Autor: Denise Rothenburg
O vice-presidente, Michel Temer, fez chegar aos partidos que ajudaram a aprovar o impeachment na Câmara que eles deverão participar do governo. Ocorre que quem tem candidato a presidente com chances reais não quer se comprometer a esse ponto. Isso porque muitos estão convictos de que, se o governo der certo, Temer não terá como deixar de concorrer a um “mandato cheio”.
Temer tem dito a vários parlamentares que não é candidato, mas, nos partidos, há quem defenda uma manifestação mais clara dessa decisão, que não deixe dúvidas. Por enquanto, os aliados terão que se contentar com as declarações de potenciais ministros, como Eliseu Padilha. Questionado sobre a disposição de Temer, ele respondeu: “Todos temos que pensar nas próximas gerações e não nas próximas eleições”.
Decisão tucana
O PSDB pretende fechar uma posição sobre participação ou não num governo Michel Temer em 3 de maio. Até lá, ou Temer terá escolhido um nome para ministro da Fazenda ou José Serra ficará ciente de que, se for candidato a presidente, estará fora de um futuro governo.
“Não foi um ‘era um garoto que, como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones’. Foi um ‘London, London’. Está tudo bem”
Do ex-deputado Paulo Delgado, referindo-se ao discurso de Dilma na ONU
Largaram cedo
Pré-candidatos a presidente da Câmara já estão em pleno movimento nos bastidores. O líder do PSC, André Moura (SE), fez questão de ciceronear o ex-ministro Eliseu Padilha no périplo aos gabinetes no dia da votação da impeachment da Câmara. Jovair Arantes (PTB-GO), relator do processo, conversa com partidos de centro. E Rogério Rosso (PSD-DF), que presidiu a comissão do impeachment, corre por fora.
Questão de tempo
A avaliação de muitos é a de que, se Eduardo Cunha (PMDB-RJ) for obrigado a deixar o cargo antes da hora, insuflará os três para quem chegar a um segundo turno receber o apoio dos demais. Se o presidente da Casa conseguir concluir o mandato no período regulamentar, aí, só o tempo dirá quem terá fôlego para essa corrida.
CURTIDAS
Me dê motivo I/ Muita gente se perguntava dia desses por que a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) (foto), que apoiou a reeleição de Dilma Rousseff, foi uma das líderes da busca de votos a favor do impeachment. Simples: o Maranhão foi o estado onde Dilma obteve mais votos. E a presidente sequer telefonou para Roseana, a fim de agradecer o empenho.
Me dê motivo II/ Dilma tratou de se reaproximar de Flávio Dino, que, embora seja do PCdoB, não fez campanha para a presidente porque o PSDB fazia parte da coligação. Roseana não gostou.
Me dê motivo III/ Se tem uma coisa que o ex-presidente José Sarney (PMDB) tem como um tesouro na sua vida são os filhos, em especial, Roseana. Portanto, não será dele que Dilma obterá aquele apoio capaz de conquistar votos. Sarney tem conversado com muita gente, mas se diz “fora do circuito”.
Deslumbrou/ Antes de anunciar o voto em homenagem à memória do torturador Carlos Brilhante Ustra, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) comentava com uma equipe que filmava os bastidores da votação. “Se o Datafolha me deu 8%, é sinal de que estou com 24%”, dizia.
O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, discursará hoje à tarde para anunciar que não assinará a proposta de emenda constitucional sobre antecipação das eleições. Ele havia lançado essa ideia há duas semanas, antes da aprovação do impeachment pela Câmara. Agora, entretanto, na avaliação dele, o cenário mudou. Ele dirá que eleições não vão resolver o problema é que o PMDB conseguirá tirar o país da crise.
Se perceber a impossibiidade de arregimentar 27 votos no Senado contra o impeachment, a presidente Dilma tentará tirar votos da oposição jogando na proposta de antecipação das eleições. O tema já começou a ser discutido reservadamente entre os aliados dela, como uma forma de se vingar do vice Michel Temer, dentro da linha, “se Dilma cair, ele também cai”. Aliás, quem prestou atenção na fala da presidente mais cedo percebeu que, daqui para frente, o alvo principal de Dilma deixa de ser o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e passa a ser Temer. Por que? Temer agora ficará mais em evidência, diante da maioria para lá de absoluta que o processo de impeachment conquistou na Câmara e tentar desgastá-lo, na avaliação de alguns governistas pode levar o eleitorado a considerar o “ruim com ela, pior sem ela” ou partir para o movimento “nem-nem”, ou seja, nem Dilma, nem Temer.
A estretégia dos aliados de Dilma, entretanto, tem um problema: No momento em que ela entrar de cabeça na antecipação das eleições é sinal de que desistiu do próprio mandato e jogou a toalha. Portanto, avaliam alguns, o timing dessa operação será fundamental. Até aqui, a presidente pecou por tomar decisões atrasadas. Desta vez, se for cedo demais, corre o risco de colocar o governo em liquidação antes da hora. Se for tarde, pode parecer um desespero. É um dilema para ninguém botar defeito.
Passada a votação na Câmara, a estratégia dos oposicionistas no Senado é “amarrar o que der” de votos pró-impeachment no Senado já na primeira fase, a de admissibilidade, na qual basta a maioria simples. Isso porque, na avaliação de muitos senadores, quem votar sim na primeira rodada, estará comprometido a votar da mesma forma na hora de julgar o mérito, daqui a dois ou três meses. Ali, o senador Romero Jucá, ex-líder do governo e um dos generais do vice-presidente Michel Temer, tinha ontem um placar, repassado a alguns deputados: 45 votos em prol da continuidade do processo e 50 pelo impeachment propriamente dito, o que deixa a presidente a quatro votos do cadafalso.
As contas do senador Jucá não podem ser desprezadas. Ele é quem mais conhece a alma e o jeitão de todos os colegas. Foi líder de todos os governos. É ainda grande aliado do presidente da Casa, Renan Calheiros. Jogam juntos. Renan inclusive já avisou ao ex-presidente Lula que não tem condições de barrar nada, tampouco atrasar. Daí, o desespero do governo ontem para tentar conseguir segurar o processo na Câmara, onde até o último minuto a presidente Dilma Rousseff lutou, sempre com uma estratégia atrasada em relação ao placar.
A votação já seguia pela metade, quando o ex-presidente Lula, a própria Dilma e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, tentaram virar alguns votos os deputados mineiros, em especial, os do PR. Foi tarde. Nem o voto do ex-ministro da Aviação Civil Mauro Lopes, o breve, o governo conseguiu.
Comissão dominada
Há quem diga que, se Dilma demorou a acordar para perceber que sua base derretia na Câmara, chega atrasada para arrumar jogo no Senado. Ali, a oposição já dominou a primeira arena, a Comissão de 21 senadores que tratará da admissibilidade do processo de impeachment. A escolha da relatora, Ana Amélia Lemos, do PP do Rio Grande do Sul, coloca Dilma contra uma mulher considerada uma unanimidade na Casa enquanto correção e seriedade. Para completar, a comissão terá como presidente o senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, que não tem mais contas a acertar com a Lava Jato, uma vez que nada foi encontrado contra ele — da mesma forma que não há nada ali contra a própria Dilma.
A presidente até agora não chamou sequer os senadores do PT para pedir que preparassem o terreno, caso o governo não tivesse força para segurar o processo na Câmara. As únicas conversas foram com Lula, que agora, com atraso, trabalhará os votos partindo em desvantagem em relação aos generais de Temer.
Saída é a rua? Nem tanto
A esperança do PT é que os próximos passos da Lava Jato sejam suficientes para enfraquecer o Senado. Entretanto, se a maioria dos enroscados na Lava Jato votou contra Dilma ontem na esperança de que a derrocada da presidente represente a salvação deles, a tendência dos senadores emparedados pelo Petrolão é seguir pelo mesmo caminho.
Sendo assim, restará ao PT e ao governo apostar que uma mobilização popular faça vingar a tese do golpe, à qual de amarra o governo. Ontem, entretanto, mais uma vez, a ala pró-impeachment foi maior nas ruas, o que demonstra que o governo pode estar perdendo fôlego também nesse terreno.
Conjunto da obra
Há mais de um ano, ouvi de um experiente político que os parlamentares não hesitariam em investir contra a presidente e o PT, caso houvesse motivo e eles – o PT e Dilma – perdessem o apoio popular. Por que essa má vontade contra a presidente? Por causa do desprezo com o qual Dilma sempre tratou a classe política, o não-cumprimento de acordos e a demora em agir quando a situação exigia atitude imediata. Um exemplo foi a troca de Aloizio Mercadante na Casa Civil, algo criticado até pelo próprio PT.
O primeiro sinal
O vislumbre para que os partidos investissem contra Dilma veio em 2013, nas manifestações durante a Copa das Confederações. Ali, a oposição perdeu o medo de enfrentar os petistas de um modo geral. O primeiro a perceber o movimento foi o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Talvez por ironia do destino, foi de lá que partiu o 342o voto, do deputado tucano Bruno Araújo, que definiu o placar. Campos repetia incessantemente, disse inclusive a Lula, que Dilma não teria condições de governar num segundo mandato. Convicto dessa avaliação, decidiu sair candidato, mas morreu num desastre aéreo no início da campanha. No velório dele, ecoou um uníssono “fora PT” que este ano tomou conta do país. Mas o PT não ligou para aquelas palavras de ordem lá atrás ou fingiu não ouvir.
Passada a eleição presidencial, diante da insatisfação popular com as medidas adotadas pela crise econômica, contrárias ao que havia sido prometido na campanha, somadas às “pedaladas”, veio o motivo que a classe política esperava. Dilma, entretanto, não pareceu perceber que a situação se agravara na base. Continuou agindo como se a popularidade se mantivesse tão alta quanto no primeiro mandato. Nesse quadro, desprezou antigos aliados, como o PSB, lançou candidato próprio a presidente da Câmara, foi sozinha com o PT e o PCdoB contra Eduardo Cunha. Mais tarde, desprezou o vice, Michel Temer, que agora é o motor da expectativa de poder.
Aos poucos, formou-se assim o caldo para a votação de ontem. E que a oposição já vem engrossando para o que virá no Senado. Lá, Dilma jogará contra um time de profissionais e sem trégua. Não terá mais o argumento Eduardo Cunha, que agora viverá seu tempo de desgaste na Câmara. Cada qual no seu labirinto.
Enviado do meu iPad
O governo está preocupado com o fato de 504 deputados já terem registrado presença. Na avaliação de líderes partidários, esse número favorece a oposição. No início do dia, os governistas adotaram a estratégia de não registrar presença, mas, antes do meio-dua, esse recurso falhou, porque já havia maus de 342. Foi então que os aliados de Dilma começaram a marcar a presença no plenário. O semblante dos governistas não é dos melhores nesse momento
Enquanto o ex-presidente Lula conversava com deputados em busca de ausentes ao plenário hoje, o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, um dos generais de Michel Temer, percorria os gabinetes das lideranças partidárias em reuniões a fim de conferir os votos pró-impeachment. Ele esteve no DEM, no PMDB, no PTB, no Solidariedade e no PSD. Padilha deixou o Congresso há pouco, contabilizando 370 votos de “piso”. Ele está agora a caminho do Palácio do Jaburu, onde Michel Temer acompanha a sessão da Câmara. A previsão dos deputados é a de que a votação comece 17 hs, dada a avalanche de questões de ordem.
Os últimos movimentos dos aliados da presidente Dilma Rousseff no sentido de colar a imagem do vice-presidente Michel Temer ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foram respondidos com a garantia de que Temer não mudará nada na Polícia Federal, caso a presidente Dilma seja afastada do governo para responder a um processo de impeachment. É que existe um consenso entre os aliados de Temer que qualquer mexida ali poderá passar a ideia de proteção aos enroscados na Lava Jato, leia-se o presidente da Câmara. A ordem é evitar desgaste. Até porque, no papel de interino, Temer pretende se focar apenas na economia e, comenta ele com amigos, a “lava Jato deve continuar a jato”.
Por mais que Cunha seja um aliado, há um consenso de que ele terá que manter distância regulamentar de Temer no caso de aprovação do impeachment, da mesma forma que Dilma se mantém hoje longe de Erenice Guerra; e Lula, de João Vaccari Neto.
O jogo da hora
Sem condições de ampliar muito os votos contra o impeachment, o governo abre esse dia de votação estimulando o “nem-nem”, nem Dilma, nem Temer __ algo que, na contabilidade final, pode ajudar o governo.
Só eles resolvem
Diante do risco de queda de margem de votos que Michel Temer acreditava ter, ele retornou à Brasília para falar pessoalmente com os deputados. Da mesma forma, Dilma Rousseff ficou no Alvorada para falar com os indecisos. Ninguém quer saber de intermediários nessa reta final.
A hora dos deputados
O cancelamento da visita da presidente Dilma Rousseff ao acampamento do MST se deveu ao fato de que, ao longo das últimas semanas, ela apareceu muito mais ao lado de militantes simpáticos ao PT do que dedicada à conquista dos votos. Assim, se fosse visitar ontem o MST, em vez de receber parlamentares, poderia passar a ideia de isolamento e falando apenas para os seus.
O balanço dos votos I
Citado como um possível voto a favor do governo Dilma Rousseff, o deputado Júlio Delgado recebeu ontem um telefonema do vice-presidente Michel Temer. que se autodefiniu como um liderado do pai de Júlio, o deputado Tarcísio Delgado. Não falaram em votos, mas a coluna, ontem à tarde, ouviu a seguinte frase de Júlio: “Resignado, voto com o partido, pelo impeachment, mas vou pedir a saída de Eduardo Cunha. Ele não tem legitimidade para comandar o processo”.
O balanço dos votos II
Apontado como voto certo em favor do impeachment, o deputado Giacobo (PR-PR) era apresentado ontem como um voto favorável ao governo. Ele acabou de indicar um nome para a diretoria de Itaipu Binacional.
CURTIDAS
O tempo/ Os aliados da presidente Dilma Rousseff comentavam ontem que a onda pró-impeachment perdeu força nas últimas horas, mas não sabiam se daria tempo de tirar os 342 fechados e anunciados nas redes sociais como votos em favor do afastamento da presidente.
Pelo sim, pelo não…/ O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mandou fechar tudo hoje na Casa, mas não saiu de Brasília. Ontem, passou o dia na residência oficial reunido com senadores e assessores. A ordem é deixar tudo preparado para o caso de o processo seguir em frente.
Zequinha responde/ O líder do PV, Zequinha Sarney, avisa que em nenhum momento lhe ofereceram cargos para votar a favor do governo: ”Mesmo reconhecendo as conquistas sociais dos governos Lula e Dilma, é evidente que o atual governo, com sucessivas decisões equivocadas, não tem conseguido oferecer aos brasileiros estabilidade e segurança para a retomada do desenvolvimento e a garantia daquelas conquistas”.
A guerra dos números/ O governo dizia ter 182 votos. Os aliados de Michel Temer, 367. Alguém está sendo enganado nessa história. A noite de hoje dirá. Que o lado vitorioso dê ao Brasil as ferramentas para paz e prosperidade.
Nem tudo é discussão política hoje na Câmara, muito menos contagem de votos. Enquanto aguardam a hora de falar, muitos não desgrudavam os olhos do jogo do Corinthians contra o Red Bull. E ainda vibraram com os 4 gols do timão.
A presidente Dilma Rousseff reservou uma hora neste sábado para receber o médico chinês Gu Hang Hu, especializado em acupuntura. A intenção da presidente é aliviar os pontos de tensão. A esta altura do campeonato do impeachment, Dilma não deve ter um ponto de relaxamento…
Num café da manhã para animar deputados que estavam meio indecisos quanto ao voto pró-impeachment amanhã, o vice-presidente Michel Temer sacou um parecer do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União. O parecer indica que os primeiros decretos orçamentários de Dilma Rousseff de 2015 e os quatro que ele, Michel, assinou ainda estavam dentro da meta fiscal, portanto não representaram pedaladas.
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Do outro lado da península, o ex-presidente Lula telefonava ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, para pedir que ele retirasse os parlamentares do PSB do plenário no domingo. Deu água. Câmara avisou que os socialistas não têm como recuar da posição adotada por sua comissão executiva.
PP abre a porta…
…de saída. Ao fechar questão ontem pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o PP quis dar a senha para que seus deputados possam abandonar o governo sem perder os cargos obtidos na semana passada. Macedão, que levou o Dnocs, agora tem discurso para votar contra Dilma.
…e da briga interna
O que embalou essa decisão por parte dos pepistas foi um vídeo em que o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), anunciava, antes da reunião da Executiva, que seu partido daria 12 votos para a presidente Dilma Rousseff. Júlio Lopes (PP-RJ), aliado de Eduardo Cunha, exibiu o vídeo na reunião e o constrangimento foi geral. A decisão do PP, entretanto, avisam alguns, poderá ser contestada na Justiça por descumprir normas regimentais de prazos.
Metas
Entre os motivos para votar em favor do impeachment, o PP apresenta dois: 1 – Mostrar protagonismo em favor de Michel como quem “compra um apartamento na planta” e não sabe se o projeto vai vingar. Assim, esperam um bom ministério ali na frente. 2 – Tentar se afastar da Lava-Jato, que afundou o partido.
O 342
Deputados do DEM, certos da vitória da oposição, comentavam ontem que o 342º voto vai cair para algum deputado da Bahia, justamente onde Dilma tem uma situação mais folgada em termos de votos.
Isolada, eu? Nunca!
A recepção de parlamentares ontem no Planalto, com governadores, a bancada da Bahia e também representantes de outros estados, teve o objetivo de mostrar que o governo não está morto e ainda pode segurar aliados.
CURTIDAS
QG / Foi na casa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que os parlamentares se reuniram na noite de quinta-feira, a fim de fazer a última contagem de votos antes de começar a discussão em plenário.
Aposta maior/ A maioria dos políticos apontava o número do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG): “Temos hoje 367 a favor, 120 contra e 17 indecisos”
Triângulo das Bermudas/ Assim, os políticos batizaram a península onde está situado o Paládio da Alvorada. Do lado direito de quem se dirige ao Palácio está o Jaburu de Michel Temer. Do esquerdo, o hotel onde Lula está hospedado. E, ao fundo, o Alvorada, residência oficial da presidente da República.
Por falar em Michel…/ O vice-presidente desistiu de ir para São paulo: “Estamos numa guerra. Você não pode se ausentar! É general!”, cobrou um aliado.
E em Dilma…/ Os democratas não gostaram do cancelamento do pronunciamento que Dilma faria ontem: “Fiquei no prejuízo! Mandei comprar 30 panelas de 1,99 para bater enquanto ela estivesse falando”, reclamava o deputado José Carlos Aleluia.

