Categoria: português
A língua tem verbos generosos. Abundantes, eles oferecem dois particípios. Um, terminado em –ado ou –ido, é regular (amado, vendido, partido). O outro, mais curtinho, irregular. Como usá-los? Depende da companhia. Com os auxiliares ser e estar, é a vez do pequeno. Com ter e haver, do grandão: Ele já havia aceitado os termos do contrato quando soube das mudanças. O contrato foi aceito. Paulo […]
“Candidatos a vagas nos legislativos local e federal, filhos, netos e até nora pretendem substituir antigos nomes da política candanga impedidos de concorrer por causa de doença e, em sua maioria, problemas com a Justiça”, escrevemos na pág. 17. Oba! Em vez do modismo “por conta de”, fizemos as pazes com a locução por causa de. Viva!
“No clique o repórter Ed Alves, o prédio e seu anexo refletem no espelho d´água”, escrevemos na pág. 21. Uma frase, dois tropeços. Um: espelho-d´água se escreve assim, com hífen. O outro: no caso, o verbo refletir é pronominal. O espelho-d´água reflete o prédio, mas o prédio se reflete. Melhor: No clique o repórter Ed Alves, o prédio e seu anexo se refletem no espelho-d´água.
Lembra-se das conjunções coordenativas? São aquelas cinco que os alunos sabem de cor e salteado: Aditivas: e, nem Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto Alternativas: ou, ou; ora, ora; já, já Explicativas: pois, que, porque Conclusivas: pois, portanto, logo Quase igual Assim como existem termos coordenados, existem as orações coordenadas. Elas se dividem em dois grupos: 1. Assindéticas. Elas querem distância da conjunção. Ficam […]
A história é velha. Tão velha quanto andar pra frente. José Cândido de Carvalho conta o fato. Freixeiras, funcionário da Companhia de Água e Esgotos do Rio de Janeiro, tinha um grande orgulho. Era a única pessoa na repartição que sabia pôr as vírgulas no lugar certo. Todos o reverenciavam por isso. Ninguém ousava contrariá-lo. Mas não há bem que sempre dure nem mal que nunca […]
Ambos os plurais estão corretos. Em indicações-chave, há uma expressão oculta: indicações (que servem de) chave. Com um ou outro, a alternativa é acertar, ou acertar.
“Se uma pessoa não pensa, não sabe o que fala nem compreende o que lhe dizem. Discutir com ela é impossível.”
As datas comemorativas grafam-se com a letra inicial maiúscula: Primeiro de Maio, Dia do Trabalho, 21 de Abril, Sete de Setembro, Proclamação da República, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia da Árvore, Natal, Guerra dos Farrapos. História Lá pelo século 18, os operários trabalhavam até 20 horas por dia. Não se falava em repouso aos domingos. Muito menos em semana inglesa. Com o tempo, […]
Remir se conjuga como falir. Defectivo, só se flexiona nas formas em que não se confunde com remar. Quais? Aquelas em que aparece o i: remimos, remis; remi, remiu, remimos, remiram; remia, remia, remíamos, remiam; remirei, remirá, remiremos, remirão; remiria, remiria, remiríamos remiriam; se eu remir, remir, remirmos, remirem; remisse, remisse, remíssemos, remissem; remindo, remido.
Atenção à regência. Remédio para ajuda o funcionamento de um órgão (remédio para o fígado, o coração, os pulmões). Remédio contra combate uma doença: remédio contra a gripe, contra a bronquite, contra a dor de cabeça. Olho vivo! Trocar as preposições pode custar caro. Dizer “preciso tomar um remédio pra gripe”? Valha-nos, Senhor. A gripe ganha forças.