CPI das Fake News terá confronto de apoiadores com antigos aliados de Bolsonaro

galos de briga no centro do ringue
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É na CPI das Fake News que a oposição armará sua rede, a partir da semana que vem, para servir de arena num confronto entre os aliados do presidente Jair Bolsonaro e os antigos apoiadores, aqueles que agora tentam expulsar Eduardo Bolsonaro do PSL. O mesmo fará com os petistas.

A estratégia é colocar todos os galos de briga no centro do ringue e, se possível, detonar todos no decorrer dos trabalhos. O governo está ciente de que esse é hoje o terreno mais sensível, tanto é que tentou, sem sucesso, indicar o presidente e/ou o relator.

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A avaliação nas conversas mais reservadas é a de que a estratégia pode funcionar, uma vez que a guerra aberta no PSL ainda não encontrou um meio de evitar estragos maiores. O “esquenta” será quarta-feira, com o depoimento de Alexandre Frota (PSDB-SP).

Serventia da casa…

O governo começa a trabalhar para tentar compensar os votos perdidos com a guerra do PSL. A intenção é oferecer os cargos de segundo escalão ocupados por apadrinhados desse grupo a potenciais aliados de outros partidos. A Secretaria de Mobilidade, por exemplo, será discutida com o Podemos e com o PTB.

… Depois de aberta a porta da rua

A dispensa de apadrinhados do presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), e seus aliados, está apenas começando. Já saíram o secretário nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura, Jamil Meig Júnior, e o secretário de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional, José Lindoso de Albuquerque Filho. Outros seguirão pelo mesmo portal.

Ministério, não!

Bolsonaro não vai entrar no toma lá dá cá de ministérios. Afinal, não pretende quebrar a imagem de que nomeou todos sem lotear entre partidos, um dos pontos ressaltados com aplausos e aprovação em todas as pesquisas qualitativas, até as dos adversários.

Subtrai, divide e, depois, multiplica

Até aqui, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), não conseguiu juntar muitos partidos para tentar mais um mandato à frente da Casa. Ninguém entra nesse projeto porque todos querem o cargo. Se ficar muito dividido, entretanto, muitos vão preferir ficar com Rodrigo do que criar uma nova liderança de partido adversário, justamente na segunda metade do governo.

CURTIDAS

Falem bem, falem mal…/ O ministro da Educação, Abraham Weintraub, não vai abrir mão das tiradas de humor nas redes sociais como forma de chamar a atenção para as mudanças que faz na pasta. Cenas como “Cantando na Chuva” e os óculos que usou para anunciar o descontingenciamento das verbas vão continuar.

Dúvidas dissipadas/ Luciano Huck será candidato a presidente. O que deu a certeza a quem ainda duvidava foi a fala do empresário, ontem, em São Paulo, em que alertou para a necessidade de cuidar das pessoas, citando inclusive o interior do Piauí, onde Lula começou o programa Bolsa Família.

Enquanto isso, na China…/ O saldo da visita de Bolsonaro, segundo avaliam integrantes da comitiva, foi o pragmatismo e a certeza de que a ideia do presidente, daqui por diante, é deixar um pouco de lado a pauta ideológica e apostar mais nesse novo estilo. Se essa disposição perdurar, o contribuinte agradece.

Tem algo de podre no reino/ Quando o país vive a menor taxa de juros das últimas décadas, e os bancos aumentam as já exorbitantes taxas do cartão de crédito e do cheque especial, algo está fora da ordem. Para muitos, é sinal de que estão jogando em cima do correntista endividado a busca de uma forma de compensar os juros mais baixos.

Com indicio de que STF vetará prisão após 2ª instância, aumenta pressão sobre o Congresso

STF Congresso segunda instância
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Com a perspectiva de o Supremo Tribunal Federal decidir contra a prisão em segunda instância, caberá aos interessados numa posição diferente pressionar o Congresso para que seja feita a vontade da sociedade. A ideia é fazer valer que as divergências de interpretação dos ministros em casos de votações apertadas — como deve ser essa, em que se aposta num placar final de seis a cinco — devem ser esclarecidas no texto constitucional. É lá — e não no STF — que a Constituição é redigida e emendada.

A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge já deu a senha ao dizer que o Congresso pode retomar para prisão em segunda instância. Falta combinar com os políticos que resistem ao pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Em tempo: Em julho, a Comissão Especial que trata dessas medidas retirou a prisão em segunda instância do projeto, porque a maioria considerou necessária uma emenda constitucional. Agora, a pressão pela emenda virá.

Aposta nacional

A visita do presidente Davi Alcolumbre a Sergipe e Alagoas, cercado pelos seus principais adversários na campanha para a Presidência do Senado — inclusive o PT e Renan Calheiros (MDB-AL) — foi vista como uma tentativa de empatar o jogo do poder com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Maia tem o título de maior articulador político do Congresso.

Fé estadual

Nesta curta interinidade, Alcolumbre joga também para seus eleitores. Hoje, assina em Macapá um decreto para, mais uma vez, tentar regularizar a questão das terras no Amapá, onde a maioria ainda pertence à União.

Pancada do PSL

Ali, o processo de divórcio não se resolverá a curto prazo, porque todas as soluções apontadas, até agora, não dão ao grupo bolsonarista o controle da situação partidária, seja dentro ou fora da legenda. A seguir neste ritmo, será como ocorre com muitos casais por aí que se divorciam, mas continuam dividindo o mesmo teto.

Tecnologia acessível

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) acaba de assinar um acordo de cooperação com a Amazon Web Services (AWS) para que trabalhos de pesquisa selecionados tenham acesso livre aos cursos de ensino a distância da megaempresa norte-americana. “O Brasil tem um grande potencial e vamos investir nisso”, afirma o executivo da AWS para América Latina, Canadá e Caribe, Jeffrey Kratz. Caberá agora ao CNPq definir as pesquisas que serão beneficiadas pelo acordo.

Contrabando no DF

Dados do Ibope registraram recentemente que o comércio ilegal de cigarros no Distrito Federal saltou de 12% para 21% do total do mercado, de 2018 para 2019. Estudo da Fundação Getúlio Vargas para o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) indica que, além de prejudicar a arrecadação e financiar o crime organizado, cerca de 10 mil empregos diretos deixam de ser gerados no país por causa do mercado ilegal de cigarros.

O “furacão” Alcolumbre/ O presidente em exercício Davi Alcolumbre deixou muita gente de orelha em pé ao declarar, numa roda em seu gabinete, que aproveitaria a interinidade para exonerar quem estivesse dando trabalho ao presidente Jair Bolsonaro. Muitos assessores ficaram esperando seu retorno da viagem ao Nordeste, sem saber se ele iria, de fato, fazer o que havia dito ou tinha sido apenas uma brincadeira. Até o início da noite, ele não havia assinado nenhuma exoneração.

Atolado em Atalaia/ A van que conduzia o presidente em exercício, Davi Alcolumbre, e sua comitiva na praia, em Sergipe, ficou presa na areia fofa. Mas o presidente anda tão bem-humorado que tirou de letra. “Ninguém segura o ‘gordinho’”, comentou, no maior bom humor.

Enquanto isso, no Senado…/ Três embaixadores foram aprovados por unanimidade dos presentes na Comissão de Relações Exteriores esta semana, inclusive Pedro Bório, que vai para o Canadá. Ele esteve cotado para a embaixada do Brasil em Washington, antes do vaivém em torno de Eduardo Bolsonaro.

… façam suas apostas/ Há quem diga que Nestor Forster, que também foi cogitado lá atrás, terá menos dificuldades agora do que teria no início do ano. Isso porque, ao contrário de Eduardo, tem carreira diplomática. Mas ninguém coloca suas fichas na unanimidade.

Imperdível/O ministro da Educação, Abraham Weintraub, será o entrevistado de hoje do CB.Poder, às 13h20, na TV Brasília.

Bolsonaro cogita ficar sem partido

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O presidente Jair Bolsonaro confidenciou a amigos que não tem pressa em escolher uma legenda, caso o resultado da crise do PSL lhe seja desfavorável. A avaliação dos bolsonaristas hoje é a de que o atual presidente do partido, Luciano Bivar (PE), só perde se quiser. Ele tem o controle da legenda, do conselho de ética e também de outros colegiados decisórios.

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Bivar, aliás, repete o que fez outro pernambucano, quando confrontou filiados. No final de 2013, assim que começou a montar sua pré-campanha a presidente da República, o então governador Eduardo Campos levou vários deputados para o PSB. Depois, com a sua morte, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, encontrou um jeito de tirar os “liberais” da legenda. Quem votasse a favor da reforma trabalhista, por exemplo, seria punido. Foi o caso da atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Agora, a história se repete no PSL.

Nada é para já

Bolsonaro considera que só precisa definir um novo partido quando faltar um ano para a eleição. Assim, se o governo estiver bem, terá um leque imenso para escolher.

Tudo é para ontem

O presidente não está contando, entretanto, com as manobras dos partidos médios. Como antecipou ontem esta coluna, tem um grupo interessado em transformar a janela dos vereadores, que estará aberta no ano que vem, na única possibilidade de troca de legenda antes das eleições de 2022.

Isso é urgente

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) tem dito aos quatro ventos ter provas das declarações que fez a respeito da rede de milícia virtual instalada no bolsonarismo. Vai ser chamada a confirmar o que disse nos fóruns competentes, CPI das Fake News e já tem gente preparando ações na Justiça.

O resultado do STF…

Em conversas reservadas, os aliados do ex-presidente Lula ainda apostam num placar favorável à mudança de posição do Supremo Tribunal Federal, em relação à prisão em segunda instância. Isso, apesar dos três votos favoráveis e um contra registrados ontem.

… e a modulação

Apesar do otimismo em relação ao resultado, estão todos meio descrentes com a perspectiva de liberdade do ex-presidente Lula. A aposta geral é a de que haverá alguma modulação para manter o petista na cadeia.

Depois da Previdência…

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) aposta em aproveitar o embalo para aprovar o pacto federativo ainda este ano. Falta combinar com os independentes, maioria nas duas Casas.

Curtidas

Joice e Maria do Rosário / Joice Hasselmann (foto) ganhou a solidariedade das deputadas de vários partidos no grupo de WhatsApp da bancada feminina. Segundo relatos, ela disse que está mapeando todos os endereços que lhe atacam e que não vai “dar mole”. Maria do Rosário (PT-RS), que teve confrontos com Bolsonaro e já ouviu poucas e boas da colega de Congresso, sacou uma postagem em que Joice dizia que ia lhe dar “uns tapas” e rebateu: “Nada como um dia depois do outro para que as pessoas amadureçam”.

Foi mal/ A ex-líder do governo tentou consertar, dizendo que era uma “piada”, um programa de humor, e coisa e tal, e que era para rir ou não achar graça, algo simples assim. E, em seguida, conforme comentam deputadas de outras legendas que acompanharam a discussão no grupo, Joice disse que se arrependeu e que não faria de novo, nem por brincadeira.

Bate-rebate/ Rosário não encerrou a conversa ali. Respondeu que não queria polemizar, mas não poderia deixar de fazer o registro. E, para completar, ainda citou uma frase que, em política, é usada desde os tempos em que o então presidente Fernando Collor dava suas corridinhas nos arredores de casa, com recados nas camisetas: “O tempo é o senhor da razão”. Verdade maior, realmente, não há.

Gilmar, Sepúlveda e Sig/ Ao abrir o XXII Congresso Internacional de Direito Constitucional, o ministro Gilmar Mendes e o ex-ministro Sepúlveda Pertence ressaltaram o valor da democracia e de pontes entre governo e oposição, uma das qualidades do ex-deputado Sigmaringa Seixas. Falecido em dezembro passado, Sig foi homenageado com uma placa de prata entregue à viúva, Marina. Gilmar encerrou sua fala com uma mensagem aos jovens: “Quando vejo jovens se dizendo saudosos da ditadura, só me vem o Evangelho: ‘Pai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem””. Hoje tem nova homenagem na OAB, onde o valor da democracia será mais uma vez reforçado.

Eduardo em embaixada? Só com o PSL pacificado

Eduardo Bolsonaro
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Com tanto serviço no PSL, Eduardo Bolsonaro (SP) tem agora o discurso perfeito para, se quiser, desistir da sua indicação para embaixador do Brasil em Washington. Até agora, o 03 não tomou essa decisão, mas, entre os aliados de Eduardo, há quem diga que, enquanto o partido não estiver pacificado, o deputado vai ficando por aqui. Aliás, a crise terminou por tirar o deputado da viagem do presidente à Ásia e ao Oriente Médio.

Sai pra lá

O PSL, apesar de grande, não tira fôlego nem da reforma previdenciária, nem dos outros projetos relacionados à pauta econômica. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avisou que não quer saber de polêmica de partido nas reuniões para tratar da pauta. Cada um que cuide de sua bancada. Aliás, a do PSL já vem sendo apelidada de “a ‘pancada’ do PSL na Câmara”.

Enquanto isso, no mercado…

A bolsa de valores subiu por causa do cenário externo e a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência. Porém, a guerra no PSL e a tal declaração do ex-líder Delegado Waldir (GO), de que iria “implodir” o presidente se fosse destituído, ajudaram o dólar a seguir o mesmo caminho. É o saldo de um partido de governo oposicionista.

 

Suspeição de Moro é o plano A do PT de Lula

Lula
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Enquanto o PSL ferve, o PT começa a pressionar para que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decida logo o habeas corpus em que a defesa do ex-presidente Lula pede a suspeição do ministro da Justiça, Sérgio Moro, enquanto juiz da Lava-Jato. Para os petistas, esse seria o melhor dos mundos, porque levaria o caso de volta à fase de denúncia e, de quebra, reforçaria o discurso da inocência do ex-presidente para a campanha eleitoral do ano que vem. É aí que o PT jogará nos próximos meses.

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Até agora, como já é conhecido, só votaram o relator Edson Fachin e a ministra Cármen Lúcia, ambos contra o pedido de Lula. Faltam Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e o decano Celso de Mello. Os petistas estão esperançosos nessa suspeição do ministro mais popular do governo Bolsonaro, o único que, a preços de hoje, derrotaria o presidente num segundo turno, conforme mostrou a última pesquisa de intenção de voto divulgada pela revista Veja. Quem conhece os ministros do STF, entretanto, duvida que eles estejam dispostos a mexer nisso agora. Primeiro, a segunda instância, que já é confusão para mais de metro.

Vão ter que engolir

Ainda sem relatório aprovado, a CPI do BNDES busca a prorrogação por mais 15 dias, pelo menos, para tentar votar o parecer do relator, Altineu Côrtes (PL-RJ). Se não conseguir, a ideia é buscar uma brecha jurídica que permita encaminhar tudo ao Ministério Público. Nem que seja uma denúncia assinada pelos deputados. Há quem diga que os documentos angariados são suficientes para colocar muita gente na cadeia.

Mourão e Moro bem na fita/ O ministro da Justiça, Sérgio Moro, visitou Pernambuco para acompanhar in loco os projetos de segurança. A viagem se dá dias depois de o governador Paulo Câmara ser mencionado de forma deselegante pelo presidente Bolsonaro. Já o presidente em exercício, Hamilton Mourão, anunciou o Exército atuante na limpeza das praias.

Democracia em debate I/ O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o
ex-presidente Sepúlveda Pertence abrem hoje à noite o XXII Congresso de Direito Internacional, no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Os temas deste ano são sistemas de governo e crise da democracia. A moderação da abertura estará a cargo do ministro do STF Gilmar Mendes.

Democracia em debate II/ O programa é bem extenso. Até quinta-feira, serão 10 painéis de discussões dentro do XXII Congresso Internacional, incluindo violação de dados pessoais, desinformação, riscos à democracia, cortes constitucionais e o populismo judicial.

Homenagem/ Hoje, na abertura, às 20h, haverá homenagem póstuma ao ex-deputado Sigmaringa Seixas, defensor incansável da democracia, falecido em 25 de dezembro do ano passado.

Com a redução de despesas obrigatórias, Congresso quer aumentar emendas de bancadas

Congresso Nacional
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A nove quartas-feiras do fim do ano legislativo, o Congresso já está com o relatório preliminar do Orçamento de 2020 praticamente fechado, esperando apenas a mensagem retificadora do projeto da Lei Orçamentária, com a redução das despesas obrigatórias, a fim de abrir espaço para investimentos — em especial, emendas de bancada.

A ideia é aproveitar a economia com o fim dos 10% de multa do FGTS — algo que os deputados calculam render uma economia de R$ 5 bilhões. É quase o total das emendas de bancada, R$ 6,6 bilhões, que passam a ser de liberação impositiva, R$ 248 milhões para cada estado e o Distrito Federal.

Muitos estados terão apenas esses recursos para investir e mostrar algum serviço ao eleitor. Daí, enquanto muitos se divertem com a guerra interna do PSL, os pragmáticos vão pressionar para garantir esses recursos.

Visão dos otimistas

Reunião de líderes verifica amanhã quais as chances de se chegar a um acordo para votação da reforma tributária e definir a pauta para essa reta final de 2019. Ninguém bota muita fé na apreciação da tributária, muito menos numa pauta extensa para essa reta final de 2019.

Mergulhado

Ligado ao governador de São Paulo, João Doria, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, não convidou Jair Bolsonaro a ingressar na legenda. A ordem do momento é ficar quieto e ver como é que fica o jogo lá na frente.

Cada um na sua

Kassab está dedicado a fortalecer o partido para as eleições municipais. Em São Paulo, por exemplo, o PSD irá de Andrea Matarazzo. “A lógica das eleições municipais é fortalecer os partidos. Alianças estaduais e nacional vêm depois dessa fase”, diz ele, que considera cedo para que se faça qualquer análise mais acurada sobre o cenário de 2022.

A hora deles

O novo presidente do MDB, Baleia Rossi, quer aproveitar esse fim de ano para tentar chegar a um consenso sobre as propostas de reforma tributária que tramitam na Câmara e no Senado. Nesse trabalho, aproveitará para dar mais visibilidade aos governadores do partido, Ibaneis Rocha, do Distrito Federal; Helder Barbalho, do Pará; e Renan Filho, de Alagoas. Afinal, são os governadores que vão puxar essas discussões, caso o governo federal não consiga se organizar a tempo de entrar nessa discussão.

» CURTIDAS

O trunfo de Eduardo/ Do alto de quem já foi primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara, cargo conhecido como a “prefeitura da Casa”, Eduardo Gomes sabe perfeitamente onde aperta o calo dos antigos colegas. Ali, construiu uma rede de amigos que lhe abrirá as portas para a articulação política, não só entre os partidos de centro, bem como da oposição.

Novo tique entre os deputados / Quem entra agora em qualquer sala para reuniões no Parlamento olha logo para o colo do sujeito para ver se ele está com o celular equilibrado na perna. Outros chegam a ações extremadas, com olhar sob a mesa para ver se não há um aparelho de escuta. É que essa história de gravações não é de hoje e, agora, confirmado que deputados gravaram seus colegas e até o presidente da República, ninguém se sente tranquilo.

O desafio de Joice I/ Ao deixar o posto de líder do governo, Joice Hasselmann perderá a condição que lhe permitia participar das reuniões de cúpula da Casa e, de quebra, a legião de jornalistas que a seguia Salão Verde afora. A luta agora será para permanecer na ribalta como pré-candidata a prefeita de São Paulo.

O desafio de Joice II/ A primeira tarefa, a que muitos institutos de pesquisa já se dedicam, é saber qual o percentual de votos que ela conseguiu por causa de Jair Bolsonaro e aqueles que conquistou por conta própria.

Ninguém se mexe/ Os profissionais da política entraram em modo observação. Ninguém se mexe até saber onde vai essa guerra no PSL. O saldo, no momento, é pró-Bivar, por causa da composição do diretório e a liderança da bancada na Câmara.

Não será surpresa se Joice Hasselmann ganhar o controle do PSL em SP

Joice Hasselmann
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A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) sai das articulações do Planalto e fica livre, inclusive, para tomar conta do PSL paulista. Afinal, ela ficou ao lado do presidente Luciano Bivar e do líder, delegado Waldir. Não será surpresa se ganhar o controle do partido em São Paulo.

Certo & duvidoso

Joice sabe que, hoje, tem mais espaço para ser candidata a prefeita de São Paulo pelo PSL do que pelo DEM, que tem um problema: o vice-governador Rodrigo Garcia joga com o PSDB de olho no apoio dos tucanos para concorrer ao governo do estado em 2022, quando João Dória deve deixar o posto para ser candidato a presidente da República. E Garcia não quer Joice fazendo marola nos seus planos.

 

Eduardo Gomes chega para ajudar Bolsonaro a superar crise no PSL

Eduardo Gomes
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Com trânsito em todos os partidos, o novo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), chega para ajudar o presidente a superar a crise no PSL arregimentando apoios em outras agremiações. Esse trabalho será lento e gradual e começa a partir da semana que vem, tão logo o Senado aprove a reforma da Previdência. A ideia é aproveitar este final de ano para buscar apoios, organizar a votação da reforma tributária, que tramita simultaneamente na Câmara e no Senado.
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Ainda hoje, Eduardo Gomes se reúne com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para conversar sobre o que será possível votar ainda este ano. A avaliação geral é de que, diante do tumulto na seara política, é melhor fechar o ano com a reforma previdenciária e esperar 2020 para tratar de outros temas. Inclusive, mudanças na regra de ouro e a reforma administrativa, que desembarcam no Congresso na próxima semana. A regra de ouro em vigor não permite endividamentos para cobrir despesas correntes (salários e aposentadorias, por exemplo).

Ajudinha I

Eduardo Gomes desembarca na liderança do governo junto com 19 novos projetos de suplementação orçamentária, que aterrissaram no Congresso por esses dias, num total de quase R$ 40 bilhões. O maior deles, de R$ 34 bilhões, tem o próprio líder como relator. Refere-se ao pagamento do governo à Petrobras, como parte da revisão da cessão onerosa.

Ajudinha II

Nesses projetos de suplementação, estão ainda várias emendas de deputados e senadores ao Orçamento da União, em especial, as áreas de saúde e transportes com recursos para o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit), onde se concentram emendas de bancada.

Caldo de galinha e água benta…/ Ao pedir desculpas ontem pelo post sobre a prisão em segunda instância publicado no perfil do presidente Jair Bolsonaro no Twitter, o vereador Carlos Bolsonaro confessa que escreve nas redes sociais do chefe da Nação. Os mais fiéis aliados já cansaram de avisar que o melhor é deixar o presidente cuidar de seu próprio Twitter.

Frase / “Não subestime a nossa capacidade de criar problemas para nós mesmos”
Do ex-ministro da Justiça e ex-deputado José Eduardo Cardozo, referindo-se ao PT ainda nos tempos do governo Dilma Rousseff. O PSL de hoje tem muita semelhança com o PT de ontem.

Por falar em PT…/ O partido concentra hoje toda a sua aposta no julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a prisão em segunda instância. Não por acaso, eram os petistas a maioria dos manifestantes em frente ao STF na tarde de ontem.

Toffoli a la Marco Maciel/ Às da política, o ex-vice-presidente Marco Maciel sacava a seguinte frase quando havia uma crise ou algo complicado a resolver: “Não vamos fulanizar”. É essa máxima que o STF seguirá nesse período em que trata da prisão em segunda instância.

Por falar em passado…/ Nunca antes na história desse país se ouviu em alto e bom som o líder do partido do presidente da República chamando o chefe da Nação de “vagabundo” como fez o delegado Waldir (PSL-GO). Algo está fora da ordem.

Crise no PSL trava reforma da aposentadoria dos militares

delegado Waldir (GO)
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O líder do PSL, delegado Waldir (GO), mais uma vez se juntou ao PSol, PT e PDT. Desta vez, a confusão levou o presidente da comissão especial que analisa da aposentadoria dos militares, José Priante (MDB-PA), a suspender tudo até segunda ordem.

O resultado foi o líder do governo, Vitor Hugo (PSL-GO), afastado da comissão, correr ao telefone e fazer apelos a cada deputado, de forma a tentar criar um clima favorável à votação na próxima semana. Se o ambiente político não melhorar, não vota tão cedo. “O ritmo da votação hoje depende desse entendimento”, diz Priante.

Bombeiros de olho

Os parlamentares consideram ponto pacífico a inclusão de bombeiros e policiais militares na reforma da aposentadoria das Forças Armadas, mas há o risco de ressurgir a tese de que essas categorias devem ser discutidas em cada estado. Se ocorrer, compromete a aprovação da proposta. José Priante garante que esse ponto está pacificado, mas há quem considere que todo o cuidado é pouco.

Enquanto isso, no Planalto…

Ao chegar da visita ao general Villas Boas, o presidente Jair Bolsonaro foi direto para a reunião de deputados do PSL, no Planalto, onde eles foram consultar sobre a necessidade de tirar Delegado Waldir da liderança. Conforme antecipou ontem a coluna ontem, é o primeiro movimento.

Últimos acordes

Está tudo praticamente acertado para que o Senado conclua a reforma da Previdência na semana que vem. A partir daí, o governo não terá mais refresco: ou monta uma base ampla ou não conseguirá fazer valer a sua vontade.

Adeus pauta ideológica

Ninguém aposta um vintém sequer nas pautas ideológicas do governo, como novos projetos sobre armamentos, e até mesmo o pacote anti-crime do ministro Sérgio Moro. O que dá para tocar são as reformas econômicas e o Orçamento de 2020.

PT na lida/ Os deputados do PT comentam reservadamente que se Lula não conseguir a liberdade até o final do ano, não terá outro jeito senão aceitar o regime semi-aberto.

Por enquanto não teve pizza, mas…/ Nos embates políticos da CPI do BNDES, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) tem reiterado que não aceitará “pizza”. Porém, não perdeu a gentileza com os colegas. Já passava da hora do almoço quando ela encomendou salgados para dar aquela enganada na fome e não suspender os trabalhos. Todos os deputados foram agraciados com coxinhas, quibes e
pães de queijo.

Leitura obrigatória I/ O Exército reeditou o livro de Gilberto Freyre, Nação e Exército, de 1949, com um prefácio do chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general de Divisão Richard
Fernandez Nunes.

Leitura obrigatória II/ Freyre faz uma reflexão das relações civis-militares, num texto que, 70 anos depois, não perdeu a atualidade. Na contracapa, a mensagem: “A verdade, porém, é que o país onde o Exército seja a única, ou quase a única, força organizada, necessita de urgente organização ou reorganização do conjunto de suas atividades sociais e de cultura para ser verdadeiramente Nação. (…) Nação desorganizada não é Nação; é apenas paisagem”.

A disputa da semana no PSL: afastar o deputado Delegado Waldir

A disputa da semana no PSL
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Os aliados do presidente Jair Bolsonaro percorrem o plenário em conversas com outros deputados, no sentido de formar maioria para afastar o deputado Delegado Waldir (GO) do cargo de líder do partido na Câmara. A avaliação do grupo é a de que ele passou dos limites ao obstruir a votação da medida provisória da reforma administrativa e, de quebra, ainda tirou o líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (GO), da comissão especial que analisa a aposentadoria dos militares.

A ordem é tentar obter o controle da legenda na Câmara. E, se possível, até mesmo conquistar o comando do partido de Luciano Bivar, no embalo da operação da Polícia Federal de ontem, que teve o presidente do PSL como alvo. Se não for possível, aí sim aproveitam a “visita” da PF a Bivar para deixar a legenda. Mas nada é para já. A data-limite estabelecida pela Justiça para que Bivar apresente as contas partidárias dos últimos cinco anos é a próxima segunda-feira, quando Bolsonaro já estará em viagem à Ásia. Até lá, a guerra continua.

Preparem o espírito

Quem conhece a cabeça dos juízes da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal aposta que a tendência é a condenação de Geddel Vieira Lima e de seu irmão Lúcio, por lavagem de dinheiro e associação criminosa, por causa dos R$ 51 milhões encontrados no apartamento em Salvador.

Empacou de vez

Senadores estão cada vez mais resistentes a aprovar o nome de Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil em Washington. Essa visão começa a contaminar também a perspectiva de trocar o nome de Eduardo pelo do atual chanceler, Ernesto Araújo. Nos bastidores, afirmam que esse preço vai subir tanto quanto o do petróleo.

R$ 500 verde a amarelo

O que levantou o governo do presidente Jair Bolsonaro na pesquisa da XP Investimentos, divulgada ontem, foram as ações na economia, mais precisamente a liberação de R$ 500 das contas do FGTS.

Pinta de candidato

A entrevista do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ao programa CB.Poder, segunda-feira, foi lida pelos adversários como um ensaio de quem deseja concorrer ao GDF. A preços de hoje, a centro-direita irá dividida. Há quem diga que, se o PT for inteligente, deve trabalhar o apoio ao socialista.

Comparações/ Quem pergunta ao senador major Olímpio como está o PSL, ele responde de bate-pronto: “Uma maravilha. Melhor que isso, só pão com b…”.

Por falar em PSL…/ O senador Flávio Bolsonaro aos poucos vai se soltando. Ontem, foi à tribuna do Senado falar sobre o projeto de cessão onerosa dos recursos do pré-sal e agradecer aos colegas pelo tratamento dado ao Rio de Janeiro na distribuição dos valores. Aproveitou para fazer os comerciais do presidente Jair Bolsonaro: “Ele é generoso, não quer o poder pelo poder”, disse, aplaudido por alguns.

O pacificador/ Hélio Lopes, também conhecido por Hélio Bolsonaro, tomou a frente das conversas para tentar pacificar o partido. Ontem, puxou Felipe Franceschini num canto do plenário para um longo bate-papo. Há quem diga que está realmente aprendendo a fazer política.

Livro & eleições/ O consultor político Osmar Bria lança hoje, às 16h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, o livro A fórmula do voto – Vença a eleição com Inteligência Emocional. Especialista em programação neurolinguística, Bria revela em sua obra estratégias emocionais para treinar pré-candidatos a mandatos eletivos, algo que já deu o que falar na eleição passada. Vale a leitura.