Quem diria que Portugal daria exemplo para o resto da Europa e do planeta pela gestão, pelo menos até agora, da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Os portugueses, como ocorreu no DF, agiram rapidamente com confinamento da população, fechamento das escolas e comércio, ruas vazias, seguindo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com 45 dias de surto, Portugal tem menos casos confirmados (18.841) do que a vizinha Espanha tem de mortos (19.314). Menos também do que a Itália que contava, ontem, mais de 22 mil mortos. E isso não se deve a subnotificações. Portugal é o quarto país que mais testa.
São todas soluções que o governador Ibaneis Rocha (MDB) tem adotado no DF. E, como Portugal já fala em “transição progressiva” do confinamento para a abertura a partir de maio, Ibaneis se prepara para encerrar o isolamento com o fim do prazo de 3 de maio definido em decreto para o funcionamento do comércio, parques, shoppings, academias e salões de beleza. Para isso, no entanto, precisa colocar em prática o plano de testar grande parte da população.
É com os erros e acertos de outras experiências que o Brasil deve se espelhar. Considerada modelo de sucesso no combate à disseminação do novo coronavírus, a rica ilha de Cingapura foi citada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) como inspiração. Mas isso ocorreu antes da recaída. Aparentemente controlada, a pandemia de Covid-19 voltou preocupar e o número de casos a aumentar depois que o isolamento social foi relaxado. Atenção, governador!
Um pronunciamento do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, causou controvérsia. O oncologista fala que em determinados momentos é preciso escolher entre a vida de um paciente jovem e um idoso, muitas vezes com comorbidades. E ressalta que o custo dos dois tratamentos é o mesmo, mas o jovem vai viver mais. Na Itália, isso ocorreu com pacientes de Covid-19, por falta de estrutura, respiradores e leitos de UTI para atender a todos os doentes. Isso é uma realidade em momentos de guerra. Mas não deixa de ser assustador ouvir da boca de um ministro da Saúde que precisa impedir o colapso na rede de saúde e já fala em fim do confinamento.
No fim das contas, Luiz Henrique Mandetta perdeu o apoio de governadores, como Ibaneis Rocha (MDB). Ele não gostou da divulgação de dados que indicavam um colapso no sistema de saúde do DF e da falta de apoio para a infraestrutura nesse momento crítico de pandemia. Para complicar, Mandetta é aliado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), com quem Ibaneis tem uma relevância distante.
O Distrito Federal apresentou a menor taxa de mortes cometidas por policiais no ano de 2019. O levantamento – que mostra a quantidade de mortes a cada 100 mil habitantes – faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do portal de notícias G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O índice do DF ficou em 0,3 mortes por 100 mil habitantes, o menor do país; sendo que a média nacional é de 2,9 a cada 100 mil.
O sistema penitenciário do DF fechou ontem com 61 casos de Covid-19. Vinte e quatro são agentes testados positivos e um recuperado. Em relação aos detentos, há 37 com o novo coronavírus e um recuperado.
Além de vaidade e disputa política, o que provocou a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta?
“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”
Ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, citando Raul Seixas, ao dizer que sempre ouvia sua equipe
“Você começou bem, mas se deixou levar pelas influências partidárias, mídia e ‘amizades’ que possuem projeto de poder. Tinha tudo para sair gigante desse momento. Mas um ministro deve estar alinhado e ser leal ao Presidente”
Vice-líder do governo na Câmara, Carlos Jordy (PSL-RJ)
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