Li no jornal: “A honraria é conferida a quem contribuiu para a fundação da Universidade Federal de São João del Rei e foi entregue pelo reitor Helvécio Reis, em solenidade com as presenças do senador e ex-presidente da República, José Sarney, do governador…” Minha pergunta: o plural de presença configura erro ou se trata de simples agressão aos ouvidos do leitor? (Orlando Gonçalves de Freitas) […]
Hotéis e restaurantes se preparam para receber os turistas. Orientam os empregados para lidar com hóspedes de culturas diferentes. Uma das preocupações é a língua. O espanhol tem palavras iguais às portuguesas. Mas o sentido não guarda nenhum parentesco. Três delas mereceram atenção especial. Uma: esquisito. Para nós, o vocábulo quer dizer estranho, exótico, bizarro. Para eles, pra lá de delicioso. Outra: propina. No português […]
Quem diria? Os árabes fazem escola. Com a ajuda das redes sociais, eles levaram o povo às ruas. Com fome de democracia, fizeram manifestações pacíficas. Políticos não tiveram vez como políticos. Só como membros da sociedade civil. O Brasil aprendeu a lição. Usou os mesmos recursos e promoveu passeatas pelo país. De cara pintada, adultos e crianças foram às ruas. O objetivo: dar um basta […]
A festa de 7 de Setembro teve novidades. Além do tradicional desfile militar e o da moçada que exibe talento e patriotismo, o palanque mostrou mudanças. Pela primeira vez na história deste país, uma mulher comandou o espetáculo. Com ela, a filha e o neto. A imprensa registrou a presença familiar. Mas, na hora de escrever, velha dúvida deu nó nos miolos de editores e […]
“Dilma brinca com o neto Gabriel no palanque lotado de ministros”, escrevemos na pág. 2. Tradução: Dilma tem mais de um neto. Falso, não? Ela só tem um. Termo explicativo, Gabriel vem entre vírgulas: Dilma brinca com o neto, Gabriel, no palanque lotado de ministros. No box da mesma página, cometemos a mesma falha a torto e a direito: “O talento do filho do ministro […]
O Estadão (de SP) publicou nesta quinta notícia sobre um show que Roberto Carlos deu em Israel. Quanto ao cantor, não sei se acertou todas. Mas o jornal errou. Vejamos como escreveu: (Roberto Carlos) inaugurou uma tradição brasileira em Jerusalém na noite de ontem. (…) Inaugurar uma tradição? Se é uma tradição, já existe há tempos, não pode ter sido inaugurada agora. Se algo foi […]
“Em um telão, serão mostradas imagens das defesas e dos gol de Ceni”, escrevemos na pág. 2 do Super Esportes. Cadê o esse? Gol tem plural. É gols.
“Só valoriza a primavera quem conhece o inverno”, dizem os moradores dos países gelados. “Só valoriza o Hino Nacional quem está fora do país”, comentam os patriotas. Na terra dos outros, ver a bandeira verde-amarela hasteada mexe com o coração. Ouvir o hino liquefaz a alma. Aqui muitos torcem o nariz na hora de se pôr em posição de sentido para ouvir ou cantar o […]
“No fim, eles levaram mais de R$ 2 mil que havia na caixa dos dois estabelecimentos e fugiu”, escrevemos na capa. “Vem mais mudanças por aí”, na pág. 25. Viu? Dois tropeços na concordância. Em ambos, ignoramos o sujeito. Por quê? No primeiro, porque ele está longe. No segundo, porque está depois do verbo. Nos dois, porque a distração falou alto. Melhor fazer as pazes […]
“Hifens, itens e liquens são mosca de padaria. Estão presentes emqualquer prova vira-lata de qualquer concurso, vira-lata ou não”, pensou ocandidato. Com acento? Sem acento? Tacou-lhe o sinalzinho. Errou. Ele seesqueceu da velha rixa existente entre as oxítonas (cuja sílaba tônica é aúltima, como em sofá, tupi, urubu) e as paroxítonas (cuja sílaba tônica é apenúltima, como em casa, táxi, automóvel). Culpa da memória. Tudoaconteceu […]