“…estava de camisa branca e terno azul marinho”, escrevemos na pág. 2 do Super Esportes. Epa! Esquecemos o hífen. A turma do azul se escreve com o tracinho: azul-ferrete, azul-celeste, azul-fino e, claro, azul-marinho.
Se existe avô e bisavô, por que o que vem depois é tataravô, não trisavô? (Edilene Gonçalves) Acredite, Edilene. Trisavô figura firme e forte no dicionário. É o pai do bisavô ou da bisavó. Linguinha surpreendente, não?
Celito De Grandi escreve: “Sou teu admirador, visito sempre o blogue. O texto é fluído, elegante, gostoso. Como também gosto de vinhos, espumantes e, especialmente, champanhe, quero fazer uma observação sobre post publicado no réveillon. Champanhe é designação exclusiva dos vinhos fabricados na região com esse nome, como escreveste. Mas a França produz outros vinhos e espumantes de excelente qualidade, como os da região de […]
“Detalhes demais, clareza de menos”, escrevemos na pág. 7. Viu? Caímos numa das armadilhas da língua. O contrário de de menos é de mais — assim, separadinho, um pedaço lá e outro cá.
Olho vivo! Cincoenta não existe. A palavra é cinquenta. * Protocolar ou protocolizar? Protocolar, claro. Protocolizar joga no time do cruz-credo. Rua! * Exceção se escreve assim — com ç. Ela deriva de excetuar. * O adjetivo derivado de Acre? É acriano. Assim mesmo — com i. * Quem nasce na Argentina é argentino. Quem vem ao mundo em Buenos Aires, portenho. É como paulista […]
Dicas de português em até 140 caracteres? Claro que sim. Cheia de possibilidades, a língua se adapta aos caprichos do freguês. É mais ou menos como a água. No copo, na garrafa ou na panela, o líquido toma a forma do recipiente. Jogado no chão, espalha-se sem resistência. Ingerido, chega ao estômago com a desenvoltura de quem anda pra frente. Qualquer um pode lançar mão […]
“O prazo final para inscrição no Sisu termina hoje à noite”, escrevemos na capa. Reparou na redundância? Final e termina se estranham. Se termina, só pode ser final. Melhor harmonizar as relações. Assim: O prazo para inscrição no Sisu termina hoje à noite.
Li no Estado de Minas que “o Atlético fixou outdoor comemorativo em frente à Cidade do Galo”. Não seria afixou?(Luiz Carlos Dutra) Na definição de fixar e afixar, os dicionários Houaiss e Aurélio admitem os dois verbos como “fixar cartazes em muros”. Ao dar a acepção jurídica, ambos exigem o afixar na acepção de “prender ou pregar, geralmente em local próprio e visível ao público, […]
“Corrêa é conduzido ao chegar no Recife”, escrevemos na pág. 4. Ops! Pisamos a regência. A gente chega a algum lugar. A preposição em deixa a pessoa no caminho. Melhor corrigir o rumo: Corrêa é conduzido ao chegar a (ao) Recife.
Marcelo Abreu Como diria o gaiato do alagoano Ancelmo Gois, “há testemunhas”. Estava agora há pouco tomando um café com meu amigo quando, de repente, chegaram duas adolescentes. Sem errar, deviam ter entre 15 e 16 anos. No máximo, 17. Sentaram-se ao nosso lado. Adolescente fala alto. Não tem pudores. Nem se importa com quem escuta. No meio da conversa, entre uma teclada e outra […]