Categoria: Leitor pergunta
Preciso que me ajude numa questão, aliás, duas. Primeira: tira dúvida ou tira-dúvida? Segunda: quando nos referimos ao nosso maiúsculo Brasil, escrevemos país ou País? (Fábio Nunes) Tira-dúvida, Fábio, se grafa assim — com hífen. Cresce a tendência de escrever país — seja o nosso, seja o de outros — com a inicial minúscula. Mas os órgãos públicos preferem a grandona.
Podemos misturar tempos verbais como no exemplo abaixo? Acreditamos que bons exemplos mereçam ser divulgados e devem servir de incentivo para que outras cooperativas aprimorem ainda mais as práticas de gestão e governança. (Gabriela Afonso) No caso, Gabi, os dois verbos estão subordinados a acreditar que. O subjuntivo se impõe: Acreditamos que bons exemplos mereçam ser divulgados e devam servir de incentivo para que outras […]
Abaixo ou a baixo? A pronúncia é a mesma. Mas a grafia varia. Quando usar uma forma ou outra? (Mônica Cavalheiro) A baixo tem uso bem limitado. A duplinha ganha banda de música e tapete vermelho em frases como esta: Olhou-a de alto a baixo. A cortina rasgou-se de alto a baixo. O examinador a observou de cima a baixo. Abaixo é o contrário de acima: […]
Posso escrever lage com g? Os dicionários só registram laje, com j. Eles mandam. Nós não temos saída. Obedecemos. Ou obedecemos. Mas, se for nome próprio, a história muda de enredo. Como no jogo do bicho, vale o que está escrito.
Sigo a Dilma no Twitter. Algo me surpreende. A presidente, tão preocupada com a imagem, posta textos descuidados. Além de conterem erros, as mensagens pecam pela deselegância. É possível, com 140 caracteres, comunicar-se com beleza, não? (Salviano Araújo) Claro que sim. Escrever para o Twitter é a sofisticação da sofisticação. A mensagem tem o limite de 140 caracteres. Além de dar o recado, precisa ser elegante. […]
Na frase: “…seguia pela floresta à procura de ursões fortes e poderosos, ansioso por que eles soubessem a resposta.” Não sei explicar o porquê desse porquê. Pode me ajudar? (Cristiana) Guarde isto, Cristiana. A conjunção porque é causal. Escreve-se sempre com a mesma cara — colada e sem acento: Corri porque quis fugir da chuva. Dilma mostrou-se gentil com os empresários porque precisa de investimentos […]
Surgiu-me a dúvida em relação à expressão “vaga aberta”. Existe vaga que não esteja aberta? É pleonasmo?(DKS) Ops! Você tem razão. O adjetivo sobra: Há 200 vagas no Tribunal de Justiça. Não há vaga no estacionamento. Quero ser secretária do presidente. Há vaga? Temos vagas para vendedoras.
Sendo rápido e certeiro como o ataque do Cruzeiro. Trata-se da pronúncia de Iphan. Digo Ifam ou Ipam?(Gabriel Landim) Diga alto e bom som Ifam. É assim que a sigla se escuta.
Sou ledor do Jornal do Commercio desde junho de 1954. A edição de hoje me brindou com duas dúvidas. Uma: qualificar palavrão de obsceno. Palavrão, para mim, é palavra obscena. Se estou certo, “palavrão obsceno” é redundância, não? A outra: desde os tempos escolares, aprendi que o sui significava a si. Por isso, não posso entender por que o verbo suicidar tem necessariamente que ser pronominal, […]
“Tenho muito prazer em falar consigo”, disse um ministro em entrevista à rádio. O ouvido doeu. Com razão, não? O pronome consigo sofre de mal pra lá de condenável. Chama-se egoísmo. Ele é exclusivamente reflexivo. Só se usa em relação ao próprio sujeito do verbo: Levou consigo tudo que lhe pertencia. O fotógrafo não levou nada consigo. O desvairado falava consigo mesmo sem ligar para […]