A volta dos que não foram

Publicado em ÍNTEGRA

ARI CUNHA
Desde 1960
Com Circe Cunha e MAMFIL

Ninguém até hoje consegue entender a razão que leva Brasília, cujo o desenho urbano foi concebido para livrar o homem moderno da praga dos congestionamentos de trânsito que geram tantos prejuízos à saúde e à economia, a não ser dotada de um moderno e eficiente meio de transporte urbano ou soluções mais avançadas de mobilidade urbana.
Enquanto a luz da razão não desce sobre as cabeças daqueles que poderiam permitir a implantação de um transporte de massa condizente com a importância da capital do país, os brasilienses continuam a sofrer dos mesmos males que o restante da população brasileira, quando o assunto é deslocamento.
Não fossem a construção do metrô e das canaletas exclusivas para algumas linhas de ônibus, o caos seria impensável. A cidade, literalmente, pararia nas horas de pico, aprisionando as pessoas comuns e as autoridades nacionais e estrangeiras em vários pontos da cidade. Cientes da falta de interesse e empenho para resolver, de uma vez, esse delicado problema, as empreiteiras, com a permissão do governo, vão avançando sobre as áreas verdes e outros espaços, abrindo pistas, alargando ruas, criando estacionamentos e outras facilidades para que apenas os carros particulares e outros modelos obsoletos de transporte possam circular com mais folga.
A cada remendo no sistema viário, um problema a mais que é lançado para o futuro resolver. Com os paliativos sem planejamento que vão sendo executados, a cidade corre o risco de virar um enorme labirinto, disforme e sem solução.

A frase que não foi pronunciada
“Doa a quem doar!”
Ditado na Lava-Jato

Cofres
» Cliente saiu cuspindo fogo da agência do Banco do Brasil na 316 Norte. Chegou lá às 17h e os caixas eletrônicos estavam inacessíveis. A explicação de uma funcionária que saía é que aquela região tem tido constantes assaltos. E arrematou. Não falta dinheiro para o Banco resolver o problema. O moço bravo arrematou. Falta é respeito pelos clientes.

Fundos
» Para amenizar a ira, falando em banco, Quintino Cunha, da nossa família, andava na praça quando um banco com três homens enormes arrebentou com o peso. Quintino, com seu humor de sempre, comentou: “É a primeira vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos”.

Anônimos
» Grupos de diversos interesses se unem para fazer o bem em diferentes pontos da cidade. Um deles é o Scalp 21. Amigos de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e outros que pedalando fazem ações sociais em creches, asilos e hospitais.

Educação
» Qualquer um acha incrível a grade curricular das escolas na Suécia. Tarefas domésticas, lavar, passar, costurar , bordar, cozinhar desde os 11 anos é natural naquele país. As aulas se estendem para a economia doméstica e direito do consumidor. Nas séries mais adiantadas, aprendem carpintaria. Fazem mesas, bancos, cadeiras e armários. Aos 17 anos, a rapaziada alça voo com a independência real almejada.

Fica a dica
» Se você é daqueles leitores assíduos que gostam de contribuir com os jornalistas, segue um conselho. Procure enviar as mensagens sem anexos. Por apresentar perigo geralmente o material fora do corpo do email não é aberto.

Amigos
» Nosso abraço afetuoso à família Lindberg Aziz Cury.

História de Brasília
O carioca tem criticado muito o sr. Jânio Quadros, depois da sua renúncia. E o espírito gaiato do guanabarino não faltou ao episódio que transformou a vida do país. Aqui vão algumas dessas opiniões: o sr. Jânio Quadros é como leão da Metro. Três urros, e o resto é fita… (Publicado em 19/9/1961)

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