Berço da palavra 3

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Márcio Cotrim Amoque Amoque é o estado patológico de certos povos orientais, caracterizado por alucinações visuais e impulsos homicidas, seguidos de profundo abatimento. O vocábulo tem seu berço no malaio amok. Curioso que, sendo palavra dicionarizada, só nos anos 40 do século passado teve popularidade entre nós. Isso se deveu ao conto do escritor austríaco Stefan Zweig — muito em voga naquela época no Brasil […]

Berço da palavra 2

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Márcio Cotrim Lambreta Assim como a vespa, outro gracioso veículo sobre duas rodas, a lambreta representou um marco no transporte econômico no período de reconstrução da Itália e também do resto da Europa, castigada pela Segunda Guerra Mundial. Os dois veículos, de concepção simples e prática, foram desenhados a partir de conceitos parecidos que geraram natural rivalidade que se alastrou pelo mundo, inclusive no Brasil. […]

Berço da palavra 1

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Márcio Cotrim Camelô Camelô é galicismo. Tem berço no francês camelot, vendedor de artigos de pouco valor, algumas vezes substituído por marreteiro, como em São Paulo. Camelô e ambulante são sinônimos, só que o primeiro é  forma popular e o segundo denominação usada na legislação. Os camelôs, cujo patrono informal é Sílvio Santos, magnata da TV brasileira, historicamente se concentram nas regiões de maior trânsito […]

Michele Pacheco pergunta

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Enviei um e-mail para uma amiga explicando sobre um tratamento que fiz. Lá pelas tantas, escrevi assim: “A partir daí, seguiu-se semanas de uma série de exames”. Relendo o texto, percebi o erro. Seguiu-se? Não seria seguiram-se? Aí bateu a dúvida: semanas de uma série de exames é o sujeito? O sujeito posposto é um dos grandes inimigos da concordância. Pra acertar sempre, basta inverter […]

Sugestão

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  A mineira M. Graças Rocha, de Virginópolis, escreve: “Vejo o plural de vida usado a torto e a direito. É nossas vidas pra cá, suas vidas pra lá, como se fôramos felinos, de sete vidas. Dê a sua mãozinha para mandarmos o barbarismo pras cucuias”. Vida joga no time de ciúme, saudade, tristeza. São todas palavras que têm plural — vidas, ciúmes, saudades, tristezas. […]

Regina Ivete pergunta

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  Leio com frequência frases como esta: João e José são irmãos. Este estuda inglês; aquele, alemão. O este se refere a José, não? Nota 10, Regina. Trata-se de estrutura fechada. Nela, só dois elementos têm vez. Ao retomá-los, o este se refere ao mais próximo do pronome. O aquele, ao mais distante: Joana e Gabi são bancárias. Esta (Gabi) trabalha no Itaú; aquela, no […]

Recifense escreve

Publicado em Deixe um comentárioGeral

A festa é em Paraty. Mas o encontrão se deu em jornal do Recife. Entre outras, saiu esta: “Miguel Conde ressalta: ‘Tive a sorte de montar uma programação que vai de encontro às minhas ideias e objetivos´. Melhor seria que a programação fosse ao encontro das ideias e dos objetivos de Conde. (José Fernandes Costa) É isso. Parecido não é igual. Mas confunde. Ao encontro […]

Perdão, colegas

Publicado em Deixe um comentárioGeral

E o Demóstenes, hein? Ele decidiu falar todos os dias. Começou na segunda. Depois de juras de inocência, pediu perdão aos colegas. Com olhar firme e voz mansa, empregou o verbo perdoar como manda a gramática. O português moderno se derrete de amores por objeto direto de coisa e indireto de pessoa. Complemento pessoa? Use perdoar a. Complemento coisa? Perdoar simplesmente. O Senhor assina embaixo: […]

Questão de preferência

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  É fiasco atrás de fiasco. A CPI do Cachoeira convoca depoentes. Microfones são testados. Taquígrafos ficam a postos. Parlamentares chegam afiados, louquinhos pra fazer perguntas. Cadê? Falam pras paredes. Bicheiro & cia. mantêm-se calados. A imprensa questiona o método. Por que não analisam os documentos? Ali estão todas as respostas. Eis o porquê: deputados e senadores preferem falar a ler. Reparou na regência? A […]

Reflexões de uma estátua

Publicado em Deixe um comentárioGeral

a propósito do incidente que estilhaçou os vidros do STFIdeia original de Wilma Schiesari LegrisTexto de José Horta Manzano Todos os que, no domingo 1° de julho, se encontravam em Brasília na rota dos jatos Mirage puderam ouvir um barulho ensurdecedor.A plácida obra de arte, eterna guardiã do STF, aquela que carrega uma espada nua no colo e uma venda na cara a servir de […]