Por que? Por quê? Porque? Porquê? É um deus nos acuda. Ora a dupla vem coladinha. Ora, separada. Às vezes com acento. Outras, sem lenço nem documento. Quem entende? É um nó nos miolos. Já tratamos do assunto. Mas, volta e meia, leitores pedem a retomada do tema. É o caso de José Aldo. Ele e jornalistas, advogados, professores, estudantes & gente boa como […]
“Esse local tem acidentes demais. E geralmente são sérios, com vítimas fatais”, escrevemos na pág. 32. Vale o repeteco. Fatal é o que mata. O acidente mata. É fatal. A vítima não mata. Morre. Não é fatal.
Jerônimo Campos escreve: “Parece-me haver força em demasia em expressões usadas comumente nos meios de comunicação e que, aos poucos, incorporadas ao cotidiano das pessoas, passam a representar algo diferente de seu significado. Veja o caso de `redobrado´. Redobrado é dobrar de novo. Vale por quatro da unidade de medida de origem. “Precisa tomar cuidado redobrado” significa aumentar absurdamente o cuidado normal das pessoas. Se […]
O acidente no Lago Paranoá trouxe ao cartaz a palavra boia. Com a reforma ortográfica, os ditontos oi e ei perderam o acento nas paroxítonas. Mas o mantêm nas oxítonas e nos monossílabos tônicos: boia, joia, jiboia, paranoia, heroico, ideia, assembleia, mas herói, lençóis, dói, papéis, coronéis.
“A unanimidade é burra”, dizia Nelson Rodrigues. Por que lembrar as palavras do teatrólogo e jornalista que fez história no Brasil? Por causa do café. Na semana passada, comemoramos o Dia Nacional do Café. Os amantes do pretinho gostoso chamaram a bebida de paixão nacional. “Ops!”, exclamaram vozes aqui e ali. “A paixão nacional”, disseram elas, “é o futebol. Não é por acaso que o […]
CILENE RODRIGUES Ph. D. em linguística e professora da University College London Resposta ao título deste artigo é: podemos, mas seremos castigados. Quando o assunto é educação, nós, brasileiros, adoramos nos comparar com outros países. O que é normal, já que ocupamos o 73º lugar no ranking mundial para o índice de desenvolvimento humano. Então, para não perder o costume, aqui vai […]
Samba do texto doido “O juiz se baseou no fato de as empresas terem trabalhado juntas em um obra similar, em 2002, em Curitiba e pelo presidente do Metrô, na época da licitação, ter sido ex-funcionário da Altran”, escrevemos na pág. 24. Que confusão! Sobram vírgulas. Faltam flexões, paralelismo e releitura. Falta, sobretudo, clareza. Sugestão de reescrita: O juiz se baseou no fato de as […]
“Toma e lê.”
Emeu tempo de estudante, meu professor de português ensinava que as letras do abecedário, quando isoladas, não têm plural. Assim escreve-se ou fala-se um L, dois L, etc. Minha pergunta: já que vejo grafado o plural de letras, qual é a forma correta — a do professor secundário ou a corrente? (Mario C.C.) Mário, as letras têm plural. Você pode expressá-lo de duas formas. Uma: […]
“O tornado que devastou a cidade, no último domingo, produziu ventos de 320km/h e agora volta à memória dos moradores a cada alerta de tempesatade”, escrevemos na pág. 23. Um período, dois tropeços. O primeiro: a vírgula sobra. Por quê? O adjunto adverbial está no lugarzinho dele. O outro: o agora também sobra. Melhor: O tornado que devastou a cidade no último domingo produziu ventos de […]