Boto cor-de-rosa, o sedutor.
Ele vive no Rio Amazonas. É alegre, brincalhão e protetor. Quando vê alguém em perigo de afogamento, corre pra salvar a pessoa. Todos o amam. Todos o querem.
Mas ele tem um segredo. Nas noites de festa, se veste de branco e se transforma em um moço muiiiiiiiiiiiiiito lindo e charmoso. Dança com as moças no baile, nada com elas no rio, ajuda as navegantes de pequenas canoas.
As jovens, enfeitiçadas, marcam encontro com o belo rapaz nas areias da praia. Lá, ele aparece e as leva ao palácio encantado, que fica no fundo das águas. Algumas não voltam. Outras engravidam. Quando perguntam quem é o pai, muitas respondem:
— É o boto.
Leva a fama
Quem tem fama dorme na cama? É isso mesmo. No Amazonas, quando uma jovem espera um filho e não diz quem é o pai, o rosadinho fica com a responsabilidade. A notícia se espalha:
— Foi o boto, sinhá.
Cor singular
Na nossa língua, muitas cores se escrevem com cor: cor de laranja, cor de mel, cor de caramelo, cor de gelo, cor de areia. Mas só uma se ganha hífen. É cor-de-rosa. Por quê? Dizem que é coisa do boto.
Inseparáveis
As duplinhas ai e ei são ditongos. Não afastam as letras nem com a sedução do boto cor-de-rosa. Por isso, na separação de sílabas, as duas ficam juntinhas:
praia – prai-a
areia – a-rei-a
Agora você. Separe as sílabas:
meia – …………………………………..
sereia – …………………………………
ideia — …………………………………..
Resposta
mei-a, se-rei-a, i-dei-a