Jogada de risco

Publicado em coluna Brasília-DF

Parlamentares estão em estado de alerta para os últimos movimentos de Michel Temer. Lembram que, em 2015, Dilma Rousseff fez de tudo para que os peemedebistas se sentissem mais confortáveis no governo. Para isso, entregou-lhes a coordenação política. O PMDB sofreu uma série de boicotes do PT. Insatisfeita, a parte do partido não atendida foi se afastando do Planalto. Agora, Michel Temer deve entregar a coordenação ao deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), e não está descartado que mais à frente convide o senador Tasso Jereissati para um posto importante.

» » »

Dentro do PMDB, há quem considere o risco de boicote de setores do partido à coordenação do habilidoso Imbassahy, da mesma forma que os petistas faziam ouvidos moucos ao maestro Temer enquanto coordenador político de Dilma. A diferença, no caso, é o presidente da República. Capaz de dedicar horas a uma conversa política. Todos confiam que a habilidade de Temer, hoje chefe supremo, consiga segurar a tropa. Afinal, dizem alguns, era atender o PSDB ou vê-los pular do barco mais cedo.

PF versus Moraes

O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, conseguiu algo inédito: unir todas as categorias e facções da Polícia Federal que brigam entre si. Os policiais estão furiosos com o ministro. Na visão deles, enquanto o ministro da Defesa, Raul Jungmann, liderou um movimento em favor da manutenção de um sistema de aposentadoria diferenciado para os militares, Moraes abandonou os policiais.

Não estou, nem vou

A ira dos policiais aumentou na quarta-feira, quando as associações dos delegados e agentes tentaram uma audiência com o ministro Alexandre Moraes, mas foram encaminhados para o secretário-executivo do Ministério.

O reverso do aviso

Peemedebistas que estavam avisados da intenção do governo em esperar o listão da Odebrecht para depois nomear o novo ministro da Secretaria de Governo foram informados que o presidente queria antecipar a nomeação de Antonio Imbassahy por duas razões: primeiro, não dá para passar a ideia de que o Poder Executivo está refém dessa delação. Segundo, com a reforma previdenciária no Congresso, é preciso ter mais gente no papel de zagueiro.

Empurrãozinho

Agora, quem entende das coisas acredita que será mais fácil levar o PSDB a apostar na candidatura de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara. Resta atender os partidos que compõem o Centrão, em especial, o PTB, de Jovair Arantes.

Climão

Senadores consideram que falta muito pouco para o presidente do Senado, Renan Calheiros, ouvir que não respeita nem oficial de Justiça, quanto mais o regimento interno da Casa. O “trator” que ele ligou ontem ao convocar várias sessões para o mesmo dia a fim de encerrar a discussão da PEC do teto e marcar a votação para terça-feira foi visto como “pagamento de fatura ao governo”.

Campanha antecipada/ O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), já colocou na rua sua campanha para presidente da Câmara, conforme anuncia o cartaz (foto) no início da L2 Norte, passagem quase que obrigatória dos deputados moradores dos apartamentos funcionais da SQN 202.

Enquanto isso, no Senado…/ O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), não deixa de ir a um evento promovido por senador. Ontem, lá estava ele na abertura do seminário Congresso do Futuro, uma iniciativa do senador Wellington Fagundes (PR-MT).

Temer na cova dos Gomes/ O presidente Michel Temer vai hoje ao Nordeste, passando por Pernambuco e Ceará. A ordem é começar a angariar algum apoio por ali. No Ceará, entrega hoje seis mil casas populares, como forma de minar a base política do pré-candidato a presidente da República Ciro Gomes.

Sarney telefonou/ Apenas para dizer que em nenhum momento se envolveu na operação que salvou Renan Calheiros no cargo de presidente do Senado.

Temer concorda com Moro

Publicado em coluna Brasília-DF

Num encontro ontem com cinco senadores onde o tema central foi economia, o presidente Michel Temer, professor de direito constitucional, comentou que considera corretas as emendas que o juiz Sérgio Moro sugeriu à lei de abuso de autoridade em tramitação no Senado, já apresentadas pelo futuro líder do PSDB, Ricardo Ferraço (ES). Uma delas explicita que mera divergência na interpretação da lei durante avaliação de fatos e provas não pode constituir crime. Afinal, um juiz tem que ter autoridade para interpretar a lei.

O presidente se disse ainda “aliviado”, porque ao rejeitarem a urgência de votação das dez medidas de corrupção. “Vocês tiraram esse assunto do meu colo”, disse Temer. Afinal, se ele veta o texto, briga com o Parlamento que o apoia. Se sanciona, briga com o povo que já não é lá muito amigo do governo.

Pressão sobre Toffoli
Com Renan réu no Supremo Tribunal Federal, aumenta a pressão sobre o ministro Antonio Dias Toffoli entregue logo sua posição sobre réus na linha sucessória da Presidência da República. Ele pediu vistas e até hoje nada.

Preocupação suprapartidária
Não, pessoal. Não é a lista da Odebrecht. O que preocupa para valer os senadores que estiveram ontem no Alvorada com Michel Temer é a situação da economia. Do PSDB, José Aníbal (SP), Ricardo Ferraço (ES) e Tasso Jereissati (CE). Do PPS, Cristovam Buarque (DF). Do PTB, Armando Monteiro Neto (PE), ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo Dilma e ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Precisa mais
No encontro com Temer, os senadores disseram que o teto de gastos e a reforma previdenciária não serão suficientes para destravar a economia. Na semana que vem, eles vão se reunir com ministros para discutir propostas de redistribuição da atual carga tributária, de forma a aliviar a produção e os salários.

Paradinhos aí!
Os tucanos começam a puxar o tapete de Renan Calheiros. O deputado Luiz Carlos Hauly e Domingos Sávio sugerem que não se vote nada relativo a mudanças na lei de abuso de autoridade, nem as medidas contra a corrupção enquanto não terminar a Lava Jato Falta combinar com o comando do Senado. Renan Calheiros é visto hoje como alguém que age para enquadrar a primeira instância e manter o foro privilegiado.

CURTIDAS

Em campanha/ O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), janta hoje com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Será levado pelo deputado Heráclkito Fortes (PSB-PI).

Rosso e Jovair/ Os deputados do PTB vão deflagrar uma pressão para que Rogério Rosso (PSD-DF) desista de concorrer à Presidência da Câmara para apoiar o líder petebista, Jovair Arantes. Arantes apoiou Rosso na disputa do mandato tampão. Agora, dizem os petebistas, é hora de retribuir.

Moral da história/ Os petistas ficaram em alerta total quando o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) cobrou do juiz Sérgio Moro as gravações de conversas telefônicas de Lula. d. Marisa Letícia, filho e nora __ aquelas que vazaram, constrangendo o ex-presidente e seus familiares. Moro disse apenas que era magistrado e não iria comentar processos pendentes. Para o PT, foi um recado claro de que o inferno astral de Lula não acabou.

Estresse na embaixada/ O cerimonial e a equipe francesa que preparou a tradicional festa de apresentação do Beaujolais Nouveau viveram dias de estresse. Os queijos vindos de Marseille para o evento de ontem ficaram cinco dias retidos na alfândega e só foram liberados na véspera da recepção na residência do embaixador Laurent Bili.

Termômetro virtual alerta

Publicado em coluna Brasília-DF

Analistas de redes sociais vislumbram para 2017 um movimento semelhante àquele que tomou o país em 2013, no período da Copa das Confederações. Esses especalistas identificaram um índice de mau humor infinitamente superior ao de 2015 e de 2014, fruto da grave crise econômica na qual as pessoas estão empobrecendo. E, diante da estagnação e do desemprego, a perspectiva dessa indignação extrapolar o mundo virtual e se transformar num amplo movimento de ocupação das ruas é um pulo. Ou as autoridades entendem esse recado e tratam a cuidar da crise econômica, ou outros problemas virão. O primeiro movimento está marcado para 4 de dezembro, coincidentemente, o mesmo dia em que os cubanos vão enterrar as cinzas do comandante Fidel Castro.

Cabral, segunda temporada
O verão vai ser quente. Já está no forno a segunda fase da operação que levou Sérgio Cabral a descobrir Bangu. Na mira, escritórios de advocacia e a ex-primeira-dama Adriana Anselmo, apelidada por alguns agentes, “a mulher das mil e uma jóias”. Ela é suspeita de ser uma das operadoras do esquema do marido.

Por falar em Cabral…
As notícias do cárcere são as de que o ex-governador tem chorado muito, ciente de que passará um bom tempo naquelas acomodações. O problema é que, se recorrer à delação premiada, enrosca ainda mais a família.

Nem tudo é tristeza
Não são poucos os deputados da Bahia que se dizem aliviados com o tombo de Geddel Vieira Lima. Uns garantem que, agora, Michel Temer será obrigado a redistribuir os cargos regionais.

O que eles pensam, ele fala
“Moro está acabando com o Brasil. É irresponsável. Não precisa fazer isso para combater a corrupção”, afirmou essa semana o deputado Vicente Cândido, no programa Frente-a-Frente, da Rede Vida, refletindo o sentimento que predomina entre os parlamentares, especialmente, os fisgados na Lava-Jato e seus aliados.

O que o governo deseja
A Advocacia Geral da União vai se esforçar junto ao Supremo Tribunal Federal para colocar como primeiro item da pauta de quarta-feira a ação direta de inconstitucionalidade que trata da cobrança das dívidas dos devedores contumazes nos setores de tabaco, bebidas e combustíveis. A esperança com a ação é arrecadar além do que já foi captado com a repatriação.

CURTIDAS

Adeus a Fidel I/ Lula e Dilma planejam participar dos funerais de Fidel Castro. O governo Michel Temer ainda não anunciou se o presidente vai ou será representado pelo embaixador ou pelo ministro de Relações Exteriores, José Serra. Se for, será a primeira reunião do grupo desde o impeachment.

Adeus a Fidel II/ Ontem petistas lamentavam que companheiros presos não poderão participar dessa última homenagem ao ícone da esquerda mundial. Especialmente, José Dirceu, que já morou em Cuba.

O rigor da presidente/ Os ministros do Supremo Tribunal Federal reclamam à boca pequena do rigor com que a ministra Cármen Lúcia trata o horário do intervalo. Dia desses, ela foi direta: “São 16h05. Voltaremos 16h35”. E ai de que quem não cumprir.

Por falar em Supremo…/ Na primeira quarta-feira de dezembro, dia 7, a biblioteca do STF será palco do lançamento do livro Segurança Jurídica e Protagonismo Judicial, desafios em tempos de incertezas. Werson Rêgo coordena a publicação, que reúne trabalhos de importantes personalidades do direito em homenagem ao ex-ministro Carlos Mário Velloso.

Circuito isolado

Publicado em coluna Brasília-DF, Política

Ciente de que está na mira da Lava-Jato, a Eletrobrás aproveitou a semana do feriadão para divulgar um “fato relevante”, algo considerado importantíssimo no mercado empresarial. Em 12 páginas, na linguagem rebuscada típica da burocracia empresarial, os controladores estouram seus antecessores. Na página 4, a empresa lista seis fraquezas da companhia em 2015 e anos anteriores. Diz que a Eletrobrás “não manteve ambiente de controle efetivo, revisão de gestão, demonstração financeira, controles efetivos e adequados sobre as sociedades de propósito específico”.

Antes dessas críticas, já na segunda página, a empresa reforça: “Segundo seu código de ética, a Eletrobrás não tolera corrupção ou quaisquer outras práticas comerciais ilegais por seus empregados, empreiteiras ou fornecedores, e, portanto, tem tomado uma série de iniciativas envolvendo suas atividades econômicas e seu sistema de governança corporativa”. Se é preciso avisar em alto e bom som que não tolera corrupção, é sinal de que boa coisa não vem por aí. E a atual gestão, ciente dos problemas, tenta se antecipar ao estrago, meio que isolando a confusão nos comandantes dos tempos de Dilma.

O grande paraíso fiscal
A primeira fase da Lei de Repatriação mostrou que a Meca dos brasileiros com recursos depositados lá fora está longe de ser a Suíça. Os dados do Banco Central analisados pelo tributarista Gil Vicente Gama indicam que os principais países de origem dos ativos dos quase 22 mil contribuintes que aderiram ao programa são os seguintes: Estados Unidos (52%), Ilhas Cayman (23%), Reino Unido (5,7%), e Bahamas (3,9%). A Suíça aparece em quinto, com 3,4%.

Distância regulamentar
Os tucanos planejam aproveitar a lei de abuso de autoridade no Senado para marcar aí um certo afastamento do presidente da Casa, Renan Calheiros. O discurso o PSDB sobre o tema será formatado esta semana.

Outro jogo
Não dá para Rodrigo Maia e demais pré-candidatos a presidente da Câmara tratarem da próxima eleição para presidente da Casa do mesmo jeito que lutaram com a disputa para o mandato tampão. Desta vez, com cargos da mesa na roda, quem amarrar melhor os demais partidos na composição da chapa terá mais chance.

Oi e seus nós
Os interessados em salvar a Oi querem na prática o perdão das multas que a empresa recebeu da Anatel por não cumprir as metas do plano original de concessão. O assunto será discutido na segunda-feira.

CURTIDAS

Em nome do pai/ Parlamentares não esquecem da imagem da deputada Clarissa Garotinho no plenário da Câmara, de celular em punho, gravando imagens de Eduardo Cunha no dia em que foi cassado enquanto bradava palavras de ordem. E agora, com o pai dela hospitalizado e preso, houve quem apostasse que Clarissa deixaria os peemedebistas esquecidos. Ela, entretanto, não vai parar e está dedicada a apontar as diferenças entre os casos de seu pai e o do ex-governador Sérgio Cabral.

Porque demorou/ Críticas à demora dos agentes públicos em prender o ex-governador Sérgio Cabral e outros integrantes da gangue do guardanapo na cabeça tomaram as redes sociais desde quinta-feira. Os investigadores, entretanto, avisaram que foi preciso passar os Jogos Olímpicos para limpar a casa depois que as visitas fossem embora.

Quem eles temem/ Advogados de ex-deputados, ex-governadores e ex-senadores trocam o “periculum in mora” (perigo da demora) por “periculum in Moro”. Sabe como é, se tem algo que eles preferem evitar é ter que encarar o popular juiz da Lava-Jato.

Troca de comando/ Não foi apenas o governo que mudou de líder. Está tudo encaminhado para que o senador Ricardo Ferraço (ES) assuma a liderança do PSDB na Casa.

Blindagem ministerial

Publicado em coluna Brasília-DF

O presidente Michel Temer não definiu onde pretende passar as festas de fim de ano, mas sabe que fará um rearranjo no Ministério. As mudanças serão pontuais, porém, importantes e virão também para, além de ajudar a melhorar a gestão, dar um viés de “alta” para personagens discretos, alvos da vingança de terceiros atolados em escândalos. No topo dessa lista de proteção está o ex-governador do Rio e ex deputado Wellington Moreira Franco, alvo preferido do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha em todas as conversas que o ex-deputado manteve pouco antes de ser recolhido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Cunha e Moreira nunca foram muito próximos. Moreira é responsável pelo plano de parcerias público-privadas do governo, mais conhecido como projeto Crescer. O programa é estratégico dentro da concepção do governo e considerado muito bem concebido, daí o fato de ter se tornado uma das melhores apostas do presidente. Que ninguém se surpreenda se Moreira, logo ali na frente, virar ministro do Planejamento. De lá, poderá levar o Crescer adiante com uma proteção a mais cotra os ataques de Eduardo Cunha.

Tucanos em litígio
As conversas entre José Serra e Aécio Neves resultaram numa discreta consulta ao partido no sentido de postergar a escolha do futuro presidente da legenda em um ano, ou seja, eleger o novo comando apenas em maio de 2018. Se a ideia vingar, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ficará praticamente de mãos atadas para tentar se colocar melhor na cúpula partidária e, dali, construir sua candidatura presidencial.

Ou uma coisa ou outra I
Aliados do presidente Michel Temer insistem na premissa de o governo buscar um Orçamento verdade para o ano que vem, isto é, sem receitas fictícias criadas pelo Congresso apenas para acomodar as emendas dos parlamentares __ de execução obrigatória. Isso significa que, se o governo optar por liberar todas as emendas de deputados e senadores, terá que tirar de outros projetos.

Ou uma coisa ou outra II
Para garantir uma receita extra, veio às tona uma proposta de incluir o dinheiro do que pode entrar com mudanças na Lei de Repatriação. Só tem um probleminha: como não se sabe quanto vem, a citação de um valor seria chute e aí o Congresso cairá novamente na velha formula de projetar receita que não se confirma.

Por falar em repatriação…
Os movimentos de quem dinheiro lá fora e optou pela repatriação indicam que o nome da lei está errado. Na verdade, a maioria dos “repatriadores” pagou apenas os impostos, mas manteve os recursos lá fora, ou seja, não veio capital para ser investido aqui.

…Virou Lei da Mobilidade
Porém, isso não representa o fim do mundo, uma vez que há muitos desses recursos investidos em títulos do Brasil. “Os bancos internacionais fazem o perfil do depositante e traçam uma carteira de investimentos relacionada ao país dele”, explica o advogado Gil Vicente Gama, especialista no assunto.

CURTIDAS

Santa Claus/ Acostumadas a passar o Natal ou Ano Novo no exterior, algumas esposas dos detentos da carceragem da PF em Curitiba cogitaram fazer uma festa para os maridos presos. Foram desestimuladas. Não ia ficar bem chegar lá com garrafas de Château Petrus, Romanée-Conti ou, ainda, um Richebourg, considerado o vinho mais caro do mundo.

Vida de governo/ O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, e um assessor apostam corrida do emagrecimento, para ver quem chega primeiro aos 90 quilos. O ministro levou a sério e passou a frequentar uma academia da cidade todos os dias pela manhã. O difícil é conseguir fazer a série de exercícios. O telefone não para.

Wikipedia/ Cresceu no governo e no Congresso a busca por perfis e informações a respeito do ministro do Tribunal Superior Eleitoral Herman Benjamin, relator do processo que pode resultar na cassação da chapa presidencial Dilma-Temer. Indicado por Lula, é considerado discreto e técnico.

Todo mundo em pânico/ A presença do procurador Deltan Dallagnol neste fim de semana em Brasília deixou os politicos de cabelo em pé. Quem acompanha o passo a passo da Lava Jato garante que esta semana de feriado promete.

O modelo é o da Petrobras

Publicado em coluna Brasília-DF

Os planos do presidente Michel Temer para o setor elétrico, no qual também há uma lupa da Lava-Jato, passam pelo mesmo molde adotado para a Petrobras. Para cada empresa, a ideia é buscar alguém com nome no mercado, de estatura técnica e gerencial, capaz de sanear o setor. As mudanças, porém, serão feitas devagar e com muito jeito, de forma a não criar muitos atritos e garantir boas escolhas, fundamentais em tudo na vida. Falta combinar com os partidos, ávidos por indicações, e com aquele ar de quem não aprendeu nada com Lava-Jato.

Candidato avinagrado
Ministros do governo Michel Temer se preparam para abortar a candidatura do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) à Presidência da Câmara. “Ele é um fator de desunião. E se não une a própria bancada, vai unir quem?”, pergunta um dos mais próximos ao presidente Temer.

Olha o Paulo Câmara…
A defesa que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, tem feito da candidatura de Márcio França ao governo de São Paulo é vista um movimento com vários reflexos. O visível aos leigos da política é Câmara se apresentar para o apoio a Geraldo Alckmin, caso o governador paulista seja mesmo candidato a presidente da República e apoie Márcio França para a reeleição. (Márcio FRança assume o comando do Palácio dos Bandeirantes, se Alckmin se licenciar).

…embaralhando o jogo
A leitura invisível a quem não é do ramo da política é outra. Sabe-se hoje que o PSDB de São Paulo, balaio de tantos iluminados, não admite ceder o governo local a um candidato de outro partido, ainda que seja França seja vice-governador. Sendo assim, Paulo Câmara já começa a construir o discurso para virar o leme do PSB a outra candidatura que não a de Alckmin. Leia-se Aécio Neves.

O desafio da hora
Em meio à reforma política, o desafio dos parlamentares é o financiamento da campanha. A Lava-Jato afugentou o empresariado, que hoje quer distância das campanhas políticas. O orçamento público não comporta mais essa despesa. E, para completar, o eleitor está tão avesso à política que não está disposto a dar seu suado dinheirinho para candidatos.

Outra reforma
A reforma da Previdência Social segue para o Congresso entre o primeiro e o segundo turno da votação da emenda do teto de gastos. A trabalhista, para tristeza do empresariado, irá apenas em 2017.

CURTIDAS

Vale lembrar/ Em tempo de imposição de limites a supersalários, circula pelo WhatsApp uma lista publicada no ano passado pelo Novo Jornal, do Rio Grande do Norte, com os 50 maiores vencimentos do estado. O topo era o de uma desembargadora, R$ 179 mil.

Vale o esforço/ Não por acaso, muitos juízes vêem a proposta do presidente do Senado, Renan Calheiros, como uma “vingança” ao Poder Judiciário. Razões à parte, pagar 179 mil de salário mensal quando há um teto de vencimentos na administração pública pode ser visto como abuso de autoridade.

Roteiro/ Aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, têm traçado o caminho para tentar emplacar a reeleição do democrata. Em novembro, criar um clima. Em dezembro, levar o assunto à Comissão de Constituição e Justiça.

Tudo no livrinho/ Na Constituição brasileira cabe de tudo. Até o final deste ano, estará no texto constitucional um artigo para isentar os templos religiosos do pagamento de IPTU. Hoje, não pagam. Mas a ideia é prevenir. Se nesses tempos de crise, algum estado pensar em estabelecer essa cobrança, terá que mudar de novo o texto constitucional. Aí, nem Deus.

O que vale para o Congresso…

Publicado em coluna Brasília-DF

Sabe aquela história de réu em ação judicial não poder compor a linha de sucessão da Presidência da República? Começa a se cristalizar no Ministério Público a ideia de que isso se estenda às Assembleias Legislativas estaduais, câmaras Distrital e municipais. Não por acaso tem muitos deputados estaduais e distritais perdendo o sono por causa dessa possibildiade. Afinal, o que não falta é político com receio de virar réu. A “santa de casa”, Celina Leão, que o diga.

Ele fora
O presidente do Senado, Renan Calheiros, avisou a amigos que Rodrigo Maia pode até se mexer para tentar a reeleição à Presidência da Câmara. Porém, ele, Renan, não irá entrar nessa. O acordo para fazer de Eunício Oliveira (PMDB-CE) o novo comandante está selado.

Fúria Palaciana
Assessores e ministros do Planalto ficaram irados com o fato de Eduardo Cunha chamar o presidente Michel Temer como testemunha de defesa. Consideram que a ideia do ex-deputado foi expor o presidente sem necessidade. Só para incomodar.

Os meus, os seus…
O presidente do PSDB, Aécio Neves, marcou para o dia 25, em Brasília, a reunião de todos os prefeitos eleitos pelo partido. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, reunirá os eleitos em seu estado uma semana antes.

…e os nossos!
Dentro do PSDB paulista surge a tese de repetir o que foi feito nos Estados Unidos: Barack Obama ganhou as primárias de Hillary Clinton, fez dela secretária de Estado e agora se jogou de corpo e alma na candidatura democrata. Nada impede, na visão dos paulistas, que Geraldo Alckmin faça o mesmo com Aécio Neves no futuro. Os mineiros, entretanto, preferem o inverso.

O perigo do momento
No Rio de Janeiro e em outros estados, há uma onda de servidores públicos em busca de reajustes salariais e pagamento dos atrasados. Na atual conjuntura, avisam os economistas, quem conseguir manter seus empregos, ou simplesmente receber o salário, deve dar graças a Deus. O caixa faliu e não há espaço para aumento de impostos.

Por falar em recursos…
A fim de incrementar os valores destinados à promoção da prática esportiva, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ficará boa parte da manhã no Congresso para dar um empurrãozinho no projeto que pretende aumentar de 1% para 3% o limite de aplicação do lucro das empresas privadas no setor. É a lei Rouanet do esporte, com direito a incentivos fiscais. A ideia é tentar levar o empresariado a investir na formação de base para várias modalidades, algo que hoje está basicamente na conta do orçamento público.

CURTIDAS

House of Cards/ O netflix do recesso está garantido. O Senado está comprando 200 aparelhos de tevê de 40 polegadas e 40 de 55 polegadas. Dá quase três aparelhos por senador.

Por falar em recesso…/ Se depender do presidente Renan Calheiros, os senadores terão uma semana a mais de folga. Ontem, no plenário, ele mencionou que a sessão legislativa vai até 16 de dezembro. A Constituição menciona 22.

Dever de casa…/ Para quem deseja ocupar cargos na administração pública, é bom dar uma chegada hoje ao Superior Tribunal de Justiça, entre 18h30 e 21h, para acompanhar o lançamento do livro “Improbidade Administrativa _ Temas atuais e controvertidos”.

…com os professores/ Coordenado pelo ministro Mauro Campbell Marques, o trabalho é uma resposta aos debates suscitados pela comunidade jurídica sobre a aplicação e o alcance da Lei 8.429/92. A lei da Improbidade administrativa. O prefácio é do ex-ministro Francisco Rezek.

Renan ganha aliados

Publicado em coluna Brasília-DF, Política

O ressurgimento da farra das passagens pode ser a brecha que o presidente do Senado, Renan Calheiros, esperava para angariar apoios ao projeto de abuso de autoridade. Explica-se: Há seis anos, muitos deputados incluídos na lista chegaram a afastar funcionários de gabinetes que vendiam as sobras das quotas sem conhecimento do parlamentar. Agora, essas excelências que lá atrás ajudaram inclusive a apurar os abusos estão todos denunciados. O fato de colocar todos deputados no mesmo balaio, sejam culpados ou vítimas, já é visto como o argumento que faltava para convencer muitos a votarem em favor da lei de abuso de autoridade. Há quem diga que o Ministério Público, sem tempo para apurar detalhadamente caso a caso, denunciou todo mundo. A revolta na Câmara é grande. Prato cheio para Renan.

Lula pisa em ovos…
Com a Lava-Jato no seu encalço e os petistas deprimidos com os resultados das urnas, Lula levou para a reunião dos deputados ontem duas decisões importantes: 1) Tentar recuperar o partido com uma “atualização programática” capaz de corrigir os erros que desaguaram no Petrolão. E fazer isso, sem caça às bruxas, ou seja, sem “fulanizar”. 2) Montar uma direção forte, representativa de todas as tendências.

…e o PT em cacos de vidro
A conclusão do PT é a de que quanto mais intenso for o processo de mudança no PT, mais unido o partido ficará. O receio hoje é que petistas deixem a agremiação e se unam a outras legendas de esquerda e passem a trabalhar contra o PT. Daí, o esforço de Lula em prol da “atualização programática”. Falta combinar com o partido, que ainda não saiu do luto.

Maia, o candidato
Apesar de o regimento interno e nem a Constituição permitirem, ninguém descarta uma recandidatura de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara, uma vez que o mandato que ele exerce hoje é tampão e coisa e tal. Mas nada disso será discutido agora. A aposta do DEM é a de que com tantos candidatos ao comando da Casa, o atual presidente termine angariando apoios para neutralizar os outros pretendentes.

Previsão do tempo I
Até aqui, o governo de Michel Temer conseguiu conter as disputas veladas entre os grupos da antiga oposição (PSDB e DEM) e o bloco dos “sempre governo” que formaram o tal Centrão. A corrida pela presidência da Câmara, entretanto, está se tornando um novo fator de divisão.

Previsão do tempo II
Enquanto PSDB e DEM conversam para um jogo conjunto, o centrão segue por outro caminho, lançando candidatos, leia-se Rogério Rosso e Jovair Arantes. A preços de hoje, avaliam muitos parlamentares, esses que já lançaram não terão condições de chegar lá.

CURTIDAS

Tem americano no frevo/ Funcionários do consulado dos Estados Unidos em Recife reservaram um bar para acompanhar a apuração da eleição. Ninguém revela preferências, mas os prognósticos apontam para Hillary Clinton.

Por falar em Hillary…/ Os políticos até seguram a torcida, mas, no Salão Paris, no Lago Sul em Brasília, a torcida pela vitória da ex-secretária de Estado norte-americana é escancarada. O proprietário, o cabeleireiro Isaac Ribeiro, atendeu Hillary em abril de 2010, na suíte presidencial de um hotel. “Cheguei 7h, passei por um sistema de segurança reforçado. Ela já estava de cabelos lavados tomando um café bastante saudável”, recorda o hair stylist.

.. ela repete o que gosta/ Em 2012, numa nova visita ao Brasil, Hillary pediu ao cerimonial que chamasse o mesmo profissional de dois anos antes. “Novamente, maquiei e penteei. Ela sempre elegante e simpática”, conta Isaac, que, por timidez, não pediu selfies.

Neguinho é democrático/ No carnaval de 2009, a primeira-dama Marisa Letícia desceu do camarote do governador do Rio, Sérgio Cabral, apenas para cumprimentar o sambista Neguinho da Beija Flor. Ontem, Neguinho foi destaque na noite de samba no Planalto, ao lado do presidente Michel Temer e da primeira-dama Marcela. O samba não tem partido.

Os obstáculos e a força de cada um rumo a 2018

Publicado em coluna Brasília-DF, Eleições

Passadas as eleições municipais, o país parte para a propalada reforma da Previdência e medidas para promover a criação de empregos, no campo minado da economia, enquanto 2018 surge no horizonte dos partidos. Eleitoralmente falando, 2016 termina com alguns personagens “se achando” e outros obrigados a colocar nas promessas para o ano vindouro recuperar terreno. A base de Michel Temer se saiu bem, porém, precisa passar pelas reformas e recuperar a economia para conseguir se manter no poder daqui a dois anos. Inclua-se aí o PSDB, grande vencedor dessa temporada e dividido no quesito pré-candidatos a presidente da República.

Os tucanos já haviam apresentado um bom desempenho no primeiro turno e agora arremataram quase tudo que disputaram nesse segundo turno. Belo Horizonte, capital das Minas Gerais de Aécio Neves ficou fora dessa conta, o que pode levar Aécio ao time dos que prometem melhorar no ano que vem. Porém, enquanto presidente nacional do PSDB, ele tem o que comemorar e faturar.

Entre aqueles que começam bem do ponto de vista eleitoral está Geraldo Alckmin. O candidato dele, João Dória, venceu na primeira rodada entre os paulistanos e ontem varreu o PT do chamado cinturão vermelho da Grande São Paulo. O PSDB venceu em Santo André e em São Bernardo, tradicionais redutos petistas, e o PSB arrematou Guarulhos. O PSDB sai forte e o PMDB, se quiser algum sucesso, terá que cuidar de preservar os tucanos ao seu lado. E o PT tem que torcer para que nada dê certo para os adversários.

Climão de disputa
NO WhatsApp de tucanos paulistas ligados a Geraldo Alckmin circulou a foto de Aécio Neves com cara de descrença ao lado de João Leite em Belo Horizonte. Há quem jure que Alckmin curtiu essa imagem tanto quanto a vitória de seus candidatos nos municípios paulistas.

PSB no pêndulo
Sem um nome forte para 2018, o PSB do falecido governador de Pernambuco, Eduardo Campos, desponta como um potencial aliado dos tucanos. Será importante observar o jogo entre o vice-governador de São Paulo, Márcio França, empenhado no projeto de Geraldo Alckmin, e o prefeito reeleito de Recife, Geraldo Júlio, mais afeito ao senador Aécio Neves, de quem Geraldo Júlio se aproximou no segundo turno em 2014.

E a família se dividiu…
A derrota do irmão de Eduardo Campos, Antonio Campos, para prefeito de Olinda foi vista com um alívio na base do PSB de pernambuco. A candidatura tinha o apoio da ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, mas constrangeu os socialistas por causa do PCdoB, que há tempos administrava a cidade. Com a disputa, o Solidariedade levou a melhor e vai governar a histórica cidade pernambucana.

PT no mar dos incertos
2016 é um ano que o PT deseja esquecer. Nada deu certo e a fumaça que sufoca seus planos não se dissipou. A única cidade desse segundo turno que o PT quase chegou lá foi Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O partido agora buscará a renovação e isso pode inclusive significar Lula fora da disputa de 2018 mesmo se escapar da Lava Jato.

Sempre governo
Chamou a atenção o desempenho do PR e do PP nessa eleição. Enroscados na Lava Jato e com dirigentes que passaram pela prisão, ambos cresceram em número de prefeitos. Ambos são ex-aliados de Dilma Rousseff assim como o PSD e o PDT, outros que ampliaram o espaço em número de prefeituras

Por falar em PDT…
Ciro Gomes comemorou a vitória de Roberto Cláudio como se fosse a chancela do eleitorado de Fortaleza à sua candidatura à Presidência da República. Tudo porque, dias antes, Ciro afirmou que, se o prefeito não se reelegesse, sua participação corrida presidencial em 2018 estaria comprometida.

E o Cristovam, hein?
Com tanta gente querendo tirar casquinha da eleição municipal, há quem diga que o senador Cristovam Buarque também tem o que comemorar, embora não tenha eleição em Brasília. Ele percorreu várias cidades ajudando os candidatos do PPS.

O novo alvo

Publicado em coluna Brasília-DF

A eleição de hoje é municipal, mas a mira está focada em 2018. Nesse sentido, os ataques da oposição ao governo Temer a partir da semana que vem estarão direcionados ao ministro das Relações Exteriores, José Serra. Os petistas e aliados vão forçar para a obtenção de todos os detalhes sobre as delações de executivos da Odebrecht, que mencionaram dois operadores como responsáveis pela entrega de R$ 23 milhões à campanha de José Serra em 2010, via caixa dois e, para completar o estrago, depositados em conta na Suíça.

********
A escolha de Serra como alvo prioritário, diante de tanta gente enroscada, é uma estratégia eleitoral. Serra não é um ministro qualquer. É pré-candidato a presidente da República e responde hoje pela política externa do país. É ainda considerado o primeiro da fila para assumir a Fazenda, na hipótese de desgaste de Henrique Meirelles.
********

Até aqui, estamos no seguinte pé em relação às denúncias envolvendo Serra: O ministro negou e o governo se calou para ver se o caso cai no esquecimento. A oposição, entretanto, está se armando para manter essa fogueira acesa pós-feriadão. Se houve depósitos na Suíça, a Justiça dirá. Mas a oposição está no seu papel. Ninguém esperou a condenação de petista para atacar o partido como um todo. Agora, os petistas farão o mesmo com o governo Temer. É do jogo.

Questão de jeito I
Assessores e aliados de Michel Temer estão cada vez mais preocupados com a forma atabalhoada como são feitas as trocas de cargos nas estatais e postos-chaves do governo. A troca de Rose de Freitas por Romero Jucá na liderança do governo no Congresso, da forma como foi feita deixou o governo preocupado. Primeiro, saiu nos jornais e, depois, o presidente conversou com ela. Assim, não dá.

Questão de jeito II
A preocupação é que muitos que estavam no governo Dilma, no início do ano, são hoje aliados de Temer. E, levando-se em conta a máxima de que o adversário de ontem pode ser o aliado de amanhã, é preciso ter cuidado. O próprio Michel Temer, na primeira reunião que fez com sua equipe, assim que tomou posse, alertou: “Denunciem o erro, mas não fulanizem”. Aos olhos de muitos, os ministros esqueceram esse pedaço e começam a repetir o que fazia Dilma Rousseff.

#Xôprivilégio
Os brasileiros, de um modo geral, querem limpar a política, mas alguns querem vingança. Depois de grande parte da cúpula do PT ter parado atrás das grades, os petistas agora querem entrar na campanha lançada pelo Correio Braziliense, de fim do foro privilegiado, para ver se os políticos que ajudaram a empurrar a turma de Lula para o cadafalso também caem. Como diz o ditado, quem for culpado que se quebre.

CURTIDAS

O alerta de Daiello/ Em todos os seminários que participa, o diretor geral da Policia Federal, Leandro Daiello, trata as propostas de legalização do jogo do bicho e da repatriação como conseqüências da transparência provocada a partir da Lava Jato. Por mais que muitos critiquem certas atitudes da operação, ela é um marco histórico. “Daqui a 50 anos, ainda ouviremos falar dela”, tem dito ele.

Enquanto isso, em Curitiba…/ A depressão de Gim Argelo não passa. Nem a raiva de Eduardo Cunha. Desdobramentos virão.

A eleição no CNJ…/ marcada para 8 de novembro, a eleição do futuro integrante do Conselho Nacional de Justiça indicado pela Câmara movimenta os bastidores. Agora, além de Felipe Cascaes, Ana Luísa Marcondes e Lucas Rivas, que já foram apresentados estão em campanha há tempos, entrou o advogado José Augusto Torres, mais conhecido pelo apelido, Guto, tem 51 anos e trabalha na Câmara há 35 e atuou em várias funções, inclusive foi chefe de gabinete da Procuradoria Parlamentar.

…Virou uma incógnita/ Com tantos candidatos, não há favoritos e por isso, os telefones dos deputados não param. Guardadas as devidas proporções, parece até eleição para o TCU.