Pedido de Aras deixa Joesley sob tensão

Joesley Batista
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Coluna Brasília-DF

Desde ontem, o empresário Joesley Batista, da J&F, é o pai e a mãe da preocupação, só de pensar que o ministro Edson Fachin pode cancelar seu acordo de delação premiada, atendendo a pedido do novo procurador-geral, Augusto Aras. Se tudo correr do jeito que deseja o procurador, o desfecho pode ser até mesmo um pedido de prisão no futuro. Porém, ainda há um longo caminho pela frente. A trupe de Joesley volta hoje a viver sob suspense. Porém, ainda há muita água pela frente e os advogados não acreditam que será decidido nada este ano. 2020 promete muitas emoções nessa seara para os irmãos Batista.

“Perseguidos” pela família Bolsonaro, Maia e Bivar se unem

Maia e Bivar
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Coluna Brasília-DF

Na situação de bombardeados pela família do presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o do PSL, Luciano Bivar, combinaram fazer todo o possível para tentar aprovar o pacote que o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentará hoje ao Congresso. Nenhum dos dois quer dar ao presidente Jair Bolsonaro o gostinho de poder dizer, mais à frente, que Maia e Bivar atrapalharam os planos do governo.

Em tempo: ambos apostam, ainda, que o presidente da República não está blefando quando diz que partirá em breve para a fundação de um novo partido. Nesse caso, embora não seja fácil criar uma legenda, quem perde é Bivar. A tendência é sua bancada cair à metade.

Enquanto isso, no Planalto…

O presidente Jair Bolsonaro e seus assessores observam a situação na Bolívia, país vizinho do Brasil, onde os protestos de rua se tornam tão graves quanto no Chile. A Bolívia é o quarto país sul-americano a passar por essa onda que já atingiu Equador e Peru.

… o olho lá e aqui

Além da situação na fronteira com a Bolívia, o governo avalia as chances de aprovação do pacote de medidas da reforma administrativa ainda este ano. A contar pelas primeiras previsões que chegaram ao presidente, se passar pela Comissão de Constituição e Justiça, estará de bom tamanho.

E o general, hein?

Segundo general a deixar o Planalto (o primeiro foi Santos Cruz), Santa Rosa se desentendeu com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. No governo, há quem diga que o general estava meio escanteado por Oliveira, porque havia sido nomeado pelo antecessor, Gustavo Bebbiano.

Curtidas

Eduardo Bolsonaro/ A temperatura da fogueira será medida hoje, mas ninguém aposta em cassação do mandato por causa das declarações sobre AI-5.

Esquenta dos Brics I/ Autoridades do Brasil e da Rússia vão aproveitar a viagem para a reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e promover o 1º Fórum Comercial de Investimentos entre os dois países, na próxima segunda-feira, 11, no auditório do Iesb, em Brasília.

Sem roleta-russa/ Pelo menos três ministros brasileiros estarão presentes, Tereza Cristina (Agricultura), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações). O potencial de atração de investimentos russos para os setores de infraestrutura e tecnologia é de US$ 50 bilhões, segundo os organizadores do evento.

Irmã Dulce e Dom Sérgio/ Santa Dulce dos Pobres recebe hoje o título Doutor Honoris Causa post mortem da Universidade Católica de Brasília. Na mesma solenidade, o cardeal Dom Sérgio da Rocha, arcebispo metropolitano de Brasília, receberá o título de Doutor Honoris Causa por sua dedicação à formação humana e acadêmica. A cerimônia será no câmpus de Taguatinga, às 18h.

Devoto sempre presente/ O ex-presidente José Sarney está entre os convidados de honra para essa solenidade, no Teatro da Universidade Católica. Quem conviveu com a Santa não perde suas homenagens.

Guedes é citado como opção para disputa presidencial

Paulo Guedes e Bolsonaro
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Coluna Brasília-DF

Muitos podem até achar loucura, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, já é citado nos bastidores como uma opção política para o futuro entre os políticos. Eles dizem que, nos anos 90, o então senador Fernando Henrique Cardoso não tinha votos para se eleger deputado federal por São Paulo. Depois do Plano Real, entretanto, saiu do Ministério da Fazenda para disputar a Presidência e foi vitorioso.

A la FHC 

Se a economia se recuperar nos próximos dois anos, Paulo Guedes estará no páreo. Pelo menos, vai ter gente pedindo que ele seja candidato. O outro lado dessa história é que, se já tem gente cogitando até Paulo Guedes, o presidente Bolsonaro terá muito trabalho para obter apoio político.

Dodge deixa briga pronta para que Aras resolva

Raquel Dodge
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No fim da sua gestão, a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge promoveu um acordo bilateral de cooperação internacional com o Paraguai, passando por cima do órgão central responsável pelos acordos de colaboração na área da justiça penal, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). Essa área está subordinada ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.

A iniciativa de Dodge levou o ministro Moro a solicitar que o MPF desfizesse o acordo. Mas, em fim de mandato, a PGR não voltou atrás. Essa discussão deve voltar nos próximos dias, agora que Augusto Aras chefia o Ministério Público. Com o acordo, Dodge conseguiu desagradar tanto o Ministério da Justiça quanto a Polícia Federal.

Forma de pressão

Mesmo com vagas abertas em várias repartições públicas, tem gente na equipe econômica defendendo que só haja concurso público depois de aprovada a reforma administrativa que ainda será enviada ao Congresso. É que, assim, os parlamentares serão levados a correr com a votação para abrir as contratações.

Epa!

Não foi apenas a pregação do AI-5 que incomodou na entrevista de Eduardo Bolsonaro à jornalista Leda Nagle. Os políticos estão martelando a frase “o que faz um país forte não é um estado forte. São indivíduos fortes”.

CURTIDAS

E o Cabral, hein?/ Que segunda instância, que nada. O foco do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que não aguenta mais a cadeia, é a decisão do STF sobre a suspensão de processos com base em relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Ele comentou com um visitante que, caso o pleno confirme o pedido da defesa de Flávio Bolsonaro, Cabral acredita que pode conseguir rever, pelo menos, parte das condenações que já lhe renderam mais de 200 anos de prisão.

Lula é uma incógnita/ Lula, por sua vez, está de olho mesmo é no resultado do julgamento sobre a prisão em segunda instância. Aliados históricos do petismo não estão lá muito crentes de que o ex-presidente Lula, preso em Curitiba, será uma boa opção para concorrer a mais um mandato presidencial. Para ampliar e ter chance real de vitória, o PT precisava apoiar um nome de outro partido.

Leitura de fim de ano I/ A safra de livros jornalísticos está recheada neste Natal. São três trabalhos de fôlego que valem a leitura. O jornalista Walter Nunes lança, em 10 de dezembro, o livro Elite na cadeia: o dia a dia dos presos da Lava Jato. O autor relata brigas, convívio com presos perigosos e regalias de empresários e políticos, alvos da maior operação de combate à corrupção da história do país.

Leitura de fim de ano II/ Aloy Jupiara e Chico Otávio lançaram, esta semana, em Brasília, Que Deus tenha misericórdia dessa Nação – a biografia não-autorizada de Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara preso. E, para completar, Luís Costa Pintou lançou Trapaça, sobre os bastidores do poder no período do ex-presidente Fernando Collor.

Quem o defenderá? Declaração sobre AI-5 deixa Eduardo Bolsonaro vulnerável

Eduardo Bolsonaro
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O presidente do PSL, Luciano Bivar, acaba de divulgar uma nota em repúdio à declaração do líder do partido, Eduardo Bolsonaro, acentuando a crise interna do partido. Bivar diz que a democracia não é “negociável”.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em entrevista a Leda Nagle, mencionou a hipótese de um novo AI-5 como resposta a um cenário, também hipotético, de radicalização da esquerda.

A nota do próprio partido de Eduardo, somada a todas as outras que repreenderam a declaração do filho do presidente da República, indicam que, se vier alguma proposta de punição contra o deputado, ele pode ter dificuldade de arregimentar um número expressivo de parlamentares em sua defesa.

A oposição já anunciou que pedirá a cassação do mandato, e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, afirmou que a fala é passível de punição. Desta vez, dizem alguns, as hipóteses de 03 romperam os limites.

 

A nota do PSL sobre Eduardo Bolsonaro:

“NOTA DE REPÚDIO

O Diretório Nacional do Partido Social Liberal, com veemência, repudia integralmente qualquer manifestação antidemocrática que, de alguma forma, considere a reedição de atos autoritários.
A simples lembrança de um período de restrição de liberdades é inaceitável.
O Brasil demorou anos para voltar a respirar democracia e a eleger diretamente seus representantes, a um custo altíssimo, tanto para o Estado quanto para as vítimas do regime transitório.
Não podemos permitir que sejam abalados pilares democráticos caros, como a tolerância, a prática de aceitar o contraditório, as críticas e o trabalho importante da imprensa, que deve ser livre, sem amarras de qualquer tipo.
O PSL é contra qualquer iniciativa que resulte em retirada de direitos e garantias constitucionais.
Em nosso partido, a democracia não é negociável.
Fica aqui nossa manifestação de repúdio a esta tentativa de golpe ao povo brasileiro.

Executiva Nacional do PSL

Luciano Bivar
Presidente”

Acusação de Bolsonaro contra Witzel é visando 2022

Wilson Witzel e Bolsonaro
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O episódio que acabou com a noite de sono do presidente Jair Bolsonaro na Arábia Saudita e o levou às redes sociais para acusar o governador do Rio, Wilson Witzel, de vazar documentos de investigações ainda não concluídas sobre a morte de Marielle Franco é lido como apenas o começo de uma grande mistura daqui até 2022 — ano eleitoral que, nunca antes na história do país, subiu ao palco tão cedo.

O PT, por exemplo, aproveitará todo esse movimento para tentar colocar o caso do ex-assessor Fabrício Queiroz na CPI das Fake News, a principal fogueira acesa para misturar todos os ingredientes. Os petistas querem, inclusive, a quebra de sigilo do ex-assessor de Flávio Bolsonaro nos tempos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

De concreto mesmo, apenas a comprovação da entrada de um suspeito de participação no assassinato, Élcio Queiroz, no condomínio onde mora o presidente e a ida à casa de outro acusado, Ronnie Lessa. Nada a ver com o presidente Bolsonaro, a não ser o depoimento de um porteiro dizendo que era a casa do senhor Jair. E não era.

É nesse clima beligerante que a política começa a separar os enfeites para o Natal deste ano. Outros lances virão. Quanto aos investigadores, cabe separar o que é fato daquilo que não passa de uma tentativa de desmoralizar o adversário, seja ele quem for. Realmente, um trabalho para leão.

Quando é demais, atrapalha

O comando da CPI das Fake News não quer saber de misturar esse inquérito sobre o assassinato de Marielle às suas apurações. O receio é de que, se abrir demais o leque, não vai chegar a lugar algum. Até o caso de Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, é complicado, porque ainda não há indício que permita uma ligação direta da movimentação financeira de Queiroz com as fake news.

Moura na lida

O ex-deputado André Moura, ex-líder do presidente Michel Temer, tem aproveitado o cargo no governo de Wilson Witzel para tentar angariar simpatizantes às pretensões políticas do governador do Rio. Já esteve com vários deputados.

Meus comerciais, por favor

Witzel, por sua vez, tem circulado nos ambientes da política e, sempre que pode, brinca com ares de quem está testando o interlocutor: “Você está falando com o próximo presidente do Brasil”.

Muita calma nessa hora

Até aqui, os planos de Witzel ainda não têm lastro político no Congresso. É que os deputados federais, mais escaldados, só farão suas apostas quando faltar menos de um ano para a eleição presidencial.

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Jeitão/ O que mais ajudou Bolsonaro na live da noite de terça-feira foi a sua espontaneidade. Políticos das mais diversas matizes viram uma indignação real.

Porém…/ Os adversários de Jair Bolsonaro dentro do PSL adoraram quando ele citou a família da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O tema entrou novamente na roda dos assuntos que já estavam caindo no esquecimento da população.

Nem vem/ O presidente do PSD, Gilberto Kassab, bem que tentou, mas a avaliação geral dos líderes é de que não há clima para aumentar o fundo partidário. O assunto, entretanto, continuará rodando até a aprovação do Orçamento.

Reconduzido/ Os delegados de Polícia Federal reelegeram Edvandir Paiva para mais um biênio na presidência da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). Ao todo, 98% dos associados votantes da entidade escolheram a chapa da atual diretoria. A ADPF congrega cerca de 80% da classe, sendo considerada uma das entidades mais importantes no cenário nacional da segurança pública.

A briga de mais de R$ 1 bilhão do PSL

PSL
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Coluna Brasília-DF

Aliados do presidente Jair Bolsonaro fizeram as contas e decidiram continuar brigando pelo PSL. Isso porque, somados os recursos a que o partido terá direito nos próximos três anos, chega-se a mais de R$ 1 bilhão, considerando-se o que vem do fundo partidário, e os das eleições de 2020 e de 2022.

É muito dinheiro para deixar nas mãos de Luciano Bivar. Portanto, a ideia é só acabar com a briga quando o atual presidente do partido não tiver mais acesso a esses recursos. Ou seja, até a Justiça dar o veredicto, a luta continua. Com Bolsonaro dentro ou fora da legenda.

É o que tem para hoje

Aliados de Bolsonaro vão baixar em peso hoje, na CPI das Fake News. A ordem é tentar constranger o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP). Alguns vão dizer que, quando surfou nos votos do PSL bolsonarista, o hoje tucano não reclamava de nada. No mais, é ouvir e torcer para que o parlamentar não tenha como provar nada do que disser.

Campanha do etanol

Na 19ª Conferência Internacional Datagro, que teve como tema o protocolo de 40 anos do etanol, ficou patente que vem por aí uma campanha do setor na reforma tributária. É preciso manter a diferença de tarifação entre a gasolina e o álcool combustível. Afinal, trata-se de uma energia limpa que precisa ser valorizada e incentivada.

Fatiado, ficava mais fácil

Advogados experientes dizem que a defesa do ex-presidente Lula errou ao pedir tudo de uma vez ao TRF-4, ou seja, a anulação de todo o processo relativo ao sítio de Atibaia, e não apenas a ordem das alegações finais. Foi esse pedido que terminou por suspender a decisão ontem. Se tivessem ficado apenas na análise da ordem das alegações finais na primeira instância, poderiam chegar ao resultado da anulação de todo o processo por partes. Agora, ficou tudo a perder de vista.

Depois das hienas…

No governo e fora dele, o veredicto é apenas um: Bolsonaro precisa se aproximar mais do governo tocado pelos técnicos, leia-se Paulo Guedes, Tarcísio de Freitas e Tereza Cristina, e deixar de lado a parte beligerante protagonizada pelos filhos e pelo PSL.

… o dim-dim

Os deputados estão convencidos de que não precisam mais tanto assim do governo. Isso porque, com as emendas impositivas para as bancadas, e os cargos mais importantes entregues apenas aos mais próximos, não sobrou muita coisa.

No melhor dos mundos/ O presidente do PSD, Gilberto Kassab, é quem está mais confortável nesse período pré-eleitoral. Seu partido pensa em lançar Ratinho Júnior pré-candidato a presidente da República e esperar decantar para ver onde estará a onda boa.

Maré & peixe/ Assim, com um candidato próprio, embora esteja hoje com João Dória, o PSD de Kassab poderá aguardar para ver quem vai surfar na hora certa – Dória, Luciano Huck ou o próprio Bolsonaro.

Por falar em Dória…/ O governador fez uma festa ontem em seu gabinete para lançar o livro do presidente chinês Xi Jinping. Depois da visita de Bolsonaro à China, é mais um lance no sentido de tentar empatar o jogo com um dos maiores parceiros comerciais do Brasil

Petistas cogitam ampla aliança para derrotar Huck e Doria

Huck e Dória
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Coluna Brasília-DF

O fato de a presidente Cristina Kirchner ser vice na chapa de Alberto Fernández levou alguns petistas a cogitarem uma ampla aliança de esquerda por aqui para tentar derrotar os partidos de direita e de centro-direita, leia-se Bolsonaro, João Doria e Luciano Huck. Só tem um detalhe: o PT quer encabeçar essa chapa. Logo, não tem acordo.

Alckmin na muda/ Homenageado na 19ª Conferência internacional Datagro ontem em São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin disse à coluna que é cedo para voltar à política. “Minha intenção, agora, é fazer um mestrado na área de saúde e territórios”.

Nem tanto/ Entre os aliados do ex-governador, entretanto, o nome de Geraldo Alckmin é considerado pule de 10 para concorrer ao governo de São Paulo em 2022, caso João Doria decida mesmo ser candidato a presidente da República.

Acusou o golpe/ Postado ontem no perfil do presidente Jair Bolsonaro no Twitter, o vídeo em que aparece o rei leão cercado de hienas, como se fossem o STF, o PCdoB e até o PSL, foi lido por potenciais aliados como um sinal de que o discurso ideológico começa a fazer água. Não por acaso, foi apagado logo depois.

Por falar em golpe…/ Causou muita preocupação entre os deputados brasileiros as primeiras declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre não cumprimentar o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández. Num mundo democrático, é preciso conviver com quem pensa diferente. Bolsonaro, depois, disse que conversaria com o argentino. Melhor assim.

Eletrobras sem golden share é o grande teste das privatizações

Eletrobras
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A decisão do governo de enviar ao Congresso a proposta de privatização da Eletrobras sem golden share promete ter o mesmo fim do regime de capitalização proposto para Previdência. Golden Share é a ação especial que dá poder de veto a determinadas decisões, vista por grande parte dos congressistas como uma espécie de segurança para o governo. Até nos partidos potencialmente alinhados ao Planalto, há quem esteja descrente da venda da empresa da forma que deseja o governo, uma vez que o setor elétrico é considerado estratégico.

Abre-te, Sésamo!

Com a volta de Jair Bolsonaro ao Brasil nesta quinta-feira, o grupo que o apoia no PSL pretende acelerar a análise de uma solução para a crise interna do partido. Só tem um detalhe: qualquer que seja essa saída, tem que conter uma fórmula mágica, que permita levar tempo de tevê e fundo partidário. Até agora, esse portal continua fechado. Portanto, segue a briga no PSL, até que essa fórmula seja encontrada.

O que vem por aí

Caso o presidente Jair Bolsonaro confirme a intenção de ficar sem partido, seus apoiadores nas redes sociais vão lançar uma nova ofensiva em favor da candidatura avulsa. Só tem um detalhe: quem tem que aprovar é o Congresso Nacional, onde quem manda são…. os partidos.

Taxar o Sol não dá

Já tem deputados empenhados em estudos sobre um decreto legislativo que possa impedir a cobrança, na conta de luz, de uma taxa sobre a energia produzida por placas solares, que os consumidores instalam em casa.

Etanol de milho, a maior aposta

O presidente da Datagro, Plínio Nastari, considera que a planta de etanol de cana no Brasil está estabilizada. O que vai crescer, diz ele, é o etanol de milho. Inclusive com exportação. A ideia é usar a reunião dos BRICs, ainda este ano, para promover o produto brasileiro.

 

Líderes querem Bolsonaro no Nordeste

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Quem avisa amigo é

Em conversas no Planalto, deputados nordestinos têm aconselhado os ministros do presidente Jair Bolsonaro a não desprezar o potencial de geração de simpatia que os recursos do pré-sal podem levar à região. Em breve, serão R$ 6 bilhões em investimentos por lá e, a depender dos governadores, a população não saberá que o dinheiro é da União.

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Por isso, as conselheiros têm sido taxativos: “A presença no Nordeste não é só retórica, passa por ações concretas. O presidente e seus ministros deveriam aproveitar e percorrer a região para marcar que os nordestinos estão sendo beneficiados”, comenta o deputado Sílvio Costa Filho, um dos que alertaram para a necessidade de uma maior presença de Bolsonaro na região junto com sua equipe.

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Na semana passada, quatro ministros estiveram no Nordeste. Mas é preciso a presença física do presidente, levando as boas novas do governo ao nordestinos. Uma oportunidade perdida foi o anúncio do 13º do Bolsa Família.

Nova configuração

A forma discreta como o deputado Eduardo Gomes (MDB-TO) tem atuado nesses primeiros dias como líder do governo é jogo combinado com o Planalto. A ideia é que ele permaneça assim e deixe o protagonismo para Jair Bolsonaro.

Naquele estilo,
nunca mais

Os palacianos consideram que há males que vêm para bem. Enquanto estava na função de líder do governo, a deputada Joice Hasselmann era considerada muito “espalhafatosa” e queria se sobressair em tudo.

Enquanto o
PSL briga…

… Os outros se organizam. Os partidos praticamente desistiram de buscar um acordo fechado com o presidente Jair Bolsonaro com vistas ao futuro e já estão todos cuidando da própria vida e ensaiando movimentos longe dele. O DEM paquera Luciano Huck, assim como o PSDB e o Cidadania. E todos eles acompanham as evoluções do governador de São Paulo, João Dória. E de quem mais chegar.

Sem pressa

Ok, até 2022, há muita conversa e curvas fechadas no caminho, mas só o fato de os partidos buscarem apostas significa que Bolsonaro não é a preferência do universo político. Falta, entretanto, combinar com o eleitor que, até agora, mantém o presidente da República na crista dessa onda eleitoral antecipada.

“Alguém tem dúvidas de que esse escândalo é um
escândalo que ainda vai ter filhotes por muitos anos?
É uma situação absolutamente inédita. Você chegou a
um nível de corrupção […] que nós não tivemos conhecimento em nenhum outro momento da história do país.”

Eduardo Cunha (MDB-RJ) sobre a Lava-Jato, em novembro de 2014, em entrevista ao Canal Livre da Band

Relatos selvagens/ Causou frisson no estúdio da AllTV, em São Paulo, a gravação da entrevista de Preta Ferreira e Carmem Silva, ambas do MSTC – Movimento dos Sem Teto no Centro — no Painel Haddad, que vai ao ar nesta segunda-feira (28), às 20 horas. Preta relatou maus-tratos no Presídio de Franco da Rocha, tortura psicológica no DEIC, entre outras revelações.

Relatos selvagens II/ Carmem e Preta, mãe e filha, foram acusadas sem qualquer prova ou evidência de ligação do movimento social com o crime organizado. Preta ficou detida por 108 dias. O Painel Haddad é um programa da AllTV, apresentado pelo ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad, produzido pelo jornalista Alberto Luchetti e dirigido pelo também jornalista Nunzio Briguglio.

Presença de Dirceu/ Preso em Curitiba, o ex-ministro José Dirceu continua firme nas reuniões do PT. É que, antes da prisão, ele gravou vídeos com mensagens para exibição em encontros de militantes pelo país pedindo que seguissem na defesa do partido.

Boa notícia/ Quem saiu toda feliz de uma conversa com o presidente em exercício, Davi Alcolumbre, foi a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES, foto). Ela pediu e ele prometeu dar celeridade à sanção do projeto que prevê prioridade para os processos de divórcio de mulheres vítimas de violência.