Categoria: Erramos
“…suponho que eles irão cruzar a linha do piquete e tocar em Tel Aviv”, escrevemos na pág. 6 do Diversão & Arte. Sabia? A língua dispensa dose dupla. O futuro é formado do presente do indicativo do verbo ir mais o infinitivo do verbo principal. Usar o auxiliar no futuro é redundância desnecessária. Xô! Melhor: …suponho que eles vão cruzar a linha do piquete e […]
“Restará, portanto, as pedaladas, que podem levar a presidente a responder por crime de responsabilidade”, escrevemos na pág. 5. Viu? Caímos na cilada do sujeito posposto. Pedaladas, sujeito de restar, exige o verbo no plural. Melhor: Restarão, portanto, as pedaladas, que podem levar a presidente a responder por crime de responsabilidade.
“Nós mulheres, lutamos muito por uma igualdade”, escrevemos na capa do Diversão&Arte. Viu? Tropeçamos na vírgula. Como está, o sinalzinho separa o sujeito do verbo. É frasecídio. Melhor corrigir: Nós, mulheres, lutamos muito por uma igualdade.
“Segundo ele, o sistema é a única maneira de se captar recursos na esfera federal”, escrevemos na pág. 25. Viu? Desperdiçamos palavras. O se sobra. Melhor: Segundo ele, o sistema é a única maneira de captar recursos na esfera federal.
“Pois nunca como antes se roubou tanto nesse país”, escrevemos na pág. 2. Ops! Trata-se do país onde o falante está. É a vez do este. Melhor: Pois nunca como antes se roubou tanto neste país.
“Petista entra com habeas corpus na Justiça Federal. Ex-ministro de Lula recebeu R$ 10 milhões de empresas investigadas pela PF”, escrevemos na pág. 4. Viu? Tropeçamos no ex. José Dirceu é ex-ministro. Mas ministro do governo Lula. Melhor: O então ministro de Lula recebeu R$ 10 milhões de empresas investigadas pela PF.
“Um dispositivo eletrônico reconhece o passaporte e a entrada é liberada automaticamente”, escrevemos na pág. 5. Viu a falta que a vírgula faz? Sem ela, tem-se a impressão de que o dispositivo reconhece o passaporte e a entrada. O sinalzinho acaba com a ambiguidade. Assim: Um dispositivo eletrônico reconhece o passaporte, e a entrada é liberada automaticamente.
“O governo precisou tomar a medida para acabar com a farra nas administrações regionais, onde se via práticas não republicanas”, escrevemos na pág. 17. Viu? Ignoramos a concordância. O sujeito, práticas não republicanas, exige o verbo no plural. Assim: O governo precisou tomar a medida para acabar com a farra nas administrações regionais, onde se viam práticas não republicanas.
“Clientes do garçom mais querido da cidade foram ao Beirute agradecê-lo pelos serviços prestados”, escrevemos na capa. Viu? Pisamos a regência. A gente agradece a alguém. O pronome que funciona como objeto indireto é lhe. Melhor: Clientes do garçom mais querido da cidade foram ao Beirute agradecer-lhe pelos serviços prestados.
“… a infidelidade sofrerá resistência ao chegar no Senado”, escrevemos na pág. 2. Viu? Esnobamos a regência. A gente chega a algum lugar: … a infidelidade sofrerá resistência quando chegar ao Senado.