Categoria: coluna Brasília-DF
Apreensão de fuzis com suspeito de matar Marielle coloca tráfico internacional na mira de Moro
Coluna Brasília-DF
Não está descartada a perspectiva de o ministro da Justiça, Sérgio Moro, incluir na sua agenda em Washington conversas sobre o combate ao tráfico internacional de armas.
Atirou no que viu…
…Acertou no que não viu. A apreensão de fuzis desmontados e encaixotados na casa de Alexandre Mota de Souza, amigo de Ronnie Lessa, foi o estopim para a possibilidade de inclusão desse tema na agenda. A polícia está apreensiva com a perspectiva de ter esbarrado numa organização que tem no seu cardápio tráfico internacional de armas. A Interpol, dizem alguns em Brasília, será chamada a tratar do assunto.
Apesar da pressão, Davi Alcolumbre barra CPI da Toga no Senado
Coluna Brasília-DF
O senador Alessandro Vieira pode esquecer a CPI da Toga. Apesar da pressão nas redes sociais, o presidente Davi Alcolumbre mantém a tendência de considerar o texto antirregimental, por se tratar de proposta que tenta influir na decisão de outro poder. E sabe como é, depois de um almoço programado especialmente para distensionar a relação, não será a hora de provocar novo foco de tensão.
Mapeamento prévio
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro estiver em Washington, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, listará aqueles parlamentares que não votam a favor da reforma da Previdência por convicção e aqueles que podem votar por um “empurrão” da velha política.
Mandetta na lida
Tem diretor de hospital público que entra em pânico ao ouvir o nome do ministro Luiz Mandetta, da Saúde. É que ele tem feito visitas surpresas e silenciosas a várias instituições. E, quando não encontra os encarregados no serviço, já viu. A cobrança é imediata. E ai do diretor que não aparecer.
High level/ O documentário Jardim das aflições, sobre o filósofo Olavo de Carvalho, foi destaque na agenda de parte da comitiva brasileira que desembarcou mais cedo em Washington. Eduardo Bolsonaro, por exemplo está na capital estadunidense desde ontem, em intensa agenda. “Sem Olavo não haveria Bolsonaro”, disse Eduardo, que assistiu ao filme no hotel Trump Internacional.
Diálogo restrito/ Na conferência de imprensa dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump no Rose Garden, da Casa Branca, nesta terça-feira, os jornalistas brasileiros terão direito a duas perguntas. E só.
Renova em alta/ Os deputados eleitos com o selo Renova largaram bem. Já no primeiro mês de mandato, ganharam manchetes com fatos positivos, como, por exemplo, abrir mão da aposentadoria dos parlamentares para ficar apenas com a do INSS.
Outro serviço/ Na semana que vem, em função da cobertura da viagem do presidente Jair Bolsonaro a Washington, a coluna ficará a cargo do editor Leonardo Cavalcanti. Até a volta.
Inquérito aberto por Toffoli amplia climão entre os Poderes da República
Coluna Brasília-DF
A portaria do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que instaura inquérito para apurar calúnia, difamação e injúria contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) promete servir de munição para ampliar o mal-estar entre os Poderes da República. No Legislativo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que tendia a arquivar mais uma CPI da Toga por não caber ao Senado constranger juízes, fez chegar a seus pares que não ficará contra os senadores. Ou seja, se o STF partir para cima dos parlamentares dentro dessa investigação a ser conduzida pelo ministro Alexandre Moraes, o estremecimento entre os dois Poderes será inevitável.
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Porém, a ordem no STF é outra. É saber de onde parte a campanha que procura difamar a Suprema Corte nas redes sociais, algo que vem num crescente. Em relação aos parlamentares, há quem diga que nestes seis meses de gestão de Toffoli, ele conseguiu melhorar o ambiente entre os Poderes e praticamente encerrou a fase de bate-boca entre os ministros durante as sessões plenárias. De quebra, ele é sempre procurado pelas autoridades, interessadas em saber suas opiniões a respeito dos mais variados temas. Essa relação amistosa ele não quer perder. O alvo é outro.
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A portaria editada pelo presidente do STF, entretanto, é vaga. Não menciona diretamente as redes sociais. Para alguns, está implícito que, se chegar a quem vazou informações da Receita Federal, por exemplo, como ocorreu no caso do ministro Gilmar Mendes e sua esposa, é parte do jogo.
Não foi bem assim
Entre os 21 mil cargos que o presidente Jair Bolsonaro anunciou que extinguiu, há casos em que foi cortada apenas a função gratificada de servidores civis. Ou seja, o cargo continua lá, porém, com a remuneração final menor.
Mudança de eixo
A viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos servirá para marcar o novo rumo da política externa brasileira e estreitar relações entre os dois países, que ficaram meio largadas nos governos petistas. Porém, as autoridades brasileiras já foram avisadas que será o “início de uma nova era”, para destravar as conversas entre os dois países em várias áreas e não a resolução de toda a agenda em três dias.
Nada é para já
A intenção do Brasil, de participar da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, não está acertada desde já e dependerá da conversa entre Bolsonaro e o presidente Donald Trump na terça-feira.
Muita calma nessa hora
Na área agrícola, em especial, a exportação da carne brasileira “in natura”, já foi dito que o tema diz respeito às autoridades sanitárias, o que não será resolvido até terça-feira. Em relação à política de vistos, também não será desta vez que aqueles que vivem na ponte aérea entre os dois países vão conquistar o acesso ao sistema Global Entry, um processo de ingresso nos Estados Unidos que evita as longas filas. Porém, o futuro é considerado promissor.
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Vai que é tua, presidente/ Designado vice-líder do governo no Senado, o primeiro-secretário da Casa, Eduardo Gomes, aproveitou a reunião com o presidente Bolsonaro para dizer com todas as letras quem deve liderar o processo de reformas: “Não temos outra matéria-prima disponível: Ou é Jair, ou é Messias ou é Bolsonaro”.
Vai que é tua, presidente II/ Os encontros de Bolsonaro com líderes e vice-líderes esta semana de instalação das comissões da Câmara foram vistas como o aquecimento para que ele tente mudar a relação com o Parlamento. Embora Onyx Lorenzoni seja o coordenador, essa tarefa de mudança é intransferível.
Um bom ouvinte/ Mal foi confirmado presidente da Comissão de Relações Exteriores, Eduardo Bolsonaro discursou rapidamente e se reuniu com o diplomata estadunidense Clifford Sobel. Sobel foi embaixador no Brasil, nomeado por George W. Bush, em 2006, no governo Lula. A dois dias da viagem aos Estados Unidos, Eduardo ouviu mais do que falou. Não poderia ter melhor conselheiro.
Enquanto isso, na CCJ…/ O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Felipe Francischini, prevê, no máximo, dois dias de votação da reforma previdenciária, depois de apresentado o parecer sobre a admissibilidade. Foi o tempo que levou para votação em 2016 o projeto apresentado pelo presidente Michel Temer. Sabe como é, dizem os amigos de Felipe, não dá para perder para o governo anterior.
Coluna Brasília-DF
Nos Estados Unidos, todos os tiroteios, em escolas, shows, cinemas, reacendem o debate sobre a venda de armas. Aqui, não será diferente. Já tem deputado pensando em sustar parte da proposta do governo sobre a venda de armas e colocar esse tema na “geladeira”, diante da tragédia do colégio em Suzano. É o recado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por exemplo, mais claro impossível, ao dizer que o dever da segurança pública cabe ao Estado.
Pelo andar da carruagem, caso o governo insista nesse assunto, só contará mesmo com a “bancada da bala”, se esse tema for colocado em pauta diante da comoção que tomou conta do país desde ontem pela manhã, com as notícias do massacre na escola paulista.
Chamou?
Não? Então, espera sentado. O DEM reuniu sua Executiva ontem e fechou que só anunciará um apoio formal ao governo quando o presidente Jair Bolsonaro pedir. Até aqui, todos os ministérios do partido foram obra de Onyx Lorenzoni e das bancadas temáticas, sem a menor consulta às instâncias do partido. Se continuar nessa batida, não haverá o “sim” institucional por parte do Democratas.
Idade mínima, único consenso
O alerta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que se a reforma for desidratada estará condenando futuras gerações ao não recebimento de aposentadorias, ainda não surtiu o menor efeito entre os congressistas. Líderes partidários são praticamente unânimes em afirmar que o único ponto pacífico do texto é a idade mínima para aposentadorias. E apenas urbanas.
É melhor já ir se acostumando
Quanto à aposentadoria dos trabalhadores rurais, a regra de transição e a ideia de desconstitucionalizar o tema para futuras mudanças não contam com o apoio fechado de nenhuma bancada. Isso, somado à falta de uma base de governo ampla, indica que o texto será desidratado.
Por falar em rurais…
A ideia das oposições é cerrar fileiras em defesa de não promover alterações no BPC (Benefício de Prestação Continuada) pago a idosos carentes nem nas aposentadorias rurais. A ordem é aproveitar esses temas para se colocarem na defesa dos mais pobres.
Se abrir uma vaga…
Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit). É por aí que moram os objetos dos desejos dos parlamentares em relação a cargos no governo.
Melhor de três / Conforme o blog registrou, o embaixador Pedro Henrique Borio, cônsul em San Francisco, entrou na lista dos indicados para a Embaixada do Brasil em Washington. Começa a ganhar apoio nas bancadas. Estão no páreo Murillo de Aragão, que tem a simpatia de investidores, e o diplomata Nestor Forster, o preferido do chanceler Ernesto Araújo.
Acordo não sai / Ao chamar Gleisi Hoffmann de chefe de organização criminosa na entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) afastou de vez seu partido do PT.
Por falar em divisão das esquerdas… / A relação entre os partidos está um pandemônio, a começar pela ausência de consenso entre a líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e o líder da oposição, Alessandro Molon (foto, PSB-RJ).
Juíza de futebol / A deputada Carla Zambeli (PSL-SP) inovou, ontem, ao presidir a sessão solene da Câmara: incomodada com o burburinho enquanto um orador estava na tribuna, ela levou os dedos à boca e soltou um assovio bem alto. A turma do futebol brincou: “Pode ser a juíza da nossa pelada!”
Suzano, 13 de março, e outras datas / O que está acontecendo com nossa sociedade? Candidato a presidente esfaqueado em plena campanha, vereadora assassinada, estudantes massacrados. Vale refletir. Aos familiares das vítimas, nossa solidariedade.
Pegou mal fala de Joice de que cada partido terá a sua quota
Coluna Brasília-DF
Joice Hasselmann perdeu mais uma chance de fechar a política da boa vizinhança com os colegas que comandam os partidos. Ao dizer que cada partido terá a sua quota no Orçamento, passou a ideia de que estava “comprando” os deputados. E não é assim que eles veem a liberação das emendas.
“É nosso papel”
Diz o futuro líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), quando perguntado sobre a liberação das emendas parlamentares: “Isso não é toma lá-dá cá, é a defesa da descentralização da aplicação dos recursos, que hoje é centralizada.”
Libera dinheiro aí
A desvinculação do Orçamento delineada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, vem sendo chamada de “DRU geral”, numa referência à Desvinculação de Receitas da União. E quem mais gostou dessa proposta foram os prefeitos. A ideia do governo é fazer com que a data da apresentação do texto por um senador da base aliada coincida com a Marcha deles em Brasília, de forma a permitir um embalo a favor da proposta.
Congresso formata independência e descola do governo Bolsonaro
Coluna Brasília-DF
A decisão de seguir com o governo como algo estanque do Parlamento pode custar caro ao presidente Jair Bolsonaro. É que os parlamentares começam a formatar uma maioria independente e estão gostando disso. Esse grupo, formado por partidos que, teoricamente, comporiam a base política do governo, nomeará Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) seu líder e, a partir daí, tratará os projetos e as emendas, de forma conjunta. O que for do agrado desses partidos — e de seus eleitores — será negociado com o governo. O que for apenas vontade do governo terá dificuldades. Ou seja, sai de cena a velha fidelidade e apoio governamental para o “que der e vier”.
Na avaliação de expoentes desse partido, o presidente perdeu o timing de composição de uma ampla base governista. Agora, terá que conviver com um Congresso independente, algo que exige paciência e muito, mas muito diálogo. Resta saber se o presidente está disposto a esse exercício. Até aqui, dizem alguns, a principal visibilidade das ações presidenciais foi o Twitter. E não é ali que o presidente conquistará os votos de que necessita para fazer valer as reformas que deseja empreender.
Ela atropelou mesmo
A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), tem chamado os líderes partidários para conversas em separado no Planalto, mais precisamente, no Gabinete Civil. A alguns diz que a liderança do governo no Congresso ganhou outro peso, porque “abarcou” a liderança do governo na Câmara.
O “Netflix” de Francischini/ O deputado Felipe Francischini (PSL-PR) passou o carnaval dedicado a assistir a todas as sessões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que trataram da reforma da Previdência no período do presidente Michel Temer. Se ateve, principalmente, às questões de ordem levantadas pela oposição.
Não o subestime/ “Estou preparado para o que vem por aí”, diz ele, que já elencou todos os tipos de questão de ordem apresentados nas intermináveis sessões que discutiram o tema madrugada adentro. Ali, foram nove horas de sessões, ainda em dezembro de 2016, e só foi aprovada depois de um acordo de procedimentos com a oposição, de deixar a criação da comissão especial para 2017.
Pense num problema/ A reforma de Temer foi votada na CCJ uma semana depois de desembarcar no Congresso, e a rapidez pegou muitos oposicionistas desprevenidos. A de Bolsonaro está lá há 20 dias, com um carnaval no meio e início de Legislatura, ou seja, não é tão grave não ter sido votada ainda na CCJ.
CB.Poder/ A senadora Kátia Abreu, do PDT-TO, é a entrevistada de hoje do CB.Poder, na TV Brasília, logo depois do Jornal Local. A entrevista será transmitida ao vivo pelo Facebook do jornal.
Coluna Brasília-DF
Enquanto Bolsonaro tuíta… e mantém acesa a polêmica nas redes sociais, Paulo Guedes, o czar da Economia, e os militares tocam o barco. No Planalto, o vice, Hamilton Mourão, e os ministros Santos Cruz, Augusto Heleno, e o ex-comandante do Exército, general Villas Boas, tocam de ouvido e com agendas políticas intensas. No Congresso, começa a cristalizar a ideia de que a área política do governo vem sendo, aos poucos, engolida pelos ministros militares. Se essa visão prevalecer, a coordenação das negociações das reformas, que deveria ficar com o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trocará de mãos. É Onyx que vem pagando a conta das falhas do governo no diálogo com o Congresso.
Onde mora o perigo
A ideia do ministro Paulo Guedes, de colocar o pacto federativo em debate no Congresso, paralelamente à reforma previdenciária, corre o risco de terminar servindo de desculpa para aqueles que não querem saber da nova Previdência. Essa preocupação já foi levada aos líderes governistas, que ficaram de conversar com o ministro.
Bem longe da Casa Civil
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), aquele que Lula criou em 2007 para projetar sua então candidata a presidente e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como a grande gestora, está nos estertores. Agora, o tal projeto, que não chegou a realizar metade dos investimentos previstos, ficará a cargo da área econômica, conforme decreto do presidente Jair Bolsonaro.
Por falar em Casa Civil…
É bom o ministro Onyx Lorenzoni abrir o olho. Chamou a atenção dos militares o fato de o ministro ter defendido a nomeação de gaúchos para o governo. Tudo bem que é o estado dele. Mas é que tem gente dizendo que ele só fez isso por causa da candidatura ao governo do Rio de Grande do Sul.
Mudança de hábito
Há muita gente da área de segurança se perguntando por que o PCC não reagiu à transferência de Marcola de uma prisão de São Paulo para Brasília. Até aqui, todas as vezes em que se cogitava mexer com esse bandido, seus comparsas do lado de fora criavam um caos.
Incrível
Só depois de um mês da instalação desta Legislatura é que o presidente da República, Jair Bolsonaro, teve uma conversa mais alentada com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. E foi preciso uma iniciativa da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Aula de Moro/ O reitor da Uniceub, Getúlio Américo Lopes, recebe nesta quarta-feira o ministro da Justiça, Sérgio Moro. O ex-juiz vai ministrar uma aula magna sobre o projeto de lei anticrime.
Os eixos de cada um/ Moro e outros sete ministros devem compor a comitiva do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. É quase do tamanho daquela que Lula levou à China, em 2004.
E o Ciro, hein?/ Do alto de quem já foi ministro, governador, deputado e prefeito, o ex-candidato a presidente da República Ciro Gomes (foto) volta aos holofotes disposto a partir para cima do governo: “Se Bolsonaro emprestou dinheiro para Fabrício Queiroz, como disse lá atrás, cadê a Ted ou o Doc? De onde saiu o dinheiro? Isso é uma questão de ordem pública”.
Enquanto isso, nas rodas parlamentares…/ Deputados não perdem uma oportunidade de cutucar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ontem, numa conversa animada, um deles saiu-se com esta: “Antes de ser fritado, foi tomar uma gelada na Antártica” Tem gente no Congresso voltando a balançar Lorenzoni.
Governo prepara anúncio do pagamento de 13º no Bolsa Família
Uma das notícias que o governo prepara para anunciar no início de abril, quando completará 100 dias, é o pagamento do 13º aos beneficiários do programa Bolsa Família. Quer ver se, assim, tira de cena a ideia de que não trabalha em prol dos mais pobres. Se as contas deixarem, haverá, ainda, um reajuste no valor do benefício. Porém, isso não será dito agora porque, como não está fechado, é melhor todo mundo achar que não terá reajuste e, mais à frente, o presidente Jair Bolsonaro anunciar como uma boa nova de seu governo.
A prova de Paulo Guedes
O pedido do senador José Serra para que o governo abra os cálculos da Previdência foram vistos como um teste crucial para o sucesso do ministro da Economia, Paulo Guedes. Se conseguir apresentar os números de forma convincente, Guedes se consolida como o grande economista que tem a chave para a retomada do crescimento. Se os dados forem inconsistentes, a proposta de reforma previdenciária ficará enfraquecida.
Pontos nevrálgicos
O governo terá que agir rápido no sentido de organizar a sua base política no Parlamento, a fim de evitar que venham novos recados. Até aqui, dois temas foram mapeados: A medida provisória que definiu a nova estrutura do Poder Executivo e a que modificou as regras de pagamento da contribuição dos trabalhadores a seus sindicatos.
Onde pega
Na MP do Poder Executivo, um dos pontos passíveis de mudança é a recriação do Conselho de Segurança Alimentar (Consea), extinto na formatação do governo. O Consea tem um terço do governo e dois terços da sociedade civil. Por isso, provocou um périplo dos movimentos sociais ao Congresso antes do carnaval.
Por falar em movimentos sociais…
O governo olha com muita atenção o caminhar desses movimentos sociais, do Parlamento e dos prefeitos. A ordem é não deixar que eles se unam contra as propostas do Poder Executivo.
Generais sem tropa
Considerados pelo governo peças importantes para ajudar na aprovação da nova Previdência, os governadores não conseguiram até agora mostrar quantos votos podem conquistar em prol da proposta. Há quem diga que estão vendendo “gato por lebre” ao presidente Jair Bolsonaro.
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Prepara uma notícia aí/ O governo está de olho na Marcha dos Prefeitos, marcada para abril. A intenção é mapear desde já as reivindicações para poder apresentar algo de concreto quando houver a marcha.
Parceria/ O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) (foto), e o presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, estão cada vez mais próximos. No encontro da quarta-feira de cinzas, fizeram várias análises sobre o cenário nacional. É assim que se começa a escrever o futuro.
“Esquece isso”/ Na conversa, Doria foi o primeiro a tirar de cena qualquer comentário em relação ao vídeo pornográfico que Jair Bolsonaro replicou no feriadão. Bem na linha, vamos deixar o que ocorreu no carnaval dentro do carnaval. Por enquanto, estão todos com Bolsonaro.
Por falar em esquecer…/ Tem crescido muito o número de homens que batem em mulher, e, ao serem punidos, alegam “descontrole” ou algo “fora do comportamento habitual”, que “não sou violento”, ou coisa que o valha, como fez o diplomata Leonardo Rodrigues, preso por agredir uma mulher com um tapa na cara, após um acidente de trânsito no carnaval. Essa semana, na Câmara, as deputadas estão programando vários discursos no sentido de alertar sobre a necessidade de se pensar duas vezes antes de agredir quem quer que seja.
Coluna Brasília-DF
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de falar todas as semanas com os seguidores via Facebook foi tomada a fim de não deixar seus eleitores dispersos. Pesquisas internas de alguns partidos chegaram a indicar que ele vinha estreitando sua faixa de influência, ficando apenas com a direita mais radical. Bolsonaro obteve muitos votos daqueles que, embora não estivessem na primeira fila do bolsonarismo, eram anti-PT. Foi esse público que lhe garantiu a vitória e que começava a se afastar. E é com esse que o presidente deseja dialogar, quando se refere ao aumento de validade da carteira de motorista, qualidade dos serviços dos sindicatos e por aí vai.
Outros presidentes, nos tempos em que a tecnologia ainda não permitia uma conversa tão direta como o eleitorado, optaram pelo rádio para expor os projetos do governo. Sarney, Itamar Franco, Fernando Henrique e Lula tinham o chamado conversa ao pé do rádio. Nos tempos de Lula, perguntas sobre os projetos eram enviadas ao Planalto e reproduzidas no ar para que o presidente respondesse. Bolsonaro agora faz isso via Face. Quer que os eleitores tenham ali a interpretação das falas feitas por ele mesmo, sem passar pelo filtro de terceiros. O alcance é para ninguém botar defeito. 37.730 compartilhamentos na primeira hora, 709 mil visualizações.
Aonde o PSL quer chegar
A proposta da deputada Bia Kicis, (foto) do PSL-DF, sobre a redução da idade de aposentadoria dos ministros do Supremo Tribunal Federal para 70 anos começa ser bem-vista pelo entorno do presidente Jair Bolsonaro. É que a interlocução do governo com o STF ainda é tênue. Se não conseguir aprumar, o jeito será tentar emplacar a proposta de Bia no Parlamento.
Muita calma nessa hora
Só tem um probleminha: Com a reforma da Previdência na Câmara e a tributária no forno, não dá para ficar fazendo marola no STF. Afinal, é lá que as reclamações sobre a reforma vão desaguar depois da votação.
Captou a mensagem I
A defesa que Jair Bolsonaro fez da reforma da Previdência em suas redes sociais foi muito bem recebida pelo DEM do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ele tem sido cobrado quase que diariamente por líderes partidários na seguinte linha: “O presidente tem que entrar de cabeça na reforma previdenciária. Não dá para ficarmos aqui, com o desgaste, e ele posando em outras temas”.
Captou a mensagem II
A avaliação é a de que alguma reforma previdenciária será aprovada. A ordem agora é reduzir as mudanças no texto.
CURTIDAS
Bola pra frente / Com a live no Facebook , ontem, o presidente Jair Bolsonaro espera ter colocado um ponto final nas polêmicas que promoveu no carnaval e, de quebra, na frase sobre “democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas assim o querem”.
Na muda / Nunca antes na história deste país os profissionais da política ficaram tão quietos. Alguns pretendem permanecer assim ao longo do primeiro ano de governo. Depois é que será possível fazer um diagnóstico. Até aqui, a bola está com Jair Bolsonaro, apesar de todos os tropeços desses primeiros 60 dias.
Tá bem assim / Deputados dos mais diversos partidos já tratam Felipe Francischini (PSL-PR), de 27 anos, como futuro presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. É bom ele se preparar, porque a turma da oposição que conhece o funcionamento da comissão promete que não vai
ter moleza.
Dia Internacional da Mulher/ A coluna parabeniza todas as mulheres que diariamente e nas mais diversas áreas buscam transformar o mundo num lugar melhor. Vamos
em frente.
Publicação polêmica de Bolsonaro provocará barulho e dará poder a Maia
Coluna Brasília-DF
A intenção de alguns deputados de cavar um processo de impeachment contra o presidente por causa do vídeo escatológico postado no Twitter não vai passar da espuma. Porém, se for mesmo apresentado, o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, terá em mãos um instrumento tão poderoso quanto aquele que Eduardo Cunha sacou contra a presidente Dilma Rousseff em 2016.
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Por isso, a intenção dos governistas é cobrar que Rodrigo Maia arquive de pronto qualquer proposta nesse sentido, como prova de apreço ao governo. Se não o fizer, será visto como uma declaração de animosidade.
Assunto esquecido
Nas postagens do presidente Jair Bolsonaro no Twitter, nos últimos dias, teve Lava-Jato da Educação, Exército e até vídeo escatológico, mas nada de reforma da Previdência. No parlamento, os líderes repetem um mantra: ou ele entra, ou a Casa vai achar que a nova Previdência não é tão prioritária assim.
Afunilou
Rodrigo Maia aproveita estes dias de marasmo no Congresso para cuidar do relator da reforma. Já decidiu que não será nem do seu partido, o Democratas, nem do PSL. No DEM, para não deixar a legenda responsável pelo tema polêmico. E no PSL, comenta-se nos bastidores, por falta de gente experiente para segurar o tranco.
Sem pressa
Cresce entre os parlamentares a visão de que, se o governo apresentou um novo projeto de reforma da Previdência, é porque não tem urgência na votação do texto. Se tivesse, teria aproveitado parte da proposta que tramitou no ano passado.
O X da questão
Deputados estão convictos de que o governo só apresentou uma nova proposta porque deseja a desconstitucionalização do tema para facilitar outras mudanças no futuro.
CURTIDAS
Siga o general!/ Em conversas reservadas, os líderes partidários que não têm intimidade com o presidente Jair Bolsonaro são quase que unânimes em afirmar que ele deveria se espelhar mais no comportamento do vice, o general Hamilton Mourão, que a cada dia conquista mais simpatias.
Siga o general II/ Alguns, que demonstravam no passado recente alguma reserva ao vice, hoje o chamam carinhosamente de general “Mozão”.
A velha política impera/ Quem esperava que os novos deputados mudassem a rotina do parlamento está a caminho da frustração. Lá se vai quase um mês e meio, e as comissões não foram instaladas e sessões deliberativas só mesmo a partir de 12 de março.
Nem tudo está perdido/ Apesar da calmaria desta semana, Rodrigo Maia já avisou a interlocutores que, a partir da semana que vem, acabou a moleza. O contribuinte agradece.