Criada por Ari Cunha desde 1960
jornalistacircecunha@gmail.com
com Circe Cunha e Mamfil
Mesmo as mais carolas fiéis da igreja, daquelas que assistem a missa todos os dias, há muito tempo já incorporaram a velha lição que reza: “um olho na missa e outro no padre.” Com isso fica entendido que em que qualquer situação da vida é preciso sempre não se deixar absorver totalmente por tarefas do momento, alheando-se do mundo em volta. Antes é preciso ficar atento também às situações do entorno.
Essa lição, observada agora, vale precisamente com relação aos acontecimentos relativos à guerra que Israel volta a empreender em resposta aos ataques covardes cometidos pelo grupo terrorista Hamas contra a população civil daquele país no último sábado.
De lá para cá a imprensa em geral tem se ocupado desses acontecimentos diuturnamente, deixando de lado, ou em segundo plano, as notícias que não param de ocorrer em nosso entorno imediato. Lembrando aqui que o Brasil, não vive, desde janeiro, por conta dos últimos acontecimentos políticos internos, num ambiente de perfeita paz e harmonia, quer entre os Poderes da República, quer entre a população e o atual governo.
Mesmo sob o aspecto econômico, há, e isso é inegável, uma apreensão generalizada acerca da saúde das contas públicas e de um possível aumento da inflação, com consequente aumento no custo de vida. Nossos problemas internos dão deram um alívio ou deixaram de existir, com a eclosão da guerra os israelitas contra aqueles que insistem em seu aniquilamento.
Para aqueles que estão no comando do país, as atenções da opinião pública voltadas exclusivamente para o conflito no Oriente Médio, servem como uma luva de pelica, para a implementação de medidas, que em situações normais, seriam quase impossíveis de serem feitas. Por isso, um olho nas guerras, inclusive entre a Rússia e a Ucrânia, que prossegue, e outro nas ações do governo, e nas medidas que seguem sendo criadas pelos Três Poderes.
Para alguns cientistas políticos a população em geral não gosta de ouvir verdades, preferindo as narrativas e os contos de fadas. Por certo, pelas agruras diárias pela sobrevivência, que têm que suportar, a população procure mesmo um balsamo nos problemas alheios e distantes e com isso encontre algum consolo para seus próprios problemas. Mas o fato é que por suas consequências em cadeia, as guerras além mar cedo ou tarde irão repercutir fortemente em nossa economia interna, piorando o que já vinha sendo um grande pesadelo para muitos.
É como naquela situação na qual toda a família fica atenta a absorvida pela briga dos vizinho e não percebe que o ladrão entrou, sorrateiramente, pela porta dos fundos e fez a limpa em toda a casa.
A frase que foi pronunciada:
“Nunca no campo do conflito humano tantos deveram tanto a tão poucos.”
Winston Churchill
Conhece?
Parece implicância. Mas se a música mais executada no Brasil nos últimos 10 anos é “Ex mail ove” seria natural que a publicidade viesse da assessoria da Gaby Amarantos. No lugar disso quem divulga é o Ecad.
Sem base
Uma das combinações por trás das cortinas é divulgar números absurdos de mulheres que praticam aborto no Brasil. Faltam números precisos e transparentes. Dados assistenciais estão somente disponíveis para o setor público e dados de mortalidade dependem de investigação do óbito. Difícil acreditar que no Brasil, cerca de 800 mil mulheres praticam abortos todos os anos. E que dessas, 200 mil recorrem ao SUS para tratar as sequelas de procedimentos malfeitos. A mesma Organização Mundial da Saúde (OMS), que dizia nada adiantar usar máscaras durante a Covid, aponta que o número de abortos pode ultrapassar um milhão de mulheres.
Obras
Moradores do Lago Norte esperam que o estrago feito no asfalto do primeiro retorno seja resolvido em breve. Que se estenda em mais faixas, que se instale um semáforo, que se transforme em jardim. Mas deixar como está é um absurdo.
História de Brasília
E por falar em justiça, está-se destacando o desembargador Colombo de Sousa, por suas medidas de benefício geral. Primeiro, o casamento gratuito, e, agora, punição para os que utilizam cheques sem fundos. (Publicada em 24.03.1962)