Categoria: português
“Os artistas não cobram pela mão de obra, e a paciente arca apenas com os custos do material utilizado”, escrevemos na pág. 24. Viva! Justifica-se a vírgula antes do e. A conjunção liga orações com sujeitos diferentes. Se o período for lido rapidamente, pode dar a impressão de que os artistas não cobram pela mão de obra e a paciente. O sinalzinho de pontuação evita […]
“Dos 45 mandados de prisão expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, foram executados 33, com as prisões de 13 doleiros no Rio…”, escrevemos na pág. 3. Olhe o falso plural. O substantivo abstrato prisão se mantém no singular. O plural fica a cargo do complemento. É o caso de “a presença de 10 deputados (não: presenças), “o nome de 20 aprovados (não: os nomes). E, claro, […]
No lugar As orações adverbiais não fogem à regra do adjunto adverbial. Quando vêm depois da oração principal, estão no lugar delas. Nada de vírgula: • O TSE pode interferir na eleição / para evitar confronto. • Paulo retirou-se / quando o presidente entrou. • O carro agradou a todos / porque apresenta design moderno e bom desempenho. Deslocadas Se mudarem de lugar, usurpam a […]
A cena é familiar. Alguém vai andando galhardamente. Cabeça erguida, ombros eretos, barriga chupada, bumbum encaixado. De repente, não mais que de repente, tropeça. Levanta-se rápido. Desconfiado, olha pra lá e pra cá. Continua a marcha como se nada tivesse acontecido. Mas o estrago está feito. A frase também tropeça. Basta pôr certa vírgula em certo lugar. Mais precisamente: basta provocar o adjunto adverbial que […]
“Atualmente, ele é prefeito de Cabo Frio, e chegou a sair e voltar ao cargo entre 2016 e 2017”, escrevemos na pág. 2. Viu? Desperdiçamos vírgula. O sinalzinho antes do e sobra. A conjunção liga orações com o mesmo sujeito e não apresenta nenhuma possibilidade de confusão na leitura. Melhor poupar. Assim: Atualmente, ele é prefeito de Cabo Frio e chegou a sair e voltar […]
“O time mineiro venceu por 4 x 0 e acabou com a chance de os cariocas avançarem”, escrevemos na capa. Viva! O sujeito é elitista. Não se mistura com a preposição. Artigos e pronomes que o acompanham não se combinam: É hora de o Brasil melhorar os indicadores. Apareceu a oportunidade de ele sobressair. Chegou a hora de este galo cantar.
A língua é um conjunto de possibilidades. Flexível, a danada detesta monotonia. Oferece vários jeitos de dizer a mesma coisa. Veja: O aluno estudioso tira boas notas. O aluno que estuda tira boas notas. As frases dizem que há alunos e alunos. Não é qualquer um que tira boas notas. Só chega lá quem se debruça sobre os livros. Numa, o termo restritivo é adjetivo […]
Há situações e situações. Nalgumas, a vírgula é facultativa. Aí, não há erro. Você acerta sempre. Noutras, obrigatória. É o caso da separação dos termos coordenados, explicativos e deslocados. Os coordenados foram assunto da lição anterior. Agora é vez dos explicativos. O que é? O termo explicativo tem várias caras. Uma é velha conhecida. Chama-se aposto. Lembra-se? Pedro II, imperador do Brasil, morreu em […]
“A vírgula não foi feita pra humilhar ninguém.”
Na língua há verbos hermafroditas. São criaturas que jogam em dois times. Um deles: transitivos diretos. O outro: pronominais. É o caso do aposentar. Quem aposenta aposenta alguém: O Tesouro aposenta os servidores públicos. (Tesouro é o sujeito; servidores públicos, o objeto direto.) Ás vezes, o sujeito e o objeto são o mesmo ser. O verbo vira pronominal: O servidor público se aposentou (ele pratica […]