Categoria: português
A precisão tem íntima relação com as palavras. Buscar o vocábulo certo para o contexto é trabalho árduo. Exige atenção, paciência e pesquisa. Consultar dicionários deve fazer parte da rotina de quem escreve.
Imagine que o leitor esteja à sua frente conversando com você. Sinta-se à vontade. Faça pausas e perguntas diretas. Dê ao texto um toque humano. Você se dirige a pessoas de carne e osso.
No mundo de corre-corre, queremos textos curtos, precisos e prazerosos. Rapidez de leitura fisga. Pra chegar lá, opte por palavras familiares. As longas e pomposas são pragas. Em épocas passadas, quando a língua era instrumento de exibição, elas gozavam de enorme prestígio. Falar difícil dava mostras de erudição. Impressionava. Hoje a realidade mudou. Impõe-se informar — rápido e bem.
Comece bem, com uma frase atraente, que desperte o interesse e estimule a vontade de avançar até o fim. Aí, ofereça o prêmio cuidadosamente escolhido: um fecho marcante. Lembre-se: a última impressão é a que fica.
Não canse. Escreva nem mais, nem menos – o suficiente. Busque a frase elegante, capaz de veicular com clareza e simplicidade a mensagem que você quer transmitir.
Boa parte das pessoas se indigna com palavrões, obscenidades e expressões chulas. Evite-as. Xô!
Surpresa chama a atenção e desperta a curiosidade. É o gosto pelo inusitado. O chavão vai de encontro à novidade. Soa como coisa velha. Transmite a impressão de pessoa preguiçosa, desatenta ou malformada. Em bom português: incapaz de surpreender.
O vermelho desbotou. Culpa do Internacional. O time gaúcho caiu pra segunda divisão. Com a queda, velho dilema deixou de existir. Papai Noel se vestirá de azul, cor do Grêmio, velho rival do Colorado. Ao descrever a partida, narradores repetiam minuto após minuto o adjetivo ruim. Deram o recado, mas tropeçaram na pronúncia. Ruim rima com arlequim. Ou gergelim. Ou Joaquim. A sílaba forte […]
Ambos os filhos? Ambos filhos? Dupla ou trio? Com o numeral, dois é pouco, três é bom. Depois de ambos, o substantivo deve ser antecedido de artigo: ambos os alunos, ambos os países, ambas as provas.
É excelência pra lá, excelência pra cá. Magnífico pra lá, magnífico pra cá. Meritíssimo pra lá, meritíssimo pra cá. Ops! Meritíssimo é o tratamento dado a juiz. Cuidado com a troca de letra. Se você disser ou escrever “meretíssimo”, ofende Sua Excelência. O pobre ezinho no lugar errado lembra meretriz. É cadeia certa.