Categoria: Leitor pergunta
Famosa repórter da tevê finalizou uma reportagem sobre moda masculina dizendo que os modelos eram “chiquérrimos”. Não seriam chiquíssimos ? (Reynaldo Bicudo) Cliquérrimo, forma afetada de falar, joga no time de elegantérrimo, lindérrimo. E por aí vai. Chiquíssimo é o superlativo mais comum — lindíssimo, elegantíssimo, sofisticadíssimo.
Li que pedofilia virou crime hediondo. Nada mais justo. Quem abusa de crianças merece punição severa. Mas, como uma coisa puxa outra, ao tomar conhecimento do fato, tive uma curiosidade. Qual a origem de hediondo? (Célio Costa) Célio, a acepção e a etimologia são tão feios quanto o crime. Hediondo quer dizer sórdido, repugnante, depravado. A palavra veio do latim foetere. Significa feder. Xô!
Já vi inúmeras vezes “grande maioria” e “imensa maioria”, porém me deparei com “esmagadora maioria” e surgiu a dúvida. Está correta a expressão?(Paulo César) Está correta. Maioria é 50 + 1. Bem mais que isso, é grande maioria. Se chegar a quase 100, esmagadora maioria pede passagem. Quer ser preciso? Diga o percentual: 90%, 97%, 99,9%.
“Use o cinto de segurança no banco detrás? Ou banco de trás? (Ana Maria) Use, Ana Maria, o cinto de segurança no banco da frente e no banco de trás. Se houvesse banco dos lados, usaríamos cinto de segurança. Proteger-se é questão de civilidade. Pega bem como dar bom-dia ao entrar no elevador ou pedir licença ao interromper alguém.
No muro frontal do colégio CEF 24 de Ceilândia, há a seguinte frase: “Não importa os motivos da guerra, paz é mais importante que todos êles”. Que tal? (Francisco Ferreira) A frase deu uma pisada na concordância e outra na grafia: 1. O sujeito de importa é motivos da guerra. Posta na ordem direta, a oração deixa claro quem é quem. Veja: Os motivos da […]
Ocorre crase em “O bom filho a casa torna”? (Rafael Noronha) Ops! A questão retoma lição pra lá de repetida. A casa onde moramos dispensa o artigo. Dizemos “estou em casa”, “saí de casa”, “entrega em casa”. Sem o pequenino, nada de crase. Mas, se a palavra estiver determinada (casa dos avós, casa de Maria), o conto muda de enredo. A casa pede artigo. Com ele, […]
Tenho uma dívida quanto à flexão do verbo haver. Há de existir dias melhores? Hão de existir dias melhores? Sei que, em locução verbal, o verbo principal é o segundo e se mantém no infinitivo. O auxiliar se flexiona concordando com o sujeito. Existe sujeito nessa frase? (Fernando Cavalcanti) No seu exemplo, haver é verbo auxiliar. Flexiona-se em todas as pessoas (hei de estudar, há […]
Na prova da Secult-DF, havia uma questão sobre a espinhosa crase. A questão 2 de português afirma que em “à época” o uso do acento é obrigatório. Não será facultativo?(Daniel Lacerda) Trata-se, Daniel, de locução adverbial formada por palavra feminina. Joga no time de à noite, à tarde, à meia-noite, às 14h. O grampinho é obrigatório.
Li uma frase que me causou estranheza. É esta: Livros a preço popular. De imediato, pensei: não deveria ser “livros a preços populares”? Depois, raciocinei: bom, popular é o preço, não o livro. Então, deve fazer sentido. Mas a dúvida persistiu. E aí, como é que fica? (Gilberto Nogueira) Fique com o singular. É suficiente. Veja outros exemplos: produtos a peso de ouro, viagens a […]
Estava comentando personagens das novelas quando pintou a dúvida: mau caráter e bom caráter têm plural? (Gláucia Severo) A duplinha tem plural sim, amiga: maus caracteres e bons caracteres.