A largada de Rodrigo

Publicado em coluna Brasília-DF

O DEM marcou data para colocar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, oficialmente na roda dos pré-candidatos a presidente da República. Será em 26 de fevereiro, na convenção do partido. “Vou apresentar o nome dele. Teremos 12 candidatos a governador, nossa bancada cresceu, não tem por que deixarmos de ter candidato a presidente da República. O Rodrigo está preparado”, diz o líder da bancada, Efraim Filho (DEM-PB), que, de recesso e com a filha de um ano e meio no colo, combina o jogo com a cúpula dos democratas.

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Em tempo: em 26 de fevereiro, o país terá passado pelo carnaval e, se tudo correr de acordo com o cronograma montado pelo próprio Maia, a reforma da Previdência também já estará aprovada na Câmara.

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Assim, cumprido seu compromisso com o governo, o comandante Rodrigo terá meios de cuidar da própria vida. Será o primeiro presidenciável a fechar fevereiro com o aval do partido. Nem Geraldo Alckmin, que preside o PSDB, conseguiu essa proeza até agora. Henrique Meirelles, por sua vez, ainda não recebeu publicamente o apoio dos comandantes do PSD.

Na primeira fila

O PMDB não moverá um músculo enquanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se aquecem para a disputa ao Planalto. Ali, a avaliação é a de que quanto mais o tempo passa, mais a economia melhora e o partido de Michel Temer ganha mais importância neste jogo para outubro.

Ela tem a força

O PTB acendeu todas as velas em favor da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, de plantão nesse recesso do STF. A esperança do partido é que ela decida logo pela posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho.

Perdas & ganhos I

Nem todos os integrantes do PSL ficaram tristes com a saída do Livres. É que os integrantes do movimento queriam colocar como bandeira do partido o aborto e a legalização da maconha.

Perdas & ganhos II

O partido, entretanto, não está assim tão esfuziante com o ingresso de Jair Bolsonaro. Quem tem os pés no chão está é na torcida para que o presidenciável leve mais deputados para o partido, que hoje só tem três parlamentares na bancada.

Sutis diferenças/ A coluna encontrou o governador de Alagoas, Renan Filho, no Palácio do Planalto quando ele chegava para dar um abraço no ministro Carlos Marun. Renan tinha acabado de sair do gabinete do presidente Michel Temer. “Ele sempre é muito educado”, disse o governador, cujo pai passa horas descascando o presidente.

A vida como ela é/ Perguntado sobre a campanha pela reeleição, se montaria seu palanque junto com Lula, ele não titubeou, mas se esquivou: “Lula é muito forte no Nordeste, mas ainda está cedo para tratar de campanha. Quem está no governo, que é o meu caso, tem é que trabalhar”, desconversou.

Agenda cheia/ Renanzinho saiu de Brasília pra lá de feliz. Além do périplo palaciano, esteve com o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, para tratar de obras de mobilidade urbana e o trecho 4 do Canal do Sertão.

Lúcio em campo/ Quem passou pelo Palácio do Planalto ontem foi o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel — que continua preso. Foi visitar o ministro Carlos Marun, mas não pôde ficar muito. Quem estava na sala ao lado garante que ouviu um “Tô f…”, em alto e bom som, dito por Vieira Lima (foto).