Tag: adjetivo
Quem aguenta? Nosso arroz e feijão de todos os dias dá um susto atrás do outro. Num dia e noutro também, pôr a duplinha no prato exige mais e mais notas do nosso desvalorizado dinheirinho. Mas a dor não se restringe ao bolso. Afeta também os ouvidos. Repórteres de tevês abertas e fechadas, de rádios AM e FM, de jornalões e jornalinhos anunciam que “o […]
Afro joga em três times: 1. Substantivos. Aí, não tem feminino nem masculino. Mas tem singular e plural: a afro, as afros, o afro, os afros. 2. Adjetivos. No caso, é invariável: cultura afro, culturas afro, cabelo afro, cabelos afro. 3. Prefixos. Pede hífen na formação dos adjetivos pátrios ou quando for seguido de h ou o. No mais, é tudo colado: afro-americano, afro-brasileiro, afro-germânico, […]
Sordidez joga no time de maciez e limpidez. É substantivo abstrato derivado de adjetivo: sórdido (sordidez), macio (maciez, límpido (limpidez), fluido (fluidez), sensato (sensatez), mesquinho (mesquinhez), surdo (surdez), mudo (mudez).
O ministro da Educação diz que usar “estado-unidense” identifica os esquerdistas. Verdade? Os dicionários dizem que não. O Houaiss e o Aurélio informam: estado-unidense (ou estadunidense) é sinônimo de norte-americano ou americano: O presidente americano chama-se Donald Trump. O presidente norte-americano chama-se Donald Trump. O presidente estado-unidense (ou estadunidense) chama-se Donald Trump.
Porque são substantivos abstratos derivados de adjetivos: mudo (mudez), surdo (surdez), altivo (altivez), sensato (sensatez), honrado (honradez), lúcido (lucidez), macio (maciez).
Quem nasce em Pequim é pequinês. Em Londres, londrino. Em Brasília, brasiliense. E em Tóquio? Ops! O português não tem um gentílico para a capital japonesa. O jeito é dar um jeito. Dizer: o natural de Tóquio, o morador de Tóquio, originário de Tóquio.
Corte, nas datas, os substantivos dia, mês e ano: em 10 de agosto (não: no dia 10 de agosto); em março (não: no mês de março); em 2018 (não: no ano de 2018). 2. Elimine palavras ou expressões desnecessárias: processo de adaptação (adaptação); decisão tomada no âmbito da diretoria (decisão da diretoria); trabalho de natureza temporária (trabalho temporário); problema de ordem sexual (problema sexual); curso […]
O que essas duplinhas têm em comum? Dois pontos: 1. indicam tamanho 2. são atrevidos. Às vezes aparecem sozinhos. Funcionam como substantivos ou adjetivos. Aí, cuidado. Eles seguem as regras de acentuação da língua. Míni e máxi são paroxítonas terminadas em i. Levam acento. Iguaizinhos a táxi e júri: “Nem máxi nem míni”, disse Maria. “Prefiro a saia à altura do joelho”. Hífen Maxi- e […]
A greve do transporte público deixou duas saídas para quem precisa sair de casa. Uma: tirar o carro da garagem. A outra: recorrer ao transporte pirata. Assim mesmo: pirata, na função de adjetivo, escreve-se sem hífen. Flexiona-se no plural: transporte pirata, transportes piratas; rádio pirata, rádios piratas.
O carnaval deitou e rolou nesta terra mestiça. Deu filhotes. Dele nasceu carnavalesco. O sufixo –esco é velho conhecido nosso. Aparece em adjetivos. Mas não qualquer adjetivo. Só nos derivados de substantivos. Quer dizer semelhante, parecido. Carnavalesco é semelhante a carnaval. Dantesco, a Dante. Burlesco, a burla (zombaria). Momesco, a momo. A família cresceu. Veio o neto — o advérbio carnavalescamente. Reparou? Ele é filho […]