O vai-e-vem do PMDB

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PMDB, o pêndulo

O PMDB vive hoje o melhor de dois mundos: o governo deseja agradar o aliado para tentar superar a crise política e econômica. A oposição, da sua parte, apoia os gestos dos peemedebistas de forma a fustigar o Planalto. Diante desse duplo assedio, a legenda age ora governo, ora oposição. Ocorre que, alguns começam a se cansar desse jogo que só tem um beneficiário: o próprio PMDB.

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O Planalto está preocupado, mas não tem alternativa segura a essa dobradinha Renan Calheiros/Eduardo Cunha. A oposição se sente usada, mas também não vê saída. O PSB, que já percebeu o jogo, estende a mão ao Planalto: “Não há necessidade de ocupar cargos, mas é preciso frear qualquer tentativa de impeachment, de forma a garantir o que foi a vontade das urnas e dar sustentação aos bons projetos para que o país (leia-se, governo) não fique refém da chantagem do PMDB”, afirma o deputado Glauber Braga (RJ).

Caminhoneiros, o retorno

Os mesmos caminhoneiros que há alguns dias ocuparam as estradas e pararam o país, prometem voltar ao movimento na sexta-feira, caso a reunião de hoje não traga nenhum resultado. Eles se mostram cansados dessa estratégia do governo, de usar uma reunião para marcar outra mais à frente.

Delcídio, o líder

Os senadores governistas começam a pensar seriamente em fazer do senador Delcídio Amaral (PT-MS) líder do governo. Tudo para que ele não saia do partido e vá reforçar a oposição.

Sutis diferenças

Enquanto Dilma se reunia com as mulheres, Renan Calheiros auscultava os pares. Ele, aliás, dedica-se a essa tarefa de segunda a quinta-feira. Tudo para ter a temperatura exata da crise no Senado e conduzir de forma a não ser arrastado pela correnteza. Até aqui, funcionou.

A porta da rua…

…É serventia da casa. Esse é resumo da conversa entre Lula e o senador gaúcho Paulo Paim, que foi convidado a ingressar no PDT. Lula tem sido incansável na defesa do patrimônio do partido e anda cansado de ver gente olhando ansioso para fora do PT.

Ministros, só três

Quanto mais os aliados pressionarem por uma reforma completa no governo, menos Dilma mexerá na equipe. Até aqui, ela tem o compromisso de nomear Henrique Eduardo Alves para o Turismo, além dos novos ministros da Educação e da Secretaria de Comunicação da Presidência República. E olha que Henrique gostaria mesmo era assumir a Integração Nacional, loteamento hoje ocupado pelo PP, o partido mais enroscado na Lava-Jato.

Desconfiado/ Irritado com o presidente da Câmara por causa da retirada do projeto que atrelava a correção das aposentadorias e pensões às regras do salário mínimo, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força Sindical, comentava para quem quisesse ouvir: “Ele (Eduardo Cunha) já estar se entendendo com o Planalto”.

“Vai trabalhar, deputado!”/ As excelências começam a reclamar do fato de o presidente da Casa, Eduardo Cunha, instituir agenda cheia nas quintas-feiras. Na reunião da bancada do PMDB, por exemplo, a primeira fala foi do deputado Leonardo Quintão (foto), de Minas Gerais, que pediu o fim da pauta cheia no que grande parte das excelências considera “fim de semana nas bases”.

Por falar em trabalho…/ Essa historia de “shopping” na Câmara animou muitos. Já tem deputado falando em montar ali uma academia, um restaurante. Bem… Houve tempo em que a tarefa das excelências era propor leis, analisar o Orçamento da União e fiscalizar os atos do Poder Executivo. Agora querem montar restaurante, academia? Eu, hein…

Dilma e as mulheres/ A decisão de receber a bancada feminina tem um motivo singelo: nenhuma da deputadas no exercício do mandato apareceu enroscada na Operação Lava-Jato. E, para completar, a mulherada da Câmara e do Senado é conhecida por falar o que pensa à chefe do Poder Executivo.

Dilma e as mulheres

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Pelo menos parte da bancada feminina tem encontro marcado hoje com a presidente Dilma Rousseff para um jantar no Alvorada. A idéia é estreitar laços e, ao mesmo tempo, ouvir o que elas têm a dizer sobre seu governo. E, pode ter certeza, leitor, parte das convidadas está disposta a reproduzir a verdade nua e çrua perante Dilma, coisa que poucos fazem.

PDT EM RETIRADA

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Divórcio marcado

O presidente do PDT, Carlos Lupi, tem dito a amigos que até julho seu partido deixará o Ministério do Trabalho. A avaliação dele, feita em conversas reservadas, é a de que o modelo petista se esgotou e, para completar, a pasta foi esvaziada ao longo dos últimos anos. A ideia de Lupi é buscar uma carreira-solo para os pedetistas em 2018, assim como em 2016. A hora é descolar para, quem sabe, logo ali na frente, virar alternativa de poder.

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Nesse caminho, Lupi tem procurado ainda fortalecer o partido. Ele já conversou com o senador Marcello Crivella, com um convite para que se filie ao PDT a fim de concorrer à prefeitura do Rio no ano que vem. A ideia é dar ao senador poder de agregar além do eleitorado evangélico fiel ao PRB, atual partido de Crivella. O parlamentar ainda não decidiu se aceitará o convite. Tem até outubro para escolher o caminho a seguir.

Assédio aos petistas

Os convites para senadores petistas mudarem de partido não se restringem ao do PSB a Marta Suplicy nem ao do PSDB a Delcídio Amaral. O PDT procurou o senador gaúcho Paulo Paim.

Anistia em tempo de orçamento curto…

A lei da biodiversidade em discussão no Senado pretende anistiar empresários que deveriam pagar multa por pesquisas sem autorização legal. O valor global chega ao patamar de R$ 290 milhões e um dos maiores devedores é a Natura. Um dos patrocinadores da anistia no Senado é o PT. Há quem aposte que Joaquim Levy não foi avisado dessa sacolinha de bondade.

“Se o PT ficar com a cabeça em 2018, não passará por 2016. Eleição tem que ser consequência de projeto e não obsessão”

Walter Pinheiro (PT-BA), senador

O alvo

A insistência da cúpula petista em manter João Vaccari Neto na tesouraria partidária transformou-o em principal foco da oposição (e do próprio PMDB) para desgastar ainda mais o PT dentro da Operação Lava-Jato e da CPI. Ali, ninguém fala nos parlamentares envolvidos. Só em Vaccari, na campanha da presidente Dilma Rousseff e no PT. Até aqui, falharam todos os planos do relator Luiz Sérgio (PT-RJ) para expor outros partidos.

Mudança de hábito

Geralmente, o governo enviava uma medida provisória ao Congresso e os parlamentares que aprovassem e ponto. Desta vez, em relação ao salário mínimo, o governo perguntou aos congressistas se poderia enviar a MP. O Planalto e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, aos poucos vão se entendendo.

E o Cid, hein?/ Alguns deputados que tiveram acesso ao diagnóstico que levou o então ministro da Educação a ser internado descobriram esta semana que não passava de uma sinusite leve no seio frontal direito. Em conversas reservadas, as excelências comentavam ontem ter sido a primeira vez que uma sinusite leve foi caso de internação.Para bons entendedores…/ Mais sutil que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, impossível. Sem mencionar Guido Mantega (foto) ou qualquer integrante da equipe do ex-ministro, Tombini disse aos senadores (pelo menos os parlamentares assim entenderam) que essa política de Joaquim Levy é melhor, diante do cenário nacional. “Quando a política fiscal é rigorosa, facilita para quem conduz a política monetária.”

Limão & limonada/ Com o dólar alto, o governo finalmente pretende levar avante uma política de promoção das exportações. Já vem tarde.

E a CPI do HSBC, hein?/ Aí vem mais uma CPI. Ali, o PT ficou com a presidência. Um do planos do partido é tentar explorar aqueles personagens que hoje são oposição ao governo e empatar o jogo de exposição do PT em curso na CPI da Petrobras. A conferir.

 

Jeitinho nos Transportes

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Jeitinho nos transportes

O ex-deputado Edson Giroto (PMDB-MS) teve a nomeação para secretário executivo do Ministério dos Transportes vetada no Palácio do Planalto por causa de processo que responde na Justiça. Foi, então, nomeado “assessor especial” do ministro Antônio Carlos Rodrigues, conforme publicação no Diário Oficial da União em 9 de março. No dia seguinte, a Seção 2 do informativo trouxe uma portaria do ministro nomeando Giroto “eventual substituto” do secretário executivo. Depois dessa data, o DOU apresenta inclusive portarias de Giroto, como se fosse secretário executivo substituto desde fevereiro. É, pois é.

Pecado original

A relação entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é azeda desde os idos de 2007, quando o deputado, então relator da CPMF na Comissão de Constituição e Justiça, segurou enquanto pôde a proposta. Naquela época, Dilma se negava a nomear Luiz Paulo Conde para comandar Furnas. O projeto só andou depois que Lula mandou a ministra publicar a nomeação.

Ampliar para diluir

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) quer convocar, à CPI da Petrobras, os tesoureiros de todos os partidos citados na Operação Lava-Jato. Só tem um probleminha: até aqui, o único tesoureiro citado foi João Vaccari Neto, do PT. Quanto às demais legendas, não houve menção direta. Portanto, o pedido de Maria do Rosário deve ir para a gaveta na terça-feira.

Largada

O PT gostou do acordo de leniência fechado com o grupo Setal, especialmente a parte que fala sobre o cartel deflagrado no fim dos anos 1990, ou seja, no período de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). É o ensaio do retorno do velho discurso de colocar a culpa em quem saiu do poder há 12 anos.

Gestos políticos…

O aniversário de 70 anos da senadora Marta Suplicy (PT-SP) foi lido por muitos como um movimento em direção aos personagens que hoje podem ajudar a encontrar uma solução para a crise. Lá estavam PSB, PMDB, PDT, PPS, PSDB, entre outros.

…Muito simbólicos

Dada a quase inexpressiva presença de petistas, muita gente ficou com a impressão de que, embora o PT seja o detentor da Presidência da República, há um ensaio no sentido de deixá-lo de fora desse processo.

CURTIDAS    

Campanha em curso/ Os senadores Cristovam Buarque e José Antônio Reguffe, ambos do PDT-DF, lideram uma lista de assinaturas para pedir à presidente Dilma Rousseff que vete o aumento dos recursos destinados aos partidos políticos.Quem avisa…/ Na comemoração antecipada de 22 de março, Dia Mundial da Água, o presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz (foto), aproveitou para lembrar que o Distrito Federal tem hoje o abastecimento seguro, mas, se não cuidar desde já, pode virar São Paulo.

…Experiente é/ Cedraz fala com propriedade sobre o tema. Foi relator do Código Nacional de Recursos Hídricos e teve como principal assessor o atual presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa), Vinícius Benevides.

$$$/ O PT vive uma guerra interna pelas verbas de publicidade e o controle da comunicação da Presidência. A tese em curso entre alguns integrantes do partido é a de que tem algum setor partidário a fim de “queimar” o porta-voz Thomas Traumann.   

Ruim com eles…

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Ruim com eles…

Dilma Rousseff já foi aconselhada a não deixar o PMDB solto tampouco criar frentes de batalha com o partido de Eduardo Cunha no Congresso. Até aqui, todas as estratégias para tentar reduzir o poder do peemedebista falharam. O Pros, de Cid Gomes, tende a minguar. O megapartido de Gilberto Kassab, que seria resultante da fusão do PSD com o novo PL, está engavetado. Nos próximos dias, Dilma Rousseff poderá, inclusive, fazer um gesto de que desistiu dessa ideia, sancionando a lei que estabelece que só podem recorrer à fusão partidos que estiverem com, pelo menos, cinco anos de vida.

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Quem acompanha a política lembra que, ao longo da história, todos tentaram reduzir o PMDB, e o partido sempre escapou com habilidade, graças a manobras no parlamento. No fim de 2000, quando PFL e PMDB romperam, os peemedebistas se uniram a Aécio Neves (PSDB) para derrotar os pefelistas no ano seguinte, na disputa pela presidência da Câmara. O PFL até mudou de nome. O PMDB continua aí, pronto para fazer com o PT o que fez com os antigos companheiros. Em nome do ajuste fiscal, Dilma não tem outra saída.

Janot sob pressão

As associações de integrantes do Ministério Público pediram ao procurador-geral, Rodrigo Janot, que coloque o auxílio-alimentação em módicos R$ 2,5 mil por mês. Com o meu, o seu, o nosso…

Questão de tato…

Se tem algo que o grupo palaciano não sabe é como sair de uma saia justa em reuniões. Dia desses, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com o dedo em riste, dizia aos líderes que, se o ajuste fiscal não fosse aprovado e o país fosse para o buraco, a culpa seria dos congressistas. Quem entende do jeito de lidar com os parlamentares garante que não é por aí que o governo conseguirá levar deputados e senadores a aprovarem a salvação da lavoura para as medidas erradas que o governo adotou lá atrás.

…E de jeito

 No mesmo encontro, o líder do PTB, Jovair Arantes, reclamava que ficara sabendo da proposta de combate à corrupção pelos jornais, e que não participaria mais de reuniões apenas para ser comunicado do que estava decidido. Pepe Vargas partiu para cima: “O senhor está errado”. Exaltado, o ministro completou: “Você não pode se recusar a conversar”. Sobrou para o vice-presidente, Michel Temer, acalmar os ânimos.

“É um desrespeito e um tapa na cara do contribuinte esta história de triplicar o dinheiro destinado aos partidos”

Reguffe, senador do PDT-DF, referindo-se ao aumento do Fundo Partidário, que, agora, o PMDB quer ver vetado por Dilma

Ovo & galinha

Começa agora a velha cantilena sobre o que vem primeiro, a reforma ministerial ou a aprovação do ajuste fiscal. Será a queda de braço que deve se arrastar por esse período até a semana santa. Façam suas apostas.

Longe de casa/ Daniel, filho de Renato Duque, estava em férias na Europa quando o pai foi preso. Sabe como é… Ou tem um instinto forte, ou apenas aproveitou as promoções da baixa temporada.

Poderosa ontem e hoje/ A chefe de gabinete da presidência do Senado, Maria Emília, acaba de nomear seu motorista particular para um cargo de comissão na Casa.

Prioridade/ O governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) deixou de almoçar com Maria Elisa Costa, filha do arquiteto Lucio Costa, para cumprir agenda em São Paulo. Era o aniversário da senadora Marta Suplicy (PT-SP), a mais nova futura socialista do pedaço.

Pergunta no ar/ Alguém conhece algum consultor que, tal e qual José Dirceu (foto), tenha recebido R$ 29 milhões em oito anos, sendo R$ 7 milhões no ano em que foi condenado num processo judicial? Era isso que todos os oposicionistas se perguntavam ontem. A resposta: talvez. Os exemplos? Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa…

APO SEM MUDANÇAS

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Dilma não quer testes

O clima ruim na política fez com que a presidente desistisse de trocar o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO). Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, avisou que não vai mais ter seu nome submetido ao Senado. A avaliação do Planalto é a de que uma votação secreta na atual conjuntura seria perigosa, uma vez que colocaria a presidente sob teste de popularidade entre os senadores. Melhor não arriscar. Dilma não quer marola. Nada que possa atrapalhar o ajuste fiscal.

E o Pros vai para…

Com Cid Gomes fora do Ministério da Educação, o Pros perdeu as esperanças de ver um dos seus filiados indicado para ocupar a vaga. Nesse cenário, a cúpula do partido se movimenta em direção ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O primeiro gesto será tentar apear o jovem deputado Domingos Neto do cargo de líder da bancada. Domingos é cearense e um dos leais defensores de Cid Gomes.

Só o começo

Deputados e senadores tratam da saída de Cid Gomes do Ministério da Educação como o primeiro gesto. Enquanto Dilma não mudar a coordenação política palaciana, a crise política não cessará, embora nesta sexta-feira tudo pareça mais “light”.

Ato falho

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque não pretende assinar nenhum pedido de delação premiada. Seus advogados garantem que ele não será “alcaguete”. Epa! E tem quem delatar?

Marta, a socialista

A cúpula do PSB estará na festa de aniversário da senadora Marta Suplicy, inclusive o presidente do partido, Carlos Siqueira. É mais um movimento no sentido de aproximação para que ela seja a representante dos socialistas na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2016. Vai enfrentar o atual prefeito, Fernando Haddad, do PT, afilhado de Lula e candidatíssimo à reeleição.

Na Pesca, economia

O ministro da Pesca, Helder Barbalho, avisou aos proprietários do edifício Carlton Tower que ou eles reduzem em 40% o valor de R$ 1 milhão cobrado pelo aluguel do prédio no Setor Bancário Sul ou ele vai mudar a pasta dali. Afinal, são 600 funcionários distribuídos em 14 andares.

No BB, desperdício

Neste momento em que uns pagam fortunas em aluguel, o poder público tem um prédio vizinho praticamente vazio e abandonado, o da antiga sede I do Banco do Brasil, edifício histórico, inaugurado com Brasília. É, pois é. Depois ninguém sabe por que o orçamento está curto.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro…

O Clube Militar lançou a “Campanha pela Moralidade Nacional”, com direito a discursos inflamados em sua sede central. Ali, tem destaque uma placa de homenagem ao “movimento democrático 31 de março” de 1964, que desaguou na ditadura militar, que, por 20 anos, manteve várias instituições amordaçadas no Brasil. Melhor ficar atento.

CURTIDAS   

O corpo fala/ O semblante de felicidade de Eduardo Cunha ontem na Câmara contrastava com o ar de preocupação de Aloizio Mercadante no Planalto. Afinal, as apostas do ministro de fazer crescer o Pros e o PSD como um contraponto ao PMDB deram errado.

Próóóximo!!!!/ Depois de Eduardo Cunha, dois deputados já se prontificaram a comparecer à CPI da Petrobras. Além do vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), está nessa fila o vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ex-ministro das Cidades. Assim, faltarão prestar depoimento “só” 19 dos deputados

e 13 senadores citados na Lava-Jato.

Esportista, eu?/ O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (foto), fez questão de comparecer à solenidade de edição da MP que trata da renegociação das dívidas dos clubes de futebol, que prevê ainda a modernização desse setor. Lá pelas tantas, uma linda morena se aproxima, pede para tirar uma foto e solta esta: “Sempre lhe chamei para jogar futevôlei e o senhor nunca foi!” Era Alana, uma das estrelas dessa modalidade. Aldo apenas sorriu, mas algumas excelências ao lado disseram estar à disposição para jogar o que Alana quiser, com todo o respeito!

Se a crise deixar…/ O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já emagreceu 16kg com a dieta de reeducação alimentar. Diz que faltam 5kg.    

DILMA REFÉM DO PMDB

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PMDB, o fiel da balança

Em conversas reservadas, os políticos não têm mais dúvidas: se o PMDB pender para a oposição ou sentir a chance de sobrevivência longe da sombra da árvore petista, que, aos poucos, vai desfolhando, a possibilidade de o governo virar o jogo é zero. Esse portal se abriu ontem, quando Cid Gomes, ainda investido no cargo de ministro da Educação, citou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era acusado de achaque e ainda usou a expressão “oportunistas” para se referir aos parlamentares. Dilma, entretanto, rapidamente, fechou esse portal e, antes do cair da noite, demitiu Cid.

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 Esse foi o primeiro gesto de deferência da presidente de forma mais direta a Eduardo Cunha depois das manifestações de domingo. E, a contar pelas conversas que Dilma mantém com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o 

ex-senador José Sarney (PMDB-AP), ela se mostra disposta a usar, com o PMDB, a mesma régua que o PT usa hoje com João Vaccari: todos são honestos até que se prove o contrário. Daí a chamar Eduardo Cunha para uma conversa será um pulo. Até aqui, Dilma só não se mostra disposta a mexer em Aloizio Mercadante, seu ministro da Casa Civil.

Mercadante. De novo

Ainda assim, os políticos vão balançar a árvore palaciana para ver se conseguem derrubar Mercadante. Para quem achava que o ministro estava meio quieto, ele, na última reunião do Jaburu, naquela fala para encerrar a conversa, voltou a repetir que as manifestações foram obra dos eleitores do PSDB. Destoou do discurso do vice-presidente da República, Michel Temer, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Deprê

O ex-presidente da Transpetro Sergio Machado tem avisado a amigos que não ficará sozinho caso tenha que responder por uma compra de navios.

Fusão…

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), aproveitou uma viagem a Brasília para visitar o vice-presidente da República, Michel Temer. Trataram da perspectiva de fusão do DEM com o PMDB. Se tudo correr bem, o projeto sairá lá para setembro, em tempo de o partido resultante concorrer às eleições municipais de 2016.

…A frio

A dúvida dos democratas é se o PMDB deseja mesmo partir para uma posição de maior independência em relação ao governo. Por enquanto, uma turma do DEM vê o PMDB cada vez mais governo. E, se essa tendência se confirmar, o caminho do DEM será mesmo o casamento com o PTB de Roberto Jefferson.

Silencioso

Sem estardalhaço, o ministro da Pesca, Helder Barbalho, tem trabalhado para reduzir 20% das despesas da pasta. Já cortou carros alugados e vai devolver o prédio onde funciona a sede.

Trinca/ O único estado a ter seus três senadores citados na Lava-Jato foi Alagoas — Fernando Collor (PTB), Benedito de Lyra (PP) e Renan Calheiros (PMDB). Os alagoanos ironizam, dizendo que foi goleada. “Vamos pedir ao Tadeu Schmidt música nos gols do Fantástico!”

Éramos seis/ Cid Gomes ainda estava na tribuna no maior bate-boca, quando, no fundo do plenário, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) emendou: “Cid Gomes falou que a turma do achaque está na base do governo. Tomando os 400, sobram 113. A oposição tem 107. Eu estou nesses seis que restaram nos partidos governistas”.

Pitonisa/ Há meses, Ciro Gomes disse que, se Eduardo Cunha ganhasse a presidência da Câmara, os Gomes deixariam a base do governo. Sair do ministério, avisam alguns, é o primeiro passo 

nessa direção.

E a pesquisa, hein?/ Os 13% de aprovação da presidente Dilma levaram muitos parlamentares a sair com esta: “A Dilma é tão marqueteira que até a popularidade dela é 13!”.

[FOTO2]Enquanto isso, nas redes sociais…/ Internautas resgatam fotos antigas de petistas no “Fora, FHC” e comparam com as de hoje do “Fora, Dilma” (foto). Papéis trocados num desgaste sem precedentes.

Dilma e Sarney

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E Dilma sai da toca

Há alguns dias, o ex-líder do governo no Senado Romero Jucá (PMDB-RR) comentava numa roda: “Em política, quem não conversa erra muito. Quem conversa erra. Quem conversa com gente experiente erra menos”. A máxima foi adotada pela presidente Dilma Rousseff nesta temporada pós-manifestações. Ontem, tão logo saiu da sanção do Código de Processo Civil, o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) se preparava para se despedir, quando ela o chamou: “Venha comigo, vou dar uma entrevista e, depois, conversamos”. Sarney assentiu. Então, Dilma virou-se para o ministro da Justiça: “Acompanhe o ex-presidente Sarney até a minha sala que eu já volto”, e seguiu para a entrevista.

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O gesto de Dilma demonstra vontade de auscultar o mais experiente político do país, o único sobrevivente da geração de 1930, que viveu todas as crises dos últimos 60 anos. Sarney exerceu a arte do diálogo e enfrentou altos e baixos na popularidade como poucos. É o que Dilma tem de mais experiente ao seu lado nesse momento para “errar menos”. E ela parece disposta a, inclusive, abrir as portas à oposição: “Para haver um diálogo, as duas partes têm que se mostrar dispostas. Eu estou”, respondeu, quando perguntada se chamaria a oposição. 

O bicho vai pegar

No mensalão, entre o governo Lula e o PT, os petistas salvaram o governo e refundaram o partido. Agora, com o tesoureiro João Vaccari Neto denunciado, os petistas parecem divididos sobre essas duas teses, mas há quem diga que o partido não tem escolha: a ordem é salvar o governo e, em relação ao partido, quem for sujo que se quebre.

Nem vem

Enquanto alguns peemedebistas sonham com novos ministérios e cargos no Poder Executivo, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) avisa: “Se ela (Dilma) acha que dar mais ministérios para o PMDB vai reduzir juros, inflação e corrigir a economia, está enganada. O problema não são cargos”, diz ele, que espera mais ação por parte do Poder Executivo. “Querem fazer isso para forçar o PMDB a votar o ajuste.”

Por falar em PMDB…

O partido entrega hoje, a Michel Temer, a própria proposta de reforma política. Quer sair na frente na discussão do tema a que todos recorrem quando a situação fica complicada — e que esquecem quando o quadro melhora.

Dever de casa em aberto

Os congressistas lembram que parte da lei anticorrupção aprovada depois das manifestações de junho de 2013 ainda não foi regulamentada. Portanto, essa deve ser a prioridade, e não outro pacote para ficar pela metade.

CURTIDAS    

Olho na balança!/ No corredor, ao sair da sanção do novo Código de Processo Civil (CPC), a presidente Dilma se vira para um assessor e comenta: “Vou colocar você numa dieta”. O assessor nada responde, apenas sorri. A presidente, então, comenta: “A gente tem que fazer dieta para não ter que tomar remédio”. Faz sentido.

Cadê?/ Aloizio Mercadante, o ministro da Casa Civil, que sempre está ao lado da presidente, sumiu nos últimos dias. Não foi à entrevista no domingo, tampouco na sanção do CPC. Depois de tantas críticas no meio político, há quem diga que ele resolveu mergulhar.Cada um no seu quadrado/ O secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto (foto), vai voltar a cuidar mais dos movimentos sociais e menos dos políticos. Na quinta-feira, ele encontrará representes das centrais sindicais para discutir as medidas provisórias do ajuste fiscal. 

Nem lá nem cá/ Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), que esteve ontem no Planalto, preferiu ficar de fora das duas manifestações: não foi nem em 13 de março nem no domingo. Ele quer guardar energia para negociar o ajuste fiscal. “Dilma demonstrou humildade hoje (ontem). Estamos dispostos a ajudar”, diz.

15 DE MARÇO

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 Antes & depois

O adiamento da votação da política de salário mínimo na semana passada deixará o governo com mais dificuldades para evitar a exclusão de aposentados e pensionistas. 

Há um sentimento geral na classe política de que, se as manifestações forem expressivas hoje, a tendência dos congressistas será fechar com os desejos da população e não com o governo. E a política do salário mínimo é apenas uma das propostas que podem virar um pesadelo, a depender deste divisor de águas, que responde pelo apelido de 15 de março.

O governo tem outras preocupações que considera mais urgentes do que a política do salário mínimo. A ordem para esta semana é investir na negociação das medidas do ajuste fiscal, de forma a não deixar para a última hora. As MPs perdem a validade 

em 2 de junho.  Ele & ela

Lula foi um dos maiores entusiastas da manifestação da última sexta-feira. Dilma era contra. E olha que, dizem alguns atores, Dilma sempre concorda com Lula. Só com uma diferença: faz só o que quer.

O peso de cada um

Quem conhece a presidente Dilma avisa que quanto mais os partidos fritarem o comandante da Casa Civil, Aloizio Mercadante, mais forte ele fica perante a chefe. O ministro é opção dela. Ela não só confia como briga por ele. Já Pepe Vargas, de Relações Institucionais, balança. Mas não cai.

Coordenação política, 

2ª temporada

A estreia da nova formatação do grupo encarregado de ajudar na área política será nesta segunda-feira. E a missão: as medidas provisórias do ajuste fiscal. Significa que não tem aquecimento, nem episódio morno. É ação logo na largada e sem direito a errar.

Vai uma assinatura aí?

Os deputados novos estão estupefatos com o que têm visto na Câmara. A última são “visitantes” que trabalham na coleta de assinaturas para projetos. Essas pessoas não são funcionárias da Casa nem terceirizadas. Elas se dispõem a ficar no corredores recolhendo assinaturas para apresentação de projetos. Nos projetos mais urgentes, o preço é de R$ 4 por rubrica. Nos menos importantes, entre R$ 2 e R$ 3. Nas proposições que precisam de 171 assinaturas, o sujeito leva, por baixo, R$ 684.PSB em litígio

Fracassou a tentativa de acordo entre o deputado Glauber Braga e o senador Romário pelo comando do diretório do Rio de Janeiro. Glauber, que hoje tem ascendência sobre o partido, tem dito que Romário terá assegurada a candidatura a prefeito do Rio, mas não dá para querer tudo.

CURTIDAS    

Dieta, eu?/ Dia desses, num restaurante que tem pratos especiais para a dieta Ravena, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (foto), pediu um prato normal. “Ué? E a dieta?”. “Que dieta? Eu já casei!”. Calma, pessoal. A dieta não tinha o intuito de encontrar um noivo e sim afinar a silhueta para se adequar ao modelo do vestido. Faz parte.

Morra de inveja/ Num voo com a presidente Dilma Rousseff não foi muito diferente. Veio aquele lanchinho básico e frugal de quem tenta fazer as pazes com a balança e a ministra rejeitou: “Me traz uma coca-cola e um pão com manteiga, por favor”. Dilma, então, pergunta: “E pode?” Kátia, com ares de vitoriosa, saiu-se com esta: “A minha dieta acabou, presidenta”.

Qualquer semelhança… É mera coincidência / O repórter Paulo de Tarso Lyra conversou com o líder da Força Sindical encarregado de auxiliar na organização do protesto de hoje. Chama Carlos Lacerda, homônimo daquele que apoiou o golpe militar de 1964.

Atos & manifestos/ A situação chegou ao ponto que os aliados da presidente não se entendem sequer para um gesto de apoio dos governadores. Os do Nordeste, em sua maioria aliados do governo, estão combinando uma manifestação conjunta de apoio à presidente Dilma Rousseff, mas alguns petistas tentam abortar a iniciativa. A avaliação é a de que quem faz esse tipo de ato mostra que está enfraquecido. Aí um deputado pergunta: “E não está?”

PEPE NA CORDA BAMBA

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E Pepe paga o pato

Enquanto os políticos seguem triturando o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Dilma Rousseff se convence de que não adianta deixar toda a articulação política palaciana nas mãos do seu partido. Assim como Lula, na crise do mensalão, chamou o deputado Aldo Rebelo para cuidar das Relações Institucionais — e depois o PTB de Walfrido Mares Guia e de José Mucio Monteiro —, Dilma tende a entregar o cargo de Pepe Vargas ao PMDB. No páreo, estão Henrique Eduardo Alves e o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha.

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Dilma pode ai ter deixado o grande aliado numa saia justa. O PMDB há tempos reclama maior participação na definição das políticas de governo. Porém, quer mais do que um simples despachante palaciano, com Mercadante na Casa Civil interferindo. Ainda que Dilma tenha expressado vontade de manter o seu principal ministro focado na área técnica, longe da articulação política, ninguém acredita nisso por causa do jeitão de Mercadante. Ocorre que o PMDB não pode hoje recusar essa ajuda ao governo que ajudou a eleger.

Palpite de quem entende

Ministros do Supremo Tribunal Federal que deram uma olhada nos pedidos de abertura de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, consideraram algumas peças frágeis. Dizem que não vai dar para denunciar alguém por “eu acho que…” ou “parece”. Muitos sairão dali inocentados. O problema é que o estrago político já está feito.

Por falar em STF…

O encontro de Dilma com o ministro José Antonio Toffoli ontem foi visto por alguns parlamentares como um recado de que o Planalto detém alguma ascendência sobre os julgadores da Lava-Jato. Toffoli já recebeu o apelido de “zagueirão da tia”. Pode não ser, mas é assim que os aliados viram a audiência num momento como esse.

Arrefeceu

O PMDB recuou uma oitava na sua escalada de ruptura. Sabe como é: com o governo e os partidos na berlinda, o 

melhor é não tear fogo.

Atitude é tudo

Os ministros palacianos e aliados do governo consideram fundamental a presidente vir como alguma mudança de peso no governo antes da manifestação de domingo. Assim, ajudará a amortecer as críticas, num momento em que o PSDB sobe o tom e anuncia que apoia a manifestação do próximo domingo.

Wagner, o curinga (do bem)

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, acompanhou a presidente Dilma Rousseff na viagem ao Acre para, juntos, discutirem o futuro e as fórmulas para sair da crise. Por enquanto, o ministro não sai da Defesa. Afinal, seria descobrir um santo para cobrir outro.

Doente? Ah, tá!/ Mal o ministro da Educação, Cid Gomes, comunicou que não iria ao Congresso ontem porque estava hospitalizado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, telefonou para o cardiologista Roberto Kalil para saber se o ministro falava a verdade. Kalil disse que o problema de Cid era uma forte sinusite.

Virou chacota/ Os deputados passaram o dia inteiro dizendo que o problema de Cid Gomes não era a sinusite. Era a falta de apetite para enfrentar o Congresso, depois da declaração sobre os “300 a 400 achacadores”. O que mais se ouvia era: “Cid tem cargo. E quem tem cargo tem medo”.

Olheiros/ Aguardava-se a criação de uma comissão de deputados para averiguar a saúde do ministro.

Companhias/ Alem do ministro da Defesa, Jaques Wagner, Dilma chamou a presidente do INSS, Elisete Berchiol (foto), para compor a comitiva na viagem ao Acre. Quis assim, fazer mais uma homenagem à mulher e à primeira servidora de carreira do instituto a ocupar a presidência. Geralmente, quem acompanha a presidente nessas viagens é o ministro da área, Carlos Gabas.