Emendas suspensas

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Os líderes do governo começam agora a Trabalhar no sentido de convencer os deputados e senadores a desistirem das emendas ao Orçamento que representem novas obras. É que a fonte secou. Na área de Transportes, o desembolso de R$ 1 bilhão por mês para investimentos encolheu para R$ 1 bilhão por ano. Agora, o governo autorizou R$ 4 bilhões para esse setor e destinará a conclusão das obras em andamento, com prioridade ao que falta para concluir e aos corredores de escoamento de produção. Só no Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) são 66 obras paradas.

Eduardo e Michel I
Num encontro com o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB-SP), no Palácio do Jaburu, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria ido explicar por que não pretende renunciar à Presidência da Casa neste momento. Cunha não gostou de ver Temer discorrer sobre a escolha de um candidato único para ocupar o cargo, como se ele estivesse vago. Cunha avalia que tem todo o direito de se defender e nada indica que uma renúncia lhe garantiria esses direitos.

Eduardo e Michel II
O Planalto confirmou a ida de Cunha ao Jaburu. Cunha disse que não esteve lá. Quando a coluna comentou, via mensagem de texto, ao deputado, que a assessoria do Planalto confirmou o encontro, Cunha respondeu apenas “eles se enganaram. Não estive lá”. Então, tá.

A mala que pesa
Foi consenso na reunião do Comitê de Infraestrutura ontem no Planalto que as malas despachadas nos voos nacionais devem ser cobradas à parte pelas companhias aéreas. Não há consenso, entretanto, sobre a taxa de conexão. Aliás, hoje, as pessoas querem mesmo os voos diretos. Não faz sentido cobrar a mais de quem faz conexões.

Enquanto isso, no setor elétrico…
A ideia é reformular tudo, inclusive refazer a modelagem para os leilões da área de energia de agosto e outubro deste ano, de forma a colocar regras capazes de atrair os investidores. A avaliação do atual governo é de que os últimos leilões foram um fracasso. Ops! O ministro da área era Edison Lobão. Do PMDB. Para não deixar Lobão mal, a equipe de Temer tem dito que quem dava a palavra final sobre esse setor era Dilma Rousseff.

Meia-volta
O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Gastão Vieira, vem sendo assediado para retornar ao PMDB. Emissários peemedebistas procuraram-no para dizer que, se ele voltar ao partido, poderá permanecer no cargo. Gastão Vieira hoje é cacique do Pros. No PMDB, era índio. Mas não é totalmente fora de cogitação que possa alcançar um protagonismo maior nesse momento. Afinal, o senador Edison Lobão e seus aliados enfrentam maus bocados por causa da Lava-Jato.

Tudo como dantes // O embaixador do Reino Unido, Alex Ellis, esteve no Planalto ontem para dizer de viva-voz à equipe de Michel Temer que a saída de seu país da União Europeia em nada muda a intenção de estreitar relações comerciais com o Brasil.

Tudo diferente // Embora a iniciativa da conversa tenha sido do diplomata britânico, foi a primeira vez que o embaixador foi convidado a ir ao Planalto.

Acelera, Janot!!! // Até os assessores do procurador-geral, Rodrigo Janot (foto), consideram que ele está demorando muito para concluir os inquéritos relacionados a políticos, especialmente os senadores. Não adianta Janot correr esta semana. É que, com o recesso dos tribunais superiores a partir de sábado, os processos só vão deslanchar em agosto. E olhe lá.

As agruras dos líderes // Na reunião palaciana ontem pela manhã, os líderes governistas reclamaram bastante. O da Câmara, André Moura (PSC-SE), reclamou do presidente interino da Casa, Waldir Maranhão. “Não dá mais.” Falta combinar com Eduardo Cunha. Rose de Freitas (PMDB-ES), líder no Congresso, disse que chegou e encontrou um caos, com medidas provisórias quase vencendo. Para completar, o líder do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), lembrou que o impeachment só sai na segunda quinzena de agosto, em meio aos Jogos Olímpicos.

Lava-Jato na Esplanada reforça impeachment

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Em suas avaliações mais reservadas, os petistas calculam que, diante da prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, o partido perdeu qualquer chance de dizer que o coração do governo Dilma Rousseff e de seu antecessor, Lula, estava blindado contra malfeitos e distante da caixa-preta partidária que perpassou a administração da Petrobras. O esquema estava dentro do Planejamento, pasta considerada chave e integrante do chamado núcleo duro em qualquer administração. Diante disso, integrantes do próprio PT consideram que a chance de Dilma negociar um retorno se esvai.

A tese de levar para dentro da Comissão Especial do impeachment a delação de Sérgio Machado contra o PMDB também cairá em desuso. Em termos de escândalos, tem para todos os partidos.

Ela fica, mas…
A senadora Gleisi Hoffmann conversou por telefone com Lindberg Farias (PT-RJ), pra dizer que não iria ontem à comissão do Impeachment, mas, na semana que vem, pretende reassumir seu posto na defesa de Dilma. Ela só sairá do colegiado se quiser.

…vai ter que engolir
Até aqui, a comissão especial foi cortês e solidária com a senadora petista. Porém, na hora em que o debate esquentar, e tem esquentado todos os dias, há dúvidas sobre o uso de luvas de pelica.

Turbulência & Custo
A investigação de ontem colocou mais uma lupa sobre braços da Lava-Jato em Pernambuco. A ordem agora será cruzar dados da Consulcred com o laranjal estourado na Turbulência no início da semana. Os investigadores consideram que esse braço do esquema não era pequeno, até porque passaram pela Consulcred R$ 32 milhões, praticamente 1/3 do que a PF calcula ter sido desviado.

Efeito Orloff
Adversários de Renan Calheiros viram uma certa defesa pessoal nas reclamações da Mesa Diretora do Senado apresentadas à Justiça contra a busca e apreensão na casa de uma senadora (Gleisi Hoffmann). Algo do tipo, “eu posso ser você amanhã”. Nenhum senador quer passar pelo constrangimento de busca e apreensão sem ordens do STF.

Sobraram as pedaladas
Primeiro, Dilma Rousseff perdeu o direito a usar o helicóptero. em seguida, foi a vez do avião presidencial. Agora, não poderá nem andar de motocicleta com Carlos Gabas, alvo de uma condução coercitiva ontem. Restou apenas… A bicicleta.

A hora deles e delas
A Casa vive o período das agruras dos cônjuges. Primeiro, foi a mulher do senador Telmário (PDT-RR). Ontem, o marido da senadora Gleisi.

Além de Moro
Até aqui, os políticos tratavam Sérgio Moro como um justiceiro que destoava da Justiça de um modo geral. Agora, com a decisão do juiz Paulo Bueno de Azevedo (foto) dentro da Operação Custo Brasil, os políticos consideram que esse comportamento será geral.

Olha a foto!
O repórter fotográfico Alan Marques lança hoje à noite o livro A máquina de Acelerar o tempo, com reflexões e conversas com renomados profissionais da área sobre a arte do fotojornalismo contemporâneo. Leitura obrigatória para fotógrafos, jornalistas, estudantes e, ainda, as fontes retratadas nas imagens, a partir das 19h, no SIG Quadra 2 lotes 420/ 430/ 440 — City Offices Jornalista Carlos Castello Branco, Cobertura C13.

PMDB indica deputado para Turismo

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O presidente em exercício, Michel Temer, vai desagradar o PMDB da Câmara se ouvir conselhos de aliados e nomear uma mulher para o ministério do Turismo. É que uma parcela dos deputados peemedebistas se reuniu e fechou o nome do deputado Newton Cardoso Júnior para o lugar ocupado até a última quinta-feira por Henrique Eduardo Alves. O líder da bancada, Baleia Rossi (SP), levou a decisão ontem ao Planalto. Conforme antecipou a coluna na semana passada, é a bancada do PMDB de Minas Gerais, uma das maiores da Câmara, em movimento a fim de garantir um ministro para chamar de seu.

Evangélicos também querem

Ao mesmo tempo em que Baleia Rossi puxa para a sua bancada, a Confederação Brasileira de Turismo tenta emplacar o deputado Roberto de Lucena (PV-SP), pastor evangélico, que foi secretário de Geraldo Alckmin.

Santo de casa…

O pronunciamento de quase duas horas do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, tinha apenas um objetivo: sensibilizar aqueles deputados que o elegeram para o comando da Casa em 2015 a votar pela suspensão do mandato e não a cassação.

…Não faz milagre

Até mesmo entre os aliados de Eduardo Cunha, o pronunciamento foi visto como mais do mesmo do que ele tem dito ao longo do processo. A diferença é que ali foi tudo dito de forma organizada. A maioria dos aliados continua com a tese de que, enquanto Cunha for presidente da Câmara, ficará difícil tentar emplacar apenas uma suspensão. A avaliação é de que a cassação é questão de tempo.

Lula em movimento

O ex-presidente tem contactado diversos senadores a fim de avaliar o quadro dos votos pró-Dilma no plenário da Casa. Ele tem recebido a seguinte informação: quem disser que está tudo resolvido, está chutando. Seja para um lado, seja para o outro.

Pesos & medidas

Desde a campanha de 2014, ficou uma nuvem sobre o avião que serviu a campanha de Eduardo Campos e onde ele morreu de forma trágica. Agora, com a Operação Turbulência, desencadeada ontem, esse tema até aqui evitado por toda a classe política voltará com força. Numa disputa eleitoral, entretanto, o assunto é considerado de potencial bélico bem menor do que o desvendado pela Lava-Jato, a bomba H dos escândalos políticos.

Discretíssimos/ Saraiva Felipe e Mauro Lopes, os dois deputados que fizeram questão de acompanhar in loco o pronunciamento de Eduardo Cunha no auditório do Hotel Nacional tiraram o bóton parlamentar antes de entrar na sala.

Mudou de vez/ Mauro Lopes, para quem não se lembra, é aquele que foi ministro da Aviação Civil de Dilma por menos de um mês. Saiu para votar contra o impeachment e votou a favor. Ontem, ao atender o telefone, na hora em que estava acompanhando o pronunciamento de Cunha, disse “não posso falar agora, vim dar um apoio moral”.

Cardozo é pop/ O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (foto) mal conseguiu comer um queijo quente no Cafezinho do Senado. Quando chegou, um grupo de professoras que estava ali com a senadora Vanessa Grazziotin fez fila para tirar fotos ao lado dele.

E o Bolso, hein?/ Diante da comoção com o Brasil diante de casos de estupro, há quem diga ser difícil Jair Bolsonaro escapar ileso desse processo.

Pula fogueiraiaiá!!!!/ A semana parlamentar terminou ontem. Ficará apenas a comissão do impeachment, ouvindo depoimentos. Até os senadores têm se referido a essas sessões de oitiva de testemunhas como uma tortura.

Discurso para o futuro

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Cientes de que reverter o impedimento de Dilma Rousseff é missão praticamente impossível, os senadores petistas mudaram o foco na comissão especial do impeachment. Em vez da defesa pura e simples da presidente afastada, uma reunião recente fechou como estratégia tentar se diferenciar do governo Michel Temer na questão econômica, a fim de reconquistar o eleitorado com vistas a 2018. Integrantes do PT passaram, então, a dizer diariamente que, quando o partido era governo, havia uma preocupação maior com os programas sociais. As imagens estão prontas para compor o horário eleitoral deste ano nos municípios e da próxima eleição presidencial.

O governo Temer já percebeu esse jogo. Daí, a ideia de fazer um pronunciamento à nação, defendida por alguns ministros, para que Temer possa apresentar a real situação recebida da gestão de Dilma. O problema é que, com a Lava-Jato no calcanhar do governo e ministros caindo, está difícil centrar todo o fôlego nos assuntos econômicos. Os senadores petistas, hoje na oposição, têm mais tempo de organizar o discurso. Resta saber se vai colar.

Além das multas
A perspectiva de rejeição das contas eleitorais do PT deixa a área financeira do partido insone e não é apenas por causa da suspensão do fundo partidário ou do pagamento de multa. O que tira o sono é o risco de o partido perder a imunidade tributária e ser obrigado a pagar impostos de forma retroativa. Nos tempos do mensalão, quando essa hipótese foi levantada, o Congresso mudou a lei e ligou a suspensão da imunidade a decisões do TSE sobre as contas partidárias. Agora, pelo visto, não haverá escapatória. Os valores ainda não foram calculados, mas é coisa para milhões.

“O Brasil é grande, mas não sabe ser”
Gui Brandão, embaixador, do alto de seus 87 anos e com a experiência de quem já rodou o mundo

Ruim sem ela…
O governo age para tentar deixar em frequências diferentes as denúncias de pagamento de propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e o processo de impeachment de Dilma. A ordem dos peemedebistas é, daqui para frente, repisar com mais ênfase aos senadores que os agentes econômicos esperam apenas o afastamento definitivo de Dilma para dar algum fôlego à economia.

Retorno I
Gilberto Kassab quer nomear o ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros para o conselho diretor da Anatel. Quadros, um bem-sucedido consultor na área de telecomunicações e hoje muito ligado ao conselheiro da Anatel Anibal Diniz, já sinalizou que aceitaria o convite. Ele assumiu o ministério como titular do cargo em 1998, no governo Fernando Henrique, depois da morte de Sérgio Motta.

Retorno II
A ideia de Kassab é nomear Quadros na vaga de Rodrigo Zerbone, que termina o mandato em novembro. Quanto a João Rezende, o polêmico presidente da Anatel ligado ao ex-ministro Paulo Bernardo, Kassab não tem alternativa, a não ser mantê-lo. O período dele no colegiado termina apenas em dezembro de 2018.

CURTIDAS

Se dizem que nem cunhado é parente…/ Expedito Machado Neto, Dide, queria se filiar ao PSDB e disputar um mandato de deputado federal e, apesar da roubalheira do pai, pensou em manter o projeto. O senador Tasso Jereissati (foto), porém, vetou a filiação. Embora Dide seja casado com uma sobrinha da mulher do tucano, não é momento de misturar as coisas.

Dupla do barulho/ José Dirceu e Eduardo Cunha são vistos nos bastidores como “aqueles que podem ajudar a passar o Brasil a limpo”. Cunha, dizem alguns, a partir de amanhã, começa a se preparar para essa etapa.

Por falar em Cunha…/ O número de delatores que menciona algum envolvimento de Eduardo Cunha no esquema da Lava-Jato já ultrapassou a casa da dezena.

Custo & benefício/ Com as eleições municipais logo ali, os pré-candidatos a presidente da Câmara fizeram as contas e descobriram que o eleito terá, na prática, menos de três meses no comando.

Eduardo em movimento

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O fato de Eduardo Cunha ter enviado recado aos parlamentares dizendo que, se cair, não vai sozinho, fez com que perdesse parte dos votos que ainda detém na Câmara, na avaliação de muitos, a ameaça passa a ideia de que “quem votar com ele é porque está com medo”. Por isso, na semana que vem, quando fará um pronunciamento, Cunha vai procurar desfazer a imagem de vingativo e manterá o discurso da inocência.

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Quanto à renúncia do cargo de presidente da Casa, ainda que esteja em análise, a avaliação em todos os campos é a de que ele já ultrapassou a linha temporal dos acordos para preservação do mandato e nem mesmo esse gesto seria suficiente para tirá-lo do cadafalso, ainda mais agora, depois da delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa Econômica. Cleto é 10º delator a citar Cunha como beneficiário do esquema da Lava-Jato.

Janot de olho

A briga entre os maiores aliados do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, e o interino, Waldir Maranhão, por causa da relatoria da CPI do Dpvat vem sendo acompanhada de perto pelo Ministério Público. É que, com a vitória de Marcos Vicente (PP-ES), defendido pelo grupo mais próximo de Cunha, e a derrota de Luiz Tibet, o candidato de Maranhão, ficou aos procuradores a impressão de que, mesmo afastado, Cunha continha mandando.

Calamidade é nas contas

O principal objetivo do governo do Rio de Janeiro ao decretar o estado de calamidade pública é sensibilizar a administração Michel Temer, em especial Henrique Meirelles, para a necessidade de ajuda financeira ao estado. Só o envio da Força Nacional não será suficiente para resolver os problemas até as Olimpíadas.

Quando entrar setembro

Ministro novo para o Turismo, só depois da votação do impeachment no Senado, quando o governo Michel Temer tiver aprovado o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Essa é a provável data de uma reforma ministerial em caso de Dilma deixar o Alvorada.

O funil é o tempo

Quanto mais Eduardo Cunha demora em renunciar ao cargo de presidente da Câmara, menos atrativo fica o lugar para os candidatos a um mandato tampão. Até aqui, cinco já recusaram concorrer, inclusive Rogério Rosso (PSD-DF). O nome que desponta na corrida é o do segundo-vice-presidente, Fernando Giacobo, do PR-PR, que sabe que não tem chance para um período “cheio” de dois anos.

Pior que Sérgio Machado…/ … Só José Maria Marin, o ex-presidente da CBF condenado por corrupção no escândalo da Fifa. Aos 83 anos, o cartola cumpre pena num luxuoso apartamento na 5ª avenida, em Nova York. O ex-presidente da Transpetro terá ainda um jardim e uma piscina para se exercitar.

E o Henrique, hein?/ Na quarta-feira, antes da conta suíça vir a público, e 24 horas antes de pedir demissão, o então ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, estava em fúria por causa da delação de Machado. Murchou, entretanto, quando soube dos outros.

Almoço para quase 100/ Mal saiu do Planalto, o governador Rodrigo Rollemberg comentou com assessores que precisaria organizar almoço para 27 governadores e seus respectivos secretários de Fazenda e, para completar, assessores e motoristas. É a prévia da reunião de segunda-feira com Michel Temer.

Enquanto isso, no Jaburu…/ A avaliação dos aliados de Michel Temer depois dessas primeiras horas pós-delação de Sérgio Machado é de que o que o presidente em exercício tinha que “sangrar, já sangrou”. Agora, é focar na recuperação da economia.

O “fusível” Henrique

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Quando há sobrecarga num circuito elétrico, o fusível aquece e o filamento queima. Por consequência, estanca a passagem de “eletricidade” naquele circuito. O circuito é o governo Michel Temer. E a sobrecarga, conforme dito nesta coluna ontem, não é Sérgio Machado. É o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha. Henrique foi o único ministro que atendeu ao chamado de Eduardo Cunha e deixou o governo Dilma quando Michel Temer ainda não havia embarcado com os dois pés no processo de impeachment. Era considerado um ministro do presidente da Câmara. Agora, com o enfraquecimento de Eduardo, decidiu deixar o governo, porque sabe o que virá.

Henrique era o elo mais forte entre Eduardo e Michel Temer. Foi ele quem introduziu o presidente afastado da Câmara no carteado privê da turma de Michel. Agora, fora do governo, terá o papel de evitar que Eduardo sobrecarregue o Planalto. Resta saber se conseguirá.

Líder na berlinda I
A demora das votações na Câmara começa a ser debitada na conta do líder do governo, André Moura (PSC-SE). Depois da ironia de Alberto Fraga (DEM-DF), ao reclamar do tempo levado para votar uma medida provisória e sugerir ao Planalto que “comprasse outro trator”, começou uma ofensiva palaciana para troca de comando da bancada governista.

Líder na berlinda II
Nos bastidores, há quem diga que Moura é um excelente cumpridor de tarefas. Porém, já houve quem levasse ao Planalto a preocupação com a falta de comando do líder para usar a força e levar a ampla base aliada a vencer rapidamente a obstrução dos petistas.

Enquanto isso, no 3º andar do Planalto…
Mal Henrique Eduardo Alves saiu do gabinete presidencial, onde entregou pessoalmente a sua carta de demissão, o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), que transitava por ali, comentou com um amigo: “Olha, se precisar de ministro, estou à disposição”.

…Sabe como é, se colar…
A bancada do PMDB de Minas Gerais reclama desde o dia da posse que é a turma do “sem ministério”. Pediu a Vale do Rio Doce, mas Michel Temer não deu. Agora, vai apostar no Turismo.

Governador retido I/ Calma, pessoal! Falta de luz no Palácio do Planalto deixou a cancela da saída presidencial travada. O policial do Exército de plantão na guarita olhava para um lado, para o outro e nada de conseguir destravar o sistema elétrico e acionar o manual. O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, que acabara de sair de uma reunião com Michel Temer, esperou quase 10 minutos, e a cancela não abriu.

Governador retido II/ O carro do governador foi obrigado a voltar à garagem do Planalto e sair pelos fundos. Pegou tanto engarrafamento que por pouco ele não se viu obrigado a cancelar uma reunião com evangélicos.

Próxima parada/ Michel Temer pretende ir a Pernambuco na semana que vem. Lá, onde o governador Paulo Câmara já detectou o crescimento da popularidade de Dilma Rousseff, Michel deve visitar obras do Minha Casa Minha Vida ao lado do ministro das Cidades, Bruno Araújo (foto).

E o Renan, hein?/ Há quem diga que essa briga dele com Rodrigo Janot está muito parecida com aquela que Eduardo Cunha travou contra o Ministério Público. E está perdendo.

O “fusível” Henrique

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Quando há sobrecarga num circuito elétrico, o fusível aquece e o filamento queima. Por consequência, estanca a passagem de “eletricidade” naquele circuito. O circuito é o governo Michel Temer. E a sobrecarga, conforme dito nesta coluna ontem, não é Sérgio Machado. É o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha. Henrique foi o único ministro que atendeu ao chamado de Eduardo Cunha e deixou o governo Dilma quando Michel Temer ainda não havia embarcado com os dois pés no processo de impeachment. Era considerado um ministro do presidente da Câmara. Agora, com o enfraquecimento de Eduardo, decidiu deixar o governo, porque sabe o que virá.

Henrique era o elo mais forte entre Eduardo e Michel Temer. Foi ele quem introduziu o presidente afastado da Câmara no carteado privê da turma de Michel. Agora, fora do governo, terá o papel de evitar que Eduardo sobrecarregue o Planalto. Resta saber se conseguirá.

Líder na berlinda I
A demora das votações na Câmara começa a ser debitada na conta do líder do governo, André Moura (PSC-SE). Depois da ironia de Alberto Fraga (DEM-DF), ao reclamar do tempo levado para votar uma medida provisória e sugerir ao Planalto que “comprasse outro trator”, começou uma ofensiva palaciana para troca de comando da bancada governista.

Líder na berlinda II
Nos bastidores, há quem diga que Moura é um excelente cumpridor de tarefas. Porém, já houve quem levasse ao Planalto a preocupação com a falta de comando do líder para usar a força e levar a ampla base aliada a vencer rapidamente a obstrução dos petistas.

Enquanto isso, no 3º andar do Planalto…
Mal Henrique Eduardo Alves saiu do gabinete presidencial, onde entregou pessoalmente a sua carta de demissão, o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), que transitava por ali, comentou com um amigo: “Olha, se precisar de ministro, estou à disposição”.

…Sabe como é, se colar…
A bancada do PMDB de Minas Gerais reclama desde o dia da posse que é a turma do “sem ministério”. Pediu a Vale do Rio Doce, mas Michel Temer não deu. Agora, vai apostar no Turismo.

Governador retido I/ Calma, pessoal! Falta de luz no Palácio do Planalto deixou a cancela da saída presidencial travada. O policial do Exército de plantão na guarita olhava para um lado, para o outro e nada de conseguir destravar o sistema elétrico e acionar o manual. O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, que acabara de sair de uma reunião com Michel Temer, esperou quase 10 minutos, e a cancela não abriu.

Governador retido II/ O carro do governador foi obrigado a voltar à garagem do Planalto e sair pelos fundos. Pegou tanto engarrafamento que por pouco ele não se viu obrigado a cancelar uma reunião com evangélicos.

Próxima parada/ Michel Temer pretende ir a Pernambuco na semana que vem. Lá, onde o governador Paulo Câmara já detectou o crescimento da popularidade de Dilma Rousseff, Michel deve visitar obras do Minha Casa Minha Vida ao lado do ministro das Cidades, Bruno Araújo (foto).

E o Renan, hein?/ Há quem diga que essa briga dele com Rodrigo Janot está muito parecida com aquela que Eduardo Cunha travou contra o Ministério Público. E está perdendo.

A delação de Cunha

Publicado em coluna Brasília-DF

Enquanto a maioria dos políticos se volta para destrinchar a íntegra da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, a cúpula do PMDB acompanha de perto todos os movimentos do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na madrugada de ontem, depois de aprovado o parecer pela cassação de seu mandato, ele ficou até as duas da matina disparando recados aos companheiros de partido: “Desçam para me ajudar, porque senão…”

O problema é que a ajuda desejada por Cunha, a permanência no Congresso e uma “aliviada” por parte da Lava-Jato, independe dos atores que ele pretende arrastar para o cadafalso. O problema dele é que a Lava-Jato fisgou-lhe a mulher a e a filha. E, para evitar que elas terminem na cadeia, não lhe restará alternativa fora da delação premiada. Foi o envolvimento da família que levou Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras) e o próprio Machado a partirem para a delação. Com Cunha, o tempo dirá.

Calcanhar de aquiles
A única vez que os políticos viram Eduardo Cunha com os olhos marejados e como queixo tremendo de ódio foi quando ele mencionou o envolvimento da mulher e da filha na Lava-Jato. Para defendê-las, ele será capaz de tudo.

Temer na tevê
O excesso de obras paradas recebido da presidente Dilma Rousseff estará em destaque no pronunciamento do presidente em exercício, Michel Temer, amanhã, no horário nobre.

EBC será mantida
O presidente em exercício, Michel Temer, decidiu manter a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). A companhia, porém, passará por uma reestruturação.

PF ganha primeiro round
O projeto de autonomia administrativa e financeira da Polícia Federal pulou o primeiro obstáculo ontem na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). O governo tentou retirar a proposta de pauta, mas o relatório terminou lido e houve um pedido de vistas coletivo. Nesse período de Polícia Federal em alta, ninguém quer brigar com os delegados.

Leniência com MP e TCU
O presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, Roberto Liviano, ouviu ontem do ministro da Transparência, Torquato Jardim, que o Ministério Público deve sim participar de todos os acordos de leniência, e o Tribunal de Contas da União (TCU) precisa recuperar seus poderes nesse processo. O Projeto 3636, que tramita hoje na Câmara, retirou a participação do MP e reduziu os poderes do TCU.

Depois do Sérgio Machado…/ Renan Calheiros restringiu as visitas à sua casa em Brasília, em Maceió ou à casa de praia, em Barra de São Miguel. Nada de receber enroscados na Lava-Jato ou alguém que ele desconfie ter interesse em gravar suas conversas.

Público externo/ Enquanto Dilma Rousseff concedia entrevista a jornalistas estrangeiros, o presidente em exercício, Michel Temer, também mandava seu recado. Dos100 jornalistas que acompanharam a visita dele ao parque olímpico no Rio de Janeiro, 35 eram estrangeiros.

Por falar em Dilma…/ O PT tem reclamado que a Advocacia-Geral da União (AGU) faz “corpo mole” na defesa das contas de 2015, em análise no Tribunal de Contas da União (TCU).

Liberou-se/ A sessão da Câmara já ia pela madrugada. Quando os líderes partidários encaminharam a votação, o deputado Wellington Prado (PMB-MG) (foto) foi ao microfone dizer que liberava a bancada. Foi uma gargalhada geral. Ele é o único representante do partido na Casa.

Um teto a ser reduzido

Publicado em coluna Brasília-DF

A aposta dos deputados e senadores ligados ao governo é a de que a proposta de limitar os gastos públicos por 20 anos, a ser entregue hoje ao parlamento pelo presidente em exercício, Michel Temer, virá no sentido de deixar para o Congresso fazer a redução. Afinal, é consenso na classe política de que esses 20 anos representam cinco mandatos presidenciais e a ideia é baixar isso para oito ou 10 anos. No governo, há quem diga que é melhor mexer no prazo do que no teto proposto.

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Em tempo: os parlamentares devem ainda prestar muita atenção no tipo de mudança a fazer no ajuste. É voz corrente nos bastidores que qualquer alteração que desfigure o ajuste necessário pode ser a senha para que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, peça o boné. E se tem algo que o governo não deseja nem sonhar é com Meirelles entregando os pontos. Portanto, o momento é de apoiar o que vier a ser proposto.

Quem não controlou 10 em 21…

…Não segurará um colegiado de 40, tampouco um de 513. A cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, é considerada questão de tempo.

Bateu cansaço

Antigos assessores de Dilma Rousseff perceberam um certo recuo nas falas do senador Humberto Costa (PT-PE). Nas últimas sessões da comissão do impeachment, a única que não aparentava mudança de estilo era Gleisi Hoffman. Do atual grupo de petistas na comissão, ela é a única ex-ministra. Os demais petistas estão mais preocupados é com o futuro de Lula, depois da remessa do processo às mãos de Sérgio Moro.

Todos olímpicos

O governo de Michel Temer divulga há um mês que quem convida para as Olimpíadas é a organização dos jogos. O Comitê Olímpico diz que não é com ele. Continua o mistério sobre quem convidará Dilma Rousseff.

Prioridade

Que teto de gasto que nada. O que causou uma romaria de deputados e senadores ao Planalto é a necessidade de renovação da MP que trata da dívida agrícola.

Festa no aerotemer

O wi-fi no avião presidencial permitiu aos ministros que acompanharam Temer ao Rio de Janeiro saber na hora que a CBF havia dispensado o técnico Dunga. A comemoração foi tanta que parecia gol do Brasil em Copa do Mundo. Raul Jungman, da Defesa, era um dos mais entusiasmados.

CURTIDAS

Perguntar não ofende/ A senadora Lúcia Vânia (foto) quis saber de uma testemunha ouvida na comissão do impeachment se, num banco privado, seria possível o uso de recursos ficar a descoberto por um longo período, como ocorreu com os bancos públicos no caso das pedaladas. Gleisi Hoffman (PT-PR) estrilou: “Essa pergunta não pode ser feita!”. Epa! A pergunta é livre. A testemunha responde se quiser.

Aulão sobre trust…/ Para quem ainda não entendeu o que é trust, repatriação de ativos e o esforço de transparência financeira que toma conta do mundo, a oportunidade é amanhã, 16 de junho, no hotel Mercure da Alameda Itu, em São Paulo, palco do seminário InterNews sobre regularização de ativos no exterior.

…E repatriação/ A palestra de abertura — a cargo do advogado Gil Vicente Gama, sócio do escritório Nelson Wlliams — abordará o regime especial de regularização cambial e tributária e a tendência de maior transparência no sistema financeiro global e o caso Panamá Papers. Depois, entra em cena o trust, na voz do advogado Maucir Fregonesi Júnior, do escritório Siqueira Castro.

Dia D, E, F…/ O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) brincava com o colega Duarte Nogueira. “Te cuida, Duarte: Seu nome começa com D: primeiro foi a Dilma, depois o Dunga e agora o Dudu”. Outros deputados que estavam por perto, brincaram: “Não, a queda dos “D” terminou com Dunga. Depois veio a E de Eduardo. O próximo é F, e é lá no Senado das Alagoas”.

Laços de família

Publicado em coluna Brasília-DF

Afastado do Credit Suísse, Sérgio Firmeza Machado, filho do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, rompeu com o pai e com os irmãos, Dide e Daniel. A expectativa do Ministério Público agora é que Serginho faça a “delação da delação” e conte tudo o que Machado não revelou. Até aqui, Machado falou da cúpula peemedebista, mas não citou as relações com o PT tampouco com o governo do Ceará ao longo dos últimos anos.

No rol das coisas que ainda precisam ser esclarecidas, está a compra de aço no Leste europeu e as viagens a São Petersburgo, antiga Leningrado. Depois que os grandes paraísos fiscais do Caribe ficaram manjados, é pra lá que parte da turma interessada em esconder dinheiro se dirige.

Tempo de mudança
Com o grande marqueteiro petista, João Santana, atrás das grades, a troca das agências de publicidade que serviram aos governos Lula e Dilma entrou na pauta do Poder Executivo.
Avaliação de quem sabe
Diante da nova denúncia contra Eduardo Cunha e com Cláudia Cruz transformada em ré em um dos processos da Lava-Jato, até o alto-comando do PMDB ligado a Cunha trabalha com a cassação do mandato.

Auditores em movimento
Os auditores fiscais começam a perder a paciência com a demora do Ministério do Planejamento em enviar o projeto de lei do acordo salarial deles ao Congresso. O projeto deferia ter chegado ao parlamento em 28 de maio, no dia seguinte à aprovação das alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano. Se não for aprovado até o final deste mês, o acordo, que prevê o aumento de 5,5% este ano, sofrerá novos atrasos no pagamento.

O tempo e o vento
As medições de popularidade de Dilma Rousseff pelo governo de Pernambuco indicam uma melhora da avaliação dela no Estado. Ali, dos três senadores, ela contará com dois, Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB). Fernando Bezerra Coelho, pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, integra hoje a oposição. Quando estava no poder, Dilma só autorizou conversas mais consistentes e institucionais com o PSB quando a casa já estava caindo.

CURTIDAS
Beni, um visionário/ Quando soube, em 2003, que Sérgio Machado dirigiria a Transpetro, o ex-governador do Ceará Beni Veras (PSDB), falecido em 6 de novembro do ano passado, comentou com uma amiga e um amigo de longa data: “Ou ele sai de lá trilionário ou preso”. O amigo emendou: “As duas coisas”.

Constrangimento à beça/ Integrante do Conselho de Ética da Câmara, o deputado do PR do Distrito Federal Laerte Bessa (foto) tem passado maus bocados nas entrevistas que concede em defesa de Eduardo Cunha. Essa semana, numa rádio, ele se referiu assim ao comentar que não mudaria seu voto em favor de Cunha pelo fato de Cláudia Cruz ter sido transformada em ré no processo da Lava-Jato: “Não pode criar um factóide que venha a sair do que foi proposto”.

Cid, o discreto/ Cid Gomes avisou ao prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio, que deverá ficar mais afastado da campanha pela reeleição para evitar desgastes e polêmicas que atrapalhem o candidato.

Sarney, a romaria continua/ O fim de semana é de movimento na casa do ex-presidente José Sarney em Brasília, todos prestando solidariedade diante do pedido de prisão apresentado por Rodrigo Janot. A amigos que tentam lhe animar, dizendo que tudo passa, ele responde: “Mas a cicatriz fica. É permanente”.