Categoria: Erramos
“Os sinais do nosso passado estão vivos nas ruas, no Café à Brasileira ou dentro do Palácio Nacional de Queluz, a residência onde o imperador dom pedro i nasceu e morreu”, escrevemos na capa do caderno Turismo. Descuido, não? Dom Pedro I é nome próprio. Escreve-se com as iniciais grandonas.
“Ontem, o governador José Roberto Arruda inaugurou dois novos postos de policiamento comunitário”, escrevemos na pág. 31. Pergunta-se: há jeito de inaugurar velhos postos? Não. Então o “novos” sobra. Xô!
“Eu já determinei ao secretário de Segurança e à polícia civil que hajam com muito rigor”, escrevemos na pág. 38. Reparou? Trocamos os verbos. Haver tomou o lugar de agir. Nada feito. Vamos dar a César o que é de César: Eu já determinei ao secretário de Segurança e à polícia civil que ajam com muito rigor.
“Além de trocados, as meninas são exploradas em troca de pratos de comida como canja de galinha”, escrevemos na pág. 26. Ganha um bombom Godiva quem encontrar uma canja de porco ou de legumes. Canja é sempre de galinha.
“O ministro Caputo Bastos determinou que a candidata à prefeitura de Maceió Solange Jurema retire de seu site propaganda eleitoral com informações referentes à evolução do patrimônio do prefeito da cidade”, escrevemos na pág. 7. Retirar de que site — do ministro ou da candidata? O seu responde pela ambigüidade. Melhor mandá-lo plantar batata: O ministro Caputo Bastos determinou que a candidata à prefeitura […]
“Tome abacaxi, seja em forma de fruta vinda das mãos de um sósia do Chacrinha, ou em forma do adesivo colado no carro com a frase `Eu sou um abacaxi para o trânsito da cidade´”, escrevemos na pág. 12. Viu? Faltou paralelismo. O seja exige o parzinho seja. O ou, o companheiro ou. Mantido o lé com lé, cré com cré, […]
“Gedel vai ficar pior quando ver as imagens de Lula com Walter Pinheiro no programa eleitoral”, escrevemos na pág. 12. Viu? Caímos na cilada do futuro do subjuntivo. Muita gente pensa que ele é derivado do infinitivo. Engana-se. Ele é filhote do pretérito perfeito. Sai da 3ª pessoa do plural menos o -am final (vi, viu, vimos, VIRam). Respeitada a paternidade do ver, a […]
O leitor Luiz Cláudio leu na pág. 30: “Dos 639 ônibus da Viplan, 475 deveriam ir para o ferro-velho, caso a lei fosse comprida”. Depois, comentou: “Infelizmente a lei deve mesmo ser curta. Se não fosse, seria cumprida”.
“Depois de mudar radicalmente a forma como as pessoas tiram fotos, a tecnologia digital vêm mexendo também com o mercado doméstico das filmadoras digitais”, escrevemos na capa de Informática. Viu? O acento sobra. O sujeito da oração é tecnologia digital. Sujeito no singular, verbo no singular: …a tecnologia digital vem mexendo.
“O boeing da Aeroflot caiu próximo à região residencial após atingir trecho da ferrovia Transiberiana”, escrevemos na capa. Um período, dois problemas. O primeiro: Boeing é nome própria. Grafa-se com a inicial maiúscula. O segundo: a crase diz que a cidade tem uma só região residencial. Com mais de 1 milhão de habitantes, Perm tem, com certeza, mais de um. O grampinho sobra. Xô!