É você!

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Ivan Cabral

 

– Não é a política, é você, que acredita nesses jogos virtuais, enquanto deixa de prestar atenção em quem vota, esbravejou, ou melhor, berrou o realista e mal humorado Miguelão, externando toda a sua impaciência com as tolices que lhe catucavam os ouvidos vindas de alguém desprovido de inteligência e bom senso. De que adiantaria ficar ali ouvindo todo esse converseiro inútil e lamuriento, vindo de gente iludida e arrependida com as artimanhas da politicagem nacional?

– Não tenho tempo a perder com gente perdida. Boa noite, disse fechando a porta da vendinha na cara do freguês e vizinho, espantado com tanta “sinceritude”.

– Melhor receber logo uma resposta grossa e curta, mas verdadeira, do que ser enganado ao longo de quatro anos, com docilidades e fantasias, completou Murici, seu companheiro de copo e de observações do mundo.

          É, de fato, Romero tinha sido, mais um vez, tapeado em suas esperanças diante das urnas, pois nada do que lhe prometeram havia se cumprido. Na verdade, o mundo em volta parecia ainda mais difícil de ser vencido. Havia a carestia dos alimentos, o desemprego em alta e por toda a parte a sensação que se tinha é de que as cidades pareciam ter sido invadidas por hordas de mendigos e pedintes. O pior é que, para o bem da verdade, Romero já nem conseguia lembrar em quem havia votado quatro anos atrás. Nem para vereador, senador, deputado ou presidente. Nunca se lembrava.

         Distraído e desinformado, como sempre, jamais prestava muita atenção nos candidatos que votava. Não tinha tempo para essas tarefas, afinal todos pareciam sempre iguais e vazios. Votava por votar. Talvez por receio de multas ou pela necessidade burocrática de possuir o recibo de comparecimento ao local de votação. O governo obriga e o patrão sempre pede o comprovante de votação. Melhor não arriscar.

         A questão aqui é que para ele a desilusão com os descaminhos da política e com o excesso de escândalos, mostrada todas nas noites nos telejornais, vinha já numa altura de sua vida em que lhe faltavam forças para mudar de opinião – Já não posso dar prosseguimento nem mesmo aos meus projetos, que dirá aos projetos para um país melhor, pensava em busca de uma desculpa que o ajudasse a fazer as pazes com um mundo que desmoronava ao seu redor.

          Miguelão, para quem o anarquismo era o único sistema e resposta racional capaz de acabar, de vez, com os maus políticos, que infestam a vida brasileira, não tinha pachorra para debater assuntos da política nacional. Muito menos para dar conselhos a quem quer que seja. Não vislumbrava valia alguma nessas discussões sobre a performance de personagens medíocres e calhordas.

         Para ele, perder tempo discutindo sobre gente sem valor moral era valorizar figuras que não mereciam, sequer, um dedo de prosa ou de reflexão. Talvez, por isso, nunca tenha comparecido diante das urnas. Romero, não se conformava de ter sido trapaceado todos esses anos, mesmo cumprindo religiosamente seu papel de cidadão, indo votar. Também não podia aceitar o fato de que era ele mesmo o responsável direto e a causa de sua desilusão. Em sua cabeça, a voz troante de Miguelão não parava de ecoar: “Não é a política, idiota. É você!”

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A corrupção é o cupim da República.”

Ulysses Guimarães

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

 

De olho

Um defensor importante da população que paga plano de saúde é o senador Paim. Em entrevista para a Agência Senado, Paim declarou que a possibilidade de cobertura para tratamento e medicamentos pelos planos de saúde deverá ser ampliada. Esse é um assunto bastante delicado e deve ser tratado com seriedade pelos parlamentares, não só pelas eleições que estão próximas, mas pela necessidade de proteger uma parcela da sociedade que arca com uma despesa que, pela Constituição, deveria ser do Estado.

Senador Paulo Paim. Fonte: Senado.gov.br

 

Estratégias

Hackers estão cada vez mais ousados. O Correio Braziliense bem registrou com a manchete Com registro de “atividades maliciosas”, site do TJDFT é retirado do ar. Certo é estar cercado de toda a segurança possível para evitar ataques. Instituições públicas adotam troca de senha regularmente, e vários passos para poder entrar no sistema, também é uma forma de reforçar a porta da frente. Agora, uma semana sem trabalhar, um tribunal passar por isso, é uma cena que causa espanto!

 

História de Brasília

Os restaurantes em Brasília estão com preços muito elevados. Elevados, mesmo. Vejam isto: um quilo de filé mignon custa 20 cruzeiros. Um bife com fritas custa 350 cruzeiros, mais cinquenta de couvert, e dez por cento sôbre o total. Mais de quatrocentos cruzeiros, portanto. (Publicada em 08.03.1962)

Samba e bandeira no pé

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

 

         Tomassem para si apenas o que está escrito na bandeira nacional, os homens públicos deste país poderiam, com segurança, dispensar milhares de outras leis e preceitos, que enchem os alfarrábios jurídicos. A bandeira, ao contrário do que muitos pensam, não é uma logomarca, dessas a qual o marketing recorre para identificar um produto ou marca. Ela vai muito além, inclusive do seu sentido político, sendo, antes de tudo, a representação, mesmo que simbólica, de toda a nação e não apenas de um grupo específico dentro da nação.

         “O amor por princípio e a ordem por base. O progresso por fim”. Eram lemas correntes, dentro da filosofia positivista do século XIX, que ficaram resumidos em nossa bandeira: Ordem e Progresso, sendo essa primeira adotada no sentido de manutenção de tudo aquilo que é bom e que possui funcionamento correto dentro dos princípios da ética. O Progresso veio em reforço da ideia de defesa do desenvolvimento, sobretudo, dentro dos parâmetros daquilo que se conhece atualmente por Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

         Há, portanto, progresso quando o povo é o objeto e fim desse desenvolvimento. No mais, fica ainda subentendido que só se pode haver progresso ou se avançar no desenvolvimento na medida em que ele é construído dentro da ordem, que também engloba em si os conceitos de ética pública e total pureza de princípios por parte dos homens públicos e de toda a nação.

         Fácil entender esses conceitos quando se observam que somente as nações que empreenderam um desenvolvimento com base nos princípios da ordem, da Justiça, com direitos e deveres iguais para todos, é que lograram alcançar o tão almejado progresso. Não há, no atual estágio de evolução humana, como apontar nação alguma que tenha logrado o desenvolvimento e riqueza de sua população abrindo mão da ordem e da Justiça.

         Com base apenas no que está dito acima, fica fácil também entender porque ainda patinamos num subdesenvolvimento crônico, com milhões de cidadãos vivendo na pobreza e sem segurança alimentar. Um olhar atento pelas ruas de nossas metrópoles dá uma mostra do quanto ainda temos que avançar para sair de onde estamos. Não é só aqui dentro que podemos ter um retrato do nosso descaso com a ordem e com o progresso.

         Quando vemos uma artista brasileira, radicada nos Estados Unidos, filha de família rica e famosa, que teve oportunidade de estudar nos melhores colégios do planeta, apresentar-se em público, literalmente sambando em cima da bandeira, limpando os pés e fazendo deboche de sua terra e de sua gente, é que se pode entender que ainda não estamos prontos para a Ordem e muito menos para sua consequência que é o Progresso.

          Quando ouvimos no pedido de perdão um malabarismo vernacular dizendo que o ódio veio de quem respeita a bandeira ou quando notamos que temos que formular leis, como a de Improbidade Administrativa e outras do gênero, para que os homens públicos e gestores se abstenham de desviar os recursos públicos em causa própria, vemos bem onde ainda permanecemos e porque estamos onde estamos.

          Por certo, os corruptos, que ainda infestam este país, não viram o que está escrito em nossa bandeira. Se viram, não entenderam. Se entenderam o que está escrito, não cumpriram; se não cumpriram é porque falta gente para fazer valer a lei. Enquanto essa gente de coragem não chega, seguem como aquela cantora: sambando e sapateando em cima de todos nós.

A frase que foi pronunciada:

“Perguntava-se à Sra. De Rochefort se tinha vontade de conhecer o futuro. Não, respondeu ela, o futuro se parece demais com o passado.”

Chamfort (1741-1794), Caracteres e Anedotas

Foto: Credit: Gamma-Rapho via Getty Images/API

 

Revolta

Corre pelas redes sociais a reprodução da página do Diário Oficial com a informação do pagamento de dois milhões e meio patrocinando Nando Reis. Depois descobriram que foi em 2012.

 

Na mira

Prefeitos de diversas cidades foram flagrados cobrando propina de várias formas. Com um celular, é possível comprovar o ilícito. Agora, o que é feito com esse material vai depender do delegado, do juiz e da população.

Charge publicada em vvale.com

 

História de Brasília

O hábito de servir café já adocicado em Brasília está se generalizando injustamente. Reclame, quando lhe negarem o direito de escolher a quantidade de açúcar para a sua xícara. (Publicada em 08.03.1962)

E qualquer desatenção, faça não.

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Francisco Proner

 

         Duas décadas terão se passado desde aquele 1º de de janeiro de 2003, quando subia a rampa do Palácio do Planalto. O mundo, e com ele o Brasil, mudou, e muito. Tanto que fica difícil reconhecer quem é quem hoje nesse jogo atual entre as nações. A bonança herdada do governo de Fernando Henrique Cardoso, com o boom das commodities, ficou para trás. O mundo está em recessão, depois de uma pandemia de dois anos e agora com a guerra imperialista que Putin e seus generais sanguinários vêm travando contra a Ucrânia, e que pode arrastar todo o continente europeu para esse morticínio insano.

         Com um eventual retorno dele ao poder, as atenções, obviamente, estarão voltadas para nosso destino interno ou o que pode ser a repetição de todos os desacertos daquela era. Se o mundo e tudo em volta mudou, o mesmo não se pode dizer com relação a ele e o seu entorno. Pelo o que vem pregando, desde que ficou do lado de cá das grades, diretamente para os palanques, ele não apenas é o mesmo político de sempre, só que agora carrega consigo um poço transbordante de mágoas e infortúnios que semeou para si mesmo. Seu amigo e defensor profetizou: “Por favor / Deixe em paz meu coração / Que ele é um pote até aqui de mágoa/ E qualquer desatenção, faça não /Pode ser a gota d’água.”

         Se a repetição da História, como dizia Karl Marx em 18 de Brumário, dá-se sempre em forma de farsa, o que teremos pela frente com o novo/velho governo dele vai além do mais do mesmo, podendo significar o que seria o grand finale ou a apoteose de uma farsa, toda ela feita de pantomimas e encenações burlescas, transformando o Brasil naquilo que ele parece aos olhos do mundo: uma chanchada.

          Os anos não somaram a ele a experiência e a sabedoria natural aos mais idosos. O  modelo 2003 é muito mais do que um velho político. É um político velhaco e cheio de manhas. Na verdade, se assim apontarem as urnas, quem eventualmente irá galgar a rampa do Planalto não será aquele de 1980, mas uma simbiose de personagens que vai de Macunaíma, passando por  Pedro Malasartes, com pitadas de Saci Pererê e outros personagens dotados de grande esperteza do folclore nacional. Uma verdadeira metamorfose ambulante. Um camaleão político, astuto e cheio de artimanhas.

         Com ele de volta, estarão em pauta também todos os velhos truques do passado, desde a compra de parlamentares, passando pelo aparelhamento e pilhagem das estatais e todo o velho esquema de parcerias com a oligarquia do país e de fora. A questão toda aqui por saber é quem irá se apresentar como responsável, depois que todos tiverem assistido a reprise do grande espetáculo preparado para o distinto público do país? Terminado o grande show, quem se apresentará para recolher as mágoas derramadas do pote?

A frase que foi pronunciada:

“Onde quer que homens civilizados tenham pela primeira vez aparecido, eles foram vistos pelos nativos como demônios, fantasmas, espectros. Nunca como homens vivos! Eis aí uma intuição inigualável, um insight profético, se é que algum já chegou a ser feito.”

E.M. Cioran

E.M. Cioran. Foto: reprodução da internet

 

Figura

Zezé era uma figura querida no Senado. Tratava a todos como pessoas perfeitas. Fazia a mesma festa quando chegava algum diretor ou alguém da limpeza. Abria a geladeira da copa e oferecia molhos alheios para a salada de todos. Quando em um dia usaram o molho que pertencia à ela para servir a todos, ela ficou feliz do mesmo jeito. É o efeito Zezé. Ela fazia com os outros o que gostava que fizessem com ela. Vai deixar muita saudade.

Será?

Resolveram tirar a poeira dos projetos da Quituart. Novamente em análise, dessa vez a área tem grande chance de ser legalizada.

Foto: quituart.com

 

Auto estima

O Senado vai avaliar um projeto bastante sensível enviado pela Câmara dos Deputados, que aprova campanha de incentivo à doação de cabelo a pessoas com câncer. São muitos homens e mulheres que sofrem com o impacto imposto pela doença. O autor da proposta é o deputado federal Vinicius Carvalho, do Republicanos paulista.

Foto: redefemininabrasilia.org

 

Ação

O filho cresceu e a bicicleta está parada? Crianças estão aguardando doações. O Brasília Bike Camp Solidário acontecerá entre os dias 6 e 7, na Granja do Torto.

Cartaz publicado na página oficial do Brasília Bike Camp no Instaram

–> O Brasília Bike Camp Solidário está chegando!
Nossa missão nesse projeto é arrecadar bikes para doação!
Tem aquela bike parada aí? Entre em contato aqui no insta ou em algum ponto de coleta: @bigbike.bsb @redwaycycles @grifedoatleta @ximenesbikeshow @pedalzonebikes

Como diz @broubrutodrews ” Vamos semear o bem que a brutalidade vem!”

Lembre-se: BIKE PARADA NÃO AJUDA NINGUÉM!

Brasília, 6 e 7 de Agosto na Granja do Torto,
A partir de 9h!
● Evento para toda família
● Praça de alimentação
● Sorteio de 4 Bikes e diversos brindes
● Aulas de Ritmos
● Bicicross infantil
● Trilhas abertas
● Espaço Kids com parque inflável
● Shows, DJ

 

História de Brasília

Esta notícia é muito boa, porque entre a 108 e 308 os carros continuam trafegando, com prejuízo para os moradores dos blocos de frente para a estrada improvisada. (Publicada em 08.03.1962)

Procura-se um candidato à altura do Brasil

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Congresso Nacional. Foto: EBC

 

         Todas essas costuras políticas, alinhavadas nos bastidores pelos partidos e respectivos candidatos, feitas às vésperas do início oficial das campanhas, servem apenas as legendas para um eventual agrupamento de intenções, passando longe da realidade diária da população brasileira, que a tudo assiste entre absorta e indiferente.

         É forçoso inferir que estamos em dois mundos distintos, separados por unidades astronômicas de distanciamento. Tudo isso se dá por uma simples razão: nesses dois polos, estão cada um cuidando da própria vida. Com um divórcio dessa natureza, impossível acreditar que haja sintonia de propósitos entre o que almejam os políticos e o que anseia, de fato, a população.

          É sabido que somente após todas essas amarrações de bastidores é que será possível estabelecerem-se alguns rascunhos, feitos em papel de pão e nas coxas, de programas de governo. Desconhecem-se, até o momento presente, programas realistas, enxutos e exequíveis, apresentados pelas federações de partidos. Por certo, não haverá também. Ainda que surjam, não haverá tempo suficiente para ser devidamente debatido, nem internamente, nem, tampouco com os eleitores.

         Estamos todos mergulhados no mais profundo dos primarismos em termos de agendas e de programas. De última hora, surgirão programas que nem mesmo os marqueteiros de cada federação conseguirão destrinchar em miúdos. É nesse improviso geral, arquitetados pelos caciques partidários e pelos candidatos que rumamos para as eleições de outubro. Com uma paisagem desolada de ideias como essa, é fácil prever o que surpresas surgirão nas próximas campanhas.

          O pobre do cidadão, a quem cabe engolir e a bancar toda essa gororoba, feita às pressas, é que irá sofrer durante as transmissões das propagandas obrigatórias. O pior é que todo esse esboço, mal ajambrado, em forma de programa de governo, não será implementado por candidato algum. É tudo propaganda vazia. Num mundo ideal, todo esse merchandising deveria ser regulado também pelos institutos de defesa do consumidor.

         Muito mais útil ao cidadão e eleitor seria a Justiça Eleitoral, uma excrescência exótica e só nossa, obrigar a todos os candidatos a comparecerem aos debates públicos, sob pena de abandono do pleito. Nesses debates, deveriam incluir também entidades de interesse público, desnudando cada um desses postulantes e mostrando para todo mundo quem é quem e quem pensa que é alguém.

         O que temos até aqui são bonecos tipo marionete, cada um açulando sem concorrente, tudo numa pobreza de ideias e projetos de fazer dó. A razão, por detrás de toda essa pantomima vazia, pode ser encontrada, com facilidade, na não feitura de uma verdadeira reforma política, capaz de colocar cada ideia, cada partido, cada candidato no seu devido lugar.

          Nessa altura dos acontecimentos, todo esse desarranjo, que tem pai, mãe e propósitos muito bem arquitetados por alguns postulantes, fica fácil intuir que todo esse arrasta pé eleitoral visa ao confundir o eleitor, embaralhar-lhe a razão, servindo, por fim, somente àqueles que querem iludir e tirar proveito eleitoral imediato, pouco importando as consequências futuras.

          Esse trem desgovernado, que agora parte da estação, levando a bordo aqueles que são os legítimos candidatos de si mesmo, rumo a outubro, mostra que ainda temos muito que evoluir até que tenhamos representantes à altura de um país continental e de nação de tamanha importância estratégica para o mundo. É preciso, o quanto antes, fixar uma placa anunciando: Procura-se urgentemente, um candidato à altura do Brasil. Falar com os brasileiros de bem.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Naquilo que concordamos denominar “civilização” reside inegavelmente um princípio diabólico do qual o homem apenas se deu conta, demasiado tarde, quando já não era mais possível remediá-lo.”

E.M. Cioran

E.M. Cioran. Foto: reprodução da internet

 

Susto

Aumenta a audácia dos rackers em prejuízo, dessa vez, de correntistas bancários. Imagine consultar sua conta no celular e ver que tudo se foi. Isso passou a acontecer depois que o token eletrônico surgiu. Se continuasse sendo uma chave nas mãos dos clientes, dificultaria a ação dos meliantes. Aliás, a lei branda para esse crime está contribuindo sobremaneira para o aumento das ocorrências.

Foto: Pixabay

 

Cuidado

Ainda sobre o assunto acima, para se defender dos bandidos eletrônicos os correntistas que já sofreram esse tipo de ação passaram a usar dois celulares. Um apenas para movimentação bancária e outro para as redes sociais. A cada dia que passa está mais perigoso abrir links.

Charge do Thyagão

 

Sociedade

Dia 02 de agosto, às 15h, a Câmara dos Deputados vai debater em audiência pública “A importância da Policia Judicial na proteção de membros e serventuários do Poder Judiciário”. No link A importância da Polícia Judicial você vai saber como participar.

 

História de Brasília

No eixo de acesso SO 09-10 há dois postes no meio da rua, cercados de asfalto por todo o lado. Parece Pindamonhangaba, mas é Brasília. (Publicada em 08.03.1962)

Traças e roedores

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Ilustração: amambainoticias.com.br

 

         Tempos difíceis esses que estamos vivendo, ainda mais para um tipo específico de jornalismo, que, em meio a essa polarização extremada, com tiros vindos de todo o lado, busca seguir o caminho do meio e do bom senso.

         Definitivamente, não estamos, aqui no Brasil, em tempos de racionalidade ou sob a égide de elites políticas movidas pela sanidade mental. Mesmo para o leitor e eleitor, o cenário atual do país é confuso e distante da realidade. Até aqui nenhuma novidade. O que surpreende o cidadão de bem, e olhe que eles existem em grande número, é ver, dia sim e outro também, os mais perigosos e escorregadios personagens da política local e nacional ocupando páginas inteiras dos principais jornais e de mídias importantes.

         Para os brasileiros que ainda acreditam na ética e na justiça, ver esses personagens de triste passado, envoltos nos mais estrondosos casos de corrupção e de desvio do dinheiro público, falando abertamente de seus projetos futuros e do quanto foram prejudicados politicamente pelo açodamento das leis e da Justiça, dói no fundo da alma.

         Nessas entrevistas, que inclusive ocupam manchetes de primeira página, esses antigos meliantes do colarinho branco desfilam um rosário de lamúrias, mostrando o quanto foram injustiçados e o quando custou, para cada um, vagar solitário pelo deserto do banimento. Não se enganem! São raposas a lamentar o fato de terem sido apanhadas com os dentes prontos a devorar os incautos cidadãos, retirando-lhes o pão de cada dia e as chances de um futuro mais digno.

         De fato, o caminho de meio e do bom senso aponta, com propriedade, que lugar de corruptos, de toda a espécie, é nas malhas da lei interpretada com decência e longe dos cofres públicos.

         Já foi bem lembrado que a corrupção é tão ou mais letal que as ações violentas do crime organizado. A diferença entre o corrupto e um chefe de quadrilha que assalta e mata está nas armas que utilizam. Os empolados criminosos do colarinho branco, apesar de não usarem armas de fogo em suas ações, causam males infinitamente maiores ao cidadão, sendo que seus crimes repercutem por décadas e podem ser conferidos nas filas dos hospitais, na falta de remédios, na precariedade dos serviços públicos e por aí vai.

          Cara do bom moço, com aquele ar de senhor arrependido, só engana os desavisados. Há também os que mentem tão bem para si que não encontram espaço no ego para arrependimentos.

         Todo o cuidado com esse tipo de gente é pouco. A revoada desses personagens da política policial do país, de volta aos ninhos ou à cena do crime, só tem sido possível graças ao desmanche providencial e maquiavélico da Lei de Improbidade Administrativa, elaborado à luz do dia, justamente por indivíduos que foram ou seriam atingidos por esse antigo e justo dispositivo.

         Pensar que todos esses personagens estão se preparando para voltar mostra bem porque não saímos do lugar, e andamos correndo atrás do rabo feito cachorro doido. Para alguns mais radicais, a sentença é ainda mais terminativa: lugar de bandido não é na política, é na cadeia; onde, aliás, muitos se quer chegaram conhecer, dadas as possibilidades infinitas de recursos e a leniência de nossas leis, sempre em benefício dessa gente e contra o cidadão.

        Jornais e todo o tipo de mídia deveriam abrir seus canais apenas para aqueles cidadãos dignos e que possuem mensagens com base na verdade, vida pregressa e no bem comum, para mostrar às novas gerações que ainda há remédio para esse país. Nem tudo está definitivamente perdido e entregue às traças e aos roedores.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quando uma pessoa sensata compreende mal o que eu quis dizer, reconheci que me zango, mas apenas comigo mesmo: por haver expressado o meu pensamento tão mal que dei ensejo ao erro.”

David Hume (1754)

David Hume. Foto: Reprodução/Internet

 

Tecnologia

No Blog do Ari Cunha, o artigo completo de Flávio Ribeiro sobre “Tecnologia em gestão de contratos: uma forma de reduzir custos em Centros de Serviços Compartilhados”. Flávio Ribeiro é CEO e co-founder do NetLex e Associado Mantenedor da ABSC.

Flávio Ribeiro. Foto: tiinside.com

Tecnologia em gestão de contratos: uma forma de reduzir custos em Centros de Serviços Compartilhados

A premissa de um Centro de Serviços Compartilhados (CSC) é reduzir custos e aumentar a assertividade das operações. Para alcançar esses objetivos, departamentos Jurídicos, de Suprimentos e de Recursos Humanos (para citar apenas alguns) são agrupados nessas estruturas centralizadas, atendendo a diversas companhias — geralmente de um mesmo grupo empresarial. 

Mas não basta apenas juntar áreas variadas em um único espaço. Entregar os melhores resultados possíveis passa por garantir que todas as atividades sejam escaláveis e sigam os parâmetros de qualidade das instituições contratantes. Inclusive na gestão de documentos. 

As vantagens de uma visão integral do ciclo de vida dos documentos em um CSC 

É muito comum que os gestores tenham uma visão limitada das operações, composta somente pelo ponto de vista de seus próprios departamentos. Por exemplo: uma solicitação de compra movimenta o setor de Suprimentos, que só tem visibilidade sobre as atividades que são suas, como a análise de fornecedores e a negociação do contrato. Quando o documento é enviado para o Jurídico, ou a fatura é remetida ao Financeiro, é como se ele adentrasse uma verdadeira caixa preta: não se tem transparência quanto aos prazos de análise ou ao status do pagamento até que o contrato ou fatura emerja e retorne ao setor de origem. 

O contrário dessa gestão retratada acima é a chamada visão end-to-end, quando há clareza sobre as ações realizadas do início ao fim de um fluxo, mesmo que ele envolva diferentes áreas de apoio. Contar com um CSC é uma oportunidade única de colocar essa abordagem na prática, verificando a complementaridade das áreas de apoio das empresas. 

Diante do volume de arquivos gerenciados diariamente por um CSC, alcançar a almejada escalabilidade e padronização só se torna viável a partir da utilização de soluções tecnológicas como as plataformas de Contract Lifecycle Management – CLM. Essa abordagem incorpora um conjunto de práticas voltadas à gestão do ciclo de vida dos contratos, desde a solicitação até a administração do seu cumprimento, passando ainda pela coleta de dados e geração de inteligência. Sem essa perspectiva, os fluxos de trabalho certamente ficarão caóticos. 

Os CSCs estão especialmente bem posicionados para gerar valor empregando a gestão do ciclo de vida dos contratos, na medida em que a reunião e compartilhamento dos departamentos de apoio gera sinergia no fluxo de trabalho. Outra vantagem dessa proposta é a possibilidade de examinar cuidadosamente os documentos e dinâmicas a eles relacionados. 

Após uma análise com esse nível de aprofundamento e abrangência, é possível identificar os pontos de improdutividade e endereçá-los com ajustes precisos e planejados. 

Gestão de documentos e fluxos de trabalho dentro das áreas de apoio 

Internamente, cada setor lida com variados tipos de demandas que originam documentos e contratos específicos. A técnica do Contract Lifecycle Management simplifica o dia a dia de cada departamento, reconhecendo suas particularidades. Assim, é possível definir documentos padrão, com estrito controle sobre a alteração do seu conteúdo; estruturar fluxos de trabalho engajando os profissionais corretos a nível de elaboração, revisão e assinatura, definindo prazos para todas essas etapas; e registrar integralmente todos os trâmites e documentos produzidos. 

Dessa forma, contribui-se para a economia em escala prometida pelos Centros de Serviços Compartilhados, permitindo que as operações internas de cada setor sejam conduzidas em alto grau de eficiência. 

Mais eficácia na articulação entre áreas de apoio 

É na articulação entre departamentos que se concentra o maior risco de ineficiência em um Centro de Serviços Compartilhados, justamente porque as etapas subsequentes do processo não estão visíveis para os demais integrantes da cadeia. 

A lógica da gestão do ciclo de vida dos documentos passa pelo engajamento das áreas corretas no momento em que sua atuação será necessária e eficiente. É possível mapear os pontos ideias para estabelecer a interação entre áreas, evitando retrabalho e garantindo que o documento siga seu fluxo contínuo até a conclusão. Também é viável conferir transparência ao status das atividades, para que as áreas solicitantes tenham visibilidade quanto aos prazos e agentes responsáveis pelo passo atual. 

Tecnologia para aprimorar os Centros de Serviços Compartilhados 

Se a criação de Centros de Serviços Compartilhados já agrega eficiência ao trabalho das áreas de apoio, recorrer à tecnologia para implementar uma estratégia de gestão de contratos soma escalabilidade e padronização às operações, potencializando os resultados almejados. 

Passa a ser possível centralizar todas as demandas em plataforma única, automatizar a criação de documentos, estruturar de forma personalizada os fluxos de trabalho com prazos automáticos, além de armazenar todas as versões de arquivos e informações a eles relacionadas. O formato digital possibilita ainda que dados sejam extraídos para gestão dos contratos e dos procedimentos. 

Fica claro, portanto, que um software CLM bem implementado é o meio de levar os Centros de Serviços Compartilhados a outros patamares de sucesso. 

 

Flávio Ribeiro, CEO e co-founder do netLex e Associado Mantenedor da ABSC.

 

Revolta

Corre pelas redes sociais a reprodução da página do Diário Oficial com a informação do pagamento de dois milhões e meio patrocinando Nando Reis em 2012.

 

Na mira

Prefeitos de diversas cidades foram flagrados cobrando propina de diversas formas. Com um celular, é possível comprovar o ilícito. Agora, o que é feito com esse material vai depender do delegado, juiz e da população.

Charge publicada em vvale.com

 

História de Brasília

No Carnaval de Brasília não se viram nos clubes homens carregando mulheres nas costas, semi-nuas. Houve, sim, muita alegria, muita animação, como ninguém esperava. (Publicada em 08.03.1962)

Tudo será como antes

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Amarildo

 

         Convencidos de que nenhuma reforma política consistente que vá de encontro às necessidades e aos desejos dos eleitores virá, os eleitores brasileiros já não escondem sua predileção por candidatos, ao mesmo tempo, independentes e libertos do controle das atuais lideranças políticas. Não há predileção por legendas. Sem concorrência, por enquanto, os partidos seguem insensíveis às mudanças ambicionadas pela sociedade, alegando que candidatos que não obtiverem apoio das bancadas na Câmara e no Senado dificilmente conseguirão governar ou apresentar propostas.

         Para alguns cientistas políticos, as candidaturas avulsas obrigariam os partidos a se abrirem mais, tornando-se mais transparentes e democráticos para enfrentarem o aumento significativo da concorrência que viria, até de forma avassaladora. Um caso que exemplifica bem a ossificação de certas legendas é dado pelo Partido dos Trabalhadores. Envolto em sua maior crise, depois de inúmeros escândalos envolvendo nomes estelares da agremiação, ainda assim o PT insiste na candidatura única de Lula, um político processado, condenado pela Justiça e rechaçado por grande parte da população, embora o partido se vanglorie de possuir o maior número de filiados de todo o país.

         Em todo o mundo, apenas 20 países exigem que candidatos às eleições sejam filiados a algum partido. Internamente, importantes lideranças políticas têm se debatido pelo fim do monopólio dos partidos. Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a permissão para candidaturas independentes, vedada pela atual Constituição, permitirá que algumas legendas respirem. “No Brasil, liberalismo é uma má palavra, nós aqui queremos tudo regulado pelo Estado. A formação de tantos partidos se explica apenas pelo acesso fácil ao Fundo Partidário. A verdadeira regra de um partido é ter apoio do povo”, avaliou.

          Marina Silva (Rede) também apoiou a ideia de candidatos avulsos. “Defendemos as candidaturas independentes, para que as pessoas possam dispor do processo político, criar uma concorrência idônea com os partidos e a gente ter novos quadros na política. Quadros que virão com base em um programa, quadros que virão com uma plataforma registrada na Justiça Eleitoral, com base em uma história de vida na sociedade voltada para a saúde, educação, inovação, enfim, para os temas de interesse do cidadão”, considera.

          Quem também já deixou registrada a opinião sobre o assunto foi o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, que ressaltou anos atrás,  ser “filosoficamente a favor das candidaturas avulsas”, que considera mais democráticas. “Por que não permitir que o povo escolha diretamente em quem votar? Por que uma intermediação por partidos políticos desgastados, totalmente sem credibilidade? Existem algumas democracias que permitem o voto avulso, com sucesso”, afirmou Barbosa.

         Em 2015, o senador Reguffe apresentou proposta de emenda à Constituição (PEC) permitindo candidaturas avulsas. A PEC do senador estabelece, entre outras medidas, que “a filiação a partido político é direito de todo o cidadão brasileiro, vedada a exigência de filiação partidária como condição de elegibilidade ou requisito de qualquer espécie para o pleno exercício dos direitos políticos”. Na sua opinão, “é sempre difícil que quem foi eleito por um sistema queira mudá-lo”.

         Também um registro importante sobre o assunto. Dessa vez o ex-senador Cristóvam Buarque, para quem a candidatura avulsa iria acabar não só com o domínio dos partidos sobre a vida política do país, mas, sobretudo, iria “homenagear o princípio da soberania popular, que prevê o exercício do poder político diretamente pelo povo ou por intermediários de seus representantes.”

         Diante da certeza de que a maioria dos parlamentares não estão dispostos a alterar a regra atual que os beneficia, o protagonismo político dessa reforma espetacular viria, mais uma vez, do próprio Supremo Tribunal Federal que teve a matéria em mãos, pronta para ser deliberada em plenário, mas rejeitou. O relator do processo foi o ministro Barroso, que tem sido um duro crítico do atual sistema político nacional; já concluiu, inclusive, seu parecer sobre a questão. Se serve como indicação de seu voto, é preciso lembrar que, em certa ocasião, o ministro Barroso teria declarado que a “Constituição não instituiu uma democracia de partidos”. Pesa sobre essa questão o fato de o Brasil ser signatário do Pacto de São José, firmado na Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969 e ratificada pelos Brasil em 1992. Por este documento ficou estabelecido que “todos os cidadãos devem gozar dos seguintes direitos e oportunidades: (…) de votar e ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário e por voto secreto, que garantam a livre expressão da vontade dos eleitores; e de ter acesso, em condições gerais de igualdade, às funções públicas de seu país”.

         Foi Raquel Dodge, procuradora-geral antes das eleições de 2018, que movimentou, pela última vez, o assunto no sentido de estabelecer ou não a candidatura independente. Em parecer favorável às candidaturas avulsas, a procuradora-geral enviou a matéria para a apreciação do Supremo, que tinha a bola da vez. A nota técnica do TSE dizia o seguinte: “Qualquer alteração demandaria o desenvolvimento de um novo software para as máquinas, o que também comprometeria a segurança do processo de votação e da totalização dos votos, sem falar no retrabalho e no imenso aumento de custos”. “Ressalte-se que mais de 80% dos softwares que serão utilizados nas eleições já estão prontos e sendo testados, visando apenas corrigir eventuais falhas”, alertava a nota técnica do TSE.

         É certo que a aprovação das candidaturas avulsas não acabaria com os partidos, mas, sem dúvidas, forçariam que a maioria deles fossem reformados, visando o interesse do eleitor e não apenas dos oligarcas dessas legendas precocemente envelhecidas.

A frase que foi pronunciada:

“Se existisse um verbo que significasse ‘acreditar falsamente’, ele não teria uma primeira pessoa do presente do indicativo dotada de significado.”

Wittgenstein

Foto: Wikipedia

História de Brasília

Terminou o Carnaval dando Brasília, mais uma lição ao Brasil. Com a maioria de cariocas em sua população teve, entretanto, um carnaval sem excessos, dentro de uma ordem extraordinária. (Publicada em 08.03.1962)

A Lava Jato e as eleições

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo/Aqruivo

 

         Muita gente pode até não ligar uma coisa com outra ou simplesmente fazer de conta que não existe relação estreita entre o desmanche, proposital e metódico, de toda a Operação Lava Jato e as próximas eleições, mas o fato é que o Estado, ou o que é comumente chamado hoje de “deep estado”, ao promover e engendrar o esfacelamento de toda essa mega investigação, a fim de livrar muitos de seus protagonistas nesses episódios, empurrou as eleições para a beira do abismo onde se encontra.

         De nada adiantam as pantomimas e os discursos voltados para o estabelecimento de uma espécie de paz nas eleições e os diversos movimentos em torno da segurança ou não do modelo de votação eletrônica, se atentarmos para o fato de que a base ou os alicerces de todo esse processo eletivo e de alternância de poder, importante para a sobrevivência do Estado Democrático de Direito, foram simplesmente solapadas, tornando todo o processo sem o importante lastro da ética.

         O desmanche planejado da Lava Jato, ao tornar possível o impossível, que foi permitir o retorno à vida pública de praticamente todos aqueles que foram investigados, processados e condenados pela Justiça no curso dessa Operação, abalou e comprometeu todo o edifício institucional e eleitoral do pais, transformando e mergulhando o pleito de outubro num mar turvo e de incertezas profundas, capaz de reverter a ordem em caos, transmutando o que seria uma festa da política e da democracia num banzé e num arrasta-pé de bandoleiros.

          Não se deixe enganar: tudo o que vier a acontecer, daqui para outubro e depois dessa data, possui ligação direta com o que foi feito com a Operação Lava Jato. Ao retirar, do meio do salão, onde se dá essa dança desengonçada em torno das cadeiras, todos os mais básicos princípios e regras da ética pública, o que restou é o que temos visto até aqui.

          Houvesse essa peneira ou coador capaz de filtrar as impurezas que maculam as eleições, o pleito seria outro, civilizado e dentro do que esperam os eleitores. Criações de grupos contra a violência, ameaças de prisão, censura às mídias sociais e todo o aparato do Estado não terão o condão de pacificar o que foi conspurcado na sua origem.

         Aos personagens que outrora foram processados pela Operação Lava Jato, somam-se hoje muitos outros, responsáveis diretos e indiretos pelo desmanche dessas investigações, numa conjunção de elementos e esforços que vieram desembocar nessa foz de instabilidade eleitoral.

         Há, portanto, que olhar para trás, rever direções e quiçá retomar essas investigações no ponto em que foram represadas, permitindo a continuidade do fluxo normal da água cristalina da ética pública. Fechar os olhos a essa realidade é deixar o barco despencar na cachoeira. O problema aqui é que a providência necessária, capaz de uma concertação de todo esse processo, parece escapar das mãos dos cidadãos, contribuintes e principalmente dos eleitores, que, em todo esse acontecimento, é instado apenas a apertar uma tecla, alheio ao que irá lhe acontecer amanhã.

A frase que foi pronunciada:

“A história da Lava Jato é reveladora- expõe o tamanho do desafio que a sociedade brasileira tem em suas mãos. E mostra, sobretudo, que há um caminho viável para o combate à corrupção. O da lei”.

Vladimir Netto, em plena esperança de fazer um Brasil melhor para as filhas Manuela e Isabel.

Charge do Hector

 

Prata da Casa

Presente no Google, Mateus De Sordi, da Smartlybr, pesquisa inovações voltadas para a energia fotovoltaica para implantar no Brasil. Mais um ex-aluno do Indi Bibia fazendo a diferença.

Imagem: portalsolar.com.br

 

Reconhecimento

À espera de Lêda Watson, o Troféu Iaras, que será entregue por relevantes serviços prestados à cultura do DF, ao lado de Marianne Peretti. As diretoras Ivelise Longhi e Marlene Cabrera visitaram a artista Leda Watson, em seu ateliê de gravura, para, em nome da Presidente da AMABRASÌLIA, Cosete Ramos, convidar para o evento cultural, em homenagem às Mulheres de 22.

Lêda Watson. Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

 

Convite

Quem quiser conhecer ou rever os trabalhos de Lêda Watson, a Finissage será no dia 13 de agosto, às 17h, na Galeria de Arte do Pátio Brasil, 3° piso.

Lêda Watson. Foto: facebook.com/patiogaleriadeart

 

Preparação

Já se preparando para dezembro, a versão 2022 da Serenata de Natal abre inscrições para quem adora cantar. Todas as informações no portal serenatadenatal.org.

 

História de Brasília

Enquanto isto, perdurará a má impressão de degredo, de abandono, de inferioridade perante os que moram na Asa Sul e pagam alugueis menores. (Publicada em 02.03.1962)

Noivos desconhecidos

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Bessinha

 

          Fossem medidas em unidades astronômicas (AU), a distância a separar hoje os cidadãos comuns dos diversos candidatos que seguem entabulando negociações políticas com vistas ao preenchimento de vagas na disputa eleitoral pelo Distrito Federal, diríamos que esse número é gigantesco. De fato, não há nada a ligar o cidadão eleitor da capital e os atuais candidatos aos cargos políticos. O que se vê são notícias de encontros esporádicos, confabulações e outros movimentos que parecem acontecer em uma outra galáxia distante. O que há, e isso é visível, é uma corrida na surdina dessa turma, que hoje está no poder, tanto no Legislativo, como no Executivo local, para manter suas posições e privilégios pelos próximos quatro anos.

          Para aqueles que estão de fora e almejam também essas sinecuras, a luta vai se dando nos bastidores, longe da realidade do cidadão comum. São muitos os cargos em disputa e mais ainda de postulantes. Desde que foram estabelecidas as possibilidades legais de reeleição, é comum verificar que as disputas eleitorais começam justamente logo no primeiro dia da posse e do mandato. Com isso, é fácil verificar que esses movimentos e conchavos já foram iniciados quatro anos atrás, com o auxílio providencial e financeiro embutido no próprio mandato.

         Não há uma liga ou cola a unir os eleitores e os candidatos. Tudo vai acontecer apenas quando forem iniciadas oficialmente as campanhas, por ordem do Tribunal Superior Eleitoral. O que pode, à primeira vista, parecer uma movimentação natural e corriqueira, é, na verdade, um arranjo que se repete, sempre divorciado da realidade do cidadão. Ninguém, na população, sabe quem está disputando o quê, quem está coligado a quem e o que cada um pretende fazer nesse posto.

         Para o brasiliense e, principalmente, com base no que sempre foi afirmado nesse espaço, o Distrito Federal estaria em situação muito melhor se prescindisse de representantes políticos em todos os níveis. Mas como a capital se viu emaranhada nesse sistema perverso, construído justamente por uma minoria interessada nessas benesses e longe do que pretendia sua própria população original, o jeito foi entrar nessas disputas, obrigando o cidadão a bancar, financeiramente, toda essa estrutura caríssima e de resultados pífios, se não negativos.

         Houvesse o voto distrital puro, em que os candidatos saem das próprias comunidades e a elas estão ligados, desde sempre, por fortes laços de vida, toda essa disputa faria algum sentido. Mas o que se tem e bastam ver as fotos de cada, são candidatos sem laços com a população, verdadeiros forasteiros que por essas bandas surgiram em busca de mordomias dessas sinecuras políticas. Os milhões de quilômetros que separam a população desses alienígenas que agora disputam cargos políticos apresentam apenas uma certeza para o futuro: estaremos ou na mesma situação do presente, ou pior do que estamos agora.

          Nesse casamento arranjado entre os candidatos e a população local, seguimos como aqueles noivos que vão se conhecer apenas no dia do matrimônio. E depois não terá recall.

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Maus políticos são enviados a Brasília por gente decente que preferiu não votar.”  

Regina Lopes, pensando enquanto lê os jornais.

Charge do Ivan Cabral

 

Escorpião

Ciatox é o Centro de Informações e Assistência Toxicológica da Secretaria de Saúde do DF. Dados apontam que, já em 2022, os casos de picadas de animais peçonhentos somam 175 ocorrências na parte Norte da cidade e 164 na parte Oeste. Em 2021, do total de 2.640 chamados envolvendo animais peçonhentos, 2.065 foram de picadas de escorpião.

Foto/Imagem: Matheus Oliveira/ Saúde-DF

 

Nota 10

Merece registro elogioso a organização e atendimento da UPA do Paranoá Park. Sempre limpinha, com pessoal atencioso, nome visível dos médicos de plantão, informações acessíveis aos pacientes.

 

Muito bom

Por falar em Paranoá, a ideia de consertar as calçadas do comércio da avenida principal é a saída para tornar o lugar mais transitável. Por enquanto, um passeio de cadeira de rodas é impossível. Isso sem falar na poluição visual e sonora do local.

Foto: facebook.com/ParanoaNews

 

Barragem do Paranoá

Parece que não está dando certo a ideia de sentido único no horário de maior fluxo. As reclamações são constantes!

Foto: der.df.gov.br

 

História de Brasília

A situação na Asa Norte poderá melhorar quando outros Institutos construírem suas superquadras, e quando a Assessoria de Planejamento entregar a planta do Setor Comercial Local para a venda pela Novacap. (Publicada em 02.03.1962)

Que coisinha mal ajambrada

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Mafalda. Tirinha do Quino

 

          Democracia, como dizia um dos pouquíssimos homens sérios deste país, o filósofo Millôr Fernandes, é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim. No nosso caso particular, esse sistema hoje é um pouco mais complexo e até difícil de ser decifrado. Se formos classificar nossa democracia a partir dos candidatos que agora se apresentam para o pleito de outubro próximo, nosso sistema de democracia, para dizer o mínimo, necessitaria ser revisto antes aos olhos da psicanálise ou mesmo da sociologia, tal o grau de desvio da realidade e da decência.

         De um modo simples, poderíamos entender nosso atual estágio democrático com base apenas na hipertrofia dos partidos políticos, donos das candidaturas, ou mais precisamente com base na direção partidária e na vontade dos caciques. Não seria exagero supor que vivemos um momento em que a nossa democracia pode ser definida como resultado da vontade e dos caprichos dos caciques.

         Não se sabe ao certo se, por herança da cultura indígena, mas o fato é que estamos imersos numa espécie de caciquismo urbano, todo ele moldado com base nas mais de trinta legendas ou tribos que parasitam nosso sistema representativo. Nesse ponto, é lícito afirmar que as federações partidárias nada mais são do que federações de tribos, todas elas de olho gordo nas benesses do poder.

         O que acontece agora com as campanhas, que sequer tiveram início, mostram o tipo e a qualidade de democracia que temos nessa imensa aldeia chamada Brasil. Com todo respeito que devemos aos índios, que foram desde sempre os verdadeiros donos desta terra e, cuja cultura genuína, por suas características sofisticadas, dista anos luz da nossa, o que presenciamos hoje, na dança ritualística das campanhas de 2022, são arremedos de cultura, a mostrar o quão primitivo e selvagem podem ser os homens urbanos neste país.

         Nada do que se ouve e fazem em público pode nos remeter ao que seja civilização. Não é à toa que foi dito, a respeito desses selvagens engravatados, que temos o melhor conjunto de políticos que o dinheiro pode comprar. Melhor conjunto em tudo o que há de ruim e mal conformado.

         Se a qualidade da democracia pouco importa, isso é outra coisa. O importante aqui é a questão que compara a democracia diretamente aos seus representantes eleitos. Fosse um personagem de carne e osso que, se visse diante de um espelho, a democracia brasileira não acreditaria no que estaria vendo. Difícil é saber o que fazer com esses zumbis que dia sim, dia também, surgem nas manchetes dos jornais, dizendo o que não são e o que não farão. O que ocorre agora com a candidata Simone Tebet, do MDB, é apenas um fragmento colhido entre milhares de outros exemplos que, todo o dia, mostra-nos a selvageria de uma disputa capaz de impor uma humilhação pública não apenas a uma indicada oficialmente pela legenda, mas, indiretamente, a todas as mulheres deste país.

         A verdade é que esta e outras campanhas passadas mostram bem o que somos em essência e como o mundo nos vê de longe. Fosse nossa democracia uma mulher, teríamos que confessar para nós mesmos e em silêncio: que coisinha mal ajambrada.

A frase que foi pronunciada:

“A democracia não pode ter sucesso a menos que aqueles que expressam sua escolha estejam preparados para escolher sabiamente. A verdadeira salvaguarda da democracia, portanto, é a educação.”

Franklin D. Roosevelt

Franklin D. Roosevelt. Foto: super.abril

 

Memória

Hoje seria o 95° aniversário de Ari Cunha, criador desta coluna em 1960.

 

Notícia positiva

Depois do sucesso da organização da Feira do Livro, Marcos Linhares divulga agora a “Biblioteca de Gentes”, ideia do Instituto Fazer o Bem, inspirada no projeto dinamarquês Human Libraries, que propõe uma forma diferente de leitura: a leitura de pessoas.

Marcos Linhares. Foto: sindescritores.com

 

Dada a largada

Ontem, Darley, Luiz Eduardo e Núbia inauguraram a primeira edição do projeto. Segundo Linhares, no projeto Biblioteca de Gentes, cada pessoa escolhe um número e é dirigido a uma mesa. Depois de formadas as mesas, cada um dos convidados, com seus respectivos números, assume o seu lugar e conta a sua história. Não serão divulgados os nomes completos das pessoas, para que sejam encontros-surpresa.

Na biblioteca

“São páginas lindas de vidas inspiradoras, que não aceitaram as dificuldades que a vida lhes impôs. São obras abertas e que, ao terminar, respondem perguntas. A duração total varia de 45 a 60 minutos”, revela o presidente do Instituto, Marcos Linhares, que também coordena a programação cultural da BDB, na 506/507 Sul.

 

Fora da lei

Não é o período seco que causa incêndio na mata. São os grileiros. No Setor de Mansões do Lago Norte, pelo trecho 9, começou a corrida por terra alheia. Nada de fiscalização. Pelo contrário, o que parece área verde é terreno vendido.

Foto: chicosantanna.wordpress.com

 

História de Brasília

Já que o povo não se educa num dia, e a manutenção de um guarda para os jardins ´parece dispendiosa, o melhor seria atender a êsse problema em parte, para que não se perca, de uma vez, a beleza dos jardins. (Publicada em 02.03.1962)

Lei de Talião

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Alpino

 

          Depois da imensa alegria que os brasileiros irão sentir com o retorno da alma mais honesta deste país, nada melhor do que assistir também o retorno dos mais eficientes e probos políticos que essa nação já teve. Com a reformulação ou a anulação, pura e simples, da antiga e draconiana Lei de Improbidade Administrativa, os brasileiros e, mais particularmente, os brasilienses podem comemorar agora o retorno de personagens, que algumas leis mais radicais recomendavam serem afastados da vida pública.

          Com os Poderes Executivo e Legislativo, tanto no âmbito federal como estaduais, voltando a receber esses verdadeiros homens públicos, que foram cassados, sem dó nem piedade, por leis e julgamentos rigorosos, e, diga-se de passagem, levados a cabo pelo injusto clamor popular, o país poderá, enfim, dar prosseguimento às reformas tão necessárias para esse novo tempo que se anuncia.

          A começar pela reforma do foro privilegiado, dando ampliação, sem limites para essas prerrogativas, livrando esses homens públicos das bisbilhotices e interferências da lei. Para tanto, essas prerrogativas devem ser estendidas também para todos os familiares e pessoas do entorno imediato desses políticos, acabando com essa novela de perseguição aos nossos homens públicos.

          Com isso, essa leva de políticos, que agora retorna, poderá trabalhar sem os atropelos e longe dos humores ciclotímicos das leis brasileiras. Mesmo a questão de prisão em segunda instância deve ser revista, quiçá tornando impossível que os nossos valorosos políticos, que agora reassumem, sejam molestados legalmente por seus afazeres em favor da nação.

         O teto dos gastos públicos, uma medida que colocava freios e limites à ação desses gestores políticos, é outra providência que deve ser imediatamente abolida, deixando que esses valorosos homens públicos, que sabem muito bem que destino dar ao dinheiro do pagador de impostos, invistam em projetos que considerem melhor para todos.

         Uma outra ação de grande relevância, e que traria tranquilidade a esses gestores em seu regresso ao poder, seria tornar a ação desses políticos, durante todo seus mandatos, inimputáveis e fora do alcance das leis ordinárias, para dar maior liberdade de ação a esses personagens tão significativos para a vida dos brasileiros. Receber esses e outros políticos que foram perseguidos e afastados por uma verdadeira versão brasileira da Lei de Talião é mais do que um dever cívico, é uma obrigação humana!

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O maior obstáculo à descoberta não é a ignorância – é a ilusão do conhecimento.

Daniel J. Boorstin

Daniel J. Boorstin. Foto: loc.gov

 

Liberdade de expressão

Publicado, no portal Migalhas, a posição do Brasil em termos de liberdade de imprensa. O país aparece no 110° lugar no Ranking Mundial. O estudo foi elaborado pela ONG Repórteres sem Fronteiras.

Charge: revistaforum.com

 

Tolhida

Quem imaginaria que uma juíza eleitoral gaúcha caracterizasse a Bandeira Nacional como “um lado da política”. Empresário Luciano Hang aproveitou a deixa para turbinar a venda das bandeiras por baixo custo. Só falta agora proibir o uso da bandeira do Brasil em tempos de eleição.

 

Âmbito jornalístico

Thalita do Valle foi uma das brasileiras que perdeu a vida durante a guerra. Tropas russas invadiram a Ucrânia e a modelo, militar e estudante de Direito, não conseguiu sobreviver. Dentro desse quadro de sofrimento, a professora e jornalista Heloisa Preis traz uma abertura para discussão sobre  a perda da força midiática na guerra e a importância do trabalho voluntário.

 

Redação

Estão abertas as inscrições para os estudantes concorrerem na 12ª edição do Concurso de Desenho e Redação 2022 da Controladoria-Geral da União – CGU. Com o tema “Conversando a gente se entende!”, as inscrições e envio dos trabalhos podem ser realizadas até 28 de agosto.

Cartaz: Divulgação

 

Hoje

Estampada em comerciais e avenidas de várias cidades da Bahia, a foto de Janiel Sacramento mostrava que todo sonho é possível de ser realizado. Bahia. Com 18 anos de idade, crescido em uma comunidade quilombola da cidade de Camamu, Janiel passou no vestibular de Medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz. Hoje, tenta se manter no curso, que custa caro demais.

Foto: Arquivo pessoal/Janiel Sacramento

 

Incoerências democráticas

Renan Ramalho pontuou 3 incoerências no discurso do candidato Lula em restabelecer a democracia: Os escândalos de corrupção, a simpatia com líderes autoritários mundo afora e as tentativas de “regulamentar” os meios de comunicação, incluindo, agora, a internet e as redes sociais. Alguém explica?

Charge do Jindelt

 

História de Brasília

Uma boa solução para o caso dos jardins que estão sendo pisados pelo público, principalmente em frente às estações de TV, seria a colocação de pedras fazendo uma passagem. (Publicada em 02.03.1962)