Autor: Denise Rothenburg
Essa nova Operação da Polícia Federal deixou o governo pra lá de preocupado. Peemedebistas de vários grupos consideraram a ação uma retaliação do governo ao partido. A resultante será um aumento da pressão para o rompimento do PMDB com o Planalto.
Na Câmara, o clima é de guerra. No Senado, ainda existe uma cautela em relação a que atitude tomar. O presidente do Senado, Renan Calheiros, ainda não se pronunciou, mas já se sabe que a casa dele não foi alvo direto dos mandados de busca e apreensão cumpridos hoje cedo pela Polícia Federal. Em Alagoas, houve ação na sede do partido. O entorno de Renan, entretanto, não escapou. O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado foi alvo da operação, assim como o senador Edison Lobão, mais ligado ao ex-presidente José Sarney do que a Renan.
A preocupação principal do governo é com as votações de medidas provisórias e com as leis Orçamentárias de 2016. Diante desse clima de “barata voa”, difícil conseguir tranqüilidade para as votar qualquer coisa nas duas Casas.
Dilma faz aniversário hoje, mas o inferno astral não termina…
A presidente comemora o aniversário de 68 anos a pedido dos amigos, naquela velha história “para não passar em branco”. Ela sabe que seus problemas estão longe de terminar. Esta semana a bola da política está nos pés do Supremo Tribunal Federal (STF). Espera-se que ainda hoje o ministro Luiz Edson Fachin apresente o rito de impeachment para conhecimento dos demais ministros, a fim de facilitar a apreciação na quarta-feira. Entretanto, ainda não dá para descartar um pedido de vistas.
Enquanto isso, no Congresso, as atenções se voltam mais um vez ao Conselho de Ética e a oitava tentativa de votar um parecer do caso Eduardo Cunha e as contas na Suíça. O novo relator, Marcos Rogério, foi escolhido na semana passada e apresentará seu voto amanhã, quando deve haver um novo pedido de vistas por parte da tropa de choque de Cunha no Conselho, um grupo que conseguiu adiar a votação por sete vezes, culminando com o ofício para substituição do relator Fausto Pinato, assinado por outro aliado de Cunha, o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão.
Renan Calheiros versus Eduardo Cunha
Paralelamente a esses dois cenários __ STF e Conselho de Ética __ teremos ainda a decisão dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e do próprio Cunha sobre o recesso. Eduardo Cunha avisou a Renan que não há hipótese de ele assinar uma convocação extraordinária. Ou seja, vem aí mais uma queda de braço entre ele e Renan.
Mais uma, porque, na semana passada, Renan fez chegar ao STF um parecer do Senado, com a interpretação de que o presidente do Senado pode, numa canetada,decidir se acolha ou enterra o processo de impeachment. Foi a polêmica da sexta-feira.
O embate dos Leonardos
No PMDB, o ex-líder Leonardo Picciani, do Rio de Janeiro, tentará retomar o cargo das mãos do mineiro Leonardo Quintão. O movimento do grupo do Rio irritou o vice-presidente Michel Temer, por causa das declarações de Picciani a respeito da carta que o vice enviou à presidente Dilma na semana passada. SE Picciani insistir em tetar retomar o comando da bancada, corre o risco de expulsão da legenda.
A pauta de votações
No Senado, a tentativa é votar o projeto da repatriação, aprovado mês passado na Câmara. Fora isso, estão em pauta no Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Orçamento de 2016.
A guerra dos manifestantes
O público no domingo foi menor e vem diminuindo desde março. Ok, para um mês de confraternizações, preparativos natalinos e cansaço generalizado diante de um pesado como 2015, não poderia se esperar muito mesmo. Tanto é que o governo não comemorou efusivamente o tamanho das manifestações, mas acredita que ainda é possível barrar o processo.
O receio do governo é o início do ano, quando chegam as contas, a hora de comprar material escolar, uniformes e o dinheiro fica ainda mais curto para a maioria dos brasileiros. É aí que , dizem alguns, o governo saberá o tamanho do problema.
E a caixa de surpresas continua…
A boataria em Brasília no fim de semana mencionava novas prisões da Lava Jato, uma caixa de surpresas que todos os meses traz alguma novidade. E, ao que tudo indica, 2016 não será diferente.
Engana-se quem pensa que o vice-presidente, Michel Temer, está paralisado diante das informações de que, no exercício da Presidência, ele também assinou decretos que resultaram em gastos sem cobertura, as famosas “pedaladas”. Na quarta-feira, Temer chegou tarde ao jantar de confraternização na casa do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), porque teve um encontro no Palácio do Jaburu com o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União. Nardes foi responsável pela análise das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, que se tornaram propulsoras do primeiro pedido de impeachment, depois revisto para acrescentar as pedaladas de 2015.
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Augusto Nardes confirmou à coluna que esteve com Temer, mas afirmou que não é o relator da parte que se refere às supostas pedaladas de 2015 e que tratou de outros temas. Esse quesito está com outro ministro, Raimundo Carrero, ligado ao ex-presidente José Sarney, amigo de Temer. Quando o caso for levado ao plenário, todos os ministros vão apreciá-lo. Esse encontro entre Nardes e Temer, no momento em que se trata do impeachment de Dilma, vai dar o que falar.
Se colar…
Senadores aliados ao governo lançaram a tese de que o Congresso corrigiu as pedaladas de 2015 ao mudar a meta fiscal e, assim, não há motivos para o impeachment da presidente da República. Tudo para se contrapor aos documentos apresentados pelo jornal Valor Econômico, sobre os inúmeros avisos técnicos contra as pedaladas.
… colou
O argumento que começa a afastar muitos deputados do pró- impeachment é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ganhar o título de primeiro na linha sucessória, caso Michel Temer vire o titular do cargo. Daí o fato de muitos quererem tirar primeiro o presidente da Câmara para, logo depois, decidir sobre o futuro da presidente Dilma Rousseff.
“O rito de impeachment não é uma questão interna corporis do Congresso. Rito de impeachment é uma questão constitucional”
Do ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em entrevista ao Correio Braziliense em outubro deste ano
Mais obras
Depois da briga no plenário, na semana passada, durante a escolha dos integrantes da comissão especial do impeachment, o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur, pretende fazer uma “saída alternativa” ou “rota de fuga” do ambiente. Considera que é preciso mais espaço para sair do plenário em casos de emergência.
Tem para todo gosto
Nem todas as manifestações de hoje serão contra a presidente Dilma Rousseff. Para o gramado do Congresso, há um grupo programando o “fora Cunha”.
Brrrr…/ Em Curitiba, o detento da Lava-Jato que mais comemora a chegada do verão é o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele sempre reclamou do frio paranaense.
Deprê/ José Dirceu (foto), ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, é considerado um dos mais acabrunhados na cela. Tem a sensação de que não sairá jamais da cadeia.
Insônia presidencial/ A presidente Dilma Rousseff tentou recorrer à velha lenda da contagem de carneirinhos saltadores para conseguir dormir. Não conseguiu. É que ela só vê deputado pulando a cerca.
Marchinha 2016/ Brasileiro não perde tempo quando o assunto é carnaval. Veja só: “Ai meu Deus/ me dei mal/ bateu à minha porta o japonês da federal”. O refrão já circula pelas redes sociais e promete esquentar o carnaval do ano que vem.
Depois de ver vários colegas de cadeia irem para casa, ainda que com as tornozeleiras a título de acessório, o ex-deputado André Vargas, que foi secretário de Comunicação do PT, decidiu mudar de advogado e começar a trabalhar um acordo de delação premiada. Mais um para, ao lado do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), deixar o governo e o partido preocupados.
Wagner e Picciani…
De nada adiantou o vice-presidente Michel Temer aconselhar a presidente Dilma Rousseff a se manter longe da briga dos peemedebistas pelo comando da bancada na Câmara. Ontem, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ex-líder do PMDB Leonardo Picciani conversaram no aeroporto JK, em Brasília. Tratavam da filiação do deputado Altineu Cortes (PR-RJ) ao PMDB. A guerra em torno da liderança do PMDB volta na terça-feira.
Convocação incerta I
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já avisou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que uma eventual convocação do Congresso Nacional não contará com o seu apoio. Cunha não pretende assinar nada nesse sentido. Logo, ou os congressistas não votam a Lei de Diretrizes Orçamentárias e tentam provocar a continuidade dos trabalhos “na marra”, ou a Casa vai entrar em férias mesmo.
Convocação incerta II
Outra forma de convocar é via aprovação pela maioria absoluta dos membros das duas Casas. Nesse caso, os deputados e os senadores elencam os assuntos relevantes e urgentes objetos da convocação e só podem deliberar sobre esses temas. Uma vez que Eduardo Cunha é quem faz a pauta da Casa e convoca as sessões deliberativas, esta saída para suspender o recesso também corre risco de fracassar.
Última fornada
Enquanto a Câmara continuará parada, o Senado vai votar o projeto de repatriação de recursos depositados lá fora, mas, para isso, só se o governo concordar com alguns vetos que os senadores estão elencando para apresentar à presidente Dilma Rousseff.
E o Conselho de Ética, hein?
Os integrantes dos partidos dedicados ao “fora Cunha” pretendem agora constranger os integrantes da tropa de choque de Eduardo Cunha no Conselho de Ética em suas bases eleitorais. Na Paraíba, são dois: Manoel Júnior, do PMDB, e Wellington Roberto, do PR, que ontem quase trocou sopapos com o deputado José Geraldo (PT-PA).
Renan relax/ O presidente do Senado, Renan Calheiros, saiu confraternização da casa do senador Eunício Oliveira (foto) às 6h30 da matina. Ficaram conversando ele, Eunício, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) e alguns parentes de Eunício. Há tempos, não era o último a sair de uma festa.
Depois do barraco no jantar… / Alguns senadores vibraram com a descompostura que a ministra Kátia Abreu passou no senador José Serra. Alguns dizem que ele é conhecido pelos comentários meio atravessados travestidos de brincadeira. Dia desses, ele disse a uma moça: “Você está muito parecida comigo. Está com olheiras profundas”. A moça ficou muito sem graça.
… As recordações/ Dia desses, um assessor de senador que já trabalhou numa tevê jura ter ouvido de Serra o seguinte comentário: “Ainda bem que você está aqui. Televisão não é jornalismo”, recorda o assessor.
Quem conta um conto…/ Em conversas com colegas, o senador Eunício Oliveira tratava de minimizar a briga entre Serra e Kátia. Eunício contou que eles fizeram as pazes ali mesmo, cerca de 20 minutos depois de a senadora derramar vinho no terno do senador. E, segundo Eunício, ela nem atirou a taça, apenas o copo balançou e respingou um pouco na lapela esquerda de Serra. O que ficou sujo mesmo foi o tapete da d. Mônica, mulher do anfitrião.
Enquanto isso, num bar de Brasília…/ O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é tema do primeiro concurso de cartaz político promovido pelo bar Objeto Encontrado, na 102 Norte, com o slogan #empurraqueelecai. O cartaz vencedor traz uma imagem de Cunha com chifres e a inscrição: “Livremo-nos do mal, nós vamos além”.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e o senador José Serra (PSDB-SP)viraram o assunto no jantar de confraternização do líder do PMDB, Eunício Oliveira. Kátia defendia ardorosamente o mandato da presidente Dilma Rousseff. De repente, ao cumprimentar Serra, o senador faz um comentário grosseiro, referindo-se à ministra como “namoradeira”. Kátia não perdoou: “Você me respeite. Como você quer chegar á Presidência da República se não respeita as mulheres?”, indagou ríspida, soltando uma série de adjetivos, como “feio”, “grosso” completando como um “nunca vai chegar à Presidência da República”. A briga terminou quando Serra tentou pedir desculpas, alegando que estava apenas “brincando ” ao se referir a ela como “namoradeira”. A resposta da ministra foi o despejo de um copo de vinho no senador.
Em conversas reservadas, os senadores que presenciaram a cena concordaram que o comentário de Serra foi desagradável e grosseiro e que, se a ministra estivesse acompanhada do marido,o senador poderia ter levado um soco. Porém, consideram que ela errou ao jogar um copo de vinho tinto no parlamentar diante de um pedido de desculpas.
É, leitor, no meio politico, andam todos com os nervos à flor da pele.
A destituição do relator do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética por ato de ofício do vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão, foi considerada mais um golpe do presidente da Casa, Eduardo Cunha. Os deputados consideram que a rede de manobras está tão grande que só o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá afastá-lo.
Os 199 votos que o governo obteve em votação secreta para formação da Comissão Especial que analisará o pedido de abertura de impeachment deixaram o Planalto de cabelo em pé. A presidente Dilma Rousseff tem 28 votos de margem para tentar barrar a abertura. Os oposicionistas precisam de 70.
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O problema, entretanto, é que, quando chegar a hora da decisão final sobre o tema, ou seja, se a Câmara autoriza ou não o processo, a votação será aberta, no microfone central do plenário. Diante do voto transmitido pela tevê, a avaliação ontem era a de que, se o movimento de rua pró-impeachment for grande, a tendência é esses 28 votos minguarem. Por isso, os dois grupos, governo e oposição, planejam desde já percorrer o país.
Base unida
Se tem algo que une PMDB e PT hoje são as preocupações diante do que pode vir se o Ministério Público Federal fechar um acordo de delação premiada com o senador Delcídio do Amaral, que completa hoje 15 dias preso.
Picciani balança.E cai
O líder do PMDB, Leonardo Picciani, só se manteve no cargo ontem à tarde porque o governador Luiz Fernando Pezão o socorreu, mandando de volta para a Câmara os deputados Pedro Paulo e Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral. Assim, faltaram dois votos para que o grupo da oposição destituísse o líder. Picciani achou que a batalha estava vencida. Caiu logo depois.
Ministério por liderança
Os três deputados do PMDB de Minas Gerais recusaram a Secretaria de Aviação Civil: Newton Cardoso Júnior, Mauro Lopes e Leonardo Quintão. Se o grupo oposicionista conseguir destituir Picciani num futuro próximo, Quintão será o líder. Esse foi o jeito de os oposicionistas garantirem o apoio da bancada mineira.
“O que me preocupa é o mundo. Nada disso do que ocorre aqui hoje altera o preço da batata na feira”
Do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), referindo-se à disputa de poder que assola a Câmara dos Deputados, em especial, o PMDB.
E o Cunha, hein?
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, conforme antecipou ontem a coluna, ainda tem força. Hoje, haverá mais um movimento dos aliados dele no Conselho de Ética no sentido de tentar adiar a votação. Se conseguir, completará cinco semanas de enrolação.
CURTIDAS
Diálogos do povo/ “E aí? Vai querer nota legal?”, pergunta o responsável pelo caixa do estacionamento de um grande centro empresarial da cidade. “Nada! Sou sonegador. Tudo menos dar dinheiro para o governo.”
Versões/ Num grupo de WhatsApp, a liderança do governo tentou atribuir as urnas quebradas a seguranças da Casa que estariam a serviço de Eduardo Cunha. Diante de relatos da comentarista da CBN Rosean Kennedy, que narrou ao vivo na rádio CBN o deputado Afonso Florense tirando uma urna da parede e colocando-a virada sobre a bancada, a liderança do governo apenas registrou.
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De saída/ O ingresso do PDT de corpo e alma em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff levará o senador Reguffe (foto) a deixar a legenda. Para onde vai, entretanto, é um mistério. Há quem aposte que ele ficará um período sem partido, avaliando as opções.
Deixe sua mensagem após o sinal/ O ministro da Saúde, Marcelo Castro, bem que tentou falar com amigos dentro da bancada para ver se revertia alguns votos em favor da chapa 1, na qual estavam os mais governistas. Mas alguns nem sequer atenderam o telefone. No plenário, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-RS) deixou propositalmente o celular no silencioso e não atendeu as ligações. “Hoje, não vou falar com ninguém para não precisar dizer não aos amigos.”
Daqui a pouco, a maioria dos deputados do PMDB irá destituir o líder Leonardo Picciani. O movimento contra o líder voltou a ganhar força nesta manhã, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin concedeu liminar ontem no final da noite suspendendo a instalação da comissão especial do impeachment. A instalação está suspensa pelo menos até o dia 16, quando o pleno do STF analisará os procedimentos de formação da comissão especial inseridos no mandado de segurança apresentado pelo PCdoB, em especial, a votação secreta realizada ontem sob um intenso tumulto na Câmara.
A destituição do líder, surgiu então como um gesto de segurança para que, caso a votação de ontem seja anulada no dia 16, a ala oposicionista do PMDB consiga fazer valer as suas indicações para compor a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma. A previsão dos oposicionistas é oficializar a destituição de Picciani ao meio-dia.
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fachin, de suspender a instalação da Comissão Especial que vai analisar o processo contra a presidente Dilma Rousseff, paralisou tudo, inclusive as votações para escolha dos integrantes que ficaram pendentes. Isso porque o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, um dos interessados em deixar tudo para o ano que vem, afirmou que só irá tratar novamente do tema depois de notificado oficialmente. O Supremo marcou o julgamento do mérito do mandado de segurança do PCdoB para o dia 16, daqui uma semana. O recesso parlamentar começa em 22 de dezembro. Logo, o mais provável é que tudo termine paralisado até janeiro do ano que vem. Isso se não houver recesso. Espera-se que até lá os ânimos fiquem menos acirrados para que os parlamentares não repitam o horror que marcou a sessão dessa terç-feira, transformada num festival de atropelos por todos os lados.
O líder Do PMDB, Leonardo Picciani, balançou, nas não caiu. Ele resistiu ao movimento dos oposicionistas do partido para apeá-lo do cargo graças à interferência direta do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que mandou dois secretários de volta ao Congresso para evitar que a oposição peemedebista obtivesse maioria. Pedro Paulo e Marco Antônio Cabral, filho do governador Sérgio Cabral reassumiram o mandato apenas para salvar o líder.
À noite, Picciani buscou acordo para tentar manter o cargo sem precisar segurar dois secretários em Brasília. Por enquanto o futuro dele é incerto quanto o de Dilma e de Eduardo Cunha.