Categoria: Erramos
“A Praça dos Três Poderes é um exemplo contemporâneo, com o valor, das tradicionais praças antigas”, escrevemos na pág. 22. Que desperdício! Jogamos no ralo artigo e vírgulas. Que tal poupar? Assim: A Praça dos Três Poderes é exemplo contemporâneo com o valor das tradicionais praças antigas.
“Desempregado, eletricista furtou 2kg de carne para saciar a fome do filho que lhe aguardava em casa faminto”, escrevemos na pág. 10. Viu? Pisamos a regência. A gente aguarda alguém. Transitivo direto, o verbo pede objeto direto. É o prnome o ou a. No caso, o masculino: Desempregado, eletricista furtou 2kg de carne para saciar a fome do filho que o aguardava em casa faminto. […]
“A atual legislação que regulamenta o sistema educacional do Brasil foi criada em 1996”, escrevemos na pág. 23. Vamos combinar? Se a legislação regulamenta, só pode ser a atual. Se é passada, o tempo verbal muda. Seria regulamentava. Melhor deixar pra lá o modismo que engorda desnecessariamente a frase. Assim: A legislação que regulamenta o sistema educacional do Brasil foi criada em 1996.
“A briga agora é para as indicações de presidente, vice e relator da comissão”, escrevemos na pág. 19. Reparou no falso plural? O singular de indicação dá o recado. Melhor: A briga agora é para a indicação de presidente, vice e relator da comissão.
“Ao meu ver, deve priorizar as necessidades básicas”, escrevemos na pág. 10. Esquecemos regra pra lá de simples. Expressões com pronome possessivo dispensam o artigo. É o caso de a meu lado, a seu pedido, a nosso bel-prazer. E, claro, de a meu ver. Melhor: A meu ver, deve priorizar as necessidades básicas.
“…o Brasil é um dos países mais protecionistas do mundo e, por conta disso, ele está perdendo sua participação no comércio internacional”, escrevemos na pág. 8. Reparou no modernoso por conta de? E no desperdício? Dois pronomes sobram. Com o excesso, comprometemos o estilo e a estrutura do período. Melhor: … o Brasil é um dos países mais protecionistas do mundo e, por causa disso, está perdendo […]
“Temos que saber como estes recursos são e foram utilizados”, escrevemos na pág. 10. Os recursos já foram citados. É a vez do esse. Assim: Temos que saber como esses recursos são e foram utilizados.
“O título é o primeiro dos oito que são anunciados todo ano”, escrevemos na pág. 5 do Diversão&arte. Viu? Tropeçamos nas manhas do pronome todo. Todo ano quer dizer qualquer ano. Não é caso da frase em questão. Vem, todos os anos, que significa anualmente. A regra vale para todos os meses (mensalmente), todos os dias (diariamente) e por aí vai. Melhor: … anunciados todos […]
“Medo de perder receita leva Planalto a pressionar parlamentares para que não reduzam, de 8% para 12%, a contribuição de patrões à Previdência”, escrevemos na capa. Trocamos os números, não? Reduzir é diminuir. A ordem deve ser esta: … para que não reduzam, de 12% para 8%, a contribuição de patrões à Previdência.
“Louco e fanfarrão, o bufão não se prende muito a códigos de condutas sociais e nem se preocupa com etiquetas”, escrevemos na capa do Diversão & Arte. Olho no desperdício. Nem significa e não. Ao usá-lo, a conjunção sobra. Melhor: Louco e fanfarrão, o bufão não se prende muito a códigos de condutas sociais nem se preocupa com etiquetas.