Ponha-se na rua

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Em 1808, a família real chegou ao Brasil. Com ela, veio a corte portuguesa. Onde abrigar tanta gente? O jeito foi desalojar os moradores das casas mais ajeitadas. A forma era simples. Colava-se na porta da residência eleita um papel com a inscrição PR. As duas letrinhas queriam dizer príncipe regente. Os cariocas, gozadores desde então, davam-lhe outra leitura: ponha-se na rua. Os tempos mudaram. […]

Bola sete

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  Caiu o primeiro, caiu o segundo, caiu o terceiro, caiu o quarto, caiu o quinto, caiu o sexto. Acusados de corrupção, cinco ministros deram adeus à Esplanada dos Ministérios. Um saiu por outra razão. Falou mais do que devia. Quem será o próximo? Apostas circulam em Brasília. A preferência: Carlos Lupi, do Trabalho. “Ele é a bola da vez”, dizem todos. “Só se for […]

Erramos

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Flatônio José da Silva comenta: “Na entrevista com o deputado Reguffe, saiu este texto: `As pessoas aqui na Câmara não entendem porque, às vezes, eu voto contra o governo e, às vezes, voto a favor´. Porque, no caso, quer dizer `por que motivo´. Grafa-se por que quando a palavra motivo estiver clara ou subentendida”. O leitor tem razão. Melhor: As pessoas aqui na Câmara não […]

À bala

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“Daqui não saio, daqui ninguém me tira”, canta o ministro do Trabalho. Mas denúncias de corrupção não param de chegar. Favorecimentos, cobrança de propinas & cia. pouco ética perseguem Sua Excelência. As más e as boas línguas dizem que a demissão virá mais dia, menos dia. “Duvido que a presidente me tire. Só saio abatido à bala”, desafiou a criatura atrevida. Os jornais não deixaram […]

Circula por aí

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Adriano Lafetá leu este texto na internet. Gostou. Encaminhou-o ao blogue com esta observação: “Dizem que é do Luiz Fernando Verissimo. Não assino embaixo. De qualquer forma, vale. Tomara que os leitores também gostem”.   Eu tomo um remédio para controlar a pressão. Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta. Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o preção. […]

Erramos

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A enumeração tem exigências. Uma delas: o respeito ao paralelismo. Para funções iguais, estruturas iguais — os itens começam ou com verbo ou com nome. Não vale misturar. Na pág. 28, pisamos a bola. Nomes e verbos brigam (recolha, verifique, as turmas, observe, converse). Melhor descer do muro: recolha, verifique, avalie, observe, converse ou impressões, profissionais, turmas, avaliação, observação.  

Conversa indiscreta

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DAD SQUARISI // dadsquarisi.df@@dabr.com.br Cannes recebeu o G20. A charmosa praia francesa reuniu os governantes mais poderosos do mundo. Entre eles, os presidentes da França e dos Estados Unidos. A dupla se preparava para dar entrevista coletiva. Os repórteres receberam aparelhos de tradução — com uma advertência: só podiam ser ligados mediante autorização. Foi a maçã da Eva. Adões não resistiram. Ouviram conversa pra lá […]

Crime e crime

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As palavras enganam. Ao ouvir o adjetivo culposo, a gente pensa em culpa. No Código Penal do Brasil, a inferência leva a erros. Homicídio culposo é quando a pessoa não tem intenção de matar. Mas mata por negligência, imperícia e imprudência. É o caso da mãe que esquece o filho no carro. A criança não resiste ao calor. Morre. A descuidada não queria protagonizar a […]