Excesso x escassez

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O Sudeste se afoga com o excesso de chuva. O Sul, sem receber uma gota de água do céu, sente sede. Jornalistas comentam. A frase que mais se ouve é esta: “Nalguns pontos do país chove de mais; noutros, de menos”. A grafia é assim mesmo — de mais, separadinho, se opõe a de menos.

Erramos

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“Há preços para todos os tipos de consumidores, desde aqueles que procuram algo em torno de R$ 50 ou para quem vai escolher vestidos de festa”, escrevemos na pág. 29. Ops! Tropeçamos no paralelismo (desde…até) e na economia verbal. Melhor: Há preços para todos os consumidores, desde os que procuram algo em torno de R$ 50 até os que escolhem vestidos de festa.  

Natureza de mau humor

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É a crônica da tragédia anunciada. A visita das chuvas de verão é tão certa quanto o suceder dos dias e das noites, o vaivém das estações do ano, a mudança das fases da Lua. Furiosa, a água derruba pontes, alaga ruas, desabriga multidões. Pior: rouba vidas e alastra doenças. O caos se repete ano após ano. Providências? Apesar do aviso prévio, as autoridades fazem […]

Por falar em chuva…

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Chuva em excesso causa enchente. A grafia da trissílaba dá nó nos miolos dos falantes da língua nossa de todos os dias. A razão: depois do en-, o x pede passagem. É o caso de enxada, enxame, enxoval, enxaqueca, enxofre, enxergar, enxerto, enxerir, etc. e tal. Por que enchente se escreve com ch? Porque deriva de cheio (encher). É a tal coisa: filho de peixe peixinho […]

Erramos

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“O Correio apurou que foi justamente essa proximidade do agora ex-secretário com a gestão anterior que incomodava Aldo”, escrevemos na pág. 4. Ops! Tropeçamos na economia e na correlação verbal. Melhor: O Correio apurou que era justamente essa proximidade do agora ex-secretário com a gestão anterior que incomodava Aldo. Melhor aínda: O Correio apurou que justamente a proximidade do agora ex-secretário com a gestão anterior […]

Eis a questão

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A gente toma vacina pra gripe ou contra a gripe? Ops!Tomar vacina pra gripe? A gripe vai adorar. Fortona, fortona, tornar-se-á dona do seu rico corpinho. E haja tosse, haja febre, haja mal-estar. Convenhamos: ninguém merece. É melhor tomar vacina contra a gripe. Com ela, fecham-se as portas para o incômodo. Xô!

Curiosidade

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Paulo Mendes Campos, há 20 anos, escreveu este primor: “Floresta de Miranda era um dos carecas mais simpáticos do Rio. Além de usar um casaco sem lapela (por inútil), de retirar a buzina de cada carro que comprava, de colocar pronomes pelas leis lusas, além de mil outras manias e sistemas, colecionava palavras antipáticas e rebarbativas. Mostrou-me um álbum em que inúmeras pessoas manifestavam suas […]

A gente

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Quando ouve as pessoas dizerem “a gente fez”, “a gente vai”, “a gente não gostou”, Érica sente arrepios. Além de detestar o “a gente”, ela tem a impressão de que a dupla pisa a gramática. Será? Érica, é questão de preferência. Você não gosta de a gente? Parta pra outra. Use nós. O significado se mantém. Mas o texto perde um pouco da informalidade. A […]