Vice de Alckmin não será do DEM

Publicado em coluna Brasília-DF

Aos poucos, os nove partidos que compõem a aliança do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, vão afunilando a escolha do vice. Ficou definido, por exemplo, que o Democrata não indicará o nome para compor a chapa para dar espaço a outros partidos. É que o DEM ocupa a Presidência da Câmara com Rodrigo Maia que, de acordo com o regimento da Casa, pode disputar a reeleição. E, em relação à distribuição de poder, em caso de vitória de Alckmin, um presidente da Câmara tem muito mais influência do que um vice-presidente da República. Portanto, o DEM está fora.

Até aqui, têm mais chances de emplacar um nome para vice de Alckmin o Solidariedade e o PP de Ciro Nogueira, nesta ordem. Quanto a nomes, de Aldo Rebelo (SD) à senadora Ana Amélia Lemos, há de tudo um pouco.

Isonomia no cárcere
Desde a liminar em que o desembargador Ney Bello autorizou a condução de Luiz Estevão sem algemas, os agentes penitenciários estão com dificuldades. Já teve detento que ameaçou criar problemas, se não tiver os mesmos benefícios do empresário. “Vocês dão muita colher de chá para o Luiz Estevão e nada para nós”. Teve gente que recebeu isso como um aviso.

PT e o funil
O ex-governador Jaques Wagner já foi homologado candidato ao Senado pelo PT da Bahia. Logo, dizem alguns, está fora da lista de potenciais substitutos de Lula se o ex-presidente não conseguir registrar a candidatura.

PT e o tempo
Internamente, muitos têm certeza de que o Tribunal Superior Eleitoral não vai homologar a candidatura do ex-presidente. E há quem diga que, em 20 de setembro, último dia para a troca, de acordo com a lei eleitoral, restará um período muito curto para que o eleitor tenha conhecimento do substituto. O comando partidário, entretanto, não quer discutir isso. A ordem é viver cada dia a sua aflição. E a da hora é conseguir criar um movimento em prol da presença de Lula na eleição.

Resumo da ópera
A tendência do PSB é terminar apenas delimitando o campo das esquerdas para seus filiados, sem fechar o apoio a nenhum dos presidenciáveis. Até domingo, a pressão do PT por essa solução será grande. Os petistas sabem que não terão o apoio fechado do PSB.

Ninguém desistiu de buscar aliados
Candidato a presidente da República pelo Podemos, o senador Álvaro Dias conversará hoje com o PSC, que já homologou a candidatura de Paulo Rabelo de Castro. Se der certo, Paulo Rabelo será candidato a vice na chapa do senador, dando musculatura à campanha do Podemos e mais dor de cabeça para Geraldo Alckmin no centro-sul do país. O tucano até aqui encorpou, mas não decolou. Aliás, tirando Lula e Bolsonaro, ninguém empolgou nesse período de pré-campanha.

Prática costumeira em Brasília/
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, foi para a reunião dos partidos no carro oficial do Senado.
É, pois é.

Compadres/ O ministro das Cidades, Alexandre Baldy (foto), hospedou o deputado Rodrigo Maia, em Miami, no recesso. Explica-se: Maia precisou sair do país porque, se ficasse, teria que assumir a Presidência da República durante a viagem de Michel Temer à África do Sul.

Faz sentido/ Já tem gente pensando em mudar a lei e desobrigar os presidentes da Câmara e do Senado a deixarem o país quando não puderem assumir a Presidência. É que, pela lei eleitoral, se Maia assume o cargo de presidente da República, não pode concorrer a outros postos.

Dia D/ Com todos de volta, o dia será de intensas reuniões, hoje, em Brasília, para a definição de alianças e vices. Está todo mundo conversando com todo mundo. Agosto, o mês da bruxa solta na política, promete.

Ari Cunha/ Admiração e saudade

“Bolsonaro, não!”

Publicado em Eleições 2018

Sem unidade sobre quem apoiar para presidente da República, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, não descarta que o partido decida pelo “campo das esquerdas”, o que alguns chamam de “neutralidade assistida”. Em vez de fechar apoio formal a um único candidato, o PSB soltaria um documento com o rol de candidatos que podem receber apoio de diretórios estaduais do partido. A ideia é evitar que alguém decida, por exemplo, seguir com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. “Não teremos neutralidade, porque se alguém quiser apoiar Bolsonaro, não autorizaremos. Bolsonaro, não”, disse Siqueira na saída da reunião com as presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; do PCdoB, Luciana Santos; e do PDT, Carlos Lupi. Lupi, por sua vez, considera que o PSB tem tudo para apoiar Ciro Gomes: “Só se os diretórios estduais estiverem mentindo para mim, mas há uma maioria pró-Ciro”, diz Lupi.

Dos quatro partidos, apenas o PSB não tem candidato a presidente. Logo, a reunião pode ser traduzida numa tentativa de os três partidos com pré-candidatos tentarem conquistar o apoio explícito dos socialistas. No caso do PT, embora o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defenda o apoio ao partido de Lula, Gleisi Hoffmann avisou que não vai retirar a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco em prol da reeleição de Câmara. Se for assim, o PSB não retirará a candidatura de Márcio Lacerda em Minas Gerais. Essa é a queda de braço do PSB e do PT no momento. Até aqui, eles só têm um consenso: Estarão todos juntos no segundo turno. “Essa eleição está cada vez mais parecida com a de 1989. Vamos lançar candidatos e nos unir lá na frente”, comentou Lupi.

Comentário do blog: Em 1989, o país elegeu Fernando Collor, afastado em 1992, acusado de corrupção e com um operador, PCFarias, detentor de um mar de contas de fantasmas. Que Deus nos livre desse desfecho.

Esquerdas se reúnem, mas decisão…

Publicado em Política

… Zero. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, se reuniu com os presidentes do PDT, Carlos Lupi, do PT, Gleisi Hoffmann, e do PCdoB, Luciana Santos. Gleisi saiu dizendo que “se não estivermos juntos no primeiro turno, estaremos no segundo”. O PSB diz que ddcidirá no Congresso do partido e que não terá neutralidade. Lupi afirma que as conversas continuam. E Luciana Santos resume: “Vamos homologar a candidatura de Manuela amanhã. E a vida dirá Ivair vai acontecer. A decisão será nos penaltis”.

TCU versus Moro

Publicado em coluna Brasília-DF

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, convocou colegas para uma conversa fechada nesta quarta-feira, a fim de analisar o impacto da decisão do juiz Sérgio Moro, que proibiu o acesso do órgão a provas da Lava-Jato. A tendência, entretanto, dizem alguns, é o tribunal “engolir esse sapo”. Até aqui, o único ministro que reclamou publicamente foi Bruno Dantas, que se referiu à decisão como uma “carteirada”. O vice-presidente, José Múcio Monteiro, está na turma do deixa quieto. Outros abraçam a tese do “esquece isso” para não fazer com que Moro vire suas baterias contra alguns ministros já citados na Lava-Jato.

Estevão é “gato”
Na decisão liminar concedida para que o ex-senador Luiz Estevão seja conduzido a depoimentos sem o uso de algemas, o desembargador Ney Bello menciona no texto que “o impetrante, contando atualmente com mais de 70 anos, não ostenta condição física apta a colocar em risco a segurança de seu transporte ou de que venha a empreender fuga (…)”. Só tem um probleminha: Estevão é de 6 de julho de 1949. Portanto, fará 70 anos em 2019. No futebol, o nome disso é “gato”.

Por falar em algemas
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu a liminar para garantir de integridade física do preso, uma vez que as viaturas não possuem cinto de segurança no “baú” e já há uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que trata da dispensa das algemas. Porém, os policiais não ficaram lá muito satisfeitos. Sabe como é, agora que Luiz Estevão conseguiu a liminar, todos os outros vão querer o mesmo tratamento quando forem deslocados para prestar depoimento.

Se não se comportar, perde
O desembargador é claro na decisão ao dizer que, “em caso de insubordinação do conduzido, ora impetrante, que resulte em ameaça ou entrave à sua condução, faculto aos agentes policiais a utilização de algemas”.

Vai ser vapt-vupt
Ok, o PT fará um movimento nas ruas, convenção para fazer de Lula candidato. Artistas fizeram show pela liberdade do ex-presidente. Ocorre, no entanto, que o Tribunal Superior Eleitoral tem tudo para barrar a candidatura já na sessão em que o pedido de registro for apresentado. Pelo menos, essa é a tendência dos ministros.

Aliados, mas…
O senador Renan Calheiros passou pelo constrangimento de ser vaiado na convenção do PT em Alagoas. Não podia ser diferente, depois que ele votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016. Com essa marca, vai ser difícil o senador tirar, apesar da parceria com o PT no estado, não vai dar para desfilarem juntos.

Quem vai pôr o guizo?/ Tem emedebista disposto a pedir ao presidente Michel Temer
que não compareça à convenção nacional de seu partido, que nesta quinta-feira deve fazer de Henrique Meirelles (foto) candidato a presidente da República. Até aqui, ninguém teve coragem de fazer um pedido desses a Temer, olho no olho.

Obra retomada/ Michel Temer vai sexta-feira ao Parnaíba (PI), a fim de retomar a construção do perímetro de irrigação tabuleiros litorâneos, um projeto que começou no governo Sarney. Parte já está funcionando, mas a obra nunca foi concluída. O contribuinte agradece.

Termômetro/ A contar pelos efusivos aplausos do empresariado de Minas Gerais a Geraldo Alckmin ontem na palestra em Belo Horizonte, o candidato a presidente pelo PSDB terá ali muitos aliados. Num auditório lotado por representantes da Associação Comercial e da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIemg), tanto Alckmin quanto Anastasia saíram com esperanças de melhorar o desempenho do partido no estado, considerado chave para a sucessão presidencial.

Enquanto isso, no PSB…/ Nem Pernambuco está unido. Se depender do deputado Felipe Carreras (PE), o partido terá candidato próprio a presidente da República: “Há uma coerência nisso. Eduardo rompeu com o PT em 2013 e tivemos candidato. O partido tem que ter um conteúdo programático para discutir com a sociedade’, diz.

Bolsonaro e Janaína

Publicado em Eleições 2018

A advogada Janaína Paschoal (PSL) vai acompanhar o candidato do seu partido, Jair Bolsonaro, hoje à noite, ao programa Roda Viva. Para muitos, a leitura é a de que ela será candidata a vice-presidente da chapa encabeçada pelo ex-capitão. A escolha, entretanto, se dá mais pela ausência de um nome de outro partido do que propriamente pelas qualidades de Janaína.

Até aqui, todos os partidos que Bolsonaro procurou rejeitaram aliança. Quem entende de política não tem dúvidas de que esse movimento é sinal de que a maioria não acredita na vitória do deputado.

Efeito Dominó

Publicado em coluna Brasília-DF

A decisão do ministro Dias Toffoli de suspender a execução da condenação bilionária que a Justiça do Trabalho impôs à Petrobras põe na roda do Poder Judiciário a responsabilidade pela saúde financeira de empresas e preservação geral de empregos. Em seu despacho, o ministro afirma serem “notórios os efeitos econômicos que a implementação dessa decisão poderá acarretar aos cofres da requerente”. Daria uma despesa extra de mais de R$ 15 bilhões, valores que representam muito até mesmo no endinheirado setor do petróleo.
A área empresarial comemorou como se fosse título da Copa do Mundo. Os empresários consideram que, a partir de agora, há luz no fim do túnel no tema reclamação trabalhista. E o STF, ao que tudo indica, está mais na linha do equilíbrio financeiro do que na concessão de indenizações milionárias, no caso, bilionária.

Ficou pesado…

A briga interna entre os integrantes do
PSL de Jair Bolsonaro é sinal de que o partido começa a sentir cheiro de fumaça na candidatura, asfixiada pela ausência de alianças.

…e desmistificado

No meio político, já existe a certeza de que Bolsonaro não é o candidato preferido das Forças Armadas. Se fosse, teria um vice saído diretamente da caserna.

A maior incógnita eleitoral

Dos partidos de centro aos de esquerda há a avaliação geral de que a maior interrogação da eleição presidencial hoje é a candidatura do senador Álvaro Dias, do Podemos. No PT, por exemplo, há quem diga o seguinte: “Sem Álvaro Dias no páreo, Alckmin estará no segundo turno em agosto. Com Álvaro Dias, o tucano só terá certeza da vaga na final a partir de meados de setembro”.
A influência dos astros

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, bem que gostaria de ter Álvaro Dias como seu candidato a vice, porém está difícil. É que, além de considerar a candidatura presidencial um desafio, o senador tem um outro motivo para permanecer no páreo: um vidente previu que ele será presidente da República. Se não for candidato, jamais saberá se a previsão estava correta.
Por falar em vice…

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, partido que hoje faz convenção em Brasília com a presença de Alckmin, avisou ao tucano que, por ele, quem o candidato escolher para vice estará de bom tamanho.

Marcos Palmeira em cena/ Com a dificuldade em fechar alianças, a Rede de Marina Silva passou a trabalhar com o nome do ator Marcos Palmeira (foto) para candidato a vice na chapa da ex-ministra de Lula à Presidência da República.

Artistas por Lula/ O festival Lula Livre hoje nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, com Gilberto Gil, Chico Buarque e outros papas do mundo da música, vem sob encomenda para mostrar que o ex-presidente consegue mobilizar a população em prol da sua liberdade. Até aqui, o PT tentou sem artistas e o resultado ficou aquém do esperado.

Eleitor arredio/ A contar pela pesquisa Idea Big Data divulgada ontem, o cidadão que não lida com o dia a dia da política só vai tratar da eleição quando começar o horário eleitoral: na pesquisa espontânea, 21% dos entrevistados declaram voto branco ou nulo e 43% ainda não sabem em quem votar. No cenário sem Lula, Bolsonaro lidera. E ambos são os mais rejeitados pelo eleitorado.

Temas eleitorais/ Saúde e combate à corrupção são os temas mais citados pelos eleitores como importantes para discussão na campanha eleitoral. Ou seja, quem fizer qualquer menção em “estancar a sangria” terá problemas.

Quem eles querem (para adversário)

Publicado em coluna Brasília-DF

Enquanto avalia para onde vai o vice de Geraldo Alckmin, os comandantes dos partidos de centro torcem para que o PT escolha como candidato o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Acreditam que num primeiro turno, Alckmin caminha para ter mais votos do que o petista em São Paulo, provocando o “efeito Aécio”, que terminou perdendo terreno ao ficar em segundo lugar na eleição de Minas Gerais. Jaques Wagner, por sua vez, sai bem do Nordeste e, se provocar um efeito manada na região, abraçará um pedaço inclusive de Minas Gerais, podendo repetir a performance de Dilma Rousseff em 2014. Só tem um probleminha: Lula não é o mesmo dos tempos passados. E nem tampouco Wagner tem o mesmo verniz dos tempos de governador da Bahia. Porém, é nordestino.

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Em tempo: O ex-presidente Lula tem feito esse mesmo tipo de reflexão, enquanto se mantém recluso. E, aos poucos, caminha para a mesma conclusão, transformando Haddad no portador do programa de governo. Lula nunca esquece que Wagner o surpreendeu ao sair candidato a governador da Bahia, em 2006. Haddad, entretanto, é visto pelo petista como “um excelente rapaz”, mas com dificuldades de deslanchar. “Quem manda nele é a mulher”, disse Lula certa vez a um amigo.

Onde pega 1

A turma de Geraldo Alckmin está convencida de que o desafio, a partir de agora, é tirar votos do candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Daí, a inclinação por Tereza Cristina (DEM-MS) e Ana Amélia Lemos (PP-RS) para a vaga de vice. Bolsonaro está bem entre os agricultores e também no Sul do país. A senadora gaúcha é do PP, mas não quer. Tereza, se não fosse do DEM, já estaria escolhida.

Onde pega 2

O DEM quer a Presidência da Câmara, mas, pelo visto, colocou esse ativo cedo demais na roda e, agora, meio que perdeu a primazia de indicar o vice dentro do blocão de centro, que ontem fechou com Alckmin.A Câmara ainda depende de vários fatores, eleição de Rodrigo Maia deputado, eleição do tucano e correlação de forças no Congresso. A vaga de vice é pra já.

Centro e direita mais claros

O centro do espectro político deslancha a formatação da campanha com Geraldo Alckmin, dando ao tucano o apoio de nove partidos, podendo chegar a 10 se o PV seguir nesse caminho. A extrema-direita, representada hoje por Jair Bolsonaro, caminha para o isolamento, com chapa pura e tempo restrito na tevê. Nesse campo, só falta Álvaro Dias, que corre atrás de partidos menores, como Avante, DC (De José Maria Eymael), Patriotas, PTC (de Fernando Collor) e outros.

Esquerda nebulosa

Ciro Gomes só vai tratar do vice depois que o PSB, o mais enrolado dos partidos nessa temporada pré-eleitoral, decidir seu caminho. Entre os socialistas, o governador Paulo Câmara mencionou, em Pernambuco, que, se preciso for, “vai bater chapa”. Ele quer se reaproximar do PT. O PT, por sua vez, diante da insistência na candidatura de Lula, segue indefinido. E o PCdoB pressionado a ficar com o PT.

CURTIDAS

Maranhão campeão/ A lista de contas consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União e que, por isso, impede gestores de ser candidatos este ano, traz 622 do Maranhão. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 616. E São Paulo, com 572. O DF tem 307.

Guardem esse nome 1/ Quem está montando o programa de Geraldo Alckmin para o Nordeste é o ex-presidente do Banco do Nordeste (BNB) Marcos Holanda. Ele esteve no comando por lá até dezembro de 2017, quando se desentendeu com o MDB e pediu demissão.

Guardem esse nome 2/ Há quem diga que setores do partido de
Michel Temer insistiam em ações não republicanas, algo semelhante ao que quis fazer Geddel Vieira Lima (foto), em relação à construção daquele prédio em Salvador, que terminou provocando o pedido de demissão do então ministro da Cultura, Marcelo Calero.

E eles se deram bem/ Quem não tem o que reclamar em termos de apoio é o candidato a governador do Espírito Santo pelo PSB, Renato Casagrande. Ele encerra a semana com o apoio do PDT e do PSDB. É tudo o que Rodrigo Rollemberg sonha para sua campanha à reeleição no Distrito Federal.

Alckmin e a Tereza do agronegócio

Publicado em Eleições 2018

A deputada Tereza Cristina (DEM-MS) está a um passo de ser indicada vice na chapa de Geraldo Alckmin. Ela preside a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA)e reforça a campanha de Alckmin num setor em que Jair Bolsonaro vem crescendo. Ela foi sondada ainda no caminho entre o hotel Windsor, no Setor Hoteleiro Norte, e a casa do senador Ciro Nogueira, o anfitrião da reunião de hoje dos cinco partidos do blocão.

Faltava àquela altura vencer as resistências do PP de Ciro Nogueira. Na noite de quarta-feira, Ciro deu uma entrevista em seu estado ecitou três mulheres de seu partido para a vaga, a senadora Ana Amélia (RS), a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, a mulher do ministro Alexandre Baldy, Luana.

Das três, Ana Amélia é a que teria mais condições de ser aceita por todos os cinco partidos. Se não for Amélia, o nome é o de Tereza mesmo, a deputada do DEM.

E Josué diz não

Publicado em Eleições 2018

Numa reunião dos partidos de Centrão que quase vara a madrugada de hoje, o empresário Josué Gomes avisou ao grupo que “infelizmente” não tem condições de aceitar a vaga de candidato a vice-presidente da República na chapa de Geraldo Alckmin. Sem ele, o Centrão fará na manhã de hoje o anúncio do apoio a Alckmin sem apresentar o nome para compor a chapa. É que, sem Josué, não há consenso entre os partidos até o momento. Por isso, tão logo termine a reunião no hotel Windsor, marcada para as 10h, os partidos voltam a se reunir para conversar sobre o assunto, mas não esta previsto o anúncio do nome ainda hoje.

O Centrão agora está entre duas vertentes: Uma é tentar dar ao partido um viés mais à esquerda, indicando o nome do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo. Aldo já foi do PCdoB, passou uma brevíssima temporada no PSB e, por ironia do destino, saiu de lá porque não tinha a certeza de que seria indicado candidato a presidente da Republica. Se tivesse ficado por lá, hoje seria o nome para concorrer como cabeça de chapa. Naquela época, em meados de abril, o PSB ainda tinha esperanças de fazer de Joaquim Barbosa seu candidato.

Além de Aldo Rebelo, o Centrão avalia também a hipótese de colocar um nome do Nordeste. o problema é que o PRB, por exemplo, não tem tanta “afinidade” com o EM para aceitar um nome indicado pelo partido de Rodrigo Maia. Nessa reunião de hoje, eles deem afunilar a escolha e tentar resolver diferenças. Alckmin, por sua vez, ja disse que não tem pressa em escolher o candidato a vice. Para ele, vale mais o anúncio hoje do apoio dos partidos. Feito isso, os tucanos acreditam que, até a próxima semana, tudo se resolve no quesito candidato a vice-presidente.

Josué estava com problemas em aceitar a vice por duas razões, conhecidas desde o momento em que seu nome foi indicado. A primeira delas é familiar. Há uma convivência boa e fraterna entre a família dele, em especial, a mãe, d. Mariza, de 83 anos, e a família do ex-presidente Lula, de que o pai do empresário foi parceiro de chapa por oito anos. Além disso, politicamente, houve primeiro o convite do PT para que Josué integrasse a chapa. E o PR, no fundo, só não seguirá com Lula porque tem a certeza que o ex-presidente não será candidato e, sem Lula, o PR não deseja aliança com os petistas. Agora, sem Josué, o partido espera, ao menos conseguir influenciar na escolha do vice de Alckmin. É o que será debatido depois do anúncio de apoio ao tucano.

DEM com Alckmin, mas…

Publicado em coluna Brasília-DF

…Nem tanto. A reunião que selou o apoio do partido de ACM Neto ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, foi unânime, “ressalvadas eventuais divisões locais, onde não for possível alinhar os dois partidos”. Em Mato Grosso, o DEM está com o MDB; na Paraíba, com o PSB, do governador Ricardo Coutinho, e por aí vai. A ordem é segurar, pelo menos, os maiores estados. Há acordo, por exemplo, em São Paulo, Bahia, Pernambuco e caminham nesse sentido em Minas Gerais. Se fechar metade do país, estará de bom tamanho.

Apressou e comeu cru
A política é uma ciência de quem tem paciência. Se Aldo Rebelo estivesse esperado decantar as conversas entre Joaquim Barbosa e o PSB, estaria hoje aclamado como o nome dos socialistas a presidente da República. Agora, no Solidariedade, virou plano B para vice na chapa de Geraldo Alckmin. Aldo é visto nos partidos do blocão de centro como aquele que mais agrega.

Vices na geladeira
Ciro Gomes suspendeu todas as negociações de candidato a vice. Enquanto o PSB não lhe der uma definição, ele não abre o leque para outros nomes.

Prioridade
Sem definição sobre quem apoiar na sucessão presidencial, o PSB vai analisar vários nomes para ver se emplaca uma candidatura própria. O da senadora Lídice da Mata (BA), entretanto, foi descartado esta semana porque a eleição dela para deputada federal é considerada pule de 10. E ainda pode puxar mais um.

E o Palocci, hein?
O PT está com o candidato preso e ainda terá mais dor de cabeça. É que já estão em análise os documentos e HDs que Antonio Palocci apresentou e, ao longo da campanha, novamente, virão à tona notícias de pagamentos a Lula em dinheiro vivo.

Por falar em Lula…
Tudo o que Ciro Gomes deseja ao dizer que atuará para tirar Lula da cadeia é a militância petista fazendo campanha para o PDT na sucessão presidencial, da mesma forma que os pedetistas já fizeram tantas vezes para Lula. Embora o coordenador de programa de governo do PT, Fernando Haddad, admita a aliança, a senadora Gleisi Hoffmann, comandante do partido, continua defendendo candidatura própria, se Lula não conseguir o registro.

Arruda e seu carma/ O ex-governador José Roberto Arruda tem frequentado semanalmente a Comunhão Espírita de Brasília. Quieto e discreto, senta-se ao fundo, recebe o passe e assiste a palestras. Sabe como é, depois de duas quedas, só os espíritos salvam.

Não enrola, Josué/ Na reunião dos caciques do blocão de centro ontem à noite, alguns consideraram uma desculpa meio “Trem das onze”, a história de dona Mariza Gomes, viúva do ex-vice-presidente José Alencar, dizer que não quer o filho Josué Gomes na política.

Tem para todos/ Em entrevista ao vivo ao programa CB.Poder, da TV Brasília, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão (foto), contou que tem conversado com pré-candidatos a presidente da República sobre os projetos em curso na área. Ele tem, inclusive, um documento pronto para apresentar aos interessados. “Qualquer um que nos procurar terá acesso, sem problemas.”

Saída organizada/ Para a transição ao novo governo, o ministro Sérgio Sá Leitão avisa que, seja quem for eleito, receberá um “manual” sobre os programas do Ministério, seus ingredientes e como fazer para que tudo funcione. Melhor assim.