“Eu prefiro muito mais as águas mornas do Nordeste do que as águas geladas do Sul”, disse turista em férias nas paradisíacas praias de Natal. Problemas? Há dois. Ambos relacionados ao verbo preferir. O primeiro arranha a regência. A gente prefere uma coisa a outra. O segundo comete abuso. Não se prefere mais nem menos. Simplesmente se prefere. Assim: Eu prefiro as águas mornas do Nordeste às águas […]
Ideia original de Wilma Schiesari Legris Texto de José Horta Manzano Todos os que, no domingo 1° de julho, se encontravam em Brasília, na rota dos jatos Mirage, puderam notar um barulho ensurdecedor. A plácida obra de arte, eterna guardiã do STF, aquela que carrega uma espada nua no colo e uma venda na cara a servir de cortina para tapar-lhe a retina, não […]
“Em busca de holofotes, clubes da Série A aproveitam o poderia econômico do país atraindo veteranos que brilharam na Europa. Ousadia lembra o “boom” de ligas, do Japão, China, Catar, Emirados e EUA”, escrevemos na pág. 2 do Super Esportes. As aspas são os urubus do texto. Há regras para usá-las. Palavras estrangeiras dispensam-nas sim, senhor. Xô!
Está lá, no café da Academia Brasileira de Letras. Ao entrar no simpático ambiente, um texto de Machado de Assis chama a atenção. É este: “Mais de uma vez tenho lido e ouvido que a cidade do Rio de Janeiro nada tem de airosa e garbosa (…) Não me oponho a esse juízo. Mas eu não conheço as belas cidades estrangeiras e, depois, falo da […]
Caetano Veloso escreve no Globo. Brinda os fãs com um texto por semana. Nos últimos, deu umas cochiladas. Chamou o acento grave de agudo. Não só. Desatento, escreveu este período: “A não concordância de número nos verbos e adjetivos também me faziam mal”. Os leitores caíram de pau. Sem piedade, puxaram as orelhas do talentoso cantor. Ele chamou o tropeço de “erro perfeito”. Perfeito? Sabe-se […]
Caetano não parou por aí. Disse que os erros o haviam afastado do objetivo: escrever um texto com o título “À Francisco”. Ops! Crase antes de nome masculino? Antes que alguém lhe lembrasse que a crase não foi feita pra humilhar ninguém, ele se entecipou. Deu uma liçãozinha sobre o assunto. Só se usa o grampinho antes de nome feminino. No caso de “À Francisco”, […]
“Leitura = liberdade.”
Sabia? A língua tem casaizinhos. São os senhores unha e carne. Inseparáveis, os dois têm os mesmos amigos e os mesmos sócios. O que acontece com um acontece com o outro. É o caso dos parezinhos: Trabalho de segunda a sexta, das 8h às 18h. Viu? De…a não pede o grampinho. Mas das…às exige o acento. Por quê? Para ter certeza de que você sabe […]
“Estabelecem os limites máximos para os nutrientes”, escrevemos na pág. 24. Reparou na redundância? Limite é o ponto extremo que não pode ou não deve ser ultrapassado. O adjetivo (máximos) sobra, não? Xô!
Márcio Cotrim Claraboia Claraboia é a abertura envidraçada, com caixilhos, feita no teto ou em paredes externas de prédios ou casas a fim de permitir a passagem da luz. O berço desse vocábulo é o francês claire-voie, literalmente caminho claro. Em outras palavras, uma abertura no alto das edificações destinada a permitir a entrada de luz ou a passagem de ventilação. O filme Topkapi, com […]