Temer e o Nordeste

Publicado em coluna Brasília-DF

Ciente das dificuldades dos aliados na região onde o ex-presidente Lula tem os maiores índices de aprovação, o presidente Michel Temer deflagra uma série de ações para tentar acelerar a percepção da melhora na economia pelos nordestinos. Uma das primeiras medidas foi subsidiar o milho, que, a partir de segunda-feira, chegará aos balcões da Conab pela metade do preço.

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A forma que o governo escolheu para anunciar essa medida foi um simples telefonema ao senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) para que ele faturasse a boa nova nos jornais e blogs da região. Afinal, o senador havia sido um dos primeiros a alertar o governo para a necessidade da medida. Agora, Bezerra vai poder passar o fim de semana no Nordeste dizendo que ajudou a baixar o preço do milho. Outras medidas virão.

A lista e o dim-dim I

No início do governo Lula, em 2003, o então deputado Aldo Rebelo foi acionado pelo presidente para ajudar a convencer o presidente do PSB, Miguel Arraes, a aceitar a lista fechada nas eleições — aquela em que os partidos elencam os candidatos e os primeiros têm mais chances de angariar o mandato. Arraes ouviu toda a exposição. Ao final, apenas perguntou: “Posso fazer uma pergunta: Quanto vai custar o lugar na lista?”

A lista e o dim-dim II

Nos bastidores da Câmara e do Senado, há quem tenha o seguinte raciocínio: se hoje os partidos negociam tempo de tevê em busca de alianças — essa foi inclusive uma das explicações para o caixa dois do mensalão —, imagine o que não fariam com o poder de indicar quem tem mais chances de ser eleito.

Sérgio Cabral e o TCU

Quem conhece bem os meandros do Tribunal de Contas da União (TCU) acredita que, se o Ministério Público e a Polícia Federal pesquisarem a fundo, vão encontrar relações políticas entre o ex-governador presidiário Sérgio Cabral e o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz.

Só na primavera

Muito foi dito sobre os cenários para 2018 nos últimos dias, inclusive, por causa dos movimentos rebeldes do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Porém, dentro do governo, a ordem é só passar a considerar qualquer desenho para o ano que vem a partir de outubro. A expectativa no Planalto é a de que, até lá, a reforma da Previdência já terá sido aprovada e a gradual recuperação da economia estará mais nítida para a população.

Muito além da Odebrecht

Com tantos acordos de leniência na fila, alguns correm o risco de ficarem esquecidos, entre eles, o que envolve a Aceco TI, empresa de instalação de data-centers e salas-cofres. A Aceco é acusada de pagamento de propinas a autoridades federais e paulistas para obtenção de contratos. O deputado Hugo Leal (PSB-RJ) anda preocupado com a segurança de informações governamentais enquanto esse acordo não sai. A empresa tinha contrato inclusive com a Dataprev, guardiã dos dados previdenciários.

Renegociação em risco // Depois de fracassadas tentativas de votar a renegociação das dívidas dos estados, o tema volta à pauta amanhã à noite. Porém, a aposta geral é de que votação só ocorra mesmo na terça. E olhe lá. É a janela que tem antes da Semana Santa.

Nem vem // O PT começa a rechaçar a aproximação de políticos que eram aliados dos governo Lula-Dilma, apoiaram o impeachment e, agora, tentam fazer o caminho de volta. Em Pernambuco, por exemplo, o senador Humberto Costa já fez chegar a Lula que não há condições de reacomodar o senador Fernando Bezerra Coelho (foto), do PSB-PE.

Nem vou // O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, não tem motivos para deixar a base do presidente Michel Temer. Aliás, no Planalto, não são poucos os elogios ao jovem ministro, filho do senador Fernando Bezerra Coelho. Entre os tucanos aliados de Geraldo Alckmin, há, inclusive, quem aposte que pode sair dali o candidato a vice em uma chapa presidencial. Sabe como é: a quase dois anos da eleição, todos os cenários estão na roda.

Orações & despedidas // A comunidade política e diplomática do Brasil tem encontro marcado nesta segunda-feira, às 19h30, na Catedral de Brasília. Missa pelo 7º dia do falecimento da eterna embaixatriz Lúcia Flecha de Lima.

O que interessa

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Os deputados respiraram aliviados com a concordância do governo em mudar alguns pontos da reforma da Previdência, em especial, a aposentadoria rural. Porém, é preciso saber como a população vai receber essas propostas e se elas serão suficientes para aplacar as insatisfações. Se for assim, a reforma passa. Caso contrário, as dificuldades para conseguir os 308 votos permanecerão.
Em sentido contrário, o governo tenta tirar a temperatura do mercado e dos investidores. Afinal, se Temer ceder demais, o efeito será zero. “As mudanças previstas até agora não alteraram os humores. Afinal, se for para garantir força à aprovação, ok. Agora, quando a mudança é por fraqueza, desespero, aí sim é razão para se preocupar”, diz Richard Back, da XP Investimentos, de olho no andar da base aliada nos próximos dias.

Sinais

A revisão da meta fiscal de 2018, de R$ 79 bilhões para R$ 129 bilhões, tirou o humor do mercado, que esperava
R$ 11 bilhões a menos. Se não vier uma reforma da Previdência a contento, a chapa vai ferver.

Entre a cruz e a espada

O presidente Michel Temer vem sendo aconselhado a cortar os cargos do líder do PMDB do Senado, Renan Calheiros, da mesma forma com a qual o parlamentar está podando os espaços daqueles que o enfrentam no Senado. Quem conhece o estilo do alagoano procura fazer com que o presidente não enfrente Renan assim. Reza a lenda que ele não pode abrir guerra a Renan, como Dilma Rousseff abriu contra Eduardo Cunha. Especialmente, nessa temporada de reformas.

Temer, o pêndulo

O presidente, considerado um craque na política, faz gestos de aproximação para os dois extremos. Ao mesmo tempo em que chama o governador de Alagoas para dizer que não haverá retaliação, deixa nas entrelinhas um recado de que isso pode acontecer. Há quem diga que quem começa a ficar perdido com esses sinais é Renan.

“Quem quiser se posicionar agora pode estar comprando gato por lebre”

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE),
senador, ao comentar os resultados das pesquisas que traçam cenários sobre 2018
Turismo na luta

Responsável por milhões de empregos no país, o setor de turismo não vai ficar quieto com o corte de 68% nos recursos do Ministério do Turismo, valores destinados à promoção do Brasil no exterior. A primeira ação do presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, Felipe Carreras, foi divulgar um manifesto em protesto contra o corte de recursos. O documento considera que um setor responsável por movimentar a economia nacional não poderia ter o Orçamento reduzido a menos da metade.

De golpes & vices I/ Essa semana, num jantar na casa do deputado Weverton Rocha (PDT-MA), Jandira Feghali, Orlando Silva, Alice Portugal e Alessandro Molon comentavam a reforma política e a necessidade de acabar com os vices. Todos acreditam que vice gasta demais e só fica conspirando.

De golpes e vices II/ Foi nessa hora que o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), presente ao jantar e que não perde uma resposta, brincou: “Vocês, hein?! Acusaram a gente de dar um golpe e agora querem mudar a lei só para proibir que o PMDB chegue ao poder. Isso é que é golpe!”

De golpes e vices III/ Diante da gargalhada geral, Orlando Silva (foto) fez as contas: o PMDB só chegou à Presidência pela vice. José Sarney era vice de Tancredo Neves; Itamar Franco, de Fernando Collor (embora ainda não estivesse filiado ao PMDB quando virou presidente, entrou logo depois). E Michel Temer, de Dilma Rousseff.

Enquanto isso, na residência do Senado…/ A primeira-dama do Senado, Mônica Paes de Andrade Oliveira, ofereceu um almoço de Páscoa a um seleto grupo de funcionárias da Presidência da Casa, entre chefes de gabinetes, de cerimonial, responsáveis pela obra na residência oficial, entre outras. Do alto de quem convive com a política desde a infância, o ex-presidente do PMDB, Paes de Andrade, dona Mônica, discretamente, ajuda o marido. Não se espantem se ela começar a chamar as mulheres dos senadores e as senadoras.

Jogo de figurões

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Enquanto o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, dizia de viva-voz no plenário que o presidente da República, Michel Temer, não tem para onde ir com a política econômica do governo, quatro senadores peemedebistas eram convidados para um jantar no Palácio do Jaburu. A ideia do presidente agora é reunir sempre pequenos grupos para explicar que sua política tem começo, meio e fim. Ontem, foram chamados Garibaldi Alves, Rose de Freitas, João Alberto e Valdir Raupp. Outros encontros desse tipo virão.

Certos & duvidosos
O presidente Michel Temer nomeará Tarcísio Vieira de Carvalho Neto para a vaga de Luciana Lóssio no Tribunal Superior Eleitoral. Assim como Admar Gonzaga, Tarcísio é ministro substituto e encabeça a lista tríplice. A ideia é não demorar com a escolha para que Tarcísio possa começar a tomar conhecimento dos detalhes do processo sobre a chapa Dilma-Temer. A dúvida agora no Planalto é se o julgamento será concluído antes da saída do ministro relator Herman Benjamin, em setembro.

Vem mais
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a proibição de greve na segurança pública arrisca ser ampliada para outros setores essenciais, tais como hospitais públicos e privados. É que até hoje o Congresso não definiu o que são serviços essenciais e, se brincar, depois da decisão de ontem, quem fará isso é o STF.

A hora do Judiciário
Ministros do Supremo Tribunal Federal e de outros tribunais superiores trabalham com um olho nos processos e outro na sociedade. É que virou voz corrente no meio político que o povo já avaliou o Poder Legislativo, o Executivo e só falta o Judiciário. Se os processos demorarem muito a serem julgados, não restará um Poder de pé.

“Só se convoca uma Constituinte quando a Constituição entra em colapso cardíaco. Não é o caso atual. No freio de arrumação, sempre quem não está com o cinto de segurança se machuca, mas o pior já passou”

Carlos Ayres Britto, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ao comentar as crises que o país atravessa. Ele foi o entrevistado de ontem do CB.Poder, na TV Brasília.

Doria sai da toca
As afirmações do prefeito de São Paulo, João Doria, sobre lutar para evitar a volta de Lula foram vistas como um sinal de que ele entrou no jogo da sucessão de 2018. Falta combinar com o resto do PSDB.

A la Churchill/ O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está se aprimorando na arte de ser o último a chegar. Apareceu com duas horas de atraso no jantar da senadora Kátia Abreu esta semana. Winston Churchill, o eterno primeiro-ministro britânico, gostava de entrar por último em eventos sociais e políticos (fez isso até no casamento da rainha Elizabeth).

Sobrou/ No jantar da senadora Kátia Abreu, o caranguejo foi secundário. Os martelinhos bateram pesado na Polícia Federal, nos procuradores e, para resguardar a tradição, na imprensa.

Terceirizaram a oposição!/ A imagem foi usada ontem pelo senador Lindbergh Farias (foto), do PT, logo depois do discurso de Renan Calheiros. “Ele foi terceirizado. Trabalha sem direito a férias e nem décimo terceiro!”, brincou.

E não é que… / …os petistas estão encantados com Renan? Ontem, enquanto o senador José Pimentel discursava, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) conversava animadamente com Renan e Jader Barbalho (PMDB-PA). Há tempos não se via o líder peemedebista tão à vontade.

O plano B de Lula

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Recuperado do baque pela morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, o ex-presidente Lula se volta à
pré-campanha presidencial levando a tiracolo o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, sempre citado nos discursos do pré-candidato. Para bons entendores, está clara a mensagem do eterno presidente de honra do PT: Haddad é nome para concorrer à Presidência da República em 2018 caso o próprio Lula esteja impedido de disputar. Aliás, a amigos, Lula tem deixado isso muito claro. Por que Haddad? Porque é um dos nomes que, pelo menos até aqui, está longe da Lava-Jato.

Em tempo: Ciro Gomes procurou Haddad para fazer dele vice na chapa do ano que vem. E o fez sem
onsultar Lula. O ex-presidente não gostou. E em várias conversas deixa transparecer a indignação.
Que ninguém se surpreenda se Haddad surgir ainda como o nome para presidir o partido. Seria a forma de o
ex-prefeito rodar o Brasil para se aproximar dos petistas e construir a plataforma presidencial.

Pato manco

O desfecho do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral ainda vai demorar, o que pode dar ao presidente Michel Temer tempo de terminar o mandato. Porém, muitos consideram que só o fato de o TSE cogitar cassar a chapa e o presidente ter de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer no cargo vai minar a força que resta para aprovar a reforma previdenciária. No PSB, a contabilidade interna aponta apenas seis votos favoráveis ao projeto do governo em tramitação na Casa. No PTB e no PSDB, os votos também estão minguando.

Cabral, onde mora o perigo

Interlocutores de Sérgio Cabral comentam nos bastidores que uma delação do ex-governador será direcionada especialmente ao Poder Judiciário no Estado. Há quem diga, inclusive, que os tentáculos do esquema vão muito além do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Pelo sim, pelo não, melhor aguardar o que virá de Cabral do que acusar as pessoas sem provas.

Comparações

Importantes observadores do cenário político consideraram um erro o presidente Michel Temer deixar Renan Calheiros lhe escorrer pelas mãos. “O gênio que o aconselha a enfrentar Renan deve ser o mesmo que recomendou a Dilma Rousseff que voltasse os canhões contra Eduardo Cunha.”

Enquanto isso, no PSDB…

Os paulistas ligados ao governador Geraldo Alckmin querem que ele pressione o presidente do partido, Aécio Neves, a indicar ainda este ano o candidato tucano à Presidência da República. Aécio, no entanto, vai no estilo do avô: deixa estar para ver como é que fica.

E o Doria, hein? // O prefeito de São Paulo, João Doria (foto), está adorando o fato de ser citado para concorrer à Presidência da República. Como Eduardo Campos fez em 2013, Dória hoje caminha de costas para a candidatura. Só tem uma diferença: Campos era dono do PSB. Doria não manda no ninho tucano.

Temer sentindo o terreno // O presidente Michel Temer aproveitou, ontem em São Paulo, para sentir o clima dentro do PSDB. Sabe como é. Quando as vaidades eleitorais afloram, eles não conseguem disfarçar as animosidades.

Dever de casa // O novo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, estará hoje na plateia do julgamento da chapa Dilma-Temer anotando tudo. É que, se o julgamento se prolongar para depois de 16 de abril, ele tem de estar pronto para proferir o voto sem delongas.

Sob encomenda // A sessão destinada a ouvir o Poder Judiciário sobre a Lei de Abuso de Autoridade, à qual até o relator Roberto Requião faltou, foi vista pelos juízes como a prova de que as excelências estão decididas a aprovar a proposta com o claro objetivo de segurar o juiz Sérgio Moro e estancar a sangria da Lava-Jato

Operação isola PT

Publicado em coluna Brasília-DF, Política

A oposição que o líder do PMDB, Renan Calheiros, faz à reforma previdenciária não é considerada tão ruim como muitos possam imaginar. Dentro do governo, há quem diga que o movimento do senador colocou o partido numa posição na qual o PT nadaria de braçada. Agora, com Renan na roda da oposição, o PMDB ocupa tudo, e as considerações dos petistas terminam em segundo plano. Renan também está gostando do jogo. Em Alagoas, seus índices de popularidade melhoraram no último mês.

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Vale registrar: enquanto a posição de Renan mantiver o PT num cantinho, o governo vai administrar essa situação. Mais à frente, porém, dará alguma vitória ao senador. Assim, ajuda ainda mais a melhorar os índices do peemedebista em Alagoas.

O troco

Depois da nota da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) em defesa do pagamento do Funrural pelos produtores rurais horas antes do Supremo Tribunal Federal concluir o julgamento, os agricultores que esperavam não ter que pagar planejam uma vingança. Vem aí uma chuva de ações contra o pagamento do imposto sindical que financia a entidade.

Por falar em Funrural…

A decisão do STF será mais um problema para a JBS-Friboi. É que a empresa não vinha recolhendo a contribuição. Agora terá que pagar tudo de uma lapada só. É conta para a casa dos milhões.

Meu foro, minha vida

Depois da condenação de Eduardo Cunha e da notícia do mensalão aos deputados do PP, ninguém quer saber de acabar com o foro privilegiado. E tem mais: o medo de muitos deputados agora é que Eduardo Cunha, ciente que o tempo de cadeia não será tão curto quanto imaginava, opte pela colaboração premiada.

Romaria

O anúncio do corte de R$ 42 bilhões no Orçamento levou vários deputados ao gabinete do ministro Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo. Estão todos preocupados com o futuro das verbas destinadas às bases eleitorais justamente agora, quando todos preparam o terreno para eleição do ano que vem.

Enquanto isso, no Ipea…

A previsão do grupo de conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que a inflação deste ano fechará abaixo do centro da meta e, para completar, o PIB fechará o ano com um aumento de 0,7%.

CURTIDAS

Tô chegando…/ Renan Calheiros deu um chá de cadeira de quase meia hora nos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Wellington Moreira Franco, na noite de quarta-feira. Esperaram calmamente. Sinal de valorização do senador. E de desconsideração de Renan.

…e de turma/ Renan demorou porque não queria conversar com os dois ministros longe dos demais senadores da bancada, como ocorreu na noite de terça-feira e resultou em especulações sobre a recriação do Ministério de Portos. Preferiu esperar que suas secretárias chamassem os demais. Só subiu depois que cinco deles tinham sido localizados.

A campanha de Osmar Serraglio/ O Ministério da Justiça inicia
neste domingo uma campanha publicitária para reforçar o plano nacional de segurança. O mote é a valorização da vida.

Muita calma nessa hora/ A coluna quis saber do senador Tasso Jereissati se ele concorrerá ao governo do Ceará em 2018 e em quem ele aposta para candidato do PSDB a presidente da República. A resposta: “Não sei o que vai acontecer na semana que vem e você querendo saber de 2018?!!!!”

Minha bancada, meu escudo

Publicado em coluna Brasília-DF

Depois das farpas atiradas contra o governo em relação à reforma da Previdência, o líder do PMDB, Renan Calheiros, reabre sua artilharia contra o Planalto e, para isso, busca o apoio da bancada, o que terminou por causar desconforto em parte dos senadores do partido. Alguns parlamentares, como Simone Tebet, Waldemir Moka, Raimundo Lira, preferiam uma conversa direta com o presidente Michel Temer, em vez de uma nota, expondo as divergências em relação ao projeto da terceirização. Venceu, obviamente, a posição defendida por Renan e parte da bancada se sentiu usada pelo líder que procura se firmar numa posição de maior independência em relação ao governo.

Em tempo: o líder do governo, Romero Jucá, um dos maiores aliados de Renan, não compareceu à reunião dos peemedebistas convocados pelo comandante da bancada. Preferiu um tête-à-tête com Renan no início da noite. Sabe como é… Líder do governo, num movimento contra uma proposta que tem o apoio do Planalto, prefere ficar na encolha e resolver tudo nos bastidores.

Questão de prioridade

O Ministério das Cidades está reservando R$ 5 bilhões para asfaltamento de ruas pelo Brasil afora. Com R$ 1 bilhão, é possível deixar o Brasil com 3,3 mil quilômetros de faixa seletiva para ônibus, beneficiando 86 milhões de pessoas em cidades com mais de 10 mil habitantes. Não resolve o problema do transporte público, mas que ajuda, isso ajuda.

Ainda não acabou I

A dor de cabeça das grandes empreiteiras não acabará depois da delação de seus executivos. A exemplo do que foi feito com as empresas de Angra 3 (Technit, UTC, Queiroz Galvão e Empresa Brasileira de Engenharia), a Odebrecht, a Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez são as próximas que correm o risco de serem consideradas inidôneas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mesmo depois de todos os acordos que já assinaram.

Ainda não acabou II

“As empresas não são vítimas, são corruptoras. Há aí uma inversão de valores. Queremos prestigiar os acordos de leniência, mas é preciso ter mais uma cláusula dizendo que vão colaborar com o TCU e devolver o que roubaram”, diz o ministro Bruno Dantas à coluna.

Negócios diversificados

O mesmo Miguel Júlio Lopes, sócio da Advalor DTVM, tem ainda uma factoring com o mesmo nome e, em 2005, abriu uma empresa de serviços patrimoniais para compra e venda de imóveis próprios. A Advalor DTVM foi a empresa que, segundo a força-tarefa da Lava-Jato, movimentou R$ 6 milhões de alvos da operação. Miguel tem dito que está tudo dentro das normas legais.

CURTIDAS

Conselhos do mago/ Detentor de uma vasta experiência em pesquisas eleitorais, Carlos Montenegro (foto), do Ibope, almoçou ontem com um grupo de deputados na casa do líder do PTB, Jovair Arantes. “Vocês têm que reunir os políticos e reagir aos ataques, explicar que não são todos iguais e que o país precisa de políticos para sua boa condução.”

Apostas do mago I/ Ele fez ainda cenários sobre 2018. Disse que Lula é figura certa num segundo turno da eleição presidencial do ano que vem, se estiver em condições jurídicas de concorrer. “Agora, ganhar a eleição é outra história.”

Apostas do mago II/ Em relação aos senadores José Serra e Aécio Neves, “não vejo na disputa”. Quanto ao prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin, é preciso clarear mais o ambiente para se ter uma ideia.

Apostas do mago III/ Alguém quis saber das chances de Jair Bolsonaro. Montenegro limitou-se a dizer: “Tem hoje entre 10% e 12%”. E o PMDB? “Não terá um representante”. Os deputados ficaram meio boquiabertos com as afirmações de Montenegro. Sabe como é… Com a Lava-Jato por aí, todos consideram muito difícil fechar hoje uma aposta para 2018.

TSE & Holofotes

Publicado em coluna Brasília-DF

O pedido do ministro Herman Benjamin para que o processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer seja colocado na pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) jogará luz sobre os movimentos dos personagens citados nos bastidores para assumir a Presidência da República, caso a Corte decida cassar a chapa. Nesse rol, entrou na lista o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que vem fazer companhia ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, citado em primeira mão aqui nesta coluna há praticamente um mês, e ao ex-ministro Nelson Jobim. Os três têm algo em comum: consideram a necessidade de separar quem aplicou dinheiro de caixa dois em campanha daqueles que enriqueceram às custas de doações ou cobraram propina.

Renan na lida
O líder do PMDB, Renan Calheiros, tem trabalhado diuturnamente nos bastidores no sentido de mostrar aos parlamentares a necessidade de aprovar o projeto que trata do abuso de autoridade. Aliás, o discurso dele semana passada, à noite, criticando o trabalho dos investigadores, foi feito àquela hora justamente para servir de alerta ao
público interno.

Janela
A demora do ministro Edson Fachin em levantar o sigilo da delação da Odebrecht é outro ponto que aumenta o ânimo dos políticos em aprovar as leis de interesse deles o mais rápido possível. É que, quando tudo vier a público em detalhes, muitos perderão a força para fazer valer sua vontade no parlamento.

Herman Moro
Observadores do processo no TSE têm comparado o ministro Herman Benjamin ao juiz Sérgio Moro. Porém, lembram que o papel do TSE é auxiliar, secundário, e não pode se sobrepor ao principal, ou seja, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em suma, há quem diga que Benjamin não tinha nada que ouvir delatores, apenas analisar as contas de campanha. Os crimes de corrupção, se passiva ou ativa, são julgados em outras instâncias.

Se cochilar…
Os parlamentares querem aproveitar o fraco movimento nas manifestações de apoio à Lava-Jato para votar, o mais rápido possível, os projetos que tratam do abuso de autoridade. A ideia é tramitar paralelamente ao fim do foro privilegiado, no qual há quem planeje embutir a proposta de diferenciar o caixa dois de campanha ao uso do dinheiro para outros fins. A avaliação dos parlamentares é a de que o estrago político já foi feito e, portanto, a ordem agora é tentar reduzir os efeitos.

Previdência & tempo
O que o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) fala, em público, sobre não estar disposto a se suicidar politicamente para aprovar a reforma previdenciária, a maioria dos parlamentares
do PP fala nos bastidores. E quanto mais perto da eleição, pior será.

CURTIDAS

Amigos, amigos…/ O líder do PMDB, Renan Calheiros (foto), não perde uma oportunidade de lembrar ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, que não dá para se afastar dele. Dia desses, Renan começou assim uma conversa telefônica com Eunício: “Meu presidente, não abandone seus aliados!”

Nem vem/ As críticas de deputados, senadores e empresários à presidente do BNDES, Maria Sílvia, não tiraram o sono do governo.

Campanha do bem/ A Frente Parlamentar de Combate ao Contrabando e o Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro, coalizão formada por mais de 70 entidades representativas de setores afetados pela ilegalidade, lançam amanhã a campanha nacional O Brasil que nós queremos.Tudo para ver se conseguem unir forças entre sociedade civil e legislativo para contribuir no combate que envolve o comércio de produtos ilegais.

Ministro do bem/ O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, será o anfitrião do lançamento da campanha. Vai aproveitar o evento para ver se gera alguma notícia positiva capaz de tirá-lo do enrosco da Carne Fraca.

O Youssef da JBS

Publicado em coluna Brasília-DF

A Operação Carne Fraca fez com que a Polícia Federal do Paraná colocasse novamente os holofotes sobre o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, preso em Brasília desde o ano passado. Para muitos procuradores, policiais e até integrantes do setor agropecuário, Lúcio Funaro está para a JBS como Alberto Youssef esteve para as empresas enroscadas no Petrolão. Era Funaro quem fazia as intermediações de muitos negócios dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo, que também custeou a campanha de muitos parlamentares.

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A teia de negócios faz de Funaro o elo entre a Lava-Jato e a Carne Fraca. Porém, há uma diferença entre Youssef e Funaro: o primeiro optou pela colaboração premiada. Funaro tem dito repetidamente que não falará.

Odebrecht II, a missão
Quando o Petrolão fisgou a Odebrecht, a empresa reduziu as atividades. Agora, a FriBoi, do grupo JBS, chamou representantes de toda a cadeia produtiva — criadores de gado, produtores de ração, etc — e avisou que vem aí uma redução de 50% no abate. Ou seja, vai sobrar boi gordo no pasto, uma vez que o grupo é responsável hoje por metade do abate brasileiro.

A estratégia mudou
O governo decidiu inverter o roteiro montado para votar a reforma previdenciária. Em vez de deixar a negociação para o plenário da Câmara, vai tratar das mudanças no texto ainda na Comissão Especial. Assim, dá discurso para a base chegar ao plenário e passar o rolo compressor.

#Ficaadica
A retirada dos servidores estaduais do texto da reforma da Previdência foi um aviso aos governadores que até aqui não haviam se mobilizado para ajudar o governo federal a tratar da proposta no Congresso. A partir de agora, quem quiser “carona” num texto da União, terá de ajudar na busca dos votos para aprová-lo.

Renan sugere um pacto
Resumo do discurso de uma hora do líder Renan Calheiros ontem no plenário da Casa: Ok, podem acabar com o foro privilegiado e endurecer o combate à corrupção. Mas, em troca, que venha também a lei do abuso de autoridade. Não dá para os procuradores vazarem nomes de políticos e ministros sem apresentar, ao menos, o contexto em que os nomes foram citados.

E a lista fechada miou
A avaliação de muitos políticos é a de que, neste momento, será muito difícil aprovar a lista fechada dentro de uma reforma política. Alvaro Dias, por exemplo, disse ao CB.Poder que não apoia. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, também tem dúvidas.

CURTIDAS

Cadê o Ricardinho? // Ricardo Saud, da JBS, que cuidava das relações da empresa com o meio político, sumiu do Congresso. Amigos dele garantem que a ideia é seguir para os Estados Unidos.

Gilmar na área // O baixo clero da Câmara e do Senado está mesmo para lá de entusiasmado com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes: “Ele tem coragem e fibra para dizer tudo o que nós não gostaríamos de falar”.

Meu filhão I // Antes do discurso em que colocou para fora tudo o que estava acumulado em relação aos procuradores, Renan Calheiros (foto) fez questão de defender o filho Renan Filho junto a um grupo de jornalistas. “O governador de Alagoas não recebeu um centavo de ninguém. As doações dele foram via partido. Não há motivos para citá-lo”, comentou.

Meu filhão II // Enquanto Renan defendia o governador de Alagoas, a mãe do ministro Alexandre Moraes chamou a atenção ontem no hotel em que se hospedou em Brasília. Em voz alta, no café da manhã, anunciou que o filho tomaria posse naquela tarde no STF. Sabe como é, mãe é mãe!

A Odebrecht do agronegócio

Publicado em coluna Brasília-DF

Parte dos ataques feitos à equipe de policiais que deflagrou a Operação Carne Fraca está diretamente relacionada ao receio que a classe política tem de que essa operação repita o mesmo processo da Lava-Jato. Na sua origem, a Lava-Jato foi uma investigação envolvendo a ação de doleiros em postos de gasolina. Chegou à Odebrecht e à megadelação que hoje deixou uma leva de políticos sob suspeita. Com a Carne Fraca não deve ser diferente. Começou “nos novilhos” e vai desaguar no “touros”.

A equipe que investigou os frigoríficos por dois anos atingiu a JBS, empresa vista pelos investigadores como uma Odebrecht do agronegócio, beneficiada com empréstimos do BNDES, porteira que volta e meia recebe flashes, mas permanece na penumbra.

#Ficaadica

Se o ex-senador Gim Argello
(PTB-DF) quiser partir para a colaboração premiada sem prejudicar o filho, poderá fazê-lo incluindo o herdeiro no acordo. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa usou essa tática para evitar que sua família terminasse enroscada na trama.

#Sigaatrilha

A operação de ontem da PF deixou o mundo político mais atônito do que já estava porque ficou mais próxima dos reais operadores. Entre deputados e senadores, está cada vez mais claro que os policiais e procuradores não descansarão enquanto os últimos beneficiários do esquema desvendado pela Lava-Jato não estiverem fisgados sem margem para dúvidas ou arquivamento de processos.

A reforma da salvação

O voto em lista ganhou apoio entre os comandantes partidários por ser visto como a tábua para segurar quem está citado nas delações. Assim, os políticos mencionados poderão tentar ser eleitos no bolo, sem precisar fazer campanha mostrando a cara. Basta colocar a sigla do partido e jogar na telinha quem está fora das investigações.

Atira na Carne…

… Para pegar a Lava-Jato. As declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes sobre o desprezo a provas vazadas para a mídia foram lidas por muitos procuradores e policiais federais como uma tentativa de colocar a Lava Jato em xeque.

CURTIDAS

CB.Poder/ O senador Álvaro Dias (PV-PR) é o entrevistado de hoje do Programa CB.Poder, ao vivo, às 13h30 na TV Brasília. Ele é autor da proposta de emenda constitucional que acaba com o foro privilegiado.

Sshhhh 1/ O deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) poderia ter dormido sem esta: Ria tão alto numa conversa paralela durante o seminário internacional sobre sistema eleitoral que o mediador Daniel Zovatto, diretor regional do Idea para América Latina e Caribe, passou-lhe uma descompostura em portunhol: “Vamos respeitar los palestrantes!”

Sshhhh 2/ Outros deputados presentes ficaram constrangidos. Um deles comentou, baixinho: “Político brasileiro está tão em baixa que leva bronca até de estrangeiro!” Zovatto, reconhecido internacionalmente por seus estudos na área politico-eleitoral, é argentino.

Sogra baladeira/ D. Norma, a primeira-sogra do país, não perde uma. A mãe de Marcela Temer publicou, ontem à noite, no Instagram, imagens de um show no bar Santa Fé, no bairro Jardim Botânico. A segurança da presidência jamais pensou que a mãe de uma primeira-dama rendesse tanto serviço.

Questão de sobrevivência

Publicado em coluna Brasília-DF

Na conversa com o presidente Michel Temer, depois de deflagrada a Operação Carne Fraca, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, defendeu a despolitização de todas as 27 superintendências regionais da pasta. O presidente concordou. Resta saber se o governo vai conseguir implementar essa medida, uma vez que as indicações são feitas por integrantes da poderosa bancada do agronegócio, que, aliás, é a madrinha do ministro da Justiça, Osmar Serraglio.

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O ministro, que também tem laços com a Frente Parlamentar de Agricultura, tem dito nos bastidores que esse tema é “questão de sobrevivência do país” e não de deputados e senadores. Blairo, aliás, percorreu o mundo em defesa da carne brasileira. Agora, Temer orientará o Itamaraty para defender o país nesse campo.

Debita lá!

Aliados do presidente Michel Temer fizeram questão de lembrar, ao longo de todo o dia, que as investigações começaram no governo do PT. “Faz parte da herança maldita.”

Enquanto isso, no agronegócio…

A ordem entre os agropecuaristas é aproveitar o escândalo da Carne Fraca para pressionar o governo a fazer com os frigoríficos o mesmo que vale para os laboratórios de produtos farmacêuticos. Tirar os fiscais de dentro dos frigoríficos, deixando esse trabalho in loco para as empresas que compram a carne para revenda. Ao governo caberia o papel que tem hoje a Anvisa em relação aos remédios e produtos afins.

R$287 milhões
Valor doado pela JBS a campanhas em 2014 no caixa um. Muito dinheiro. Aos poucos, descobre-se o porquê. Vem por aí mais uma investigação envolvendo as doações legais.

Amigos, amigos…

Nas internas, aliados do ministro do Turismo, Max Beltrão, têm reclamado que os cortes no Orçamento da pasta foram feitos para que ele não tivesse meios de mostrar serviço e, assim, se credenciar para concorrer a uma vaga de senador contra Renan Calheiros, candidato à reeleição pelo PMDB.

Por falar em Renan…

O líder do PMDB mandou dizer que costuma viajar de Brasília a Maceió em aviões de carreira e não de carona com o filho, o governador de Alagoas.

CURTIDAS

Sob encomenda/ O primeiro comercial que apareceu na maior emissora do país depois do Bom Dia Brasil foi da Associação Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) defendendo a importância do trabalho desses técnicos.

Haja serviço!/ Nesses três anos de Lava-Jato, os peritos da Polícia Federal analisaram 4.271 dispositivos eletrônicos, entre computadores, celulares, pen drives, cartões de memória, incluindo aí 93 antigos disquetes. Tudo equivale a 1,21 petabyte, volume de dados que a Associação dos Peritos Criminais comparou a 250 milhões de Bíblias digitalizadas que, empilhadas, teriam 12.500 quilômetros.

F~°#@/ Os palavrões com os quais o ministro tem se referido aos fiscais e aos frigoríficos que roubaram a imagem do país e a qualidade de seus produtos são impublicáveis.

Na porta de Adriana/ É bom a ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo começar a se acostumar. Já tem gente no Rio de Janeiro planejando protestos em frente ao edifício de luxo onde ela vai ficar em prisão domiciliar. E, desta vez, virá dos servidores que não recebem salários. Da outra vez que houve acampamento ali, em 2014, Sérgio Cabral (foto) colocou a culpa em Anthony Garotinho.