O empresário Álvaro Silveira Jr, que também é 2o vice-presidente da Fecomércio/DF, em entrevista à coluna, alerta que juros altos são “sinônimo de crescimento minguado”. Mas reforça que o novo presidente do BC precisa ter independência do governo federal
Por Samanta Sallum
O presidente do Sindicato das Empresas Atacadistas do DF, Álvaro Silveira Jr, aponta crescimento do setor em 2024, mas lembra que foi um ano de desafios. Para 2025, a projeção é de ainda mais obstáculos a serem superados. Entre as dificuldades, o aumento da inadimplência dos clientes a as tendências novas mercadológicas de consumo.
“O balanço está sendo concluído, e acredito no crescimento para nosso setor. Mas sabemos que o fato de o brasileiro estar gastando muito dinheiro em apostas digitais impacta no consumo e, consequentemente, no nosso resultado, que poderia ser ainda melhor”, explicou o empresário à coluna.
Insegurança para o investidor
Na análise de Álvaro, o governo federal está “muito obstinado” a aumentar a arrecadação para cobrir gastos com benefícios sociais. E que isso, aliado à dicotomia entre Executivo e Banco Central, afasta o investidor nacional.
“Juros altos são sinônimo de crescimento minguado; dólar alto empobrece o país. Logo, o remédio (juros altos) é necessário, mas não pode ser ministrado por um longo período de tempo.”.
Credibilidade do BC
Álvaro Silveira frisa que o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, precisa demonstrar independência do presidente Lula.
“Ter consciência de seu papel para gerar a credibilidade necessária ao mercado voltar a investir no Brasil”, destaca.
Polarização esgarçada
Na análise política nacional, o presidente do Sindiatacadista avalia que as eleições municipais demonstraram que a população está preocupada com o rumo que o país está tomando. “A polarização política entre Lula x Bolsonaro está esgarçada”, reforça.
Reforma Tributária e apoio ao pequeno varejo
Os impactos de reforma tributária ainda estão sendo analisados pelo setor. E a preocupação com os impactos que ocorrerão nos preços de produtos e serviços. “Aliado a isso, ansiamos por linhas de créditos para fomentar o pequeno varejo independente, que é nosso cliente de fato. O principal credor desse perfil de empresa é o atacado, não a instituição bancária”, diz Álvaro Silveira.
Tributação sobre subvenção fiscal
O novo regime de tributação que entrou em vigor no ano de 2024 passou a cobrar impostos de receitas de subvenção (incentivos fiscais) e foi muito impactante no setor.
“Estamos lutando, política e juridicamente, na defesa dos interesses da categoria”, frisa o Sindiatacadista.
Impulso do GDF
Álvaro Silveira, que é também 2o vice-presidente da Fecomércio/DF, avalia que o governo local fomentou a economia do DF em 2024 com a realização de obras públicas e financiando outras do setor privado. Mas apresenta as necessidades do setor atacadista para continuar a crescer.
No DF, estão sediadas pelo menos 5 das maiores distribuidoras de material de construção do país.
Condições para expansão
“O mercado local não absorve o potencial desses players. Dar as condições para a expansão do raio de atuação do nosso setor é vital para que continuem aqui estabelecidos, gerando empregos e riqueza à nossa sociedade.”
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