Frankstein

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Charge do Jindelt

 

Nada como eventos imprevisíveis e incontroláveis pelos seres humanos para mostrar a viabilidade de outros caminhos, renovando e empurrando velhos conceitos para fora da estrada. Foi assim com a pandemia. De repente, o home office, uma opção de trabalho puramente racional e adequada a um mundo congestionado e superpopuloso, e que parecia longe da realidade brasileira e mundial, ao menos na visão dos antigos modelos burocráticos impostos aos trabalhadores, tornou-se o novo normal, com pessoas cumprindo suas tarefas diárias sem sair de casa, economizando recursos, para si e para o país.

Em certo sentido, essa mudança na direção dos ventos pode ser aplicada também, guardada as devidas proporções, à chamada Federação de Partidos. Instituída pelo Congresso Nacional em 2021, dentro da meia-sola que foi a reforma política, em plena pandemia, permitiu que as legendas pudessem atuar unificadamente em todo o país, no que se pretende ser uma futura fusão de partidos.

Na verdade, a federação foi uma gambiarra feita, de modo improvisado, para impedir que as pequenas legendas naufragassem no quesito representatividade, atraindo-as para as legendas maiores e, com isso, aumentando o tempo de propaganda e de recursos oriundos dos fundos eleitorais e partidários.

Mesmo sendo obrigadas a permanecerem coligadas depois das eleições, não há, evidentemente, afinidades programáticas entre os elementos que formam o conjunto de federações. De fato, ninguém, nem mesmo os eleitores, conhecem os novos estatutos dessas Federações. O que importa aqui é saber que as Federações, mesmo antes do pleito de outubro, demonstram, na prática, a possibilidade concreta de que se estabeleça um novo modelo de representação, em que quatro ou cinco forças políticas, no máximo, tenham assento no Congresso, acabando com a miríade de legendas, a grande maioria, siglas de aluguel e sem importância alguma.

A pandemia, a possibilidade de trabalho remoto dos próprios congressistas, a polarização política, os atentados, como o sofrido pelo então candidato Bolsonaro em Juiz de Fora, e a insegurança geral vão empurrando as campanhas para fora das ruas, longe do contato direto com o público. Nesse novo modelo, as redes sociais ganharam terreno e parecem ditar o jeito atual de fazer campanhas. Todas essas alterações radicais seriam impensáveis até três anos atrás. É a política a reboque da ocasião.

Se, por um lado, a pandemia forçou o aparecimento de novos modelos políticos, no que pode ser chamado de reforma política pandêmica, a reclusão forçada e o medo da doença e mesmo a luta pela vida forçaram os cidadãos a se distanciar do dia a dia da política. Foi justamente, nessa ocasião de recolhimento geral, que ministros do Supremo encontraram, nas filigranas jurídicas, o caminho que desejavam para empurrar, goela abaixo da sociedade, a candidatura de um ex-presidiário, embaralhando e conspurcando as eleições, criando um factoide surreal, que ameaça o próprio futuro democrático do país.

Lula é, de fato, o candidato que os ministros, das altas Cortes, querem de volta à Presidência. Não apenas eles, mas os banqueiros, os empresários, que sempre tiveram no Estado seu cliente mais rentável e outros que enxergam e anseiam pela volta do país ao período pré Operação Lava Jato. Como candidato favorito nas pesquisas pouco detalhadas, Lula afirma que não irá participar de debates. Quando estava na prisão, fez o que pôde e o que não pôde para participar dos debates. Agora diz que não vai se expor. Ao eleitor, que a lei obriga o comparecimento às urnas, não é dada a faculdade de se eximir.

A legislação precisa obrigar os candidatos a participar dos debates. Afinal, essa é a maneira do eleitor conhecer o caráter e as propostas de cada um desses postulantes. Com altíssima intenção de votos, mas sem poder caminhar livremente pelas ruas, e sem participar de debates com outros adversários, Lula tornou-se o candidato de laboratório que, à semelhança da criatura, trazida ao mundo, pelo cientista Victor Frankenstein, no romance de Mary Shelley, de 1818, sonha em reacender os tempos sombrios da era petista.

 

A frase que foi pronunciada:

“Qual a diferença entre o capitalismo e o comunismo? O capitalismo é a exploração do homem pelo homem. O comunismo é o inverso.”

Piada polonesa

Charge: Rayma

 

Sonegação

Com menos R$10,1 bilhões de impostos arrecadados sobre o ISS nos últimos seis anos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal do Sistema Financeiro do Distrito Federal, da Câmara Legislativa, encaminhou o documento final assinado pelo relator deputado Delmasso. Foi encaminhado ao TCDF e ao Ministério Público do DF para as tomada de providências. O deputado distrital Delmasso lembra que esse é praticamente o mesmo valor do orçamento destinado à Saúde.

Foto: jornaldebrasilia.com

 

Reguffe

Por falar nisso, mais uma vez o único representante do DF que encara os planos de Saúde vai ao plenário do Senado criticar a ANS por mais um reajuste. A previsão é que o valor seja incrementado em quase 16%. A decisão já foi publicada no Diário Oficial da União. Para quem não sabe, o senador Reguffe abriu mão do Plano de Saúde do Senado, que, como parlamentar, teria o direito vitalício.

Senador Reguffe. Foto: senado.leg.br

 

Agência Senado informa

Controle da poluição e defesa da sustentabilidade. Essas são as razões do Senado Federal estar iluminado pela campanha Junho Verde. A proposta foi dos senadores Jaques Wagner Confúncio Moura e Fabiano Contarato.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

História de Brasília

Pensei em fazer uma campanha, mas num deles encontrei uma coisa que ninguém encontra noutra parte a não ser em camelôs: barbatanas para camisas. (Publicada em 01.03.1962)

A Hidra da Praça dos Três Poderes

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Ex-juiz Sérgio Moro. Foto: ISAAC AMORIM/MJ

            Em algum lugar muito recôndito deste pais, a verdade e sua coirmã, a justiça, parecem ter se abrigado, fugindo desse momento presente de incertezas e em que  a inversão de valores se transformou, da noite para o dia, no novo normal, com os tribunais agora protegendo e inocentando notórios criminosos, ao mesmo tempo em que condenam e perseguem inocentes, sobretudo aqueles que ousaram, um dia, mandar para a cadeia, poderosos e influentes políticos e empresários, todos eles metidos até a ponta do cabelo, no mais profundo e fétido lodaçal de corrupção já visto pelos brasileiros.

             É nesse ambiente, onde já não é possível, sequer, distinguir o chão do teto, que os autênticos operadores da justiça, aqueles que buscaram verdade, em nome da sociedade, vão se transformando em réus, apenas pelo fato de que cumpriram com o que ordena o dever profissional e a ética, mandando para a cadeia os principais membros dessa bem estruturada quadrilha, que dilapidava o Estado, por dentro do coração do Estado, num esquema tão surreal, que nem mesmo os mais inventivos escritores de ficção policial imaginariam.

             É tudo tão absurdo, que nem mesmo o uso das expressões correntes da nossa língua conseguem traduzir o que se passa nesse momento. Felizmente, aqui e ali, ainda despontam alguns personagens, dotados de digna coragem, para denunciar esses e outros descalabros, que assistimos todos, entre mudos e inertes.

            Um caso aqui, digno de nota, foi trazido pela coluna de JR Guzzo, publicada na revista Oeste, nessa última semana, intitulada “Estão querendo virar a mesa”. No artigo, o jornalista diz, textualmente, que há um golpe de Estado, sendo preparado e organizado em câmera lenta, pronto para ser executado, na frente de todos. Não se trata, segundo o articulista, de um golpe nos moldes tradicionais, comandado pelas forças militares, mas levado a cabo por aqueles que se arvoram defensores da democracia, mas que, no íntimo, estão angustiados com a perspectiva de perderem seus privilégios. “É gente que vem com uma doutrina destes nossos tempos”, diz. Gente que, segundo consta no artigo, está disposta a “salvar” a democracia, destruindo as regras da própria democracia, disposta, inclusive, a anular os resultados das eleições de outubro, caso vença o demiurgo de Garanhuns, aquele mesmo, que apareceu no centro das imagens de slides apresentadas pelo então procurador Deltan Dallagnol e que identificado e apontado, naquela ocasião, como o chefe mor dessa mega “orcrim”.

            O que fica evidenciado nesse artigo, que inclusive mereceu ampla divulgação feita pelo presidente Bolsonaro em sua live semanal, é que tanto a cúpula do Poder Judiciário como parte do atual Congresso estão se articulando para governar o país, afastando todas as pautas consideradas, por essa turma, como conservadoras e contrárias aos seus propósitos. Para tanto, alerta Guzzo, não se intimidarão em bloquear, degenerar ou falsificar as eleições para fazer prevalecer suas regras. Quem acompanha e conhece  a longa e prestigiosa trajetória de JR Guzzo, considerado hoje o mais brilhante e incisivo jornalista do nosso país, deve ter ficado de orelha em pé com esse artigo.

            O próprio presidente foi um desses. A ideia final desse grupo, continua o artigo, é dar a vitória ao único adversário real do atual presidente. Guzzo, em seu texto, dá o nome aos bois. Logo em seguida, vêm os políticos do Brasil velho, bichado e inimigo do progresso – “dos  túmulos do PSDB, dos que querem roubar e estão em síndrome de abstinência, dos parasitas da máquina estatal, dos fracassados que precisam voltar ao governo e afastar o risco de perderem o resto de suas carreiras. O golpe é apoiado abertamente pela maior parte da mídia – tanto jornalistas como seus patrões. Traz consigo, ainda, o consórcio nacional formado pelos empreiteiros de obras públicas, os empresários-pirata, os ladrões em geral, as classes intelectuais, as empresas aflitas com as questões de gênero, a raça e a sustentabilidade, os artistas de novela e os banqueiros de esquerda.” Como diz o jornalista, esse golpe vem sendo preparado em variadas frentes e feito em pequenas doses, incluindo nessa artimanha o próprio Superior Tribunal Eleitoral na figura de seu atual presidente, Edson Fachin, que anulou as quatro ações penais contra Lula, mesmo contrariando a decisão de outros nove juízes, tornando esse ex-presidiário apto para disputar as eleições de outubro próximo.

            Na avaliação do articulista, a chave de todo esse processo está no Supremo, onde, dos onze ministros que lá estão, sete foram nomeados por Lula e Dilma. A reforçar o teor desse artigo, é possível elencar um calhamaço de sentenças oriundas das altas cortes que vão de encontro às suspeitas do articulista de que há, de fato, um golpe em preparação. Só para ficar na mais recente dessas decisões, o Superior Tribunal de Justiça acaba de anular, por quatro votos a um, uma série de sentenças condenatórias proferidas pelo ex-juiz Sérgio Moro contra membros do Grupo Schahin e contra ex-dirigentes da Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato, com todos esses processos sendo encaminhados, pasmem, para a Justiça Eleitoral.

             Agora, também, o próprio ex-juiz Sérgio Moro foi tornado réu em ação popular que foi aceita pela Segunda Vara Cível da Seção Judiciária do Distrito federal (SJDF), acusado de ter provocado prejuízos de mais de R$ 172 bilhões à Petrobras por conta de seu protagonismo frente à Operação Lava Jato, e que teria resultado em graves danos à estatal e a diversos entes da administração pública. Um dos signatários dessa ação é ninguém menos do que o notório deputado José Guimarães, do PT.

             Pelo o que se tem visto até aqui, todos os elos desse esquema vão sendo montados um a um, diante de todos nós, com a cumplicidade de muitos, o silêncio de outros e a covardia daqueles que, mesmo sabendo dessa trama, fingem-se de mortos.

 

 

A frase não que foi pronunciada:

“Uma pesquisa com 1.200 entrevistados é capaz de retratar a intenção de voto dos brasileiros?”

Dúvida que não quer calar

Charge do Thiago Rechia

 

Caesb vs consumidor

De um lado, a Caesb anuncia, com antecedência, o dia em que será feita a próxima leitura; de outro, o consumidor reclama que não sabe a hora, então precisa ficar disponível durante o horário comercial. O fato é que se a Caesb não tiver acesso à leitura ela está amparada, por lei, a cobrar pelo o que não foi consumido, indo contra o Código do Consumidor.

Caesb. Foto: destakjornal.com.br

 

Impasse

Aconteceu com consumidor que conseguiu diminuir a conta para 30 reais por mês. Como não havia gente em casa, no dia da leitura, o cálculo feito com a média dos últimos 12 meses somou 70 reais. Mais que o dobro dos últimos meses de economia.

 

Amparo por lei

Ao mesmo tempo em que isso ocorre, a Caesb anuncia que vai devolver, em 2022, mais de R$ 11,5 milhões aos consumidores que economizaram. Nesse caso, os consumidores estão amparados pela Lei Distrital e pela Resolução da Adasa.

Foto: brasiliaagora.com

 

História de Brasília

Para que depois ninguém venha por a culpa em ninguém, o aumento foi autorizado pelo Conselho Nacional do Petróleo, que cedeu, assim, à pressão do Sindicato dos Distribuidores de Gás Engarrafado no Brasil. (Publicada em 01.03.1962)

É ou não é?

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Charge do Cazo

 

         Nunca, em tempo algum, o Brasil, como o resto do mundo, teve tanta necessidade de conhecer ou até mesmo se aproximar da poderosa luz da verdade. O que nos parece, nesses tempos de niilismo extremado e de uma distopia generalizada, é que nos aproximamos do que muitos acreditam ser a chegada de um apocalipse bíblico. Vivemos um período muito peculiar, intensificado pela passagem simultânea de século e de milênio. De fato, o século XXI teve sua inauguração no folhetim das ações humanas, com os ataques às Torres Gêmeas em Nova Iorque, no dia 11 de setembro de 2001, numa espécie de revival anacrônico das antigas cruzadas.

         Nada do que acontece hoje deve ser deixado de lado, sob pena de virmos a nos arrepender depois. Pudéssemos ouvir o que conversam em particular, no recato do lar ou entre amigos de longa data, as autoridades e as elites deste país, por certo, a maioria seria banida da vida pública ou presa e linchada em praça pública. Repetia o filósofo de Mondubim: In vino veritas, querendo, com isso, confirmar que, sob o efeito embriagador dessa bebida, o cérebro entorpecido pelas musas do álcool faz com que as travas na língua e a prudência verbal deixem de existir, despindo o indivíduo de suas máscaras diárias.

         A verdade vale por sua conveniência de momento. Os ministros do Supremo Tribunal Federal não tiveram receio ou pudor em usar as escutas telefônicas, feitas de modo ilegal, para ouvir as conversas entre o juiz Sérgio Moro e os procuradores, conversas essas totalmente normais entre envolvidos num caso tão rumoroso e delicado como foi a Lava Jato, apenas para encontrar filigranas jurídicas por onde enveredaram seus pareceres para libertarem os padrinhos poderosos.

         Nesse caso, as mentiras não estavam nos diálogos ouvidos, mas sim nas manobras por onde obtiveram a desculpa para anular a custosa operação. A verdade, assim como sua antípoda, a mentira, pode conduzir, sobre suas costas, a carga da conveniência ou seu oposto, de acordo com interesses de cada grupo e em certas ocasiões. Assim é que, em nosso tempo, em que vamos erguendo essa Torre de Babel moderna, verdade e mentira se misturam ao gosto do freguês, criando o que já chamam de pós-verdade. São as chamadas mentiras sinceras ou verdades fictícias, tudo muito bem ajeitado e amarrado, dentro do embrulho que passou a ser conhecido como a meta-verdade, dentro desse mundo virtual em que vamos nos enfiando até o pescoço.

         O trabalho em desembaraçar o ex-presidiário Lula das amarras da Justiça, depois de um caminhão de provas, confissões de cúmplices e devolução real de grandes somas de dinheiro, é um exemplo dessa pós-verdade, construída dentro desse mundo virtual de aparências, onde o verdadeiro e o falso ganham mesmo protagonismo e roupagem, transformando o que é em o que não é.

         Assim como a coragem humana, a verdade vai se exilando para longe e hoje são raros os exemplos daqueles que defendem e lutam pela luz da verdade, já que a maioria prefere repousar sob a sombra da mentira. Não fosse por essas nuances singelas entre os padrões modernos a classificar verdade e mentira, pouco ou nada haveria o que comentar. Ocorre é que existe, exatamente entre essas tênues variações, todo um conjunto de realidades que vai afetando nosso cotidiano, colocando-nos num mundo de incertezas e dúvidas, em que os honestos e éticos vão se assemelhando aos criminosos, sendo as virtudes iguais aos vícios, com o homem de bem se envergonhando de seu comportamento, considerado hoje conservador e ultrapassado.

          Mesmo o combate às chamadas fakenews e sua coirmã representada pelo controle da mídia, defendido justamente pela alma mais mentirosa deste país e seu grupo, encastelado nas altas cortes, entram nesse “novilíssimo” processo de falsa purificação, não por uma busca e sede de verdade, mas por estratégias políticas que visam manter essa confusão em que as línguas foram costuradas com arames e ninguém já não se entende. O fato é que, ao acenderem as luzes sobre as leis, haverá de ficar claro, para todos, que não se faz e não se opera justiça alguma sobre um mar de mentiras. É ou não é?

A frase que foi pronunciada:

“No Brasil, quem tem ética parece anormal.”

Mário Covas

Mário Covas. Foto: Agência Brasil.

 

Diário de Brasília

Café, leite, pão quente, manteiga e jornal. Era esse o pensamento de Geraldo Vasconcelos quando capitaneou o lançamento do Diário de Brasília, em 1° de Maio de 1972. A notícia vinha com o primeiro alimento da manhã. Para o corpo e para as tomadas de decisão. Veja a foto do jornal a seguir.

Corpo

Participaram, do Diário de Brasília, Antônio Carlos Elizeide Osório, vice-presidente do jornal e primeiro advogado de Brasília; José de Ribamar Oliveira Costa, diretor financeiro; Ivo Borges de Lima, diretor comercial; Oswaldo Almeida Fischer, escritor; Wilson Menezes Pedrosa, diretor de impressão, que foi também diretor da gráfica do Senado; José Carlos Vasconcelos, integrante da equipe da gráfica; Nuevo Baby, redator-chefe; e Maria Julia Ludovico, secretária executiva da diretoria. Também colaboraram os jornalistas José Wilson Ibiapina, Fernando César Mesquita e Paulo Fona.

 

História de Brasília

O governo anunciou há três meses, a diminuição do preço do gás engarrafado. Anunciou certamente sem saber o que estava prometendo, porque veio, agora, um aumento de uma violência sem paradeiro. (Publicada em 01.03.1962)

Ludopédio de várgea – Os artigos publicados nesse blog não traduzem a opinião do jornal.

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Fotos: Marcos Corrêa/PR; Cristiano Mariz; Nacho Doce/Reuters

 

Não seria exagero algum, encontrar como pano de fundo para a grande maioria dos principais problemas nacionais, a questão da corrupção. Com isso, poderia ficar absolutamente aceito que a corrupção está na raiz de problemas que vão desde a pobreza e a persistência de um subdesenvolvimento crônico, que afeta a todos os cidadãos, atingindo seu ápice na desestruturação do próprio Estado, por meio da falência da ética pública e da perda de credibilidade das instituições e dos Poderes.
Nessa larga ficha de prejuízos, trazidos pelo fenômeno maligno da corrupção, a desestabilizar o edifício do Estado e fazendo ruir seus alicerces, as crises políticas e cíclicas são ameaças permanentes. Com isso, surgem, do nada, ameaças de golpes e de retrocessos institucionais, criando um ambiente e instabilidade geral, propício para o surgimento de aventureiros políticos e outros embusteiros de ocasião.
Na sociedade, os reflexos dessas anomalias, vindas de cima, são vistas na forma de miséria humana e urbana, violência e degradação das cidades e do meio rural. Roubam de tudo, de peças de hidrantes, fios, tampa de bueiro a milhões de reais dos cofres na nação. Nada mais parecido com o inferno. O mais surpreendente é que, num cenário distópico como este, em meio aos escombros que vão se erguendo pelo país, a população, orientada por seus próprios algozes, volta as costas a um candidato que ousa tratar do tema do combate à corrupção, não apenas com promessas de palanques, mas com feitos pretéritos que comprovaram seu compromisso com essa questão e que, até pouco tempo atrás, chamava a atenção dos brasileiros e de todo o mundo para esses feitos históricos.
Eis aqui uma questão que intriga a muitos: por que a população não tem aderido ao chamado e ao apelo político de combate à corrupção? Seria a lógica natural, que daria início ao fim de um pesadelo que se arrasta por séculos? Mas o que é a lógica para uma nação absorvida por um cotidiano de sobrevivência selvagem?
Por sua qualidade de neófito no emaranhado e sujo mundo da política nacional, o ex-juiz e atual postulante à presidência da República, Sergio Moro, parece ter caído numa armadilha. Moro se vê hoje como numa pelada de periferia, onde, sem regras claras, corre de um lado para o outro. Não como jogador e com chances de fazer gols, mas como sendo a própria bola do jogo, chutado por todos os lados e cujo destino lhe foge por completo.
Para piorar uma situação que, em si, é dramática, o ex-juiz observa que, dos dois lados do campo, seus adversários estão unidos no afã de chutar-lhe para escanteio. É nesse ambiente do ludopédio que tanto a população quanto os juízes à distância torcem para os dois lados, indiferentes ao destino da bola. É essa a pré-campanha que temos: uma pelada de várgea.
A frase que foi pronunciada:
“O caráter, assim como a fotografia, se revela na escuridão.”
Yousuf Karsh
Yousuf Karsh. Foto: wikipedia.org
De olho
Sempre atentos às riquezas brasileiras, principalmente da região Amazônica, os deputados alemães se manifestam sobre projetos que tramitam no congresso brasileiro. Melhor teria sido cuidar das próprias florestas.
Foto: BBC
Dúvidas
Fake News e atos antidemocráticos. Aparentemente essa é a pauta para a chamada do ministro Alexandre de Moraes ao Senado. Corajoso, o senador Girão colheu as assinaturas suficientes para votar o requerimento de convocação do ministro do STF. “Nós já conseguimos a assinaturas para ouvir o ministro do STF Alexandre de Moraes sobre esse inquérito, em que a vítima é a mesma que julga e a mesma que manda prender. Inclusive, a PGR (Procuradoria Geral da República) tinha solicitado o arquivamento dessa investigação”, diz Girão em entrevista ao Ceará Agora.
Senador Girão. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Renovada
Por falar em reunião, o senador Paulo Paim realizou uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos sobre a estrutura do INSS que, a cada dia, acumula mais atendimentos para aposentadoria, saúde-doença, entre outros. São mais de 2 milhões de processos entancados. Quase a metade da força de trabalho foi perdida e as metas são cobradas sem as condições necessárias. O resultado foi o encaminhamento ao Poder Executivo de sugestão para a capacitação dos servidores, novo concurso público e aumento salarial.
Charge: seebbauru.org.br
História de Brasília
As notas taquigráficas dão conta, também, de um aparte do sr. Hermes Lima, no qual dizia o chefe da Casa Civil: “Foram os serviços, ficaram os funcionários. Não é isso?” A resposta não me lembro ao pé da letra, mas o sr. José Pereira Caldas dizia claramente porque o Ministério da Fazenda não está todo em Brasília. (Publicada em 22/2/1962)

O antídoto ao pesadelo

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Foto: poder360.com

          Nem bem ainda se viu livre dos efeitos conjuntos da pandemia e de uma consequente recessão econômica, o Brasil começa a se preparar para receber o que pode ser a dose fatal, capaz de pôr fim ao ciclo histórico iniciado em 1500 com o descobrimento dessa parte do mundo.

        Trata-se aqui de mais uma temporada de governos da esquerda. Não de uma alternância normal e civilizada de governo, mas a entrega do comando do país, pela quarta vez, ao Partido dos Trabalhadores, que muitos brasileiros de bem consideram não como uma legenda política, mas como uma verdadeira quadrilha organizada, tal a sucessão de crimes que praticou ao longo de mais de uma década e que culminariam com a prisão da maioria de suas lideranças e de seus apoiadores.

        Caso esse pesadelo venha a se repetir, virão juntas novas tentativas de imposição de controle e de censura das mídias, sobretudo daquelas que pensam em fazer alguma oposição. Virão ainda os mesmos modelos de cooptação parlamentar, a reestatização de empresas, para que sirvam ao partido, a escolha dos campeões nacionais, que também sirvam ao governo, a ajuda, com dinheiro público, às ditaduras do continente e de outros países, a dilapidação do que ainda resta do patrimônio dos trabalhadores, a imposição de modelos, pretensamente educacionais, que visam, ao final, destruir a escola, de acordo com os ditames gramscianos, além da quebra de tabus, como bem lembrou uma deputada federal pelo Distrito Federal, do incesto, dentro de um projeto, de longo prazo, de destruição do que chamam “família patriarcal”, entre outros “avanços” que objetivam desmontar a sociedade, deixando-a frágil e exangue diante do Estado monocrático.

        Esses são apenas alguns dos muitos pesadelos que estão prometidos para a Nação, caso essa turma volte a subir a rampa do Palácio do Planalto. Como se vê, não se trata aqui de meras suposições sobre o que virá, mas de todo um ideário trazido na algibeira por essa turma, que almeja não apenas governar o país, mas controlá-lo e submetê-lo aos seus desígnios inconfessáveis. De certo, que o retorno dessa turma irá encontrar um país ainda mais fácil de ser domesticado e subjugado.

         A possibilidade concreta da aprovação, pela Câmara dos Deputados, da volta dos cassinos, dos bingos e de todos os jogos de azar emprestará, a essas novas mentes da vida política, todos os instrumentais necessários para a lavagem de dinheiro e para o branqueamento da corrupção.

        A angústia dos homens e mulheres de bem desse país, com a possibilidade de repetição desse pesadelo, só não é maior do que a certeza de que todos esses males serão, de fato, repetidos, acrescidos de outras medidas, que também virão para favorecimento apenas desses oportunistas.          Estão inscritos, ainda dentro das pretensões desse grupo, o estabelecimento de uma série de medidas, visando transformar as Forças Armadas em forças auxiliares do partido, a exemplo do que ocorre com a vizinha Venezuela.

        É bem provável que o retorno desse grupo venha a ser reforçado por todas as experiências que acumularam nos governos passados, principalmente reciclando experiências frustradas, a fim de torná-las efetivas, como é o caso da perpetuação no poder. O pesadelo anunciado somente poderá ser quebrado através de um antídoto apropriado, que é o despertar da população e dos eleitores.

 

A frase que foi pronunciada:

O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.”

Mario Quintana

Esta escultura é obra do artista tcheco Martin Hudáček e se chama “Memorial a Criança Não Nascida”. A criança perdoa a mãe pelo crime do aborto. A mãe é mármore: o peso e a dor do arrependimento. A criança é translúcida: como o perdão.

 

Obsolescência

Enquanto, na Europa, o uso de máscaras já não é obrigatório, no prédio do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e outros prédios governamentais em Brasília, as Excelências exigem o cartão de vacina.

MPDFT. Foto: reprodução do Google Maps

 

Manutenção.

Os buracos da 710/910 sul fazem estragos constantes. Leitor lembra também da cratera na saída do Drive Thru da Mc Donalds da W3 norte. Veja as fotos a seguir.

 

Vida da cidade

Foi justa a homenagem, aos 60 anos, do Colégio Sacre Coeur de Brasília. A iniciativa foi do deputado distrital Jorge Viana, do Podemos.

Foto: redesagradobrasilia.com

 

Estranho

Não é mais possível encontrar, no YouTube, vídeos feitos em equipamentos tecnológicos avançados, onde mostram a reação dos fetos durante o aborto. Imagens fortes e que podem convencer muitas pessoas a desistir desse tipo de assassinato. Coincidentemente, o assunto da descriminalização do aborto está voltando.

História de Brasília

Diga presente, ao baile da cidade. Dia primeiro, no Teatro Nacional. Você estará prestigiando a cidade, e poderá dizer, depois, que já participou de um baile, onde não havia penetras. Será o primeiro baile de Brasília, no Carnaval, e marcará uma história que os outros contarão. AC. (Publicada em 17.02.1962)

Eles passarão

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Foto: Gazeta do Povo/Arquivo

 

            Dizia, com toda a razão, o filósofo de Mondubim que “o mesmo risco que corre a árvore, corre o lenhador.” Aplicando esse aforismo ao que parece ocorrer hoje no Brasil, mais precisamente quanto ao papel constitucional das Forças Armadas na estabilidade política o social do país, vis a vis ao alinhamento ideológico dessa instituição a governos que vão e vem ao sabor das eleições.

           Há, no ar, um risco de que a gigantesca árvore, representada pelo Estado Democrático de Direito, tombe sobre a cabeça dos cidadãos, levando o país, de roldão, de volta a março de 1964. Não é fora de propósito lembrar que tanto Lula, como Bolsonaro, por diversas vezes, e até de modo velado, já deixaram entender que anseiam pelo apoio irrestrito das FAs às suas pretensões políticas.

           É sabido que as Forças Armadas estão, como reza a Carta de 88, sob autoridade suprema do Presidente da República e é nesse ponto que se apegam esses extremos da política, para fazer valer seus pontos de vista. Os ensinamentos da Venezuela estão bem aí nas bordas de nossa fronteira para servir como alerta da possibilidade dessa abdução do poderio militar em proveito de governos, sejam quais forem.

           Lá, as FAs foram totalmente aparelhadas para servir de suporte, como guardiãs de um governo condenado por todo mundo civilizado, levando à ruína total daquele que já foi um dos mais prósperos países de nosso continente. Lula e seu ideólogo de algibeira, José Dirceu, já declarou à imprensa que um dos maiores erros do seu governo foi o de não ter captado, para seu entorno, o grosso das Forças Armadas.

           Também não tem escondido sua pretensão de que, caso eleito, irá corrigir, de imediato, esse erro, transformando essa Força num braço auxiliar e armado de seu partido, seguindo os ensinamentos do próprio Presidente Maduro, da Venezuela, onde até uma força paramilitar foi organizada para eliminar a oposição.

           A possibilidade do atual ministro da Defesa Braga Neto vir a compor a chapa de Bolsonaro como vice, além da instalação de diversos militares em postos chaves do Estado, são sinais, dizem os observadores, de que há, em andamento, um lento e progressivo aparelhamento do governo com vistas a assegurar que, no caso de reeleição, haja uma atração das FAs para a órbita do Executivo.

           Em matéria intitulada “Reação ao uso político das Forças Armadas”, publicada nesse jornal, de autoria de Cristiane Noberto e Rafhael Felice, o general Santos Cruz diz, textualmente, que Bolsonaro vem fazendo uso político e exploração das Forças Armadas. Santos Cruz, um militar respeitado por seus pares e que conhece por dentro o funcionamento e o espírito das FAs, não se intimida em afirmar que o atual governo tem como estratégia pessoal cooptar os militares, tanto para a sua base eleitoral como para seus propósitos.

           O fato é que as FAs correm nessas eleições o risco de virem a cair na cantilena tanto das esquerdas como da direita. Caberá, à população que tudo assiste, equilibrar-se entre esses dois abismos, caso o que reza a Constituição vir a ser transformado em letra morta. Por certo, tanto a direita como a esquerda, nessa altura dos acontecimentos, já se certificaram que a perpetuação no Poder passa primeiro pela captação das Forças Armadas.

           O que não se pode negar é que existe hoje, entre o oficialato das Fas, simpatizantes de um lado e de outro. Mais do que nunca, os brasileiros devem torcer para que os caminhos constitucionais prevaleçam sobre a vontade de governos. Eles passam, a gente fica.

A frase que foi pronunciada:

A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.”

Mahatma Gandhi

Foto: Rühe/ullstein bild/Getty Images

Urgente

São mais de 200 mil famílias cadastradas na assistência que ainda não conseguiram atendimento. A falta de pessoal para administrar os problemas sociais no DF reflete a inércia gerencial que parece ter perdido a obstinação em não convocar os aprovados no concurso da Sedes/2018 e começa a preparar a chamada da lista de especialistas e técnicos em assistência social.

Foto: Divulgação/Sedes-DF

Antes das eleições

Deputado Federal Júlio César Ribeiro, da base do governo, pelo partido Republicanos, está acompanhando as emendas parlamentares feitas para o DF, inclusive a nomeação dos aprovados no concurso da Sedes/2018. Representantes dos 466 aprovados estiveram em comissão no auditório José Alencar. Entre eles, apenas 20 administradores aguardam pela promessa do governador em nomear todos.

Publicação realizada no perfil oficial do deputado federal Júlio César no Instagram

 

Poder

Também do Republicanos, nascido em São Paulo, e representante do DF, o deputado distrital Martins Machado, tem se desdobrado para fazer valer sua palavra aos aprovados nesse concurso. De um lado, mostram empenho aos aprovados e, de outro, aguardam a resposta que é justamente o indicador do poder desses parlamentares junto ao GDF. Fato interessante é que o deputado, ao perguntar, um por um dos representantes dos aprovados, o cargo e a classificação, ficou espantado ao perceber que apenas 3 administradores foram nomeados até agora e exclamou: “Para administrador está triste mesmo!”.

Publicação realizada no perfil oficial do deputado distrital Martins Machado no Instagram

SOS

Desde 1967, a Casa do Pequeno Polegar recebe crianças carentes de 1 a 3 anos em período integral. Agora as instalações precisam atender exigências dos Bombeiros, mas não há caixa para mais esse gasto durante todas as dificuldades que a pandemia impôs. Quem quiser ajudar o PIX é 00.094.714/0001-06 ou Banco do Brasil, agência 3129-1, CC 15387-7

História de Brasília

O hall dos elevadores do bloco 1 dos ministérios não tem mais onde sejam colocados cartazes. Agora, até plantas de clubes já estão sendo expostas. (Publicada em 17.02.1962)

A semiverdade e o semipresidencialismo

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Charge do Laerte

 

        Convenhamos: do presidencialismo de coalizão, onde o Executivo só pode desempenhar suas funções mediante a concessão de infinitas benesses aos parlamentares, a maioria, flagrantemente, antirrepublicanas, até ao semipresidencialismo, modelo proposto agora pelo presidente da Câmara, é um pulo, bastando apenas a troca de denominação do sistema.

        Uma coisa e outra são vizinhas, habitando o mesmo espaço, dentro do Congresso Nacional. Propor debate em torno de proposta dessa natureza é só um meio de oficializar o que, na prática, já acontece desde a redemocratização. É preciso entender que, em si, o presidencialismo de coalizão, de acordo com estudos desenvolvidos pelo cientista político Sérgio Abranches há mais de três décadas, mesmo considerando que esse sistema se mostrou, desde sempre, um importante dilema institucional para o país, em tese, funcionaria bem, caso houvesse, de antemão, uma representação política de inegável qualidade ética e profissional dentro do Poder Legislativo.

        Obviamente que a qualidade da representação está diretamente ligada à qualidade do eleitor e à elevação do ato de votar a uma categoria de racionalidade, impensável para a média dos eleitores brasileiros. São ciclos hermeticamente interdependentes, forçando a perpetuação de um sistema que hoje tem a cara e a assinatura do eleitor.

        Mesmo que a proposta, caso venha ser aprovada, tenha sua implementação somente na próxima década, o assunto, por sua periculosidade, mereceria, desde já, um detido exame à luz de um microscópio de elétrons, um dos mais acurados hoje em dia.

        O semipresidencialismo, se for tomando a exemplo da qualidade da atual composição política do Estado, não irá passar de uma semiverdade, imposta por um pseudomodelo que pode vir apenas para escancarar os cofres da União. O que se propõe aqui não é nem um parlamentarismo puro, nem um presidencialismo misto, mas algo situado entre as ambições desmedidas da classe política e a pouca ou nenhuma disposição para governar demonstrada pelo governo.

        Aliás, é nesse vácuo, propiciado pela pouca disposição em fazer valer o que manda a Constituição para cada um dos Poderes da República, que surgem propostas desse nível, que mascaram um modelo a ser confeccionado apenas para gaudio dos políticos que temos. O que vimos até aqui é que a disposição em governar, comme il faut, só não é maior do que o desejo de cooptação da vontade dos políticos, por meio de prebendas e outros agrados. O presidencialismo de coalizão, como praticado entre nós, alcançou os píncaros de sua essência com os governos da esquerda, por meio de práticas como o mensalão, petrolão e outros mecanismos criminosos e pode atingir, com essa nova proposta, a perfeição, caso venha a ser implementado, de fato.

        O que ocorre é que os políticos, de olho na possibilidade de uma vitória das esquerdas, já começam a aplainar o terreno para a reentrada do Partido dos Trabalhadores no comando do país, dando a essa sigla e aos seus asseclas um Estado prontinho para ser novamente dilapidado, dessa vez, dentro do que estabelece o tal semipresidencialismo.

        Não se trata aqui, nessa proposta, de nenhuma movimentação ou interesse no sentido de modernizar as relações institucionais do país, sempre conflituosas, e fator de insegurança jurídica permanente. O que se tem é a oficialização de práticas de governo que os cidadãos de bem, há muito, já condenaram. Trata-se, pois, de uma mudança visando estabelecer, juridicamente, a cleptocracia.

A frase que foi pronunciada:

Leia não para contradizer nem para acreditar, mas para ponderar e considerar. Alguns livros são para serem degustados, outros para serem engolidos, e alguns poucos para serem mastigados e digeridos. A leitura torna o homem completo, as preleções dão a ele prontidão, e a escrita torna-o exato.”

Francis Bacon (1561-1626)

 

Francis Bacon. Foto: oglobo.globo.com

Mais segurança

Prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, a falha na identificação da criança recém-nascida pode ser punida com até um ano de detenção. Muitos casos no passado foram descobertos por causa da aparência das crianças ou instinto materno. No final de 1998, em Osasco, pelo menos 19 famílias sofreram por esse erro.

 

Cientista

Montagnier e Françoise Barre-Sinoussi dividiram o Nobel em 2008. Isolaram o vírus do HIV (da Imunodeficiência humana) no Instituto Pasteur, em Paris. Graças ao estudo, os testes da doença e antirretrovirais foram controlados. Mantagnier faleceu semana passada. Veja, no link Covid-19 : les élucubrations du Pr Montagnier, l’hypothèse d’un accident dans le P4 de Wuhan, a opinião de Montagnier sobre o Covid.

Luc Montagnier. Foto: PIERRE BOUSSEL

/ França
Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da AIDS, está morto

Publicado em:10/02/2022 – 17:42

O Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da AIDS, Luc Montagnier, durante uma coletiva de imprensa sobre vacinas e vacinação, 7 de novembro de 2017 em Paris. © Stephane de Sakutin, AFP

Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da Aids, morreu na terça-feira aos 89 anos no hospital americano de Neuilly-sur-Seine. Tendo se tornado uma figura controversa para várias teorias por mais de dez anos e gradualmente banido da comunidade científica, ele voltou a ser comentado por comentários contra as vacinas anti-Covid.

O professor Luc Montagnier morreu terça-feira no hospital americano de Neuilly-sur-Seine (Hauts-de-Seine), informou a AFP quinta-feira, 10 de fevereiro, ao prefeito da cidade Jean-Christophe Fromantin.

Rejeitado tarde por teorias duvidosas, ele ficará para sempre associado à descoberta do vírus da AIDS que lhe rendeu o prestigioso Prêmio Nobel de Medicina.

Seus comentários controversos contra as vacinas anti-Covid o colocaram novamente no centro das atenções, atraindo-lhe a simpatia do antivax e desacreditando-o um pouco mais junto à comunidade científica.

“Sempre procurei o inusitado. Tenho dificuldade em trabalhar com uma corrente já estabelecida”, confidenciou este biólogo especializado em vírus em um documentário dedicado ao trabalho que ele mesmo qualificou de “enxofre” sobre a “memória da água”, transmitido na França 5 em julho de 2014.

Óculos finos de metal, olhos brilhantes e rosto ainda de bebê aos 80 anos, o virologista se descreveu como um “marginal” de jaleco branco apesar de seus louros internacionais, com o Prêmio Nobel concedido em 2008 por uma descoberta feita um quarto de século antes .

“Doenca 4H”
É preciso mergulhar na atmosphere dos anos 1980 para hear a febre que tomou conta de um punhado de laboratórios ao redor do mundo: descobrir o mais rápido possível a origem de uma estranha doença que foi chamada, por falta de melhor, “doença de 4H” (porque parece atacar mainly homosexual, viciados em heroína, haitianos e hemofílicos).

Nascido em 8 de agosto de 1932 em Chabris in Indre (centro da França), where virologist Luc Montagnier directed from 1972 no Institut Pasteur um laboratório especializado em retrovírus e oncovírus (responsável pelo câncer).

No início de 1983, ele isolated com seus “associados” Françoise Barré-Sinoussi e Jean-Claude Chermann um novo retrovírus que ele batizou temporariamente de LAV (Lymphadenopathy Associated Virus) from uma amostra colhida pelo Dr. Willy Rozenbaum de um patiente jovem , um homossexual que morava em New York.

É para ele o “causal” agent da nova doença. Mas has discovered é recebida com “ceticismo”, in particular pelo americano Robert Gallo, great especialista in retrovírus.

“Durante um ano, sabíamos que tínhamos o vírus certo (…) mas ninguém acreditou em nós e nossas publicações foram recusadas”, disse Montagnier 30 years ago.

In April 1984, Margaret Heckler, Secretary of Estado da Saúde dos USA, announced that Robert Gallo had encountered a cause “provável” da AIDS, um retrovírus chamado HTLV-III. Mas o último acaba por ser estritamente idêntico ao LAV encontrado anteriormente pela team de Montagnier…

“Co-descobridores”
A polêmica aumenta: quem é o verdadeiro descobridor do virus da imunodeficiência humana (HIV), Montagnier or Gallo? A questão é important porque permite resolver a questão dos royalties vinculados aos exames de triagem.

A dispute chegou a uma conclusão provisória e diplomática em 1987: os Estados Unidos ea França assinaram um compromisso no qual Gallo e Montagnier foram oficially descritos como “co-descobridores”.

O verdadeiro epílogo vem 20 anos depois, com a entrega do Nobel pela descoberta do HIV, não a Gallo, mas a Montagnier e sua parceira Françoise Barré-Sinoussi. Jean-Claude Chermann será esquecido pelo prestigioso júri .

Alguns anos depois, para o 30º aniversário de sua descoberta, o professor Montagnier elaborou uma avaliação mista deste épico para a AFP: “Não conseguimos erradicar a epidemia ou mesmo a infecção porque não sabemos curar alguém que está infectado “. Os medicamentos antirretrovirais podem efetivamente amordaçar o HIV, mas não eliminá-lo completamente do corpo das pessoas infectadas.

“Antivax”
Since leading a department of AIDS and retroviruses with Pasteur from 1991 to 1997, since teaching at Queens College in Nova York since 2001, where Professor Montagnier has been crusading his scientific pesquisa and gradually banishing his scientific community.

Resumo da semana
France 24 convida você a voltar às novidades que marcaram a semana

Eu subscrevo
Ele defende a “trilha microbiana”, porém sujeita a cautela, para explicar o autismo . Retoma a tese unanimemente rejeitada do pesquisador francês Jacques Benveniste segundo a qual a água retém a marca (a “memória”) de substâncias que não estão mais lá. Ele defende teorias sobre a emissão de ondas eletromagnéticas pelo DNA, promove o mamão como remédio para certas doenças.

Suas repeated posições contra as vacinas lhe renderam em novembro de 2017 a condenação contundente e official de 106 members das Academias de Ciência e Medicina.

Le Figaro descreve sua carreira como um “naufrágio científico lento”. Durante a pandemia de Covid-19, voltou a ilustrar-se, afirmando que o vírus SARS-CoV-2 foi manipulado em laboratório com a adição de “sequências, em particular, do HIV” e que as vacinas são responsáveis ​​pelo aparecimento de variantes.

Essas teses, combatidas por virologistas e epidemiologistas, jogaram um pouco mais de descrédito em um cientista que se tornou um “pária” entre seus pares.

Com AFP

História de Brasília

Mais uma emenda à Constituição será tentada novamente. O sr. Anisio Rocha insiste na pena de morte, e não sabemos a quem isto vai favorecer. Nem prejudicar também. (Publicada em 17.02.1962)

Um pesadelo em sobressalto

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Charge do Amarildo

 

Caso se confirmem o que indicam alguns órgãos de pesquisa de opinião pública, sobre uma possível vitória de Lula da Silva na corrida presidencial deste ano, ficarão patentes, para essa geração e para as próximas lições que demonstram, que algumas das peculiaridades que concorreram, de forma enviesada, para a nossa formação histórica, desde 1500, continuam presentes em nosso modelo político, social e econômico atual, fazendo de nossa nação um caso a ser estudado no campo da psicologia e um modelo a ser evitado, a qualquer custo, por todo e qualquer país civilizado.

        Em primeiro lugar, o que salta aos olhos é a impossibilidade de concretização do que determinam as leis, quando o que está em julgamento são interesses e pessoas poderosas. Nesse caso, são as próprias cortes de justiça, em suas instâncias superiores, que cuidam para que nenhum processo contra as elites tenha chance de prosperar. Tal fato remete a confirmação de que nem todos são iguais perante às leis. Uns são sempre mais iguais que outros.

        Uma segunda conclusão, caso venham ser confirmadas as previsões afoitas divulgadas pelos órgãos de pesquisa, é que, o crime, apenas quando praticado por indivíduos e grupos do alto da pirâmide social, principalmente pela classe política, sempre vale a pena, porque nunca resulta em punição ou, ao menos, em arrependimento. A atuação política, conforme praticada no Brasil, pode ser classificada como amoral, ou seja, isenta de outros julgamentos e características de ordem ética.

        Em terceiro lugar, o que uma possível vitória de um ex-presidiário ao mais alto cargo da República pode evidenciar é que leis de improbidade, crimes de corrupção, assim como a própria Lei da Ficha Limpa, são instrumentos jurídicos que não atingem o andar de cima. Nesse ponto, vale, entre nós, a máxima de que corrupção política deve ser tratada e ficar restrita no âmbito dos tribunais eleitorais, considerada como delito eleitoral leve. Outra lição que poderá ser retirada de uma volta de Lula e de seu grupo ao poder é que, de fato, como já disse um famoso brasileiro, cada povo tem o governo que merece. Com isso, ficará patente a tão comentada falta de memória dos eleitores e o pouco cuidado que os brasileiros guardam com relação à importância do voto e da cidadania para a vida de todos. Essa possível vitória permitiria, ainda, observarmos, em tempo e lugar, o ditado que vaticina que a história, quando se repete, vem em forma de farsa ou de tragédia.

        Outra evidência que poderá ser retirada desse desfecho penoso das eleições é que a escolha política e ideológica para a composição do Supremo Tribunal Federal está no cerne de todos esses problemas. Mesmo com relação ao Congresso, poderá ficar confirmada sua inanição diante de descalabros que permitiram que alguém possa, de um átimo, sair da cadeia e subir a rampa do Palácio do Planalto, impávido e pronto para uma nova razia aos cofres da nação.

        Não se enganem: uma possível volta de Lula significa, antes de tudo, uma volta de seu grupo e de seus métodos. Doravante, mais sofisticados e feitos de acordo com as novas leis que, seguramente, serão elaboradas para deixar toda a atuação do “novo” governo dentro das novas balizes legais, escritas para proteger suas más ações.

        Para os brasileiros de bem, que assistem tudo calados e atônitos, a simples possibilidade de estarem vendo Lula em discursos para sua claque, atacando promotores e juízes que o julgaram e condenaram, parece um pesadelo a nos aprisionar num passado em que o subdesenvolvimento eterno é tudo que nos resta.

A frase que foi pronunciada:

Os nossos inimigos contribuem mais do que se pensa para o nosso aperfeiçoamento moral. Eles são os historiadores dos nossos erros, vícios e imperfeições.”

Marquês de Maricá

Marquês de Maricá. Foto: wikipedia.org

Sofrimento

Depois de analisar 13 milhões de casos, a Fundação Oswaldo Cruz publicou um estudo que mostra que, no SUS, mais da metade dos brasileiros em tratamento contra o câncer precisa se deslocar da própria cidade para tratamento especializado. Fadiga, falta de dinheiro, longos períodos de espera e alimentação inadequada são algumas das reclamações mais recorrentes.

Foto: Reprodução/ TV Brasil

Campus

Marcelo Ferreira, administrador do Lago Norte, esteve com Simone Benck, da UnDF, para acertar os detalhes do primeiro campus universitário localizado na região. No CA 02, as obras da reforma do prédio estão começando. Em março, tudo estará pronto.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

História de Brasília

Já que estamos em Taguatinga, vamos reclamar contra a falta de serviço funerário. Os filhos dos candangos, quando nascem não são registrados. Os pais esperam Se a criança sobrevive, registra, senão, é preciso transportá-la para o Plano Pilôto. (Publicada em 17.02.1962)

Inácio, um fogo de palha

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Reprodução: divulgação

 

A essa altura dos acontecimentos, já ficou demasiado provado, para o cidadão atento, que Lula está passando dos limites como cidadão brasileiro e ex-presidente. Parece que uma espécie de compulsão o faz ignorar os meios para alcançar os fins, tornando a vida dos que o cercam um show de horrores.

Alçado ao poder então, livre da cadeia, a capacidade de desequilibrar a harmonia entre as pessoas, ganha ainda um imenso potencial, capaz de causar danos irreparáveis e em larga escala. Já se sabe, que as pontes que constroem são para benefício do partido. As outras, prefere dinamitá-las, rompendo laços e acordos de modo abrupto e sem remorsos.

Lula é ainda o mais preparado nas artes da engabelação, conduzindo o interlocutor pelo labiríntico caminho do circunlóquio político e demagógico, com o qual hipnotiza o ouvinte, fazendo-o ouvir melodiosas cantilenas, quando, na verdade, o que está produzindo são estampidos do bater de panelas. Palavras que vêm de um torneiro mecânico admirado pelo que os interlocutores se enxergam nele, e não pelo que realmente Lula é: uma sereia fora de forma a atrair incautos marinheiros de primeira viagem com seus sibilos falsos.

Com isso, toda a atenção deve ser tomada quanto ao que diz e principalmente ao que pretende fazer. E por que isso? Porque, no fazer, o que anseia em segredo é construir abrigo e proteção apenas para si e para os seus. Como prestidigitador nas estripulias políticas, arrasta multidões de cegos, surdos e desesperados por onde passa. A todos e a todo tempo, pode usar dessa expertise marota. Exceto quando se posta diante do próprio subconsciente. O deus onipresente, com seu imenso dedo indicador apontado em sua direção.

Desse protagonista fantasma de nossas vidas, a ninguém é dado o poder de fugir, escondendo-se. É como um cachorro que tenta escapar do próprio rabo, correndo. Portanto, diante desse personagem ou bruxo, que tem transformado nossas vidas em pesadelo, é preciso estar atento às entrelinhas do que afirma. Sobretudo aos atos falhos, porque eles parecem abrir uma ligação momentânea com o subconsciente desse maestro da tapeação.

Dias atrás, em discurso perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas, nome esse que significa “aldeia do pântano”, Lula declarou, ipsis litteris: “ O Bolsonaro não entende absolutamente de nada a não ser de falar bobagem, a não ser de fazer fakenews e a não ser de tentar destruir aquilo que nós destruímos.”

No seu íntimo, Lula é presa fácil de seu subconsciente, abarrotado com as ações ilegais e sem ética que tem praticado ao longo de toda sua vida. São muitos containers entulhados de aldrabices, dentro daquele cérebro miúdo. Ele, no caso, o seu subconsciente, sabe o que foi feito e de que modo. Mesmo para a alma mais honesta desse país, verdades inconvenientes sempre vêm à tona.

De fato, muito mais do que poderia o próprio Freud explicar, os atos falhos, comuns em Lula, revelam quem é de fato esse personagem “macunaímico” de nossa vida nacional. Conhecendo mais de perto sua vida privada, se é que político tem vida privada, dá para entender o que por detrás do que explicita em frases soltas por aí, esconde-se um indivíduo que ostenta nas ações o que não revela nas palavras.

A frase que não foi pronunciada:

Pessoal, fica tranquilo. Eu também vou tirar férias da contaminação para comemorar o Natal, Ano Novo e Carnaval”.

SARS-CoV-2 (Covid 19)

Charge do Cazo

OMS

Enquanto o Brasil comemora a quarta semana sem alta no índice de mortalidade por Covid, outros países estão em alerta com o repentino aumento no número de mortes pelo vírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde, nos 61 países acompanhados, 31 mostram resultados desanimadores com a volta da alta de óbitos registrados.

Tedros Adhanom. Foto: Reprodução/Twitter – 30 jan 2020.

Capital

Brasília está à frente de muitas cidades da Europa em relação a ciclovias. Desde a década de 80, o velho mundo tem ciclovias, mas geralmente são paralelas às vias de trânsito. Em Brasília, o ciclista pode respirar ar puro em várias vias reservadas às bicicletas.

Vale à pena

Com o apoio do Instituto de Estudos Legislativos e Políticas Públicas, o professor Joelmo Oliveira, PHD em Ciências Políticas com um currículo respeitável, irá ministrar online, pelo zoom, um curso de 12 horas sobre metodologia de pesquisa em ciências sociais. As aulas serão nos dias 22 e 26 de novembro e 29 e 3 de dezembro. Associados do IELP não pagam. Todas as informações estão disponíveis no site do IELP, no link FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO | Minicurso.

História de Brasília

Estão, ainda, os mesmos moradores, pedindo uma linha de ônibus para a praça dos Três Podêres, porque o transporte de diversas repartições não vai para a Asa Norte, e os funcionários são obrigados a fazer baldeação, com perda de tempo e dinheiro. (Publicada em 14/02/1962).

Cara ou coroa

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Charge do Duke para otempo.com

 

Dizer que os extremos se tocam, formando, no final, um círculo ou uma aliança a unir falsos antagonismos, equivale a afirmar que ambos compõem e consolidam as duas faces de uma mesma moeda. Moeda essa que, ao ser examinada de perto, revela não possuir lastro algum, pois, no seu valor de face, a soma dos lados é igual a zero. Com isso, o que se pode depreender é que qualquer que seja a direção tomada por aqueles que pregam posições extremadas, cedo ou tarde, todos irão se unir no mesmo ponto, formando um composto homogêneo que, pelo cheiro e toxidade, logo sabemos se tratar de algo danoso à sociedade brasileira.

Tal é a semelhança na articulação política, entre o atual governo, que se autoproclama de direita, e a turma que, a partir de 2002, subiu a rampa do Palácio do Planalto, pregando um programa de esquerda. Lá como aqui, dentro do que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão, todos têm agido, no trato da coisa pública, seguindo as mesmas cartilhas que afrontam os mais comezinhos princípios da ética, o que em outros termos equivale a dizer que cometem os mesmos crimes para alcançar vantagens para si e para os seus.

Para ficar apenas no ponto relativo ao que seria essa cooptação remunerada dos congressistas, uma prática já formalizada, desde a redemocratização nos anos oitenta, e que, segundo o Executivo, objetiva tão somente a aprovação das teses e propostas do governo, ontem, como hoje, os métodos seguem idênticos e, notem bem, sempre prejudiciais aos contribuintes, que arcam com esses desperdícios que nada mais são do que verdadeiros desvios de recursos públicos.

No passado, como agora, todos esses acordos, fechados a preço de ouro, retornam, para a população, na forma de inflação ou recessão. No passado, foi o chamado mensalão, alcunha dada pelo ainda presidiário Roberto Jefferson, aos pagamentos feitos pelos lulistas para a aprovação de suas pautas. Dinheiro que era entregue inclusive em pacotes até para os próprios correligionários. Agora, o que a nação assiste é a reprise desses pagamentos, à sorrelfa, na forma mais sofisticada das chamadas emendas do relator ou RP9. Trata-se aqui dos mesmos mecanismos de outrora, com os mesmos propósitos e cujo os meios são igualmente contrários à lei e a ética pública.

Por isso mesmo, foram taxados de secretos e sempre desmentidos pelo governo e pelos congressistas. Ocorre que a situação, de drenagem de bilhões de reais, sem fiscalização dos órgãos de controle chegou a um tal ponto de escândalo escancarado, que o próprio Supremo, sempre letárgico, teve que agir, atalhando, o quanto antes, essa sangria criminosa, jogando um balde de água fria no fervilhante mundo político da Praça dos Três Poderes.

Como pano de fundo dessas tramoias republicanas, o que se descortina é o pleito de 2022 e as possibilidades de reeleição desses mesmos personagens. Assim como era antes, é agora, nesse cara ou coroa, que tem engabelado toda uma nação por séculos.

A frase que foi pronunciada:

O demônio sempre se infiltra entre os políticos. Então, eles começam a brigar entre si. O poder se transforma em uma questão de orgulho. Não tem mais nada a ver com vivermos juntos e acabarmos com a guerra.”

Bob Marley

Bob Marley durante um show em 1980. / GETTY

Prata da Casa

Graças a Alexandre Dias, CEO do Instituto Brasileiro do Piano, os brasilienses tiveram a oportunidade de acompanhar ao vivo um dos últimos concertos de Nelson Freire. A paixão de Dias pela boa música tocou o coração de Freire.

Temporada

Vejam a Chácara Horizonte Maior, que está pronta para ser alugada. Perto do Poço Azul, a primeira chave que o inquilino recebe é a da porteira. Dê uma olhada, a seguir, nas fotos do paraíso.

Instituto Campos Fidei

Um solitário Tiffany em Platina com diamante de 0,21 CT, com classificação de cor F e Pureza VS1. Esse é o material que vai salvar as obras do Campus Fidei. A joia doada está à venda. Acesse a página oficial do instituto no Instagram em https://www.instagram.com/campus_fidei/.

Arte

Alan Silva, do Museu do Senado, explica, na página do parlamento, que a campanha de conscientização sobre as obras de arte expostas na casa pretende chamar a atenção para a riqueza que esse patrimônio cultural representa e mostrar a importância histórica das peças. A iniciativa da campanha é da Secretaria de Comunicação Social em parceria com as Relações Públicas e o Museu.

Foto: senado.leg

 

História de Brasília

Não sei porque, também, qualquer pessoa paga telegrama, e deputado não paga. O resultado é o abuso que tem sido denunciado seguidas vêzes, de deputados que utilizam o DCT como serviço particular. (Publicada em 10/02/1962).