Vão longe os tempos em que ela era a rainha do lar. Ou os tempos descritos pelo Padre Vieira. “A mulher”, dizia ele, “só deve sair de casa em três ocasiões: no batizado, no casamento e no enterro”. Os ventos mudaram. Embarcando na onda libertária da segunda metade do século passado, ela deu o grito de independência ou morte. Enfrentou preconceitos. Desfilou barriga grávida pelas […]
É mulherzinha pra cá, mulherzinha pra lá, mulherzinha pracolá. O diminutivo ganha espaço cada vez mais generoso em casa e na rua. Grifes famosas lançam moda pra mãe e filha. São vestidos, calças, sapatos, bolsas etc. e tal iguaizinhos pra umas e outras. Daí a necessidade da forma que vale por duas — indica tamanho pequeno e exprime carinho. Vale a questão: como fazer o […]
Volta e meia, digo “nunca jamais”. É redundância? (Pedro Souza) É. Só use a dupla em brincadeirinhas. Ou, se for o caso, em sentido literário. “É segredo cuja chave ninguém nunca jamais soube onde ficava”, escreveu Machado de Assis. Mas, vale lembrar, Machado é Machado. Tem licença poética. Com ela, pode tudo.
“Governo federal pretende instalar sistema de frequência digital nas escolas públicas, a partir de 2012”, escrevemos na pág. 21. Viu? Desperdiçamos vírgulas. A oração adverbial está no lugarzinho dela. O sinal sobra. Melhor: Governo federal pretende instalar sistema de frequência digital nas escolas públicas a partir de 2012.
Duas notícias chamaram a atenção nesta semana. Ambas se referem a números. A primeira: o Brasil aparece em 84º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU. A outra: Dilma figura na 22ª posição na lista das pessoas mais poderosas do mundo. Uns dias antes, nova cifra ocupou as manchetes. A Terra recebeu novo morador. É o 7.000.000.000º habitante. A divulgação trouxe […]
“Começou a aparecer alguns shows”, escrevemos na pág. 8. Ops! Caímos na cilada do sujeito posposto. Se pusermos a oração na ordem direta, a pisada na concordância fica clara: Alguns shows começaram a aparecer. Logo, começaram a aparecer alguns shows.
“Nunca tivemos tanta necessidade de ler e escrever quanto hoje. Não podemos utilizar um computador se não soubermos ler e escrever.”
O Bom-Dia, Brasil falava das maluquices do tempo. Em plena primavera, os sulistas tremem de frio. Os nordestinos derretem de calor. De repente, não mais que de repente, Renata Vasconcelos soltou esta: “Em Porto Alegre fazem 14º”. Atento, Chico Pinheiro pediu que ela repetisse o número corretamente. A bela, sorriso aberto, disse com charme: “Faz 14º”. É isso. O verbo fazer adora armar ciladas. Não caia […]
Vi este tropeço em uma revista de grande circulação: “No dia 27 de junho, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandato de prisão para Kadafi…” e “O mandato do TPI fez com que ele e os filhos decidissem ficar na Líbia”. Houve equívoco no uso da palavra mandato. O autor mandado? Dila. Pereira
DAD SQUARISI // dadsquarisi.df@@dabr.com.br O câncer do Lula lembra a amputação das pernas do João do Pulo, a surdez de Bethoven ou o corte do cabelo de Sansão. Atinge-lhe a fonte do poder. O Lula mudo, titubeante ou monossilábico seria um Luiz como tantos Luízes existentes Brasil afora. Sem a pinta de um José Mayer, a conta bancária de um Eike Batista, o glamour de […]