai terminar sobrando para a presidente Dilma Rousseff que, dia desses, havia dito que não brigaria com Cid Gomes em hipótese alguma.

Restrito/ Os on-lines dos jornais impressos ficaram de fora do café da manhã de hoje com a presidente Dilma Rousseff. A regra foi quem estava no primeiro, em 7 de janeiro, não estaria no segundo. A estratégia do governo é falar para todos os segmentos, um de cada vez.

A ordem dos fatores

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A estratégia do PMDB oposicionista de deixar o processo de impeachment no freezer foi combinada com setores de partidos adversários ao governo Dilma. É que, em política, a ordem dos fatores, se invertida, vai alterar e muito o produto. Se tratar do impeachment antes de definido o líder do PMDB para este ano, os oposicionistas do partido acreditam que o movimento não surtirá efeito. O assunto só voltará à cena depois de publicado o acórdão do Supremo Tribunal Federal sobre as regras de tramitação do processo e, principalmente, se houver uma parte expressiva da população nas ruas pedindo o afastamento de Dilma. Antes disso, nada será feito.

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Será o tempo da Lava-Jato decantar as denúncias que surgem agora, envolvendo ministros e o ex-presidente Lula. No momento, até declarações sobre o impeachment têm sido evitadas propositalmente para não avançar o sinal antes que as investigações avancem. O foco agora é tentar tirar Leonardo Picciani do comando da bancada e, depois, se houver sucesso, mudar a pauta para a oposição ao Planalto.

Desidratado

Aos poucos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vai perdendo musculatura na Casa. Entre seus fiéis escudeiros, já existe quem diga que “se Eduardo Cunha ajudava os deputados no ano passado, neste, ele atrapalha”.

Hidratação

A forma que Eduardo Cunha encontrou de tentar se recompor politicamente é colocando a Casa para votar. A ordem é, já na primeira semana de fevereiro, antes do carnaval, colocar medidas provisórias e temas polêmicos em pauta para forçar os deputados a comparecerem a Brasília terça, quarta e quinta-feira pela manhã. A folga será apenas na semana carnavalesca. Tudo para ver se o desgaste diminui.

Cálculo base

Deputados consideram que o fato de o Senado poder decidir previamente se aceita ou não um processo de impeachment contra a presidente da República jogou um balde de água fria sobre aqueles que pretendiam afastar Dilma. Ninguém vai arriscar ficar contra o governo no momento em que a abertura ou não de processo terá que passar pela Casa onde Dilma tem mais apoios.

Sai daí rapidinho

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) aproveita o período de pausa no Legislativo para cuidar da política estadual. Esta semana, aconselhou o governador do Ceará, Camilo Santana, a deixar o PT. Depois que o ex-governador Cid Gomes disse que Dilma Rousseff deveria deixar o partido, nada mais natural.

Dialogar para liderar/ Os Diários Associados e a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial promovem na próxima quarta-feira um seminário sobre a importância do diálogo nas relações da era digital, com a participação de jornalistas, professores, filósofos e especialistas em comunicação. A abertura será às 9h, no auditório do Correio Braziliense. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail dialogarparaliderar.cb@gmail.com ou pelo telefone (61) 3214-1554.

É guerra!/ O ministro da Defesa, Aldo Rebelo (foto), passou ontem por Pernambuco para conhecer a equipe militar de combate ao Aedes aegypti. Isso mesmo. São, pelo menos, 800 militares dedicados a essa tarefa no estado. Cada um cuida da guerra que tem. No Brasil, a do momento é
contra o mosquito.

Serviço não falta/ O combate ao mosquito não é a única tarefa a cargo dos militares país afora. No Nordeste, eles trabalham ainda na distribuição de água por meio carros-pipa e ainda tem a turma de engenharia de infantaria dedicada a parte das obras de transposição do Rio São Francisco.

Pós carnaval/ O primeiro partido que pegará “semana cheia” para apresentar seu programa partidário na tevê será o minúsculo PHS, em 18 de fevereiro. Logo depois, virão aos grandes, PT e PMDB.

A Sete palmos

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Abalroada pela queda no preço do petróleo e pela Lava-Jato, a fornecedora de sondas Sete Brasil é considerada no meio empresarial como uma companhia com os dias contados. A conta corre o risco de parar no bolso dos fundos de pensão. A empresa foi concebida em 2010, num cenário com o preço de petróleo a mais de US$ 100 por barril, para construir sete sondas que seriam usadas pela Petrobras. O negócio prometia tanto que se aumentou para 29 navios. Aí, vieram a Lava-Jato e a queda no preço do petróleo. Os 29 caíram para 15.

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Ocorre que os técnicos da Petrobras comentam em conversas reservadas que o projeto Sete Brasil está obsoleto. Só o Petros, fundo de pensão da Petrobras, investiu R$ 1 bilhão e não viu o retorno, tampouco tem perspectivas de reaver o dinheiro. Em fevereiro, os credores da Sete começam a bater à porta para receber US$ 3,6 bilhões. Os acionistas vão se reunir antes disso para tentar ver o que fazer. Fala-se em recuperação judicial, vista por alguns como a única saída para esse produto, que ruiu depois da junção da crise com a ladroagem descoberta depois pela Lava-Jato.

Aposta nos candidatos

Parlamentares que desejam concorrer às eleições municipais fazem parte da esperança do Planalto em conseguir parte dos votos para aprovar a CPMF, vulgo imposto de cheque. O cálculo do governo é o de que ninguém vai querer assumir uma prefeitura sem ter recursos para pagar as contas e cumprir as promessas a serem feitas na campanha. Geralmente, são em torno de 100 congressistas que partem para a disputa municipal.

Todo cuidado
é pouco

Muitos partidos planejam esperar até março para definirem seus candidatos a prefeito nas capitais e cidades grandes. É que, com a Lava-Jato na ativa, uma certa cautela não fará mal a ninguém.

“Vou trabalhar pela unidade, mas se Renan Calheiros tiver um candidato a presidente do PMDB, eu fico com Renan”

Do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ),
referindo-se à hipótese de disputa pela presidência do partido entre o grupo de Renan e o vice-presidente Michel Temer

Melhor agora

Aliados de Dilma que acompanharam atentamente a manifestação contra o aumento das passagens de
ônibus na sexta-feira em São Paulo comentavam em conversas reservadas que o governo aprendeu: aumentar a
gora os valores faz os movimentos agirem em janeiro, com menor repercussão. Em 2013, o que deu fôlego à onda
de protestos foi justamente a elevação das tarifas em meados do ano.

PCdoB emplaca mais uma/ A ex-deputada Perpétua Almeida, do PCdoB do Acre (foto), acaba de assumir a Secretaria de Produtos da Defesa, voltada para a indústria ligada ao Ministério da Defesa. A familiaridade de Perpétua com a área vem dos tempos em que a parlamentar presidiu a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Gerdau ficou/ O megaempresário Jorge Gerdau Johanpeter permanece na lista de integrantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que se reunirá no fim do mês em Brasília para discutir a conjuntura econômica.

Creuza entrou/ A novidade na lista de integrantes é a presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Oliveira. Ela está no rol que ainda precisa passar pelo crivo da presidente Dilma Rousseff.

Ator & personagem/ Os políticos noveleiros notaram. No capítulo de A regra do jogo que foi ao ar na quarta-feira, o personagem de José de Abreu, que interpreta o chefe da organização criminosa na novela das 9, se referiu aos valores recebidos para um dos capangas como “pixuleco”. Um fiel aliado da presidente Dilma comentava: “Pô, até o Zé de Abreu falando ‘pixuleco’?!!!”

AS ERVAS DO RECESSO

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Nesta primeira semana útil do ano, ninguém no mundo político tem dúvidas de que a Lava-Jato vai dar o tom desse universo em 2016 num salve-se quem puder pior do que o de 2015, porque o cerco começa a se fechar. Até a retomada do Congresso, a série de troca de mensagens entre Leo Pinheiro, o executivo da OAS preso, e autoridades estará no decanter, bem como as demais citações que envolvem os ministros palacianos.

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No Planalto, tudo é visto como um ataque especulativo e seletivo sobre os principais ministros de Dilma Rousseff, em especial Jaques Wagner, da Casa Civil, que começou a refazer as pontes com o Congresso. No PMDB, entretanto, há quem veja nos trechos dos vazamentos uma tentativa de deixar Michel Temer em baixa. Com ambos no desgaste, preserva-se Dilma enfraquecida, sem condições de aprovar a CPMF para salvar a economia. Aí estão a largada de 2016 e a ótica de parte de seus atores políticos.

Relações perigosas

Quem coordenou o processo de transferência da área financeira da Petrobras do Rio de Janeiro para Salvador foi João Carlos Ferraz. Lembrou-se do nome? Ferraz foi o primeiro presidente da Sete Brasil, indicado por Sérgio Gabrielli. Fez delação premiada no ano passado, se comprometeu a devolver R$ 3 milhões e repatriar
US$ 1,9 milhão.

Nova forma I

Os generais do deputado Leonardo Quintão na batalha pela liderança do PMDB decidiram tirar de cena o governo Dilma. Na maioria das conversas, dizem que não se trata de uma briga pró-Dilma nem do Anti-Dilma e, sim, um movimento contra o atual líder, Leonardo Picciani. Há quem diga que Picciani não trata dos interesses da bancada e sim do Rio de Janeiro em sua relação com o governo.

Nova forma II

A mudança de discurso dos adversários de Picciani é vista como um teste para o próprio governo Dilma. É que, se ganhar corpo, é sinal de que o impeachment realmente perde fôlego entre os peemedebistas. A ver.

Por falar em Quintão…

As dificuldades para conseguir um candidato único dentro do PMDB mineiro são consideradas insanáveis.
Isso porque, ali, há uma aliança entre PT e PMDB, e os peemedebistas ligados ao governo Pimentel — leia-se: Dilma Rousseff — não querem dar asas a qualquer movimento contra Dilma no Congresso.

E o Cid, hein?/ Ao fim de entrevista, enquanto tirava selfies com jornalistas, alguém quis saber da presidente Dilma o que ela achava da proposta de Cid Gomes (foto), de voltar ao PDT. Dilma fez uma expressão de que a proposta era uma bobagem e riu: “Não vou brigar com o Cid Gomes, ele pode falar o que quiser que eu não vou brigar com ele. No tempo que convivemos aqui, percebi que é uma pessoa bem-intencionada”.

TQQ/ É assim que técnicos da Petrobras chamam o presidente da empresa, Aldemir Bendine. Há quem diga que ele, muitas vezes, faz a semana parlamentar: terça, quarta e quinta.

Riquinho/ Ah, é assim que advogados da Petrobras chamam o diretor financeiro, Ivan Monteiro. Os advogados da companhia deram o apelido porque consideram que Ivan tem aversão a contenciosos com governos estaduais ou a União. Prefere pagar o que a União pede, sem discutir as dívidas.

O imponderável/ Leo Pinheiro está fora da cadeia, respondendo em liberdade, mas, se voltar para a prisão, é bem possível que termine contando o que sabe.