Autor: Dad Squarisi
Como fazer a concordância de substantivo próprio no plural? Guarde isto: 1. Se o nome é usado só no plural e precedido de artigo = o verbo concorda com o artigo. Em siglas, o artigo não aparece. Mas conta como se estivesse presente: Os Estados Unidos invadiram o Iraque. EUA decidem o campeonato. Os Andes ficam na América do Sul. O Amazonas banha o Brasil […]
Sai ano, entra ano, a história se repete. A dengue faz a festa. E, com ela, o mosquito que a transmite. Como grafá-lo? O Aedes aegypti joga no time dos nomes científicos – o primeiro elemento tem inicial maiúscula; o segundo, minúscula (escrevem-se em itálico): Coffea arabica (café), Rhea americana (ema), Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue).
Casos de dengue aumentam mais de 220% em janeiro e fevereiro no Distrito Federal. Valha-nos, Deus! Todo o cuidado é pouco. A prevenção é o melhor remédio. Entre as medidas a serem tomadas, uma se impõe. É conhecer as manhas da doença. Primeiro, o gênero. Depois, a etimologia. Guarde isto: A doença é feminina. O dengo, masculino: A dengue preocupa o governo na época da […]
“Tem coisa aí”, pensou a leitora ao bater o olho nesta frase: “A mulher preferiu o cachorro do que o marido”. Ela tem razão. A frase desrespeitou a regência do verbo preferir: Quem prefere prefere alguma coisa a outra: Prefiro vinho a cerveja. Prefiro sair a ficar em casa. A mulher prefere o cachorro ao marido.
Ao invés de = ao contrário de. É contrário mesmo, oposição: Morreu ao invés de viver. Saiu ao invés de ficar. Comeu ao invés de fazer jejum. Em vez de = em lugar de, em substituição a: Comeu frango em vez de peixe. Foi ao cinema em vez de ir ao teatro. Convidou Maria em vez de Teresa. Superdica Deixe o ao invés de pra […]
Quem diria! De repente, não mais que de repente, o tupi entrou na moda. A história começou com o ministro das Relações Exteriores. No discurso de posse, Ernesto Araújo recorreu à língua de índios que chegaram a esta alegre Pindorama antes dos portugueses. A narrativa continuou com a ministra dos Direitos Humanos. Ao falar na ONU, ela também recorreu ao tupi. Será tendência do governo […]
Sérgio Cabral resolveu soltar a língua. Abriu o jogo e contou tim-tim por tim-tim o esquema de propinas montado no governo do Rio. A certa altura do depoimento, avaliou os estragos da roubalheira. Disse: “Se nós não tivéssemos feito os contratos, teria-se feito mais na saúde”. Viu? O ex-governador pisou a língua. Tropeçou feio na colocação do pronome átono. Talvez tenha faltado à aula quando […]
Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Que dor! Prepare o bolso e a bolsa. A Receita liberou o programa para entrega da declaração do Imposto de Renda. Olho vivo. Morra no rico dinheirinho. Mas poupe a língua. Impostos e taxas são nomes próprios. Escrevem-se com a inicial grandona: Imposto de Renda, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, Taxa do Lixo.
O símbolo & tem nome. É e comercial. O criador: Marcus Tulius Tiro, encarregado de transcrever os discursos feitos no Senado de Roma. A criatura, que veio ao mundo 63 anos antes de Cristo, tinha uma função – tornar a escrita mais rápida. O & substituía o et (e em português). Com o tempo, o sinalzinho se especializou. Deixou os políticos pra lá e entrou, […]
Em português, pouquíssimas palavras terminam com n. Entre elas, hífen, éden, abdômen. Elas pregam senhora peça na acentuação gráfica. A regra diz que ganha grampo ou chapéu a paroxítona terminada com n. A que se finaliza com ns não tem nada com a história. Fica solta e livre, sem lenço nem documento: hifens, edens, abdomens. Superdica As oxítonas se opõem às paroxítonas. O que acontece […]