Louco, loucura. Feio, feiúra. Seco, secura. Sempre que aparece, o sufixo -ura forma nomes abstratos derivados de adjetivos. Indica o jeitinho de ser. Brancura é a qualidade de alvo. Doçura, de doce. Feiúra, de feio. Formosura, de formoso.
Ops! Olho vivo com o “tratar-se de”. No sentido de “referir-se a”, só o singular tem vez: Trata-se de mudança séria. Trata-se de mudanças sérias. Tratava-se do homem mais rico do mundo. Tratava-se dos homens mais ricos do mundo. É isso.
DAD SQUARISI // dad.squarisi@correioweb.com.br Assessores próximos do presidente dizem que Lula é ouvinte atento. Sempre que alguém lhe apresenta um projeto, ele olha nos olhos do interlocutor, acompanha a exposição com interesse e faz perguntas até entender o assunto. Por fim, indaga firme: — Em que isso beneficia o pobre? A proposta só avança se tiver resposta convincente. Estranha, por isso, […]
É inobstante pra lá, inobstante pra cá. Os advogados adoram o palavrão. O feioso só rivaliza com data venia. Outro dia, o advogado dos Nardonis disse alto e bom som: –Inobstante a negativa, vamos insistir na prisão domiciliar. O Wanderley dos Santos ouviu. Ante a ameaça de otite, consultou vários dicionários. Não deu outra. A pérola não existe. A forma é “não obstante”, […]
Maria Alice, lá das Alterosas, faz um apelo. “Bom-dia, boa-tarde e boa-noite são cumprimentos. Assim, com u. Por favor, não troquem as bolas. As bem-educadas palavras têm sentido arrepios a torto e a direito. Até os telejornais as chamam de comprimento. Uma letra faz a diferença. Com o, boas maneiras viram tamanho — comprimento da saia, da manga, da calça. Cruz-credo!”
“É melhor ler a Bíblia como literatura do que como texto religioso. O Velho Testamento é trabalho de um dos maiores contadores de história do mundo ocidental.”
Haver ou a ver? A pronúncia é a mesma. Mas a grafia e o sentido não se conhecem nem de elevador. Mas muita gente se confunde com a duplinha. O que fazer? O problema reside no “a ver”. Na dúvida, o a pode ser substituído por que. Veja: Lula disse que o Brasil não tem nada a ver (nada que ver) com […]
“Os sinais do nosso passado estão vivos nas ruas, no Café à Brasileira ou dentro do Palácio Nacional de Queluz, a residência onde o imperador dom pedro i nasceu e morreu”, escrevemos na capa do caderno Turismo. Descuido, não? Dom Pedro I é nome próprio. Escreve-se com as iniciais grandonas.
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Aqui, a coisa virou moda. Alguém entra na sala e não dá outra. Soltam esta: — Sem querer interromper, mas já interrompendo… O recurso é velho como o rascunh o da Bíblia. Chama-se preterição. Trata-se de um teatrinho. A pessoa finge não fazer o que, de fato, está fazendo. É mais ou menos a história do jogador da piada. O centroavante fez um gol […]