Quando nasceu, internet era sigla. Escrevia-se, como as irmãzinhas dela, com a inicial maiúscula — Internet, Detran, Embrapa. Com o tempo, ganhou acepções. Passou a designar um tipo de mídia como jornal, rádio, televisão. Resultado: perdeu a majestade. Plebeia, grafa-se com a inicial pequenina da silva: Costumo ler notícias em revistas, jornais e internet. Tenho o hábito também de ouvir rádio e assistir aos […]
“Na tentativa de evitar novos constrangimentos a Dilma e a ele próprio, presidente da Fifa quer vetar exposição de autoridades nos estádios”, escrevemos na pág. 2. Reparou nos dois cochilos? Um: a Fifa só tem um presidente. O artigo se impõe. O outro: na função reflexiva, o ele não tem vez. É o si que pede passagem. Assim: Na tentativa de evitar novos constrangimentos a […]
“Dar exemplo não é apenas a principal maneira de influenciar o aluno. É a única.”
O futebol produz algo mais que ídolos. Cria milionários. Os craques ganham salários. Ganham também participação em publicidade, venda de produtos com a cara ou o nome deles, aluguéis e rendimento de aplicações financeiras. A fortuna atinge as alturas. O ricaço número 1 fala a nossa língua. É o português Cristiano Ronaldo. O bonitão deita e rola sobre US$ 392 milhões. Dois brasileiros figuram entre […]
“Acho que fala-se pouco disso”, escrevemos na pág. 5 de Diversão&Arte. Viu? Ignoramos a força da conjunção que. A gangue qu (que, qual, quando, quanto, porque) funciona como ímã. Atrai irresistivelmente o pronome. Assim: Acho que se fala pouco disso.
Você costuma prestar atenção aos anúncios? Em jornais, rádios ou tevês, eles usam a língua de forma pra lá de criativa. E, em geral, capricham na mensagem. É o caso da Unimed. Eis o texto veiculado na telinha: “Unimed. Cuidar de você. Esse é o plano”. Viu? O emprego do esse, um dos calos mais dolorosos do português, merece nota 10. Ele remete ao enunciado anterior. […]
A misteriosa queda do avião da Malásia tem merecido bom espaço no noticiário. Volta e meia, vejo a palavra copiloto grafada assim, tudo colado. Está certo? (Luiz Dutra) O prefixo co- joga no time dos alérgicos. Enche-se de erupções diante do hífen. Por isso, com ele o tracinho não tem vez. Veja: copiloto, corréu, coautor, coabitação.
Olho vivo, moçada. Quaresma, semana santa e sábado de aleluia são nomes comuns. Escrevem-se com a inicial pequenina. Sexta-feira da Paixão e Páscoa jogam em outro time. Nomes próprios, escrevem-se com a inicial grandona. .
“A mobilização, que coincidiu com o dia internacional da mulher, foi convocada sete dias antes”, escrevemos na pág. 13. Viu? Tropeçamos nas maiúsculas. Datas comemorativas são nomes próprios. Grafam-se com a inicial grandona: Dia Internacional da Mulher, Dia das Crianças, Dia das Mães, Dia dos Namorados etc. e tal.
Artur tem cinco anos. Estava, com o pai e o irmãozinho, em empório de produtos naturais. Depois de dar uma olhada nas ofertas expostas, apontou para um pacote de biscoitos e perguntou pra vendedora: — É integral? Sorridente, ela respondeu que sim. Ele não pensou duas vezes: — Então não quero.