Autor: Dad Squarisi
Quem escreve rápido corre risco de pisar a gramática. Resultado: regras simples, pra lá de conhecidas, são ignoradas. Mas, como diz o outro, não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe. A capa do Correio Braziliense de hoje serve de exemplo. Lá estão três fregueses dos maus-tratos, mas… surpresa! Aparecem pra lá de corretos. Oba! Sujeito posposto Quando o sujeito vem […]
O santo é São João, nome próprio. A festa é são-joão, nome comum. Escreve-se com letra minúscula e hífen.
A página do saite do CB ostenta o “bem vindo assinante”, sem hífen sem vírgula. Pode? (Dione Craveiro) Não, não pode. Bem-vindo se escreve assim, com hífen. Assinante, no caso, é o vocativo. Elitista, o trissílabo é marginal da oração. Não pertence aos termos essenciais, integrantes ou acessórios. Por isso, é sempre, sempre mesmo, separado por vírgula: Bem-vindo, assinante. Assinante, bem-vindo. Bom-dia, presidente. João e […]
José Miguel Wisnik O imbróglio da vez é a discussão sobre o manual de ensino da língua portuguesa distribuído pelo MEC, chamado “Para uma vida melhor”, da autoria de Heloisa Ramos. Li na imprensa, vi nos blogs e ouvi no rádio do carro vozes, desde sentenciosas a sardônicas e sarcásticas, dizendo que se tratava de uma descarada proposta de ensino do português pelo […]
Professor e doutor Sou professor e trabalho na Escola Professor Jason Brandão, na cidade do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Sempre aprendi que a abreviatura de professor é prof., não profº, como está escrito em cartazes na escola. Gostaria, se possível, que a senhora abordasse esse tema na coluna. É possível? (Antonio Dionísio Marques) Você tem razão, Antonio. A abreviatura de professor joga no time […]
Ferreira Gullar Sei muito bem que, de acordo com a linguística moderna, não não existem o certo e o errado no uso do idioma nacional, ou melhor, não existe o errado, o que significa que tudo está certo e que minha antiga professora de português, que me ensinou a fazer análise lógica e gramatical das proposições em língua portuguesa, era uma louca, uma vez que […]
“Não bastassem os ônibus velhos e as tarifas altíssimas, quem depende do transporte coletivo no DF convive com o caos provocado por paralisações relâmpago”, escrevemos na capa. Ops! Esquecemos que relâmpago joga no time de pirata. Quando vêm depois de substantivo, ambos viram adjetivos. Concordam, então, com o mandachuva: paralisação relâmpago, paralisações relâmpagos, disco pirata, discos piratas.
Em um país que tem o dever de lutar contra o analfabetismo, causa espécie ver propaganda na qual aparece Zeca Pagodinho em um bar com amigos. Quando um deles pergunta a Zeca se ele tem e-mail, o cantor responde mostrando o relógio que marca 12h30: —Tenho meio-dia e meio, meu copo está com dois dedos e meio de espuma. Convenhamos: fez um trocadilho […]
Este é o e-mail sobre câncer de mama mais bonito que recebi. Encontrem uma cura antes que cresçam os meus seios. Uma pequena solidariedadeTudo o que se pede é manter circulando Nem que seja a uma só pessoa … Em memória das que morreram de câncerou seguem vivendo com ele…Uma vela não se perde por iluminar outra. Por favor mantenha a vela acesa!!!
“Os exemplos estão em toda parte — das dúvidas sobre o rápido enriquecimento do chefe a Casa Civil, Antônio Palocci, ao zumzum da vez”, escrevemos na pág. 14. Ops! Esquecemos a reforma ortográfica. Ela mudou a grafia das onomatopeias. Agora, os sons que formam palavras se escrevem separadinhos da silva: zum-zum, zigue-zague, glu-glu, blá-blá-blá.

