Perda e perca: tanto faz?

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A tragédia de Brumadinho trouxe às manchetes a palavra perda: perda de vidas, perda de bens, perda de esperança. Volta e meia, alguém usa perca no sentido de perda: perca de vidas, perca de bens, perca de esperança. Está certo? O dicionário responde. O Aurélio diz que que perca é forma popular de perda. O Houaiss, que se trata de forma não preferida. E daí? […]

O mosquito prolifera? O mosquito se prolifera?

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“É com a chuva que o mosquito da dengue se prolifera”, alertou o Bom Dia, Brasil. Ops! Descuidou-se. O verbo proliferar não joga no time dos pronominais (aposentar-se, formar-se, aprontar-se). Ele pertence à equipe dos intransitivos. Melhor livrá-lo do peso do pronome. Assim: É com a chuva que o mosquito da dengue prolifera. Os ratos proliferam (não: se proliferam) nos terrenos baldios.

De 7h às 17h? Das 7h às 17h?

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“A busca será de 9h da manhã às 5h da tarde”, informou a tevê. Certo? Não. Faltou respeito às expressões casadinhas. Elas zelam pela harmonia do matrimônio. Adultério não é com elas. De mãos dadas, agem do mesmo jeitinho. O que acontece com um par acontece com o outro. Se um vem acompanhado de artigo, o outro também vem. Se não vem, o outro tampouco […]

Acerca de, cerca de, a cerca de, há cerca de: quando usar

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Acerca de = sobre, a respeito de: Pronunciou-se acerca da oscilação do dólar. Cerca de = aproximadamente: Recebeu cerca de R$ 500. Há cerca de indica contagem de tempo passado (faz aproximadamente): Viajou há cerca de dois meses. A cerca de exprime tempo futuro: Viajará daqui a cerca de dois meses. A cerca de dois meses das eleições, regras do pleito podem ser mudadas.  

Pleonasmo: Bolsonaro começa a despachar do hospital a partir de amanhã

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“Bolsonaro começa a despachar do hospital a partir de amanhã.” Certo? A data sim. O português não. Por quê? A partir de é expressão de tempo. Quer dizer a começar em. Por isso, a partir de não combina com o verbo começar. É pleonasmo escrever: Bolsonaro começa a despachar do hospital a partir de amanhã. Os novos ônibus vão começar a circular a partir de […]

Crase: à qual

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O a qual (as quais) segue a cartilha do pronome que. Com ele aplica-se o mesmo macete. Lembra-se? Substitua o substantivo feminino que aparece antes do a qual por um masculino (qualquer um, não precisa ser sinônimo, mas tem de ser do mesmo número — singular ou plural). Se, com o masculino aparecer ao qual, aos quais, acento no a: Eis a casa à qual […]

Neymar sofre fratura similar à que sofreu em 2018: o porquê da crase

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Crase é a fusão de dois aa. Um é a preposição. O outro pode ser: o artigo definido: Fui à cidade. a primeira letra dos pronomes demonstrativos aquela, aquele, aquilo: Referiu-se àquela história. Referiu-se àquele caso. Referiu-se àquilo. o pronome demonstrativo a: Sua proposta é anterior à (proposta) que chegou hoje. Neymar sofre fratura similar à (fratura) que sofreu em 2018). Superdica Na dúvida, apele […]

Mineiro e brasileiro: o porquê da rima

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Por que brasileiro se chama brasileiro? Pela mesma razão que mineiro se chama mineiro. Na nossa linguinha de todos os dias, o sufixo -eiro indica profissão (barbeiro, costureiro, jardineiro, cabeleireiro, mineiro). Os portugueses chamavam de brasileiro quem explorava pau-brasil pra ganhar a vida e, com sorte, enricar. A palavra ganhou asas. Passou a designar o imigrante que vinha pra esta alegre Pindorama. Hoje, todos somos […]