O negociador

Publicado em coluna Brasília-DF

Nos bastidores do programa CB.Poder, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que vota contra o atual texto das mudanças na Previdência, contou à coluna que recebeu autorização do presidente Michel Temer para, dentro da reforma, tentar negociar uma transição na idade mínima para quem ingressou no serviço público antes de 2003. Rosso considera que os servidores passaram no concurso com uma regra e seria injusto agora obrigá-los a seguir outra que não estava no contrato inicial.
Só tem um probleminha aí: a autorização não foi combinada com o Ministério da Fazenda, nem com o do Planejamento. Para completar, amigos de Temer consideram difícil alterar ainda mais a proposta. “O Rosso é meu amigo, é inteligente. O texto inicial já foi alterado. É absurdo ele votar contra a reforma por achar que vai perder votos no DF. As mudanças não atingem o eleitorado dele”, diz o deputado Beto Mansur (PP-SP).

Jeitinho brasileiro
Os parlamentares vislumbram uma fórmula para não perderem o poder de indicar seus apadrinhados para os altos escalões da Caixa Econômica Federal, ainda que as indicações fiquem a cargo do Conselho de Administração. A ideia é encaminhar os nomes ao governo, e o Conselho faria apenas a triagem. Quem não passar no crivo da maioria dos conselheiros os partidos substituem. Esse sistema vem sendo discutido por líderes partidários em conversas no Planalto.

Tchau, querido
Os partidos estão preocupados com o futuro
de Lula. Se ele concorrer sub judice, estará a um passo de perder apoios importantes, por exemplo, o do PR. Ninguém quer entrar num barco com risco de ficar pelo meio do caminho.

Muito além da Previdência I
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, conduz hoje, às 11h, reunião para traçar as diretrizes da derrubada do veto ao Refis das pequenas e microempresas. Um parecer assinado pelo ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto será apresentado no encontro para dar “conforto constitucional” aos parlamentares. “Hoje é o grito de guerra!” diz Afif.

Muito além da Previdência II
O texto de Ayres Britto considera que as pequenas e microempresas não podem ser discriminadas, uma vez que, na visão dele, o texto constitucional prevê que a pequena tem supremacia sobre as outras. Logo, ela pode mais. Nesse sentido, derrubar o veto sedimenta a Constituição. À mesa, para ouvir esses argumentos, estarão os líderes da Frente Parlamentar em Defesa da Pequena e Média Empresa, Jorginho Melo, Luís Carlos Hauly, Carlos Melles e o senador José Pimentel e representantes de 30 instituições ligadas ao setor.

Para lembrar
Temer vetou o Refis para as pequenas e microempresas com o intuito de evitar ser acusado de ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma vez que não havia previsão de recursos para tal. O valor corresponde a R$ 7,8 bilhões.

E o Maia, hein?/ O Planalto acompanha as declarações de Rodrigo Maia nos Estados Unidos com certa apreensão. Há quem diga que é como se ele estivesse enterrando a reforma da Previdência no inverno nova-iorquino.

Visto para o Brasil no celular/ O governo inaugura o visto eletrônico a US$ 40 para turistas americanos e canadenses em Nova York, em 24 de janeiro. Nada a ver com o julgamento de Lula, e sim com a New York Travel Fair, conhecida como uma das maiores feiras do setor no mundo.

Por falar em julgamento…/ Temer estará em Davos, o ministro do Turismo, Max Beltrão, em NY, junto com o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz (foto), e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sérgio Amaral.

Cardápio eleitoral

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O presidente Michel Temer pode até não conseguir angariar uma popularidade que o faça candidato. Mas é fato que deseja ver a eleição disputada em cima da agenda e dos resultados de seu governo: “limite de gastos, queda dos juros, safra recorde, redução do preço dos alimentos, recuperação das estatais e repactuação das dívidas dos estados”, citados pelo próprio presidente no primeiro artigo em que ele trata de política. O texto publicado pela revista Veja, “O candidato de oposição”, diz que um nome oposicionista ao governo terá que se colocar contra tudo isso e mais um pouco. Fala ainda das reformas e do crescimento econômico. É por aí que a agenda eleitoral deve caminhar, conforme avaliação de ministros.
Para muitos, Temer colocou a receita para qualquer candidato que queira o tempo de tevê do PMDB, o único dos grandes partidos que continua na muda no quesito “sucessão presidencial”. O partido de Temer não tem pressa em entrar nessa avenida. Mas apresentou no artigo seus primeiros acordes.

Reclamações no BC

A recomendação do Banco Central para afastamento dos vice-presidentes da Caixa Econômica Federal (CEF) deixou o presidente Michel Temer sem alternativa, senão acolher o que sugeriu o BC. Os pedidos de afastamento começaram em dezembro por parte de procuradores, porém, o governo segurou para não melindrar os partidos.

Joga para escanteio

Os pedidos de afastamento começaram a ganhar tanta visibilidade e aumentariam ainda mais com a recomendação do Banco Central. Agora, ao cumprir no mesmo dia, ministros esperam tirar fôlego desse tema desgastante pelo menos por uns dias. Assim, quando voltar, o governo já estará mais preparado para tratar do assunto e haverá outros em pauta para dividir as atenções.

Pote de mágoas

Petistas que amargaram tempos de cadeia por causa do mensalão defendem Lula hoje meio empurrados. Alguns nunca receberam sequer um telefonema do ex-presidente. Agora, às vésperas do julgamento no TRF-4, fazem cara de paisagem.

Calma, Gleisi, calma

Muitos no PT têm pedido cabeça fria à presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann. Em conversas reservadas, dizem que a hora é de baixar a bola e não tocar fogo no país, como ela fez com a declaração, “se Lula for condenado, tem que morrer gente” publicada no site Poder 360. A senadora voltou atrás, mas há quem calcule que o estrago está feito.

Santo de casa/ O presidente Michel Temer está lendo As horas esquecidas, de seu ex-assessor Chico Mendonça, o primeiro livro do jornalista. São 36 contos que, de forma poética, falam daquilo que enxergamos, mas não vemos, de um tempo de impulsividade, de redes sociais, em que a capacidade de observação, investigação e avaliação de cada um muitas vezes inexiste. Tem tudo a ver com o que vem por aí.

Por falar em leitura…/ Temer, neste ponto, tem tuda a ver com a ex-presidente Dilma Rousseff. Ambos não entram num avião sem alguns livros na bagagem de mão.

O que incomoda Renan/ Se tem algo que tira o senador Renan Calheiros (foto) do sério é saber que os adversários estão surfando em seu quintal. Os vídeos do ministro dos Transportes, Maurício Quintela, tocando obras no estado fazem parte desse mal-estar. É que Maurício, do PR, é apontado como pré-candidato ao Senado.

CB.Poder/ O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) é o entrevistado de hoje no programa CB.Poder, ao vivo, às 13h30, na TV Brasília.

Amigos à parte

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Antigos aliados do PT, partidos como o PDT e o PSB não vão engrossar as fileiras petistas em mobilizações pela absolvição e candidatura de Lula. “Justiça não se decide no enfrentamento nas ruas, e sim nos tribunais. Quem tem que participar desse julgamento são os desembargadores do TRF-4 e os advogados de defesa”, diz o ex-deputado Beto Albuquerque, que, com a morte de Eduardo Campos, foi candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva à Presidência da República. Carlos Lupi, do PDT, ex-ministro de Lula, mandou uma carta de solidariedade e tomou distância regulamentar do caso.

Em ano eleitoral, são poucos os aliados de Lula que desejam se expor em sua defesa. Até aqui, não tem sido comum ver antigos afetos dizendo de peito aberto que a Justiça persegue um inocente.

Sintomático

Até a semana passada, o site do Ministério do Trabalho trazia Cristiane Brasil como ministra. Hoje, o nome dela não aparece no espaço reservado ao titular da pasta. Para muitos que leem os meandros do poder, é sinal de que, no balanço das horas, tudo pode mudar.

Dois coelhos

Apontado por seus mais fiéis escudeiros como pré-candidato à reeleição, o presidente Michel Temer aproveitará o périplo nos programas mais populares para ver se consegue melhorar a avaliação junto ao eleitorado. Sabe como é, se o governo adquirir um pouquinho mais de músculo, terá condições de influir mais, seja no papel de ator principal numa campanha, seja como um coadjuvante de peso. Enfim, não tem nada a perder.

Dá cá sem tomar lá

Aliados do governo Michel Temer, os deputados Alberto Fraga (DEM), Izalci Lucas (PSDB) e Rogério Rosso (PSD), todos do Distrito Federal, estiveram com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, para tratar da continuidade das obras do metrô. Querem ver se tiram do governador Rodrigo Rollemberg a paternidade da aplicação de verbas federais no quadradinho. Reforma da Previdência, entretanto, nem pensar. Até agora, nenhum deles se comprometeu a votar favoravelmente ao texto.

Recorde na Cultura

Enquanto os partidos ficam brigando por 2018, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, amplia os números positivos de sua pasta. Neste início de ano, houve captação sem precedentes para projetos culturais. Perto de R$ 600 milhões. Atribui-se a boa notícia à nova instrução normativa, editada no início de dezembro, para reduzir burocracia e estimular os patrocinadores.

Dois Renans/ Há uma semana, o governador de Alagoas, Renan Filho, esteve no Palácio do Planalto em audiência com o presidente Michel Temer e visita a ministros. À coluna, elogiou a cordialidade do presidente e as obras em curso em Alagoas. Pois domingo, no Twitter, o pai dele, senador Renan Calheiros, referiu-se no pequeno texto como governo “temeroso”.

Babel é aqui I/ O primeiro lote de inscrições para o 8º Fórum Mundial da Água, com valores promocionais, alcançou 1.242 inscritos de 95 países. Além do Brasil, estão na lista: África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Bolívia, Canadá, China, Colômbia, Dinamarca, Estados Unidos, Etiópia, França, Indonésia, Irã, Iraque, Israel, Itália, Japão, Marrocos, México, Moçambique, Palestina, Peru, Portugal, Sérvia, Turquia e Uruguai.

Babel é aqui II/ O rei do Marrocos, Mohammed VI (foto), virá ao evento. Mais de 10 chefes de Estado e de governo são esperados em Brasília em 18 de março, data da abertura. O segundo lote de inscrições segue no site www.worldwaterforum8.org.

Babel é aqui III/ O fórum terá mais de 200 sessões temáticas e trará para Brasília, entre 18 e 23 de março, os maiores especialistas do planeta sobre o tema da água. Na agenda estão temas como mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos, saneamento e saúde, ecossistemas, biodiversidade, segurança hídrica e produção sustentável. Para um país que enfrentou a estiagem e o racionamento em diversos estados, a discussão vem bem a calhar.

Sem intermediários?/ O encontro entre o presidente Michel Temer e o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, para tratar de segurança é lido no governo como mais um da série “falo com todo mundo”. Qualquer relação com o presidente ter perguntas a responder até sexta-feira sobre o inquérito dos portos é vista como mera coincidência.

Com Lula, Brasil repetirá Osasco ou Taubaté

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Antes mesmo do julgamento do ex-presidente Lula no TRF-4, o mundo da política pesquisa os casos em que candidatos enquadrados na Lei da Ficha Limpa terminaram competindo com base em mandados de segurança. Pelo menos dois casos chamam a atenção:

1) Osasco, 2012: O então candidato a prefeito Celso Giglio (PSDB) chegou em primeiro lugar. Foram 150 mil votos que terminaram não computados, porque Giglio estava sub-júdice. Jorge Lapas, à época no PT, segundo colocado, foi eleito porque o terceiro não obteve votos suficientes para provocar o segundo turno. Ainda assim, Lapas corria o risco de ser retirado do cargo, caso Giglio vencesse nas últimas instâncias. Giglio perdeu.

2) Taubaté, 2014: Ortiz Júnior (PSDB) incurso na Ficha Limpa foi candidato à reeleição. Concorreu sub-júdice. Terminou em primeiro lugar. A Justiça Eleitoral não computou os votos dele. Porém, não convocou nova eleição até que a situação de Ortiz fosse resolvida, o que só ocorreu em Novembro. Ortiz venceu nos tribunais e tomou posse em janeiro do ano seguinte.

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Esses cenários foram discutidos numa conversa da coluna com o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Ele não descarta que o Brasil viva uma situação parecida com Osasco ou Taubaté no caso de Lula ser condenado daqui a dez dias no TRF-4. Isso porque, dado o número de recursos, a tendência é o processo chegar ao dia da eleição sem um desfecho. Para completar, o PT até aqui descarta qualquer plano B. Portanto, na hipótese de condenação, vem por aí um candidato a presidente concorrendo sub-júdice, com a perspectiva de não ter seus votos computados. É problema para mais de metro que já ronda na mente dos cabeças de todos os partidos.

Maia que saia
O PSDB calcula que seu presidente, Geraldo Alckmin, segue como o mais bem posicionado dos candidatos de centro à Presidência da República. Dedicado ao governo de São Paulo e cuidando das prévias do partido para 4 de março, véspera da abertura da janela para troca de partido. Assim, terá tempo suficiente para segurar os deputados na sua órbita. A amigos, o governador paulista garante que não há força capaz de levá-lo a desistir da empreitada nacional.

Ele é quem tem a perder
Na visão tucana, Rodrigo Maia tem uma reeleição tranquila para deputado federal no Rio de Janeiro e montou uma rede perfeita para se reeleger presidente da Câmara. Ao que tudo indica, o PSDB vai querer amarrar um acordo para manter Maia no comando da Câmara em 2019. Assim, Maia fica fora da corrida presidencial e o DEM apoia Alckmin.

Já colou
Dentro do DEM há quem diga que esse acordo estaria de bom tamanho para o partido. Rodrigo é jovem e, no papel de presidente da Câmara, seria nome certo nesse novo ciclo político que se abre com a eleição de 2018. Falta, entretanto, combinar com o próprio Maia, que está adorando esse desfile presidencial.

CURTIDAS

Não brinquem com ele/ O governo fará tudo o que estiver ao alcance do presidente Michel Temer para tentar garantir a posse de Cristiane Brasil. Desde que Roberto Jefferson denunciou o mensalão desestabilizando o PT, todos o temem. Afinal, se ele partiu para a guerra contra José Dirceu nos idos de 2004, imagine o que fará com quem mexer com sua filha…

Por falar em Temer…/ Um exemplar do livro Elementos do Direito Constitucional, do presidente Michel Temer, editado em 1997, foi visto essa semana num ponto de ônibus de Planaltina próximo ao campus da UnB na cidade, junto com outras duas obras literárias. Se ajudar algum estudante, está valendo.

O circunspecto e o expansivo/ Os companheiros de cadeia de Eduardo Cunha têm reclamado que ele não é de muita conversa com os outros. Como dito aqui há alguns dias, está afundado na leitura dos processos. Já na Papuda quem parece bem enturmado é o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Afinal, se seus amigos têm uma certeza é a de que ele não sairá da cadeia nem tão cedo.

Muita calma nessa hora/ Janeiro e fevereiro serão gastos em especulações e desfiles de inúmeros pré-candidatos a presidente da República. Quem acompanha avisa que só levará a sério aqueles que permanecerem depois da Semana Santa, quando a coisa esquentará para valer.

Colaborou Renato Souza


Sds
Denise Rothenburg
(61) 9987-1610

Enviado do meu iPad

A voz do silêncio

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A quietude do PMDB em relação aos pré-candidatos a presidente da República com um viés de centro no espectro da política está diretamente relacionada com a vontade de setores do partido em ver o próprio presidente Michel Temer no papel de candidato daqui a alguns meses. Até na oposição, há quem veja hoje que o governo incentiva Rodrigo Maia, Henrique Meirelles e quem mais chegar sem se comprometer com ninguém. Logo, enquanto o PMDB estiver assim, calado e tocando a vida, sem colar em qualquer um dos que se apresentaram até agora, é sinal de que Michel Temer continua na roda. É isso que dizem aos quatro ventos aqueles que acompanham não só os movimentos de todos os partidos, como também a rotina do presidente nos palácios. Porém, falta combinar esses planos com os analistas de risco, que começaram o ano rebaixando a nota do Brasil.

DEM limpa a área

O DEM aproveitará a convenção de fevereiro para fazer um pente-fino no comando dos diretórios estaduais. A ordem é deixar todos provisórios, a fim de deixar as portas abertas para dar espaço nobre a quem ingressar no partido em março, no período da janela partidária. Há quem diga que não dá para querer levar políticos da estatura e da experiência do deputado Heráclito Fortes, por exemplo, e deixá-lo como soldado do diretório estadual.

Por falar em DEM…

Nem só de movimentos eleitorais vive o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. No almoço ontem com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o ex-senador Jorge Bornhausen, Rodrigo tratou da reforma da Previdência. O calendário para votação da emenda logo depois do carnaval está mantido.

…Serviço não falta

Colombo e Maia trataram ainda de uma agenda capaz de mobilizar os governadores para ajudar na reforma previdenciária. Vem por aí uma vasta pauta de interesse dos governos estaduais que terá mais condições de ser adotada se houver a reforma da Previdência.

Saco de bondades

Na conversa com o governador Raimundo Colombo, Maia discutiu, por exemplo, a securitização das dívidas, que permitirá aos estados venderem o direito sobre créditos que tenham a receber. O projeto, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), foi aprovado no Senado em dezembro. A ideia é colocar a proposta em regime de urgência.

Dois coelhos

Ao dar destaque ao projeto do tucano José Serra, o presidente da Câmara, por tabela, angaria simpatia justamente daquele que disputa com Geraldo Alckmin o protagonismo no PSDB de São Paulo. Obviamente, o objetivo final não é esse, mas sabe como é…Agregar alguma simpatia no tucanato nunca é demais.

CURTIDAS
Nacional & local/ O PDT escolheu Brasília para o pré-lançamento da candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, em 8 de março. Ciro vai inaugurar, na sede do partido, o salão de eventos que levará o nome Neusa Brizola, uma homenagem à mulher de Leonel Brizola. O presidenciável será colocado ao lado de Joe Valle, apontado pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, como o nome para o GDF.

Marina suspende pré-campanha/ A ex-senadora Marina Silva (foto) adiou todos os compromissos agendados para as primeiras semanas do ano. Ela permanece no Acre, de olho na saúde do pai, sr. Pedro, de 87 anos, que continua hospitalizado.

Agora vai/ Os ministros da Justiça, Torquato Jardim, da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, estão no Rio de Janeiro para assinar com o governador Luiz Fernando Pezão o protocolo de metas e compromissos para a segurança estadual em 2018.

Nem tanto/ O problema da segurança, entretanto, está longe de ser resolvido, haja visto o número divulgado pelas Forças Armadas no fim do ano. Vale recordar: nas 33 vistorias em 31 unidades prisionais, foram encontradas 11 mil armas. Considerando o universo de 22 mil presos, tem-se em média uma arma a cada dois presidiários.

Perigo à frente

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A forma como a Advocacia-Geral da União (AGU) trabalhou nas primeiras horas em relação à liminar que suspendeu a posse da ministra do Trabalho, Cristiane Brasil, começa a complicar a vida do governo com o PTB. Entre os petebistas, há quem atribua a demora nos recursos por parte da AGU ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, que também faz política no Rio.

Nesse clima, se o PTB concluir que o governo fez “corpo mole” para a resolver o problema, a desconfiança estará instalada, ainda que a ministra tome posse hoje. Por enquanto, Roberto Jefferson tem dito apenas que o atraso se deu por causa das férias do pessoal da AGU. Porém, nos bastidores, outros petebistas são mais ácidos nas críticas ao governo.

Quer dinheiro?

Então, vote sim à reforma da Previdência. A contar pelo que disse o presidente do PTB, Roberto Jefferson, na entrevista ao programa CB.Poder, vem por aí um novo tipo de toma lá dá cá envolvendo a votação. “Quem vota contra a reforma diz que o faz porque tem voto popular. Portanto, terá mais facilidade de se reeleger. Logo, quem votará contra precisará de mais recursos para promover a sua campanha”, diz.

Ordem de chegada

A insistência de Arthur Virgílio em concorrer numa prévia contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deixou uma avenida para Rodrigo Maia tentar fechar apoios com partidos do Centrão até março. Afinal, Alckmin está amarrado ao governo de São Paulo e terá de cuidar ainda da prévia. Rodrigo fechará fevereiro com o apoio oficial do DEM, conforme antecipou ontem a coluna.

Fato quando cria perna

De olho na velha máxima do futebol “quem se desloca recebe, quem pede tem preferência”, os tucanos vão monitorar com uma lupa esses movimentos. O receio hoje é de que Rodrigo caminhe tanto que não tenha ponto de recuo. Aí, será inevitável, dizem os integrantes do PSDB, uma divisão do centro.

PP em Itaipu

O Partido Progressista, aquele que no passado indicou Paulo Roberto Costa para diretor da Petrobras, festeja a posse do engenheiro eletricista Mauro Coberllini no cargo de diretor-técnico executivo da Itaipu Binacional. A indicação coube ao presidente estadual do PP do Paraná, Dilceu Sperafico. Sperafico foi inocentado no processo da Lava-Jato no fim do ano passado, por falta de provas.

Obsessão I/ O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (foto) não perdeu o gosto pelo estudo dos temas que podem lhe render algum benefício. Desde que foi preso, praticamente decorou os códigos de processo, especialmente, o Penal. Chega ao ponto de discutir com os advogados e ordenar mudanças na estratégia da defesa.

Obsessão II/ Vale lembrar que, em 2011, quando outro presidiário, Henrique Eduardo Alves, comandava o PMDB, Eduardo Cunha chegou a ser indicado para relatar o Código de Processo Civil. Perdeu o cargo porque a bancada dos parlamentares advogados chiou. Agora, Cunha está praticamente querendo dar aulas sobre o tema a seus defensores.

Por falar em advogados…/ O
fato de Sérgio Cabral responder a 20 processos levantou uma dúvida entre os investigadores: estão todos curiosos para saber de onde o
ex-governador do Rio está tirando dinheiro para cobrir as despesas com honorários da equipe que cuida desse mundo de ações contra o político e a mulher dele, Adriana Anselmo.

… Haja dinheiro/ A aposta de quem conhece o traçado da Justiça é a de que Cabral não sairá da cadeia tão cedo. Logo, ainda vai pagar muitos honorários à equipe responsável pela defesa.

A largada de Rodrigo

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O DEM marcou data para colocar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, oficialmente na roda dos pré-candidatos a presidente da República. Será em 26 de fevereiro, na convenção do partido. “Vou apresentar o nome dele. Teremos 12 candidatos a governador, nossa bancada cresceu, não tem por que deixarmos de ter candidato a presidente da República. O Rodrigo está preparado”, diz o líder da bancada, Efraim Filho (DEM-PB), que, de recesso e com a filha de um ano e meio no colo, combina o jogo com a cúpula dos democratas.

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Em tempo: em 26 de fevereiro, o país terá passado pelo carnaval e, se tudo correr de acordo com o cronograma montado pelo próprio Maia, a reforma da Previdência também já estará aprovada na Câmara.

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Assim, cumprido seu compromisso com o governo, o comandante Rodrigo terá meios de cuidar da própria vida. Será o primeiro presidenciável a fechar fevereiro com o aval do partido. Nem Geraldo Alckmin, que preside o PSDB, conseguiu essa proeza até agora. Henrique Meirelles, por sua vez, ainda não recebeu publicamente o apoio dos comandantes do PSD.

Na primeira fila

O PMDB não moverá um músculo enquanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se aquecem para a disputa ao Planalto. Ali, a avaliação é a de que quanto mais o tempo passa, mais a economia melhora e o partido de Michel Temer ganha mais importância neste jogo para outubro.

Ela tem a força

O PTB acendeu todas as velas em favor da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, de plantão nesse recesso do STF. A esperança do partido é que ela decida logo pela posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho.

Perdas & ganhos I

Nem todos os integrantes do PSL ficaram tristes com a saída do Livres. É que os integrantes do movimento queriam colocar como bandeira do partido o aborto e a legalização da maconha.

Perdas & ganhos II

O partido, entretanto, não está assim tão esfuziante com o ingresso de Jair Bolsonaro. Quem tem os pés no chão está é na torcida para que o presidenciável leve mais deputados para o partido, que hoje só tem três parlamentares na bancada.

Sutis diferenças/ A coluna encontrou o governador de Alagoas, Renan Filho, no Palácio do Planalto quando ele chegava para dar um abraço no ministro Carlos Marun. Renan tinha acabado de sair do gabinete do presidente Michel Temer. “Ele sempre é muito educado”, disse o governador, cujo pai passa horas descascando o presidente.

A vida como ela é/ Perguntado sobre a campanha pela reeleição, se montaria seu palanque junto com Lula, ele não titubeou, mas se esquivou: “Lula é muito forte no Nordeste, mas ainda está cedo para tratar de campanha. Quem está no governo, que é o meu caso, tem é que trabalhar”, desconversou.

Agenda cheia/ Renanzinho saiu de Brasília pra lá de feliz. Além do périplo palaciano, esteve com o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, para tratar de obras de mobilidade urbana e o trecho 4 do Canal do Sertão.

Lúcio em campo/ Quem passou pelo Palácio do Planalto ontem foi o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel — que continua preso. Foi visitar o ministro Carlos Marun, mas não pôde ficar muito. Quem estava na sala ao lado garante que ouviu um “Tô f…”, em alto e bom som, dito por Vieira Lima (foto).

Alto lá!

Publicado em coluna Brasília-DF

Aliados do Planalto pretendem fazer chegar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que é melhor os dois pararem com a troca de farpas, sob pena de prejudicarem a votação da reforma da Previdência. Intramuros na base, amigos do presidente Michel Temer têm dito que é melhor os dois tomarem consciência de que “os inimigos estão fora do governo” e, a preços de hoje, atendem pelos nomes de Lula e Jair Bolsonaro.

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A preocupação de parceiros do governo é a de que os dois terminem jogando para escanteio a reforma previdenciária, vista como crucial para dar mais sustentabilidade ao ambiente de recuperação econômica. Afinal, se há um consenso entre os partidos que dão lastro ao governo do presidente Michel Temer, é o de que a reforma acelera o quadro de recuperação da economia e isso terminará ajudando os candidatos que a apoiarem. Portanto, o momento é de deixar as rusgas para depois de março. Faz sentido.

Eles têm a força I
As novas regras eleitorais, que dão poderes quase que totais aos presidentes dos partidos e seus tesoureiros para distribuição do fundo que custeará as campanhas, começam a ser vistas como um ingrediente para ajudar o governo na reforma da Previdência. A ideia é só dar dinheiro a quem votar a favor.

Eles têm a força II
A estratégia é a seguinte: o partido fecha questão em favor da reforma e, na hora de distribuir os recursos do fundo eleitoral, aqueles deputados que votarem de acordo com a orientação partidária terão uma fatia maior. Falta, entretanto, combinar com os presidentes das legendas e seus tesoureiros.

Está rolando solto
Até aqui, ninguém falou diretamente em punição para quem votar contra a reforma. O PSDB, por exemplo, fechou questão, mas avisou que não castigará os deputados que discordam da proposta. Os demais também fizeram cara de paisagem para eventuais punições.

Aldo, o retorno
Enquanto o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa pensa se será candidato a presidente da República, o ex-deputado Aldo Rebelo avisa ao PSB que está pronto para essa missão. Logo, se Barbosa demorar muito, quando voltar, a cadeira de candidato estará ocupada.

Ele vai bem/ Na última semana, o presidente Michel Temer ia almoçar em casa e ficava trabalhando no Jaburu. Ontem, até para baixar as especulações sobre uma licença médica, ele voltou ao Planalto depois do almoço.

Quase petebista/ O ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) cogita mudar para o PTB e concorrer a um mandato de senador. E desta vez, Fruet considera que tem mais chances de vitória. Em 2010, quando concorreu
ao Senado, ele perdeu para Gleisi Hoffmann (foto), a mais votada, com 3,1 milhões de votos; e Roberto Requião, que obteve 2,6 milhões.
Fruet ficou com 2,5 milhões.

Por falar em Gleisi…/ Desta vez, ela não será problema para Fruet. Como presidente do PT, está dedicada mesmo à defesa de Lula, voltada para a reconstrução do partido e não concorrerá a mandato eletivo. Ontem, ela declarou que o povo será julgado no dia 24 pelo TRF-4. Menos, senadora, menos.

Livres e soltos/ O movimento Livres incluiu até a Rede, de Marina Silva, entre os destino em que pode aportar para 2018.

Colaborou Rodolfo Costa

Quer dinheiro? Então vota!

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Na reunião que o presidente Michel Temer fará hoje com alguns políticos para tratar dos votos pró-reforma da Previdência, os ministros pretendem deixar claro que, diante do teto de gastos, só será possível dar algum alento maior aos estados e municípios com verbas extras se a reforma for aprovada. Caso contrário, cortes virão e, nesse rol, estão os R$ 3 bilhões prometidos aos prefeitos no final de novembro.

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O mesmo vale para os financiamentos para os estados. “Quem quer financiamento do governo e não quer ajudar o governo que vá procurar o Bradesco e o Itaú”, diz à coluna o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Simples assim. O nome disso, dizem os governistas, não é chantagem. É a vida como ela é.

Vem mais

Quando passar a reforma previdenciária, o governo fará ainda uma reforma administrativa. A intenção é enxugar a máquina, em especial, os cargos em comissão. Falta combinar com os deputados que estão sempre querendo indicar alguém para algum lugar. Paulo Maluf que o diga.

Melhor de três

Antes de ir para a cadeia, Paulo Maluf emplacou Alessandra Bastos Soares na diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foi o terceiro nome apresentado pelo PP. O primeiro, João Abukater, técnico da área de habitação, sucumbiu em agosto. O segundo, Roberto Campos Marinho, também não vingou.

Só que não

Os partidos chamados a fechar questão na reforma da Previdência pensam em atender o governo. Porém, nada de punir quem votar contra. Na verdade, a ordem é dar um discurso para quem quer dar um voto favorável ao projeto, algo do tipo, “o partido mandou”.

Quem cala, consente

Até agora nenhum magistrado contestou a defesa do auxílio-moradia para juízes, inclusive para os que servem em seus próprios estados de nascimento. O benefício é defendido com unhas e dentes pelo presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, aquele que disse na tevê há alguns anos que o filho de juiz não podia estudar na mesma escola que o filho do bandido. A contar pelo número de empresários e políticos soltos recentemente ou que permanecem na cadeia, ele terá dificuldades em encontrar um colégio destinado a famílias de alto poder aquisitivo que não tenha sequer um filho de investigado pela Lava-Jato e seus desdobramentos…

Ali, deu quorum/ Deputados faziam fila ontem para conversar com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Tudo por causa das emendas ao Orçamento deste ano, algumas prometidas e até agora não liberadas. Há quem diga que, se o governo não cumprir as liberações, a reforma não sai.

Começou em futebol/ Ao abrir a porta de sua sala ontem à tarde, o ministro Carlos Marun se deparou com o deputado Covatti Filho (PP-RS): “Quem é que disse que estou atendendo gremistas?!” Marun é torcedor do Internacional e Covatti, tricolor doente.

Comitiva/ A bancada do Rio estava em peso ontem no Planalto. Sabe como é, com o presidente voando hoje de manhã para inaugurar a Zona de processamento de exportação do Porto de Açu, muitos vão aproveitar a carona hoje.

Muita calma nesta hora/ Depois das entrevistas da semana passada, em que se apresentou como um presidenciável, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (foto), vai recolher os flaps. Pelo menos até a votação da reforma previdenciária, não ficará posando de pré-candidato.

O jeitão do general

Publicado em coluna Brasília-DF

A mensagem do Comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, foi recebida com um certo alívio pelos partidos políticos, pois fala no Exército como fator de estabilidade do país e diz que a Força não se afastará da “trajetória retilínea (…) da hierarquia e da disciplina”. Porém, alguns viram uma brecha para movimentos eleitorais em frases do tipo, “mais do que nunca a coesão de nossa instituição será fator primordial e contribuirá para que o Brasil supere a crise moral que o assola”. A leitura foi a de que o Exército jogará dentro do processo democrático. Ah, Villas Boas não fala nada a respeito de Jair Bolsonaro que, segundo muitos militares, não está com essa bola toda na Força.

Ele gostou

O presidente Michel Temer arregala os olhos quando alguns políticos e comentaristas citam que os deputados deveriam ser eleitos apenas no segundo turno das eleições gerais, junto com a última fase da eleição presidencial. Isso manteria todo mundo ocupado e comprometido com a campanha nacional e responsável pelo “time”.

Eles, não

Hoje, quando o presidente é eleito no segundo turno, acha que não deve nada ao Congresso. Foi justamente isso que aconteceu, por exemplo, com Dilma Rousseff, em 2014. Os deputados, entretanto, querem distância dessa proposta. Se Michel Temer apresentar qualquer movimento desses numa proposta de reforma política, será por sua conta e risco.

Questão de foro I

Apesar da disposição do ministro Gilmar Mendes em mandar os réus da Lava-Jato para casa, aqueles que hoje se protegem no mandato eletivo estão firmes no propósito de concorrer no ano que vem. Gleisi Hoffmann, por exemplo, será candidata a deputada federal no Paraná. Na Bahia, Lúcio Vieira Lima concorrerá pelo PMDB.

Questão de foro II

A esperança dos enroscados na Lava-Jato é garantir uma vaga no bolo do partido e ter o foro privilegiado como um escudo para evitar cair nas mãos dos juízes de primeira instância, que hoje são o oposto do que tem feito Gilmar Mendes. O difícil vai ser fazer campanha nesses tempos em que muitos são xingados nos aeroportos pelo país afora.

Encolheram o empresário

Quem tinha preocupação com a atuação do empresário Nelson Tanure na Oi pode relaxar. De nove conselheiros, Tanure terá apenas um.

Agora vai/ O ministro das Comunicações, Gilberto Kassab (foto), informou ao Planalto que Michel Temer terá algo mais para comemorar no final do governo, com o sinal da tevê analógica desligado na maioria das cidades.

Por falar em Kassab…/ O ministro continua trabalhando para ser candidato a vice numa chapa encabeçada por José Serra. Significa que Serra também continua de olho na vaga de governador.

É por ali/ O PT vai aproveitar o ato contra o fórum econômico mundial de Davos no dia 23 para arregimentar público em prol da defesa de Lula no dia seguinte, na mesma cidade e, assim, quem sabe, economizar algum. É que, no ano eleitoral, não dá para gastar tudo num único evento.

Copo pela metade/ Lojistas dos grandes shoppings de Brasília reclamavam na tarde do dia 24 que o movimento não foi tão bom quanto no ano passado. Deputados, entretanto, davam outra versão: diziam que a economia melhorou tanto que muitos brasilienses foram passar o Natal fora.