Exercício de liberdade

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A língua é um sistema de possibilidades. Há jeitos e jeitos de dizer. Quanto mais os conhecemos, mais livres somos. E mais eficazes na comunicação. Vale o exemplo de vetar. Podemos dizer que o presidente veta uma lei. Ou que o presidente opõe o veto a uma lei. O significado é o mesmo. Você escolhe.  

Ser chique é…

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  “O carro que você gosta está aqui”, diz outdoor espalhado pela cidade. Charmoso, o anúncio chama a atenção. Passantes o leem. Mas, ao bater os olhos no texto, põem a barba de molho. “Cadê a preposição?, perguntam desconfiados.   Eis um calo no pé. Aliás, um calão. Boa parte dos brasileiros tem dificuldade de empregar o pronome relativo. É o caso de que, o qual, […]

Erramos

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“Polícia Civil prende quadrilha que se autointitulava Primeiro Comando da Candangolândia e que planejava matar quatro delegados”, escrevemos na capa de Cidades. Reparou no desperdício? O segundo pronome relativo sobra. Xô! Melhor: Polícia Civil prende quadrilha que se autointitulava Primeiro Comando da Candangolândia e planejava matar quatro delegados.

Mania nacional

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  Médicos põem a boca no mundo. De um lado, falam das más condições de trabalho. De outro, da escassez de profissionais. Por fim, de hábito bem brasileiro. Nove em cada 10 tupiniquins tomam remédio por conta própria. Automedicam-se. Vale a pena, por isso, debruçar-se sobre o prefixo auto-. Como escrever os derivados? Com hífen? Sem hífen? A dissílaba pede tracinho quando seguida de h ou o. No mais, […]

Erramos

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“Por isso, minha advogada continua brigando na Justiça para trazer meu livro de volta. Creio que mais cedo ou mais tarde isto acontecerá”, escrevemos na capa do Diversão&Arte. Reparou nos dois tropeços? Um levou as vírgulas. O outro trocou letra. Que tal levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima? Assim: Por isso, minha advogada continua brigando na Justiça para trazer meu livro […]

Filho de peixe…

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“Cachoeira era useiro e vezeiro em subornar consciências”, repetem repórteres, políticos, empresários. A ladainha suscitou uma questão. É esta: por que useiro se grava com s e vezeiro com z? Trata-se do respeito à família. Na língua, filho de peixe peixinho é. Useiro é filhote de uso. Vezeiro, de vezo (costume, hábito). O s e o z funcionam como sobrenome.