Autor: Dad Squarisi
“A consolidação da malha ganhou força quando as faixas de pedestre e a campanha de priorização do trânsito de pedestre foram instituídas em Brasília. Caso dos estudantes Danielle Ferreira, Hallisson de Castro, ambos com 15 anos, e Lara Islaine, 13”, escrevemos na pág. 26. Vale a pergunta: qual a relação do primeiro enunciado com o segundo? Nenhuma. Faltou coesão. Daí o samba do texto doido.
Com x ou ch? S ou z? As dúvidas são muitas. As respostas, escassas. Há poucas regras de grafia. A escrita correta do vocábulo é fruto muito mais de fixação da forma que de memorização de regras. Escrevemos hospital com h não por conhecer a etimologia da palavra ou por termos estudado norma especial. Mas por a vermos grafada dessa maneira. Por isso, quem lê […]
A palavra da moda? Em tempos de eleição, é fisiologismo. Serra ataca a coalizão que apoia Dilma Rousseff de fisiológica. Dilma diz que, desde FHC, o PSDB afundou no fisiologismo. Marina jura que, eleita por partido pequeno e sem quadros, não fará alianças fisiológicas. Em suma: afasta de mim esse cálice, dizem todos. Tanto destaque chamou a atenção para a palavra. Investigado, o vocábulo mostrou […]
Trabalho em um órgão da justiça e volta e meia temos que emitir documentos citando partes de um processo judicial. A parte às vezes mora em outro estado. A dúvida: quando uso a palavra estado com letra maiúscula? Outra dúvida: posso usar a palavra estória quando se trata de relato popular? Ou devo usar história para tudo? (Antônio Lázaro A. dos Santos) Estado exige letra […]
“Antônio Rodrigues Nogueira estava em Brasília há 40 anos”, escrevemos na pág. 29. Reparou? Misturamos lé com cré. O imperfeito pede imperfeito. Deixando o lé com lé e cré com cré, temos: Antônio Rodrigues Nogueira estava em Brasília havia 40 anos.
“Não há a menor condição de comparar o que nós fizemos em saneamento sobre qualquer aspecto com o que foi feito no governo anterior”, escreveu o Correio Braziliense. A matéria transcrevia declaração de Dilma Rousseff. Ao lerem a frase, leitores caíram de pau. Queriam saber se o tropeço — sobre em vez de sob — era responsabilidade do jornal ou da candidata. Ninguém soube responder. […]
“Quantas crianças ainda continuarão sem chegar à 8ª série até 2014?”, perguntou a candidata verde. Ops! Ela caiu na armadilha de pleonasmo pra lá de sofisticado. O ainda indica continuação. O continua também. Melhor aprender a lição dos mineiros. “Não saia”, diz o pai ao filho que se prepara pra noitada. “Se sair, não gaste. Se gastar, não pague. Se pagar, pague só a sua.” […]
Assim como a cientista política Nana Ervilha, o professor Ernani Pimentel, líder do Movimento Acordar Melhor, não tolera agressões à língua portuguesa. Para ele, o mais absurdo é considerar o Novo Acordo como uma reforma ortográfica, pois ele em nada facilitou o aprendizado do idioma, mantendo-nos presos ao dicionário e à decoreba. Alguns exemplos disso são: a regra que nos orienta a escrever anti-humano com hífen e h e […]
“O atropelamento da menina Lucicleide da Silva no Pistão Sul chamou atenção para as condições das faixas de pedestres”, escrevemos na pág. 36. Cadê o artigo? A expressão chamar a atenção é trio, não dupla: O atropelamento da menina Lucicleide da Silva no Pistão Sul chamou a atenção para as condições das faixas de pedestres.