Um pesadelo em sobressalto

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Amarildo

 

Caso se confirmem o que indicam alguns órgãos de pesquisa de opinião pública, sobre uma possível vitória de Lula da Silva na corrida presidencial deste ano, ficarão patentes, para essa geração e para as próximas lições que demonstram, que algumas das peculiaridades que concorreram, de forma enviesada, para a nossa formação histórica, desde 1500, continuam presentes em nosso modelo político, social e econômico atual, fazendo de nossa nação um caso a ser estudado no campo da psicologia e um modelo a ser evitado, a qualquer custo, por todo e qualquer país civilizado.

        Em primeiro lugar, o que salta aos olhos é a impossibilidade de concretização do que determinam as leis, quando o que está em julgamento são interesses e pessoas poderosas. Nesse caso, são as próprias cortes de justiça, em suas instâncias superiores, que cuidam para que nenhum processo contra as elites tenha chance de prosperar. Tal fato remete a confirmação de que nem todos são iguais perante às leis. Uns são sempre mais iguais que outros.

        Uma segunda conclusão, caso venham ser confirmadas as previsões afoitas divulgadas pelos órgãos de pesquisa, é que, o crime, apenas quando praticado por indivíduos e grupos do alto da pirâmide social, principalmente pela classe política, sempre vale a pena, porque nunca resulta em punição ou, ao menos, em arrependimento. A atuação política, conforme praticada no Brasil, pode ser classificada como amoral, ou seja, isenta de outros julgamentos e características de ordem ética.

        Em terceiro lugar, o que uma possível vitória de um ex-presidiário ao mais alto cargo da República pode evidenciar é que leis de improbidade, crimes de corrupção, assim como a própria Lei da Ficha Limpa, são instrumentos jurídicos que não atingem o andar de cima. Nesse ponto, vale, entre nós, a máxima de que corrupção política deve ser tratada e ficar restrita no âmbito dos tribunais eleitorais, considerada como delito eleitoral leve. Outra lição que poderá ser retirada de uma volta de Lula e de seu grupo ao poder é que, de fato, como já disse um famoso brasileiro, cada povo tem o governo que merece. Com isso, ficará patente a tão comentada falta de memória dos eleitores e o pouco cuidado que os brasileiros guardam com relação à importância do voto e da cidadania para a vida de todos. Essa possível vitória permitiria, ainda, observarmos, em tempo e lugar, o ditado que vaticina que a história, quando se repete, vem em forma de farsa ou de tragédia.

        Outra evidência que poderá ser retirada desse desfecho penoso das eleições é que a escolha política e ideológica para a composição do Supremo Tribunal Federal está no cerne de todos esses problemas. Mesmo com relação ao Congresso, poderá ficar confirmada sua inanição diante de descalabros que permitiram que alguém possa, de um átimo, sair da cadeia e subir a rampa do Palácio do Planalto, impávido e pronto para uma nova razia aos cofres da nação.

        Não se enganem: uma possível volta de Lula significa, antes de tudo, uma volta de seu grupo e de seus métodos. Doravante, mais sofisticados e feitos de acordo com as novas leis que, seguramente, serão elaboradas para deixar toda a atuação do “novo” governo dentro das novas balizes legais, escritas para proteger suas más ações.

        Para os brasileiros de bem, que assistem tudo calados e atônitos, a simples possibilidade de estarem vendo Lula em discursos para sua claque, atacando promotores e juízes que o julgaram e condenaram, parece um pesadelo a nos aprisionar num passado em que o subdesenvolvimento eterno é tudo que nos resta.

A frase que foi pronunciada:

Os nossos inimigos contribuem mais do que se pensa para o nosso aperfeiçoamento moral. Eles são os historiadores dos nossos erros, vícios e imperfeições.”

Marquês de Maricá

Marquês de Maricá. Foto: wikipedia.org

Sofrimento

Depois de analisar 13 milhões de casos, a Fundação Oswaldo Cruz publicou um estudo que mostra que, no SUS, mais da metade dos brasileiros em tratamento contra o câncer precisa se deslocar da própria cidade para tratamento especializado. Fadiga, falta de dinheiro, longos períodos de espera e alimentação inadequada são algumas das reclamações mais recorrentes.

Foto: Reprodução/ TV Brasil

Campus

Marcelo Ferreira, administrador do Lago Norte, esteve com Simone Benck, da UnDF, para acertar os detalhes do primeiro campus universitário localizado na região. No CA 02, as obras da reforma do prédio estão começando. Em março, tudo estará pronto.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

História de Brasília

Já que estamos em Taguatinga, vamos reclamar contra a falta de serviço funerário. Os filhos dos candangos, quando nascem não são registrados. Os pais esperam Se a criança sobrevive, registra, senão, é preciso transportá-la para o Plano Pilôto. (Publicada em 17.02.1962)

Um primeiro passo tímido

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

 

        De novidade, o que essas próximas eleições vêm trazendo para os eleitores é a instituição oficial da chamada Federação Partidária. Aprovada pelo Congresso Nacional, durante a reforma eleitoral de 2021, essa modalidade de aglutinação das siglas deverá, além de possuir os mesmos direitos e deveres dos partidos políticos, apresentar estatuto próprio, conforme estabelece a Justiça Eleitoral.

        Com isso, os partidos poderão se unir para apoiar propostas em comum, sendo permitido, ainda, o apoio a qualquer cargo, tanto para as eleições majoritárias como para as eleições proporcionais. Na prática, o que ocorre é que as mais de trinta legendas que superlotam o sistema partidário nacional descobriram que essa pulverização de siglas ajuda apenas os donos dessas legendas e suas respectivas lideranças.

        Esse novo modelo ainda está muito distante do que seria ideal, principalmente para o cidadão, que está bancando toda essa estrutura partidária e eleitoral, mas já significa um primeiro passo, rumo ao enxugamento de tantos partidos, muitos dos quais, transformados em verdadeiras empresas privadas a sugar volumosos recursos públicos. Não é por outra razão que os partidos resolveram se unir para aumentar seu capital de negociação, dentro do modelo vigente de presidencialismo de coalizão.

        O alvo dessas novas federações está centrado no Poder Legislativo, Câmara e Senado, onde esperam fazer o maior número possível de parlamentares. Os demais cargos inserem-se nas estratégias políticas de cada conjunto, de acordo com suas pretensões pós-eleitorais.

        Para o cidadão eleitor, pouco ou nada muda. Pode até piorar, já que, com certeza, esses novos conjuntos de forças irão, lá na frente, exigir novos e absurdos reajustes nos Fundos Partidários e nos Fundos Eleitorais, aumentando também os recursos para as chamadas emendas de relator e outras prebendas

        Em teoria, estaria dada a largada para o enxugamento das miríades de partidário que superlotam o nosso folclórico sistema político. O caráter permanente dessas federações, obrigadas a permanecer unidas até o último dia de mandato, confere um certo verniz de sinceridade ao modelo, mas não garante sua continuidade, o que ficará ao alvitre da decisão das novas composições dentro do Congresso, podendo ser alterado de acordo com a mudança na direção dos inconstantes ventos políticos.

        Como a afinidade programática e política é sempre uma incógnita a mudar como as nuvens no céu, a união desses partidos, em frentes únicas, obedece aos desígnios de cada conjunto de caciques, sendo a alteração de humor de desses grupos decisiva para a alteração das próprias federações. Ganharia o eleitor se, de fato, houvesse, com assento no Congresso, quatro ou cinco forças políticas, como tradicionalmente é visto em países desenvolvidos, onde os partidos sobrevivem graças ao empenho e doação de seus militantes.

        Ganhariam também os brasileiros, neste momento de crise, se ordenamentos como a Lei de Probidade Administrativa e a Lei da Ficha Limpa fossem respeitadas como deveriam. Ganhariam ainda mais os cidadãos se fosse permitida a candidatura a avulso, livre das amarras e da indústria partidária que parasitam nosso sistema político. O que se tem aqui é um primeiro passo muito tímido, rumo a moralização do sistema.

A frase que foi pronunciada:

Há muitos homens de princípios nos partidos políticos, mas não há nenhum partido de princípios.”

Alexis de Tocqueville

Alexis de Tocqueville. Foto: Reprodução/ Wikipedia

Mutirão jurídico

Entra ano, sai ano, pouco muda no sistema prisional brasileiro. Advogados podem entrar sem serem revistados, enquanto a família é humilhada na verificação. Mas o pior é a condição desumana das celas. Nem a CPI do Sistema Carcerário, realizada pela Câmara dos Deputados, resolveu. Quase 40% dos presos deveriam estar soltos. Como não há mutirão jurídico, não há andamento nos processos de execução penal ou de presos provisórios.

Cadastro Nacional

Outras indicações do documento final da CPI do Sistema Carcerário, elaborado em 2009, foi a necessidade de um Censo Penitenciário Nacional para avaliar e orientar as políticas públicas voltadas para o sistema carcerário. Outra ideia foi a criação de um Cadastro Nacional de Presos, a fim de que o sistema de controle do ingresso nas prisões seja de conhecimento público, bem como a ação parlamentar 602, o relatório final, a disponibilização de mapa da população carcerária, o tempo de cumprimento da pena em publicação e site oficial na Internet.

Uma das comissões na CPI

 

Informatização

A Criação do Serviço de Inteligência Penitenciária foi outra ideia registrada no documento. A informatização do Sistema Penitenciário, a criação de Escolas de Administração Penitenciária, o estabelecimento de um piso salarial para os servidores penitenciários em todo território nacional e a extensão a todos os estados do Serviço Avançado de Defesa Integral à Mulher Encarcerada e à Mulher Familiar de Preso.

Mulheres encarceradas. Foto para documento da CPI.

História de Brasília

É a especulação em marcha, é o prêmio aos que se opuseram ao movimento da maioria. Deve ser um dia triste, o de hoje, para Bahouch. (Publicada em 17.02.1962)

Um futuro distópico

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

 

Pesquisa de opinião pública, realizada há dois anos pelo Instituto DataSenado, mostrou que existe, hoje no Brasil, uma forte e crescente influência das redes sociais como fonte de informação para os eleitores. De acordo com esse levantamento, nada menos do que 45% dos eleitores ouvidos confessaram que, cada vez mais, buscam, nas mídias sociais, as informações que necessitam para decidir como irão orientar seus votos. Outro dado interessante levantado pelo estudo mostra que o conteúdo veiculado nas redes sociais possui grande influência sobre a opinião dos indivíduos. Essa atuação é observada, sobretudo, entre os indivíduos com escolaridade superior. Se tal fenômeno já significava, nas últimas eleições, que metade dos brasileiros, com acesso à internet, votava sob a importância direta do que consumiam nas mídias sociais, a possibilidade de haver mais de 50% dos cidadãos votando agora no pleito deste ano é bastante certa.

Tal realidade indica que o mundo virtual, esse oceano infinito de informações, verídicas ou não, passou a ser decisivo não apenas nas eleições de 22, mas também na condução de candidatos que sabem manusear essas mídias. Obviamente que tal abrangência de influência irá se estender ainda para dentro do Estado, interferindo no modelo de democracia que teremos doravante, todo ele ligado e dependente dessas novas mídias. Com isso, os debates tete a tete, o exercício mercadológico dos marqueteiros políticos, os comícios ao vivo e outras modalidades dentro das disputas eleitorais perdem fôlego e vão sendo deixados de lado, um a um.

Não será surpresa se o próximo passo dado para o domínio total das mídias sociais seja a votação via internet, por meio desses mesmos aplicativos. A obsolescência de instrumentos como a urna física e dos locais de votação deixará de existir, sendo o destino dos cidadãos feito diretamente de casa, via celular. Não será novidade se, lá adiante, o tal do “sistema”, ou seja, esse sujeito indeterminado e oculto, venha a fazer parte na gestão do Estado. Tornando assim, o dito “sistema”, o responsável pela qualidade da democracia e pela prestação de serviços por parte do Estado.

A impessoalidade na democracia, ao contrário do que muitos acreditam, não parece, a princípio, que irá melhorar as relações entre o cidadão e o Estado. A suspeita é que, quando esse dia chegar, a comunicação entre os cidadãos e o Estado será feita nos mesmos moldes com que são feitas hoje as relações entre os consumidores e as operadoras de telefonia. Até mesmo aspectos, que hoje são importantes, como a separação entre os fatos e as fake news, deixará de existir, sendo todos esses “ruídos de comunicação” atribuídos aos mecanismos do “sistema”.

Para o cidadão comum, que, afinal, irá custear essa entrada das novas tecnologias nas relações políticas com o Estado, restará o monólogo de alguém que escuta, do outro lado da linha, que a falta de médicos, de remédios, de professores nas escolas, da falta de água nas torneiras, de luz nas residências deve-se não à inoperância da política, mas ao “sistema”, uma entidade com situação jurídica abstrata, impossível de ser alcançada pelas leis.

Trata-se aqui de um futuro que vamos organizando com os pés, já que a cabeça e as mãos estão absorvidas pela Internet. O problema é que, quando levantarmos os olhos para o horizonte, o futuro distópico já terá chegado com toda a sua crueza e indiferença.

A frase que foi pronunciada:

Corrupção existe no mundo todo. Mas fã-clube de corrupto, só no Brasil.”

Frase no Pinterest

Charge do Cazo

Carreiro

Carlos Alberto Simas Magalhães, embaixador do Brasil em Portugal, vai contar com a contribuição de Raimundo Corrêa Carreiro, que promete impulsionar as relações comerciais e culturais entre os dois países.

Carlos Alberto Simas Magalhães. Foto: lisboa.itamaraty.gov

Ensurdecedor

Morador do C.A., no Lago Norte, em um prédio onde há uma pizzaria, reclama constantemente dos motoboys que intervém no cano de escape para fazer mais barulho. O apelido que deu a esses profissionais arrancou gargalhada dos vizinhos: “São os Aedes Aegyptis do trânsito!”

Escapamento de moto. Foto: divulgação

Oportunidade

Nada como uma turbinada nos estudos como uma língua estrangeira. Vão até amanhã as inscrições nos Centros Interescolares de Línguas Estrangeiras, ligados à Secretaria da Educação do DF. Os cursos de francês, japonês, espanhol e inglês são gratuitos. A preferência das vagas é para os alunos da rede pública, mas há vagas remanescentes para a comunidade.

Novidade

Na Comissão de Assuntos Sociais, há a discussão de permissão mais ampliada de esterilização de mulheres, que podem optar pela cirurgia depois do parto ou depois de aborto sem a necessidade de anuência do parceiro.

Foto: istockphoto.com

História de Brasília

Dentre essas dificuldades havia o problema do acesso. Não estava inaugurada a Estrada Parque, e dificilmente os automóveis procurariam as oficinas naquele local. Mas os que acreditavam mudaram-se logo. (Publicada em 17.02.1962)

Cara ou coroa

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Duke para otempo.com

 

Dizer que os extremos se tocam, formando, no final, um círculo ou uma aliança a unir falsos antagonismos, equivale a afirmar que ambos compõem e consolidam as duas faces de uma mesma moeda. Moeda essa que, ao ser examinada de perto, revela não possuir lastro algum, pois, no seu valor de face, a soma dos lados é igual a zero. Com isso, o que se pode depreender é que qualquer que seja a direção tomada por aqueles que pregam posições extremadas, cedo ou tarde, todos irão se unir no mesmo ponto, formando um composto homogêneo que, pelo cheiro e toxidade, logo sabemos se tratar de algo danoso à sociedade brasileira.

Tal é a semelhança na articulação política, entre o atual governo, que se autoproclama de direita, e a turma que, a partir de 2002, subiu a rampa do Palácio do Planalto, pregando um programa de esquerda. Lá como aqui, dentro do que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão, todos têm agido, no trato da coisa pública, seguindo as mesmas cartilhas que afrontam os mais comezinhos princípios da ética, o que em outros termos equivale a dizer que cometem os mesmos crimes para alcançar vantagens para si e para os seus.

Para ficar apenas no ponto relativo ao que seria essa cooptação remunerada dos congressistas, uma prática já formalizada, desde a redemocratização nos anos oitenta, e que, segundo o Executivo, objetiva tão somente a aprovação das teses e propostas do governo, ontem, como hoje, os métodos seguem idênticos e, notem bem, sempre prejudiciais aos contribuintes, que arcam com esses desperdícios que nada mais são do que verdadeiros desvios de recursos públicos.

No passado, como agora, todos esses acordos, fechados a preço de ouro, retornam, para a população, na forma de inflação ou recessão. No passado, foi o chamado mensalão, alcunha dada pelo ainda presidiário Roberto Jefferson, aos pagamentos feitos pelos lulistas para a aprovação de suas pautas. Dinheiro que era entregue inclusive em pacotes até para os próprios correligionários. Agora, o que a nação assiste é a reprise desses pagamentos, à sorrelfa, na forma mais sofisticada das chamadas emendas do relator ou RP9. Trata-se aqui dos mesmos mecanismos de outrora, com os mesmos propósitos e cujo os meios são igualmente contrários à lei e a ética pública.

Por isso mesmo, foram taxados de secretos e sempre desmentidos pelo governo e pelos congressistas. Ocorre que a situação, de drenagem de bilhões de reais, sem fiscalização dos órgãos de controle chegou a um tal ponto de escândalo escancarado, que o próprio Supremo, sempre letárgico, teve que agir, atalhando, o quanto antes, essa sangria criminosa, jogando um balde de água fria no fervilhante mundo político da Praça dos Três Poderes.

Como pano de fundo dessas tramoias republicanas, o que se descortina é o pleito de 2022 e as possibilidades de reeleição desses mesmos personagens. Assim como era antes, é agora, nesse cara ou coroa, que tem engabelado toda uma nação por séculos.

A frase que foi pronunciada:

O demônio sempre se infiltra entre os políticos. Então, eles começam a brigar entre si. O poder se transforma em uma questão de orgulho. Não tem mais nada a ver com vivermos juntos e acabarmos com a guerra.”

Bob Marley

Bob Marley durante um show em 1980. / GETTY

Prata da Casa

Graças a Alexandre Dias, CEO do Instituto Brasileiro do Piano, os brasilienses tiveram a oportunidade de acompanhar ao vivo um dos últimos concertos de Nelson Freire. A paixão de Dias pela boa música tocou o coração de Freire.

Temporada

Vejam a Chácara Horizonte Maior, que está pronta para ser alugada. Perto do Poço Azul, a primeira chave que o inquilino recebe é a da porteira. Dê uma olhada, a seguir, nas fotos do paraíso.

Instituto Campos Fidei

Um solitário Tiffany em Platina com diamante de 0,21 CT, com classificação de cor F e Pureza VS1. Esse é o material que vai salvar as obras do Campus Fidei. A joia doada está à venda. Acesse a página oficial do instituto no Instagram em https://www.instagram.com/campus_fidei/.

Arte

Alan Silva, do Museu do Senado, explica, na página do parlamento, que a campanha de conscientização sobre as obras de arte expostas na casa pretende chamar a atenção para a riqueza que esse patrimônio cultural representa e mostrar a importância histórica das peças. A iniciativa da campanha é da Secretaria de Comunicação Social em parceria com as Relações Públicas e o Museu.

Foto: senado.leg

 

História de Brasília

Não sei porque, também, qualquer pessoa paga telegrama, e deputado não paga. O resultado é o abuso que tem sido denunciado seguidas vêzes, de deputados que utilizam o DCT como serviço particular. (Publicada em 10/02/1962).

Cisma silencioso

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Dum

 

Um dos muitos problemas que o cidadão pode colher, por manter, no Congresso, via eleições, indivíduos com pendências junto à Justiça, principalmente aquelas tipificadas no Código Penal, é que, cedo ou tarde, eles encontrarão uma maneira de legislar em causa própria, confeccionando leis e outras normas legais que, lá na frente, servirão para livrá-los de quaisquer condenações definitivas.

O pior nessa questão toda é que o eleitor brasileiro, a cada quatro anos e por razões sempre diversas, mas nunca racionais, insiste em votar em candidatos reconhecidamente fichas sujas. Trata-se aqui de um comportamento insistente e inexplicável no mundo da razão. Um tiro no pé, desferido por vontade própria e sempre com certa dose de masoquismo. Exemplos colhidos, ao longo dessa legislatura e de outras, mostram que, uma vez instalados na Casa das Leis, o primeiro cuidado é desfazer, com os pés, quaisquer proposições que indiquem o cometimento de crimes no exercício da atividade política. Representantes legitimamente colocados no parlamento logo trataram de desconstruir, item por item contido na Lei da Ficha Limpa, um projeto de iniciativa popular, com mais de 1,6 milhão de assinaturas e aprovado em 2010. Por meio do novo Código Eleitoral, a LFL perdeu sua efetividade. Do mesmo modo, foram depenadas as leis de improbidade administrativa, a Lava Jato e todo o pacote anticrime proposto pelo ex-ministro da justiça, Sérgio Moro.

Estragos e procrastinações também foram cometidos com o foro privilegiado e com a prisão em segunda instância, todos remetidos para o fundo da gaveta e do esquecimento. Ao se autoconcederem indulgências e outras benesses surreais, esses eleitos trataram de aplainar as veredas que irão conduzi-los, sãos e salvos, de volta ao poder, perpetuando um ciclo perverso que, em futuro não muito distante, poderá penalizar severamente todos aqueles que ousem imputar crimes a quaisquer políticos.

Agora parece ter chegado a vez de agir contra o Ministério Público, por meio da PEC 05/2001, também conhecida pela PEC da Vingança e que, ao alterar as normas de funcionamento do Conselho Nacional do MP (CNMP), acaba de vez com a maior conquista da Constituição de 1988, que foi a independência do MP.

Se a reação da sociedade civil organizada e que tem sido forte servir para alguma coisa, essa proposta dos políticos com pendências junto à Justiça pode até vir a ser abortada logo de saída. O que os políticos querem com a introdução de novos membros no CNMP é reduzir e dificultar o combate à corrupção, numa contraofensiva às investigações feitas pela operação Lava Jato. Pela desfaçatez como vêm agindo, afrouxando toda e qualquer norma de combate aos crimes cometidos por políticos, logo logo, emendarão a Constituição com propostas visando entregar, aos referidos corruptos, limpos e sem impedimentos, todos os bens e recursos por eles desviados, com juros e correção.

Os desmontes iniciais das leis e punições aos corruptos já foram todos feitos, resta agora punir os operadores da lei, a começar pelos promotores públicos. De longe, o STF observa tudo, calado e convenientemente conivente com tudo.

A frase que foi pronunciada:

Quando é que essa pandemia vai acabar?”

Não sei. Não entendo nada de política.”

Conversa anônima postada na Internet.

Charge de Laerte Coutinho Foto: Reprodução/Instagram

Equidade

Foi escrito, no Twitter do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, avisando que, a partir de segunda-feira, as atividades da Casa serão paulatinamente retomadas presencialmente. Além das medidas sanitárias adotadas comumente, haverá a exigência da carteira de vacinação. Ele só não detalhou se para todos, inclusive parlamentares.

Presidente da Câmara, Arthur Lira. Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Jeito diferente

Será lançada neste mês a Consultoria Veredas – Estratégias em Direitos Humanos. A consultoria é fundada pela advogada Joana Zylbersztajn, que é especialista em Direitos Humanos, a cientista política Manoela Miklos e a advogada Mayra Cotta. Os pilares são base para um ambiente de trabalho seguro, acolhedor e solidários. Veja, a seguir, a proposta do grupo.

–> Veredas chega ao mercado de consultoria e estratégias

em Direitos Humanos

Com a atuação em quatro eixos, Compliance, Governança, Engajamento e Formação, a empresa oferece soluções customizadas e estruturais, para práticas corporativas justas e ambientes de trabalho seguros, acolhedores, solidários e diversos

A empresa Veredas – Estratégias em Direitos Humanos chega ao mercado para assessorar empresas, instituições e organizações da sociedade civil engajadas na proteção e efetivação dos direitos humanos. Fundada por Joana Zylbersztajn, advogada de Direitos Humanos, especialista em Comunicação Social e mestre e doutora em Direito Constitucional, Mayra Cotta, advogada especializada em Gênero, mestre em Direito Criminal e doutoranda em Política e Manoela Miklos, cientista política e doutora em Relações Internacionais, a Veredas atua a partir de uma perspectiva multifacetada, pautada pelo compromisso com mudanças efetivas.

O objetivo da Veredas é encontrar caminhos para ambientes de trabalho seguros, acolhedores, solidários e diversos, com soluções estratégicas e customizadas para práticas corporativas e institucionais, que promovam e protejam os direitos humanos em sua integralidade. “Entendemos que não existe uma fórmula única que pode ser replicada em quaisquer espaços. Práticas artificiais, meramente para construção de imagem e alheias às mudanças reais, expõem empresas e instituições a riscos reputacionais irreparáveis. Os Direitos Humanos não podem estar apenas no discurso e as propostas devem ser concretizadas em práticas corporativas justas, em ações institucionais coerentes e em ambientes de trabalho dignos”, afirma a cofundadora Joana Zylbersztajn.

A Veredas oferece soluções completas e integrais para cada situação apresentada e conta com um hub de consultores parceiros, capaz de atender totalmente as demandas mais complexas dos clientes. “Empresas, instituições e organizações são agentes de transformação e corresponsáveis pelas mudanças para que direitos básicos sejam garantidos em nossa sociedade. Isto exige um compromisso com toda a comunidade com a qual se relacionam e também o respeito aos direitos humanos e princípios éticos contidos nos critérios ESG (sigla em inglês para boas práticas de impacto ambiental, social e de governança corporativa)”, comenta a cofundadora Mayra Cotta.

O investimento em formação é uma importante ação proativa na proteção e promoção dos direitos humanos.A Veredas tem suas raízes nas trajetórias acadêmicas e profissionais das suas sócias fundadoras, bem como estabelece conexões com parceiros capacitados para abordar diferentes pautas. Em cada programa ou atividade de formação geramos conhecimentos específicos, com respectivos indicadores de impacto da iniciativa”, afirma a cofundadora Manoela Miklos.

As soluções da Veredas podem ser elaboradas em produtos individuais ou pacotes específicos mais robustos, com diferentes níveis de acompanhamento. É possível demandar apenas fases preliminares como diagnósticos e planos de trabalho, até a efetiva elaboração, implementação, monitoramento e avaliação de impacto de cada atividade, proposta ou serviço. A Veredas também oferece pacotes temáticos como “Treinamento de Ouvidorias e Gestores de RH para acolhimento e encaminhamento de casos de assédio sexual; “Criação e implementação de canal de denúncia com foco em violações de direitos humanos”; Compliance em direitos humanos para o setor audiovisual, entre outros.

Sobre as sócias Fundadoras

Joana Zylbersztajn é advogada de direitos humanos graduada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e especialista em comunicação social pela mesma universidade. Também é mestre e doutora em direito constitucional pela Universidade de São Paulo e autora do livro A laicidade do Estado brasileiro. Na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, Joana foi assessora principal dos Comissários/as e coordenou a sessão responsável pelas medidas cautelares e provisionais. Também trabalhou na gestão de políticas de direitos humanos

enquanto ocupou cargos no governo federal brasileiro e no município de São Paulo, além de ter atuado em organizações da sociedade civil. No setor privado, trabalhou como relações institucionais da Natura Cosméticos e da Natura & Co. Atualmente Joana é cofundadora da Veredas – Estratégias em Direitos Humanos, membro colaboradora da Comissão Arns e mentora profissional do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa.

Mayra Cotta é advogada especializada em gênero, formada pela Universidade de Brasília, doutoranda em Política na New School for Social Research, em Nova York, mestre em Direito Criminal pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e cofundadora da Veredas – Estratégias em Direitos Humanos. Trabalhou como assessora jurídica da Comissão de Direitos Humanos no Congresso Nacional e foi assessora especial na Secretaria-Executiva da Casa Civil da Presidência da República. Mayra lecionou nos Departamentos de Politics e Global Studies na New School, e nos Departamentos de Political Science e Women and Gender Studies na Pace University. Ela também estruturou e coordenou o primeiro escritório de atendimento a mulheres em situação de Violência Doméstica no Núcleo de Prática Jurídica da UnB e foi membro do Comitê para a América Latina e o Caribe pela Defesa dos Direitos da Mulher, CLADEM. É autora do livro Roupa, Mulher, Trabalho: Como se Veste a Desigualdade de Gênero.

Manoela Miklos tem longa trajetória junto ao movimento de mulheres e ao movimento de direitos humanos. É cientista política graduada na UNESP, mestre na UNICAMP e doutora em Relações Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas da PUC-SP. Manoela foi uma das idealizadoras da campanha #AgoraÉQueSãoElas e editora do blog de mesmo nome hospedado na Folha de São Paulo. Regularmente, contribui para a Folha de São Paulo e para a Revista Veja. Integrou a equipe de diversas organizações da sociedade civil e liderou iniciativas importantes nos anos em que compôs o Programa para a América Latina da Open Society Foundations. Hoje, além de cofundadora da Veredas – Estratégias em Direitos Humanos, Manoela produz e apresenta o podcast Novo Normal, uma colaboração #AgoraÉQueSãoElas + Radio Novelo + Spotify Brasil, e é gestora de parcerias do laboratório de ativismo Nossas.

Para mais informações para a imprensa:

Cláudia Castro

claudia.castro@inpresspni.com.br

(61) 99223-9911

Pois não é?

Por falar nisso, era um caminhão de coleta passando numa quadra do Lago Norte. Um rapaz animado gritava para o outro enquanto o motor roncava alto: “Reparou que a gente faz o que Jesus fazia? Tudo o que não presta e ninguém quer mais a gente pega e recicla.”

Funcionários do SLU recolhem lixo reciclável em Brasília.                                         Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Ânimo

Quais são as cidades do mundo onde um grupo de moças passeia à noite despreocupadamente? No Setor de Embaixadas, grupos conversam animadamente enquanto se exercitam por toda área.

História de Brasília

Os presos de todo o Brasil já receberam os benefícios do decreto 51.378, menos os de Brasília. Provavelmente o Ministro da Justiça não saberá disto, e aqui está o lembrete. (Publicada em 10/02/1962)

Falta menos de um ano para as eleições de 22

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: EVARISTO SA/ AFP

 

Faltam pouco menos de 12 meses para as eleições gerais que irão escolher, em 2022, os nomes do presidente da República, dos governadores, das assembleias legislativas dos estados, dos 513 deputados federais, além de um terço dos 81 membros para o Senado. Trata-se de um evento da maior importância para o Brasil e que poderá, dependendo da seriedade dos eleitores, mudar os rumos do país, livrando-o, quem sabe, de uma queda iminente num abismo.

Por certo, o atual governo não fará nenhuma mudança de rumo, nem uma revolução na esfera do Executivo, confiando, talvez, que seus apoiadores irão não só entender os motivos, como irão apoiá-lo até o fim. Diante das circunstâncias, acredita-se que o que o atual chefe do Executivo fará é repetir o modelo de gestão de governos passados, que na reta final das eleições, gastando até o último centavo dos recursos públicos, com políticas populistas, que agradem dos eleitores mais carentes e, com isso, obtendo adesões interesseiras de última hora.

Convenhamos que essa é uma estratégia ao mesmo tempo irresponsável e suicida, uma vez que, na hipótese de vir a ser reeleito, terá que governar com os cofres esvaziados e sob a mira daqueles a quem prometeu mundos e fundos. Até o próximo 2 de outubro de 2022, o governo terá que encontrar um projeto consistente que detenha a escalada da inflação, já posicionada em dois dígitos e considerada uma das mais altas desde o Plano Real.

Sobre o que interessaria de fato a nação que são as reformas, não existem perspectivas à vista. Aliás, essas reformas, tão necessárias e tantas vezes negligenciadas, tanto pelo Executivo como pelo Legislativo, não ocorrerão em ano eleitoral, quando os políticos estão mais preocupados em voltar ao poder e não em discutir mudanças que, em última análise, retirarão direitos já conquistados dos próprios eleitores. Por outro lado, as negociações para a formação de frentes políticas que venham a se estabelecer numa possível terceira via já estão em andamento, o mesmo acontecendo com as costuras, feitas pelo ex-presidente e ex-penitenciário Lula da Silva, que seguem fortes nos bastidores, principalmente na construção de armadilhas e outras tramoias sujas para afastar quaisquer candidatos que venham se colocar no caminho do Partido dos Trabalhadores. Mais do que nunca essa será uma campanha em que o PT emprenhará todas as suas forças, a fim de tentar apagar os muitos crimes cometidos por essa legenda e por seus filiados a partir de 2003.

Eles virão com sangue nos olhos, sabendo que essa pode ser a última oportunidade para voltar ao Planalto, de onde sonham em vingar-se daqueles que descobriram seus malfeitos e crimes. Essa não será uma eleição como as outras porque há muitas explicações a serem feitas aos cidadãos que, na sua grande maioria, já perderam, há muito tempo, a crença nos políticos nacionais.

Com a aproximação das eleições, aumenta também a dança das cadeiras dos candidatos, todos afoitos em apresentar propostas que, sabem, não poderão, nem de longe, cumprir. Criados partidos gigantes que, com o otimismo exagerado, alinham-se ao jogo eleitoral e ajudam a ganhar votos, melhor mesmo é se mostrar positivo e proponente.

Soubessem eles o tamanho do desafio que têm pela frente, com certeza se apresentariam diante dos eleitores com maior parcimônia e mais comedimento na arte de prometer. De todos os desafios que se apresentam na atualidade, nenhum é mais premente do que o fator ambiental. Nesse setor, já repleto de adversidades, o maior e mais urgente problema é justamente o alastramento contínuo do fenômeno da seca por todo o território nacional. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a seca é hoje o maior desastre ambiental em processo no país, já afetando praticamente todo o país de Norte a Sul. A falta de chuvas e a estiagem constantes não estão mais restritas, como anteriormente, às regiões Nordeste e ao tradicional Polígono da Seca. Estudo Elaborado agora pelo IBGE, intitulado Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) e Perfil dos Estados Brasileiros (Estadic) 2017, mostra que, entre 2013 e 2017, praticamente metade dos 5.570 municípios (48,6%) vem registrando episódios de seca. Embora a maior parte deles esteja concentrada no Nordeste, a estiagem, ocasionada pela escassez severa de chuvas, já atinge, inclusive, o Sul do Brasil. Trata-se, obviamente, de um problema que, por suas dimensões, nenhum candidato terá condições de resolver, quer por sua abrangência ou mesmo pela exiguidade na duração do mandato em relação à extensão de tempos necessários para empreender um amplo e eficaz programa de combate à seca.

Os avisos sobre a intensificação da seca em todo o país vêm sendo feitos na forma de constantes e repetidas crises hídricas, que ainda hoje têm reflexos no dia a dia da população. Rio de Janeiro e São Paulo, na região Sudeste, também experimentaram prologados e preocupantes períodos de estiagem, que resultaram em penosos racionamentos de água para seus habitantes. Além da seca inclemente, a pesquisa do IBGE listou ainda outros desastres ambientais como deslizamentos, erosão e enchentes, que vêm atingindo diferentes regiões do país, deixando um rastro de prejuízos e de preocupações.

O pior, segundo o IBGE, é que 60% dos municípios brasileiros não possuem nenhum mecanismo especializado e direcionado à prevenção desses desastres naturais.

A frase que foi pronunciada:

Uma das primeiras condições para a felicidade é que o elo entre o homem e a natureza não seja quebrado.”

Leo Tolstoy

Leo Tolstoy. Foto: Reprodução da Internet

História de Brasília

Não sei porque, também, qualquer pessoa paga telegrama, e deputado não paga. O resultado é o abuso que tem sido denunciado seguidas vêzes, de deputados que utilizam o DCT como serviço particular. (Publicada em 10/02/1962)

Aposta no caos

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Sérgio Lima/Poder360

 

Cada dia com sua agonia, repetia o filósofo de Mondubim. O problema é quando a agonia de todos os lados começa a ficar cada vez mais intensa com o passar dos dias. Nesse caso o que se obtém é a formação, no horizonte, de uma tempestade perfeita, prestes a precipitar igualmente sobre todos. É justamente essa armação de um intenso temporal que vamos aguardando, aparvalhados, abater-se sobre o país, suas instituições e, por extensão, em cima da nação, com ameaças veladas de um retrocesso desejado por uns poucos que, dessa tormenta, sonham em colher os frutos da dissipação da democracia. Não se trata aqui de alarmismos sem fundamentos.

A antevisão de fissuras, que agora surgem estampadas e em uníssono, chama a atenção para uma sequência de fatos, muitos oriundos do destempero verbal do chefe do Executivo, das iniciativas do Judiciário e do desespero do Legislativo. Os grupos parecem ter atingido um perigoso ponto de ebulição. De um lado, um cipoal de denúncias que vão emergindo na CPI do Covid do Senado, de outro, senadores exaltados fugindo das suas atribuições e, mais para a direita, na Praça dos Três Poderes, ministros do judiciário arbitrando como no julgamento final.

As repetidas pilherias e outras troças continuam dirigidas aos fantasmas que parecem assombrar esse momento brasileiro. Tentaram evitar o futuro com uma faca afiada rodada no bucho do mais votado. A liturgia do cargo começou a sangrar aí. Sem apoio para divulgar os responsáveis pela tentativa de homicídio, Bolsonaro, amparado por seus eleitores, não consegue a grande mídia nem o Congresso como apoiadores por razões que a própria razão conhece. Poucas figuras do poder dignificam a posição ao criar no imaginário daqueles que prezam pela seriedade e liturgia de tão importante cargo.

A intenção de todos os lados, de enviar recados intimidatórios aos muitos inimigos, revelam  personagens que parecem perdidos e amedrontados, em meio a mata escura, e, por isso, acionam a metralhadora verbal para todos os lados. O problema é quando esse temperamento ciclotímico, que mais lembra um arremedo da figura de Jânio Quadros, sai das raias da caricatura e passa a causar danos às instituições do Estado e a gerar crises sistêmicas, colocando em risco o próprio Estado Democrático de Direito.

Dessa vez, as ameaças de diferentes matizes que vêm surgindo de todos os lados ganharam um status de ataque frontal. Basta acompanhar o desprezo pelo voto impresso. Mais cara que a implementação da impressão do voto é a dúvida. A segurança é total, já que o voto não sai da urna, para quem zela pela democracia e a Carta Magna, a construção das justificativas contra a certeza do voto é frágil. Inimigos da Nação, ninguém mais sabe quem são.

Por outro lado, ao afirmar taxativamente que não haverá eleições em 2022, caso o voto impresso não seja instituído como deseja, Bolsonaro açulou os outros Poderes. Bolsonaro conseguiu a unanimidade de juntar, contra si, os ministros do STF e do TSE, além do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Os primeiros garantiram que as eleições acontecerão. O segundo afirmou não compactuar e aceitar retrocessos à democracia. Até mesmo onze partidos com assento do Legislativo já bateram o martelo, dizendo não apoiar a introdução do voto impresso nessas próximas eleições. Se seria mais seguro que os brasileiros pudessem ver a urna auditada, não há como compreender essa teimosia.

Qualquer um, de qualquer dos Poderes, que possa a vir a ser apontado, por sua performance, como inimigo da Nação, perde, nesse campo, o poder, a capacidade e o direito de comandá-la.

A frase que foi pronunciada:

Não se interpreta a Constituição em tiras, aos pedaços”.

Eros Roberto Grau

Eros Roberto Grau. Foto: stf.jus

Mais segurança

Já acontece há muito tempo noutros países, e agora o Senado acaba de aprovar o programa Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica. A iniciativa é da Associação dos Magistrados Brasileiros, foi apresentado ao Congresso pela deputada federal Margarete Coelho e contou com o apoio da bancada feminina. No Senado, a relatora da matéria foi Rose de Freitas. Trata-se de uma parceria entre o comércio e instituições públicas que trabalharão em conjunto para identificar os casos de abuso com casais que se comportem estranhamente em público.

Foto: senado.leg

Loucura

Uma prova da paciência e conivência com absurdos é o consumidor que paga mais de R$ 4 mil por um celular da marca mais cara do mundo e aceitar que venha sem carregador, obrigando a compra do dispositivo em separado.

Imagem: abolukbas/Shutterstock

Muito estranho

Por falar nisso, alguém encontrou uma explicação plausível para o horário de atendimento ao público feito pelos bancos? Se os supermercados ficam abertos 24h, a pandemia não é exatamente a razão.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Mais respeito

Lá está a obra inacabada no asfalto do Lago Norte. De repente a pista raspada, um degrau abaixo, é o que se tem para a passagem dos carros pela esquerda. O nome da empresa deve estar em sigilo máximo. Nenhuma placa identifica os responsáveis por esse serviço mal prestado.

História de Brasília

Está na comissão de revisão do Dasp o processo relativo ao reconhecimento de nível universitário, para os redatores do serviço público. No que valha a justiça que prega em alguns casos é simplesmente imoral a proposição. E mais: abre brechas para novas proposições tão perigosas quanto as atuais. (Publicada em 04.02.1962)

Calar e ser cúmplice

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Ilustração: Carlos Muller

 

PEC aprovada pelo Congresso prevê primeiro turno das eleições em 15 de novembro, e o segundo em 29 de novembro, neste ano de 2020. O avivamento das discussões sobre os escândalos da Lava Jato e suas consequências para a vida política do país estão, até o presente momento, completamente apagadas. Não se vê ou ouve, por parte dos postulantes, qualquer menção a esses crimes, seus personagens e, principalmente, as nefastas consequências decorrentes dessa sucessão de delitos que arrastou o Brasil para a mais profunda crise econômica e política de toda a sua história.

O mutismo em relação a esse mega fato se explica, em parte, porque ficou constatado que, além do Partido dos Trabalhadores, que organizou com método todo esse esquema, praticamente todos os partidos estiveram, direta ou indiretamente, envolvidos nessa maracutaia. Custa a crer que os candidatos não façam qualquer referência, até mesmo para mostrar que esses fatos não irão mais se repetir.

O silêncio sepulcral sobre os mais graves crimes de corrupção precisa vir à tona e ser debatido à exaustão, até que não sobre mais a mínima chance de que venha a ocorrer novamente. A razão ensina que não se pode falar em projetos futuros, quando um assunto dessa gravidade, enredando os principais personagens e dirigentes do Estado, jogando o nome e o prestígio do país na lama e gerando mais miséria e insegurança, não for devidamente discutido e encerrado.

Não chega a ser surpresa para ninguém que esse silêncio obsequioso faz parte de uma manobra que visa, sobretudo, reeleger os principais personagens desses crimes, na busca desesperada por prerrogativa de foro. Outros acreditam, e com boas razões, que haverá um grande acordo que será denominado de pacificação nacional, em que todos esses crimes serão esquecidos em nome de uma pressuposta união do país.

O que esse silêncio ou branco na memória em torno desses crimes revela, aos ouvidos daqueles que sabem escutar, é que o que está em marcha não são apenas as eleições de outubro sem voto impresso, auditável, mas um amplo movimento que visa construir uma falsa nova república, erguida sobre os mesmos pilares corroídos pela ética.

O que se está a fazer nessas eleições é a reforma de fachada de um velho prédio condenado a ruir. O estrondo provocado pelo colapso desse enorme edifício que ameaça, em breve, vir a baixo será a resposta natural a esse silêncio dos cúmplices.

 

A frase que foi pronunciada:

“Há silêncios que são mentiras.”

De Vogue

 

Quem pode? Quem não pode?

Está bem estranha a divulgação, de forma negativa, de autoridades recebendo amigos em jantares ou churrascos, sendo que e a mesma origem divulga fotos de verdadeira multidão nas praias pelo país. Aqui em Brasília mesmo, o piscinão é um exemplo de que todos estão cansados do assunto Coronavírus. Cervejinha gelada, sem máscara, churrasco e muita alegria.

Foto: DF Legal/Divulgação
Participe
Estou velho demais para isso. Se essa frase foi pronunciada por você, não perca a live de hoje às 19h. O psicólogo clinico Gregório de Sordi vai conversar com a psicóloga do trabalho Juliana Seidl, consultora da Aposentadoria Plena e parceira da Maturi, sobre preconceito etário: o que é, como se manifesta, como combatê-lo. Os links do Gregório, inclusive do canal, estão aqui: Gregorio De Sordi

Início: 19h

Efeitos

Literalmente surdos. O barulho no Plenário é tanto que funcionários antigos, principalmente da Câmara dos Deputados, começam a sentir os efeitos do trabalho naquele local. Seria interessante uma pesquisa mais profunda sobre esse assunto.

 

Pedido

Basta uma volta pelas superquadras da cidade para ver o perigo constante que são os bujões de gás do comércio em áreas públicas. A comercial da 213 Norte, bloco D.

Reprodução: Google Maps

 

Carinho

Foi Erica Coelho quem esteve presente no evento dedicado ao pai, o plantador de árvores em Brasília, Ozanan Coelho. Inaugurada, no CA1, a praça Francisco Ozanan, com o busto do homenageado.

 

Engordou?

Um estudo feito pelo farmacologista clínico e fármaco-nutricionista Dr. Paul Clayton, da Universidade de Middlesex, discorre sobre a relação do estado de espírito e a comida. Ele diz que optar por alimentos ricos em carboidratos deixam o indivíduo mais feliz e a opção por alimentos ricos em proteínas trazem mais foco e atenção.

 

Social

Toma posse da diretoria da Ação Social Caminheiros Antônio de Pádua, Salvelina Pereira Roldão Cabral. O projeto M + H, que trata de jovens vulneráveis, é o maior desafio,

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quem fez a gente respirar no aeroporto não foi o sr. Bressan, coisa nenhuma. Foi o novo prefeito, foi sua esposa, que passaram a olhar para um logradouro que estava abandonado, empoeirado, com postes se acender (ainda está) e com poltronas acochadas.

Acorda, gigante brasileiro!

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: blogdoeliomar.com.br

 

Com a aproximação das eleições municipais, marcadas para 15 de novembro, em primeiro turno, e 29 do mesmo mês, em segundo turno, mais uma vez, voltam à cena a questão e a dúvida sobre o voto impresso feito de forma complementar ao voto eletrônico, conforme entendimento divulgado ainda em 2015, durante a minirreforma eleitoral.

Naquela ocasião, ficou decidido que o voto eletrônico fosse feito concomitantemente com o voto impresso, depositado de forma automática e sem contato manual do eleitor em local previamente lacrado. As dúvidas que pairam sobre a possibilidade de fraudes no sistema puramente eletrônico ainda são muito fortes em todo o país, principalmente por parte de profissionais das áreas de tecnologia, que entendem e enxergam inúmeras fragilidades desse tipo de urna.

Se, para muitos entendidos nessa matéria, ainda pairam diversas suspeitas sobre a inviolabilidade desse sistema, para a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aquele mesmo que tem a prerrogativa de errar por último, já foi batido o martelo sobre a questão. Por maioria, os ministros dessa Corte decidiram, nessa última segunda-feira, dia 14, que a impressão dos votos pelas urnas eletrônicas é inconstitucional, mesmo que o voto eletrônico não possa ser auditado. Cogita-se que, na opinião da Corte Suprema, transparência nada tem a ver com democracia. Obviamente, a decisão, que chega com um atraso de cinco anos, decepcionou muita gente que acreditava que, mesmo parcialmente, o voto impresso seria adotado, já nessas próximas eleições municipais.

Com isso, mais uma bandeira política, erguida pelo atual presidente da República, em 2018, é derrubada, sem que ele mesmo esboce qualquer contrariedade sobre o assunto. Para o eleitor comum e contrariado, de nada adianta ir em busca de explicações razoáveis para essa decisão, feita na undécima hora, quando se sabe que essa corte trafega entre o sim e o não, pelas vias labirínticas do Direito, encontrando amparo legal, até mesmo, em assuntos que desafiam a onisciência de Deus.

O cidadão comum que quiser obter algum ganho, em qualquer ação judicial de reparação econômica, e que não apresentar recibos impressos comprobatórios que assegurem sua defesa, de forma material, pode estar certo que perderá a disputa por ausência de provas. Se até mesmo em procedimentos simples, como conta de luz, água e outras, exige-se a apresentação de provas impressas, que dirá nas eleições, onde a vida e o futuro de milhões estão em permanente jogo?

Sabendo, como todos nós sabemos, da índole duvidosa que move boa parte de nossa classe política, a segurança do voto impresso, mesmo que não seja absoluta, é mais uma proteção contra a ação de maus candidatos e contra as infinitas possibilidades da mente humana de burlar o que é certo.

O que os ministros do STF entenderam como “Inadmissível retrocesso nos avanços que o Brasil tem realizado para garantir eleições realmente livres”, trazidos pelo voto impresso, outros países, até mesmo muito mais populosos como o nosso, tais como os Estados Unidos, Índia e outros, já perceberam que o pleito eleitoral com base apenas em dispositivos e ferramentas tecnológicas ainda apresenta falhas e brechas que precisam ser sanadas.

O mesmo acontece com os argumentos de que o voto impresso acrescentaria um alto custo às eleições. Parece pueril diante de tantos outros gastos decididos pelo Estado e que a Nação entende como verdadeiros desperdícios de recursos.

Contra o entendimento da Corte, que considera que os “potenciais benefícios” trazidos pelo voto impresso seriam “ínfimos”, comparados aos prejuízos econômicos provocados, o senso comum do cidadão poderia argumentar, invertendo o raciocínio, que os benefícios do voto impresso seriam potenciais à democracia, o que tornaria seus custos uma questão “ínfima”.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero?; (2) devo?; (3) posso?

Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.”

Mario Sérgio Cortella, filósofo, palestrante, educador brasileiro

Mario Sergio Cortella. Foto: página oficial no Facebook

 

UnB

Já escolhida a líder da lista tríplice que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro para ocupar a reitoria da Universidade de Brasília. Márcia Abrahão Moura é a vencedora pela opinião da comunidade acadêmica. Mas freio nos ânimos. No Rio Grande do Sul, Carlos André Bulhões Mendes foi nomeado o novo reitor da UFRGS e era o último da lista.

Foto: correiobraziliense.com

 

Admiração

José Afonso Braga lançou um livro contando sua caminhada na vida depois de diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica. Para companhia nessa jornada, Braga conta com o apoio da família,  de muitos amigos e, principalmente, com o otimismo que o ajuda nos próximos passos. O sucesso do livro foi tão grande que a versão impressa acabou em 24h.

Capa do livro. Foto: joseafonsobraga.com

 

Dúvida

Quem vem antes? As Fakenews ou os Institutos de Pesquisa? A estudar as eleições passadas, com divulgações de preferência do eleitorado totalmente fora do esquadro, há que se esclarecer.

Charge do Sinfrônio

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os outros, comodamente, cruzaram os braços e anunciaram que a responsabilidade, é da Novacap ou da Prefeitura. Agora, com o ajardinamento da W-3, não é possível que o fato não venha tomar de brios os responsáveis. (Publicado em 17/01/1962)

Eleitores, eleitos e eleitoreiros

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Ivan Cabral

 

Faltar instrumentos para qualificar o voto de cada cidadão é uma preocupação dos que prezam pela democracia, a representação popular. Se a sociedade despertar para a inutilidade das dezenas de partidos, para as dúvidas da qualificação do voto, para a falta de auditoria nas urnas, mudanças significativas ocuparão as lacunas deixadas pela passividade. É fundamental conferir a essa procuração oficial, um peso e uma responsabilidade que façam com que a obtenção desse legítimo documento da democracia se transforme numa conquista de cidadania e não numa espécie de donativo do Estado generoso e benfeitor aos seus súditos.

A imposição, de cima para baixo, do chamado Fundo eleitoral, é uma demonstração cabal da desmoralização progressiva do voto, significando mais ainda: um desrespeito ao cidadão eleitor, considerado pela classe política mera necessidade formal e legal para legitimar o status quo vigente. A própria certeza, por parte da classe política, de que essa situação de desrespeito pela vontade popular irá se prolongar ad infinitum advém da pouca importância conferida tanto pelo eleitor como por seus representantes. O voto que seria uma espécie de diploma de cidadania, transformou-se, nas mãos de políticos espertos, em instrumento que garante passe livre aos cofres públicos.

Por sua máxima importância, o voto deveria caber apenas aos brasileiros comprovadamente aptos a utilizá-lo, em plena posse de seus direitos. Gente sem mácula ou processo pendente na justiça. Gente cônscia de seus direitos e deveres. Não o voto censitário. O encabrestamento secular de eleitores só pode ter um final com a devida qualificação do voto e do ato de votar. Inclusive responsabilizando aqueles eleitores que alçaram ao poder políticos comprovadamente corruptos. Ou é assim ou instalemos, em definitivo, a locupletação geral.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Passado não é o que passou.

É o que ficou do que passou.”

Alceu Amoroso Lima, crítico literário, professor, pensador, escritor e líder católico brasileiro. Adotou o pseudônimo de Tristão de Ataíde.

Foto: academia.org

 

 

Há controvérsias

Criminalizar os excessos, mas não a manifestação cultural. Essa é a opinião do senador Randolfe Rodrigues em relação ao baile Funk. Em pauta para discussão colocada pela deputada Áurea Carolina é radicalmente contra a criminalização dessa expressão “cultural”.

 

 

Feras

Se depender do Marketing, vai ser um sucesso. O Zoológico de Brasília está chamando a garotada entre 5 e 10 anos de idade para participar da “Colônia de Feras”. As inscrições já estão abertas. Veja mais detalhes em Inscrições abertas para a Colônia de Feras.

Foto: zoo.df.gov

 

 

Mais feras

Principalmente a cidade de Bonn, na Alemanha, ferverá em 2020 nas comemorações dos 250 anos de nascimento de Beethoven. A maestrina do Cantus Firmus, Isabela Sekef, ficou emocionada com o convite que recebeu para participar do evento.

 

 

Impressionante

Divulgada pela BBC Brasil, a notícia que mostra o uso do celular e uma impressora em 3D para a reconstituição facial de uma mulher com câncer no rosto. Veja o vídeo em Brazil cancer survivor rejoices at new face.

Reprodução: bbc.com

 

 

Quase gol

Nada como uma ciclovia que une a Asa Norte ao Lago Norte. Ela passa pela ponte do Bragueto. Ao atravessar a ponte, acaba a ciclovia e o ciclista precisa descer da bicicleta para enfrentar o barranco em pleno barro vermelho. Faltou a finalização.

 

 

Breafing

Pecim, Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, propõe que a gestão de escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio seja compartilhada entre civis e militares. O projeto é uma parceria entre o Ministério da Educação e o Ministério da Defesa. Será implementado com colaboração dos Estados, Municípios e Distrito Federal nas ações destinadas ao fortalecimento da infraestrutura escolar.

 

 

Experimentação

Parece que Brasília está com novo talento mais acirrado, além da música: O mundo da moda. Ronaldo Silvestre apresentou peças texturizadas com processos sustentáveis no Brasília Trends. Com processo artesanal e dentro da perspectiva da economia criativa, os tecidos chamaram a atenção. Interessante que o desfile foi energizado pelas músicas do álbum “Fa-tal – Gal a Todo Vapor”. A música

Foto:  Luara Baggi

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Não defendemos o ministro do Trabalho, que por sinal não é dos melhores, mas é bem intencionado e honesto. (Publicado em 13/12/1961)